Castelo de Cartas escrita por Clove Flor


Capítulo 11
Capítulo 11 - love is leaving


Notas iniciais do capítulo

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE NÃO É?
Olha quem voltou após *ashamed* 4 meses! Se não é dona Mariana... tsc tsc tsc
Eu achando que ia terminar a fic antes do fim do ano. Tá.
Vou deixar minhas explicações nas notas finais! Não pulem!
Música do cap: if you - big bang
amo vocês obrigada por nao desistirem da fic
ALIAS TAMBÉM NAO SE ANIMEM MUITO é um capítulo curto, bem ponte mesmo



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I’m looking at her, getting farther away
She becomes a small dot and then disappears
Will this go away after time passes?
I remember the old times. I remember you

 

 

Naquela noite, Savannah não dormiu. De olhos bem abertos, encarava o teto amarelo de seu quarto, a única luz provinda da janela parcialmente aberta. Apesar de não chorar, seu rosto continuava marcado pelas lágrimas de horas atrás. Os pensamentos tomavam caminhos distantes, se embolando, criando e revivendo situações que encerravam com diversos resultados infelizes.

Estava muito, muito triste, mas principalmente consigo mesma. Por que tinha que ser tão sensata? Tão correta, preocupada com o futuro? Por que não podia tomar uma decisão que traria uma paz imediata ao seu coração?

Faz pouco tempo, se justificou, seu cérebro gritando entre as batidas dolorosas e vibrantes do seu peito. Não pode se dar tudo de si em um relacionamento que durou dois meses, e não saber sobre a vida privada de Jungkook nesse meio só comprovou sua teoria.

Mas a mesma pergunta que rodeava os pensamentos do mais novo ecoava dentro de Savannah. Quanto tempo se leva para amar alguém? Quando que ela deveria se esforçar para mantê-lo?

Os dedos finos da morena alcançaram o notebook sob a cama, puxando-o para seu colo enquanto ajeitava as costas sobre a parede. Quando sua mão se movimentou para digitar “youtube” em uma guia, bloqueou a voz que dizia ser masoquista. Ela sabia que seria uma tortura, mas precisava conhecê-lo da forma em que todos o viam e admiravam como artista.

E durante as longas horas que se seguiram, Savannah concluiu que não havia minutos e segundos suficientes em qualquer vídeo que mostrassem a real beleza de Jeon Jungkook.

—x-

Sábado, 12:02 pm

O coreano não sabia ao certo como havia acordado dentro do pequeno banheiro ou se havia de fato dormido. Será que a partir de agora passaria a ser sempre assim? Noites turbulentas, mal dormidas, sufocado no próprio arrependimento.

Sua cabeça latejava e os olhos escuros mal eram vistos devido o inchaço que os envolvia; com o nariz vermelho e o cabelo amassado, Jungkook fungou, sentindo o coração batendo calmo no peito.

Parte de si queria gritar. Queria que o sangue corresse quente nas veias, que as narinas dilatassem e que as mãos pudessem quebrar algo, qualquer coisa, ao seu alcance. Sentir algo, colocar toda sua força e pensamentos direcionados a uma única coisa, mas Jungkook suspirou, cansado, derrotado.

O que mais o restava?

Por que se daria ao trabalho de sofrer mais? Já não estava o suficiente?

Aceitava o fato de que havia errado. Não só em tomar uma decisão, mas várias. Aceitava isso. Só desejava não ter as tomado.

Enquanto sentava contra a parede do banheiro, o piso frio sob suas pernas, seu coração se agitou ao ouvir um ruído vindo do celular esquecido no chão. Todos os nervos de seu corpo receberam uma descarga de alívio e esperança ao identificar uma notificação de mensagem. Era ela, tinha que ser ela, o querendo ver de novo, explicar que por mais que tudo esteja errado, os dois se gostavam e se completavam, como sequer poderiam desistir tão fácil um do outro? Era Savannah. Precisava ser.

[12:10 pm] Theo Maritz: precisamos conversar

Nunca foi de ter altas esperanças, mesmo.

—x-

Se pudesse escolher, Jeon Jungkook já estaria dentro de um avião, bem longe dali - não para a Coreia, no entanto. Qualquer outro lugar nesse mundo pequeno, onde pudesse recomeçar -- não, espera, ele já havia feito isso uma vez. Já havia fechado uma mala e voado 13 horas de onde morava. O que mais o restava?

Talvez voltar no tempo fosse uma boa opção: se conseguisse evitar se perder naquela noite fria em que a conheceu - ou melhor, ter poupado a bateria do celular e conseguido chamar um taxi para buscá-lo. Não! Se Jungkook pudesse voltar no tempo, seria definitivamente quando as coisas passaram a complicar na empresa. Evitaria gritar e ser tão grosso com todos. Evitaria tudo que pudesse prejudicar a vida dos membros ou empregados. Não daria motivo ou abertura para brigas.

Mas mesmo assim, Jungkook duvidava que o destino não tentaria juntá-los de outra forma.

—x-

Quando Theo entrou pela porta do pequeno café perto de sua faculdade, já fazia dez minutos que o coreano o esperava com o estômago embrulhado, sentado em uma mesa no fundo do estabelecimento. Seus dedos batucavam sobre a madeira uma música antiga de seu grupo ─  autumn leaves – e os olhos se perdiam entre a pouca quantidade de pessoas no local.

Ele não estava sozinho.

Mas não era Savannah que o acompanhava. Maya caminhava ao lado do homem de pele morena, identificando o coreano antes do amigo.

A situação toda fora, no mínimo, desconfortável. Pediu um chá gelado enquanto a loira só quis uma água. Theo ficou calado, dizendo que estava bem por enquanto. Nada estava bem.

Jungkook brincava com o canudo entre os dedos, não conseguindo fazer contato visual com ambas as pessoas em sua frente. Será que teria que ser o primeiro a falar? Ele meio que esperava que fosse ser rápido. Se Savannah os havia contado, então não tinha muita novidade para ser ouvida, não é?

Theo foi o primeiro a abrir a boca.

─ Você vai embora.

Não tinha sido uma pergunta, mas Jungkook sentiu a necessidade de confirmar.

─ É ─ murmurou, sentindo-se pequeno de repente. Era como se estivesse tendo a mesma conversa com os meninos, poucos meses atrás. A coincidência o fez se sentir doente do estômago.

Os segundos que se passaram foram longos e pesados, caindo sobre os ombros de todos naquela mesa.

─ Achei que seria bom nos despedirmos – Maya explicou, a voz macia. ─ mas Katie não quis vir, depois que contei pra ela.

Jungkook maneou a cabeça levemente, como se concordasse. Em que mundo poderia culpar a garota de cabelos coloridos? Ela tinha razão. Jungkook não merecia seu tempo.

─ Me desculpem ─ foi o que conseguiu dizer, a voz pequena. Ele pigarreou. ─ ninguém podia saber-

Maya desviou o olhar para outros clientes quando Theo o interrompeu, a voz rouca e um pouco mais alta do que antes:

─ Não, Kook, entenda: esse não é o problema ─ o moreno respirou, e Jungkook sentiu seus olhos arregalarem ao encontrar os do amigo. Ele esperava ao menos ter tempo para alguma explicação breve, ou alguma defesa, e não ser cortado no começo de sua frase. Seus dedos tremiam e ele tentou segurar o canudo com mais força para disfarçar. ─ Maya não saber, eu não saber... mas a Savannah é diferente. Ela é como nossa irmã e você quebrou o coração dela.

─ Theodore ─ Maya o repreende, ríspida, desaprovando o uso de palavras. Nunca que sua melhor amiga admitiria que o garoto que ela gostava soubesse que partiu seu coração. Theo não tinha o direito de simplesmente jogar a informação para o coreano.

Jungkook não sabia como reagir, no entanto. Continuava encarando o amigo, estático, escutando cada palavra com atenção, sentindo-as vibrando o ar dentro do canal do ouvido, transmitindo para o tímpano, ressoando alto em sua cabeça. O coração, dentro do peito, bombeava dolorosamente o sangue para as veias, lento, forte, machucando as costelas. Jungkook sentiu que não conseguia manter o ar dentro dos pulmões por muito tempo.

Queria chorar, mas não havia mais água em seu corpo que permitisse.

Theo não lhe deu um soco, mas Jungkook desejou que o tivesse feito. Sabia que a dor do golpe não alcançaria décimos da que sentia no momento.

─ De qualquer jeito, Jungkook ─ Maya lhe ofereceu um sorriso fraco, deslizando por seus lábios finos. ─ eu gostei de te conhecer. Queria que você ficasse mais tempo, mas fazer o quê?

Fazer o que?

O que você pode fazer quando desde a sua infância, sua vida se resume à música, esforço, suor e lágrimas? Que se você pensasse muito em um possível romance, perderia quatro novos passos de dança? Jungkook não tinha culpa de ter se apaixonado tão rápido após tanta repreensão. Savannah não tinha culpa de ter tanto em comum com o coreano. O que eles sequer poderiam fazer se havia catorze horas sólidas entre a casa um do outro e um estádio lotado de fãs entre os dois?

─ Se um dia ─ Theo pigarreou, desviando o olhar, desistindo. Provavelmente não voltaria a ver mais o garoto e isso, de certa forma, quebrava seu próprio coração também. ─ se um dia você vier fazer show por aqui, avisa a gente. Nossos telefones não vão mudar.

Jungkook sorriu fraco e acenou com a cabeça.

─ Hm, obrigado ─ o coreano voltou a falar, e seus lábios se contorceram em um sorriso um pouco mais esforçado, mesmo que fosse dolorido. ─ Por terem me aceitado pela pessoa que sou, mesmo com todas as circunstâncias. Vocês me fizeram ter dois meses de paz e aprendizado... Não teria sido o mesmo se eu tivesse sozinho.

Ele precisava tirar isso do peito, pelo menos antes de ir embora. Não podia voltar para a Coréia com um sabor amargo na boca, sabendo que não havia ao menos agradecido os amigos que fizera naquele meio tempo.

─ Não é como se eu não fosse sentir sua falta ─ Maya ergueu um ombro, sorrindo triste.

Theo tirou algumas notas de um dólar e deixou na mesa, pagando a água da amiga e já se erguendo da cadeira.

─ Você precisa de uma carona? ─ ofereceu por fim, as mãos enfiadas no bolso da calça.

─ Não, vou ficar mais um pouco. Obrigado ─ Jungkook agradeceu, maneando a cabeça, o vazio no peito se tornando frio ao vê-los erguidos, prontos para ir embora.

─ Se cuida, coreano ─ Theo deu dois tapas (talvez um pouco fortes) no ombro do mais novo. Maya sorriu. ─ Vamos acompanhar seu sucesso daqui.

Lágrimas queimavam seus olhos e ele concordou com a cabeça, não confiando mais em sua voz.

Jungkook observou seus rostos uma última vez antes deles virarem as costas e saírem para as ruas de Columbia.

Tomou um gole da bebida em sua frente, tentando limpar a garganta seca. Seu chá estava amargo, mas o coreano não colocou açúcar: a vida tinha um gosto parecido – estava acostumado.

—x-

Segunda, 9:33 pm

A última vez que Jungkook conversou com Savannah foi naquela noite incomum em que a americana bateu na porta de seu ex apartamento. Talvez fosse melhor ela ter descoberto, mesmo: nunca teria a coragem de dizer a verdade olhando para aquelas redondezas verde.

Sentado na sala de embarque, a máscara preta cobrindo o nariz e o moletom folgado no corpo, Jungkook brincava com um molho de chaves entre os dedos. Havia feito réplicas das peças, mesmo que não fosse permitido após o fim do contrato com o proprietário. Ele precisava tocar, segurar, apertar algo que mostrasse que nada daquilo havia sido um sonho. Havia vivido aqueles dias. As lembranças eram reais e corriam elétricas em sua mente, agarradas uma nas outras com medo de se perderem, serem esquecidas.

Jungkook respirou fundo, a máscara sobre a boca devolvendo o ar quente para seu rosto. Sem perceber, havia marcado o contorno de uma das chaves contra a própria palma da mão, linhas vermelhas colorindo a forma do objeto sobre a pele.

A sala de embarque de Washington estava lotada para aquele voo de madrugada. O coreano notou olhares arregalados em sua direção, provindos de garotas asiáticas que muito provavelmente embarcariam no mesmo avião. Isso o fez se encolher ainda mais sob sua veste, deixando o capuz lhe cobrir os olhos cansados. Suspirou.

Pela centésima vez naquela vida, Jungkook desejou que tudo fosse diferente.

—x-

─ Eu só não consigo acreditar ─ Katie murmurou novamente, jogada de costas na cama de Savannah. ─ Tipo, ele nunca foi muito de falar mesmo, mas isso é tão... desapontador. Quem ele pensa que é? Nem com toda a fama do mundo ele tem direito de fazer isso com alguém. Com a gente. Não dá pra acreditar.

Savannah deu de ombros.  

─ As coisas são como são, Katie.

A mais baixa olhou para a amiga, um tanto preocupada. Savannah soava indiferente, mesmo com os lábios curvados levemente pra baixo. Era segunda feira a noite de aula, mas as três amigas estavam juntas, conversando baixinho para não acordar os pais de Savannah na porta ao lado.

─ Ele tá indo embora hoje?

A morena conferiu o dia – mesmo que não precisasse, não de verdade, quando já tinha o horário e a data marcada dentro de si – e maneou a cabeça. Nessa hora, Jungkook já devia estar dentro do avião, assistindo algum filme em um assento confortável da primeira classe, quilômetros longe do país.

Maya suspirou forte.

─ Eu queria que a vida fosse igual aqueles filmes em que você corre para o aeroporto e impede ele de ir embora.

Savannah riu fraco, colocando uma mecha de seu cabelo castanho atrás da orelha. Estava tão cansada desses últimos dias, dormindo pouco, tendo muitos pesadelos, evitando conversa com seus pais, que estavam preocupados. A voz chorosa de Jungkook em seus pensamentos repetia aquela frase engasgada, dolorida, como um mantra a assombrando: eu nunca tive ninguém como tenho você.

Será que ele conseguia ouvir o “eu também, eu também” que gritava dentro dela?

O estúdio de dança de sua tia a fazia se lembrar dele, então não havia conseguido desestressar indo para lá. Mas estava tudo bem. Seu quarto fazia uma boa companhia – e não era a primeira vez que tinha o coração partido por um menino.

Era a primeira vez que tinha o coração partido por Jeon Jungkook, no entanto. O que era pior.

─ Eu disse pra ele que tudo ficaria bem ─ ela sussurrou, mesmo que o assunto estivesse tirando toda sua energia. ─ é egoísmo meu ir atrás de uma pessoa e impedir que seus sonhos se realizem. ─ Kook tem tanta coisa pra viver na capital do país da música asiática. Tanta coisa pra alcançar – suspirou ─ eu assisti os vídeos dele. Quase todos. O grupo é tão bom, gente; eles vão longe. Quem sou eu pra segurá-lo?

Maya ergueu um canto dos lábios, um tanto triste, mas tentando transparecer carinho.

─ Quem sabe se o sonho dele não é você?

Savannah deitou em sua cama entre Katie e a loira, fechando os olhos, bloqueando os pensamentos que vieram junto da frase de Maya.

─ Então ele vai ter que acordar rápido. A gente já ta fora de alcance um do outro.

—x-

Assistir o amanhecer da janela de um avião é intenso. O sol reflete com força no vidro, fazendo com que o coreano tenha que abaixar um pouco a janela. Incrível como seu voo tinha a duração de 14 horas, mas mesmo assim não conseguira terminar um filme sequer. Havia cochilado por poucos minutos diversas vezes, sempre acordando com uma turbulência ou um curto pesadelo que gritava “Savannah!” por todos os nervos de seu corpo.

Era estranho, também, falar de volta em seu idioma materno após dois meses de quase inatividade. A língua se enrolava, palavras em inglês se misturando com coreano em sua boca, o impulso de “thank you’s” e “sorry’s” soltos, sem freios, com as atendentes de bordo.

Jungkook nunca havia realmente parado para pensar em sua vida amorosa, sobre o que viria após o fim de sua carreira ou quando começasse a ficar mais velho. Estava vivendo seu momento agora, fazendo suas escolhas no presente; por que deveria se preocupar com o depois? Quem queria casar e ter filhos era Seokjin, Taehyung; esses pensamentos não o pertenciam. Seu coração não disparava por qualquer pessoa, tinha que ser firme: se concentrar na música, na dança, em ser o melhor...

E então ele saiu da zona de conforto.

E a conheceu.

E a perdeu.

Talvez "amor" não fosse com ele, mesmo.

Não que um dia houvesse duvidado.

O coração do maknae bateu forte no peito quando viu que faltava pouco mais de uma hora para o pouso.

Uma hora até encontrar os meninos.

Esfregou os olhos com força, nervoso, estressado. Havia tido tempo para escrever o que precisava conversar com todos em seu bloco de notas do celular – não que fosse adiantar no fim. Tinha certeza que começaria a chorar, gaguejar, esquecer os pontos principais. Só queria que tudo passasse logo. Só queria voltar pra casa, pra sua cama confortável, seus lençóis azuis, e chorar um pouco.

E agradecer. Porque apesar de estar indo embora com um coração pesado e triste, Jungkook pelo menos tinha algo para sentir saudade.


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Notas finais do capítulo

Então??? Essa fic ta mais sem rumo que minha vida. Ha, brincadeira, eu tenho algo em mente, vamos ver no que vai dar.
Vocês sabem através das minhas notas finais do último cap que eu entrei numa loucura chamada *intercâmbio* de um ano escolar. Eu queria focar muito no inglês (to morando em hilliard - ohio), então fugi de fic em português e escrever português. Eu tava com medo de voltar a escrever a fic e perceber que meu pt ta uma merda, mas não acho que ficou tão ruim quanto achei que ficaria? Meio que já tinha metade do cap escrito antes de viajar, então...
Não desistam da fic! Não vou demorar mais 4 meses, mas não demoro uma semana. Não tenho férias, só algumas semanas no natal e em março (aqui o ano escolar vai de agosto-fim de maio).
É isso! Eu to bem e amo vocês. Comentem o que acharam!
Beijoos



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