Academia de vampiros - Sacrifício Real escrita por Jéssica Salvatore, Raíssa Duarte


Capítulo 17
Capitulo 17




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Eu estava amando tudo aquilo. Moscou era linda, e com Dimitri como meu guia era melhor ainda. Acabei me lembrando da primeira vez que estive na Rússia. Eu tinha ido matar Dimitri. Estava com Sydney. Vez ou outra ela falava algo sobre um prédio ou outro que víamos. Na época eu imaginava como seria se eu estivesse lá com Dimitri. Ele costumava falar sobre há Rússia todo tempo e tinha jurado que eu iria amar. E ele estava certo. Eu tinha amado. Eu sonhava em viajar com ele para Rússia, e aqui estava eu, realizando meu sonho.
    Paramos em frente a uma estação de trem e me lembrei dela imediatamente. Era a mesma que há alguns anos atrás eu tinha viajado com Sydney. A estação era tão linda quanto qualquer outra construção da cidade. Como Dimitri havia me dito uma vez, parecia sair de um conto de fadas. Tivemos que passar mais um dia na cidade de conto de fadas de Dimitri. Por mim eu ficaria ali para sempre. Em meio aquelas construções belíssimas. No fim da tarde voltamos para a estação e compramos as nossas passagens. Nossas acomodações eram de primeira classe. Tudo lindo e requintado. Parecia que nós tínhamos nosso próprio mini castelo dentro daquela cabine. Deixamos nossas malas e seguimos para o próximo vagão. 
    O restaurante era lindo e parecia ter saído de um filme antigo. Todas as mesas eram cobertas por toalhas de linho. Jantamos a luz de velas. Percebi que outros casais também jantavam assim.
 - Dimitri tudo isso parece um sonho. Ele deu um daqueles raros sorrisos que me derretia toda.
— Isso é melhor que um sonho Roza. Dimitri tinha razão. Nem em sonhos isso poderia ter sido mais perfeito. Ter Dimitri na minha vida era a melhor coisa que poderia ter me acontecido. As vezes eu me acordava no meio da noite, e olhava para ele dormindo agarrado comigo. Eu tinha medo que tudo não passasse de um sonho, e que eu iria acordar a qualquer momento sozinha.
    A cada hora que se passava, minha angústia aumentava. Eu não era boa em esconder meus sentimentos, e Dimitri percebeu.
 - O que foi Rose? O que tanto te aflige? Falei tudo que sentia.
 - Eu estou nervosa com a reação da sua família. Eu não acho que elas vão aceitar tão bem essa história de gravidez através da magia do espírito. Isso ainda é um pouco confuso para mim, o que dirá para sua família. Elas vão acreditar que eu dormir com um Moroi qualquer, e estou inventando essa história. Dimitri passou a mão na minha bochecha fazendo carinho e falou. 
— Não se preocupe com isso Rose. Eu mesmo sou uma prova viva do poder do espírito. Essa criança só é mais um mistério relacionado a esse poder. E além do mais tem minha avó, ela pode confirmar que tudo que a gente diz é verdade. Olhei de soslaio para Dimitri.
—Sério? Sua avó? Você sabe que eu não acredito muito nesses poderes que você diz que ela tem. Pra mim ela é só uma farsante. Dimitri deu uma gargalhada. Era gostoso ver ele desse jeito. Leve, sorrindo sempre.
—Oh Roza, você implicou mesmo com a minha avó. 
    A viagem até Omsk durou cerca de três dias. Lá pegamos um carro em direção a Baía. A viagem durava por volta de umas sete horas. Não demoramos muito em Omsk, pois não queríamos ter que viajar durante a noite. A estrada era cheia de Strigoi, louco para atacar um viajante distraído. Dadas as minhas condições, eu não queria arriscar. A viagem foi calma, e vez ou outra eu cochilava no ombro de Dimitri. A gravidez tinha me dado muito sono. Quando chegamos a Baía meu coração acelerou.
Eu iria ter que encarar a família de Dimitri e contar sobre a minha gravidez. Foi então que notei que Dimitri também estava nervoso. Suor escorria pelo rosto sério e compenetrado dele. Se eu não o conhecesse bem, diria que ele estava normal, com sua usual cara de guardião perfeito. "Claro que ele está nervoso sua tonta", minha mente me recriminava. Dimitri olhou para mim e me senti inundada de amor e companheirismo. Ele segurou minha mão, e me senti forte. Caminhamos até a porta, e antes mesmo que batêssemos na porta, Olena a mãe de Dimitri abriu. Ela estava radiando felicidade. Já fazia dois anos que ela não o via. Abraçou o filho e beijou ele várias vezes. Na mesma hora saiu às irmãs de Dimitri. Sonya foi a primeira a me abraçar, seguida por Viktoria e Karolina. O sobrinho de Dimitri estava na escola. Ele já havia sido matriculado na academia St. Basil. 
 - Rose quanto tempo. Entrem, e se acomodem. Entramos em meio a abraços. Dimitri sentou num sofá de dois lugares, me puxando para sentar ao lado dele. Procurei a avó de Dimitri, mas ela não apareceu. Percebi que a mãe e as irmãs de Dimitri se sentaram num sofá a nossa frente. Olena sorriu, e percebi que ela também estava nervosa. Será que ela já sabia de alguma coisa? Viktoria era mais afobada, queria saber tudo sobre o que tínhamos feito desde a nossa última visita. Respondi algumas perguntas e Dimitri outras. No canto da sala bem quieta estava Yeva observando tudo. Quando Dimitri percebeu se levantou e foi até ela. Ainda era muito engraçado ver os dois se abraçarem. A diferença de altura dos dois era gritante. Eles conversaram algo em russo e notei que a expressão na face da família de Dimitri. Será que elas sabiam de alguma coisa? Eu não me lembrava de Dimitri ligando para família e contando nada. Todas estavam ansiosas. Dimitri sorriu e sentou ao meu lado. Yeva foi sentar na cadeira de balanço, ignorando todos nós. Dimitri olhou para mim como se pedisse apoio. Olhou para família e falou como quem não queria nada.
 - Então, eu e a Rose temos uma notícia para contar. Nós vamos ser pais. A Rose tá grávida esperando um filho meu.


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