A Bela e a Fera escrita por Lilissantana1


Capítulo 4
Capítulo - 4 - Um encontro inesperado


Notas iniciais do capítulo

Ah Estou apaixonado por ele!

As coisas precisam ser explicadas não é?



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Elliot estava se sentindo muito irritado com Mabel por ter aceitado a dança. Mesmo que ninguém mais soubesse do relacionamento deles, eles sabiam e isso deveria bastar para que sua “noiva” educadamente recusasse o pedido, fosse de quem fossem.

Mabel tentou, discretamente, explicar o que acontecia, mas foi em vão. O rapaz estava realmente incomodado com o acontecimento. Tão incomodado que após uma rápida conversa ele a evitou o restante da noite. Transformando momentos agradáveis em quase tortura.

Na manhã após o baile de apresentação de Sophie Draytor, a senhorita Nagle recebeu uma correspondência de Elliot se dizendo muito decepcionado com o comportamento da garota e sugerindo se eles poderiam se encontrar no passeio público ao final daquela tarde, pois ele viajaria com Dominic, de volta para a universidade no dia seguinte.

Desejando encerrar de vez o desentendimento entre eles, Mabel aceitou o convite e garantiu que estaria a espera do noivo no lugar de sempre, no horário de sempre, para que pudessem esclarecer devidamente o que acontecera.

Assim que recebeu a resposta, Elliot se preparou para o encontro. Era preciso que ficasse bem claro para sua futura esposa que ele não admitiria aquele tipo de comportamento. Ela deveria agir como uma mulher honrada ou a viscondessa jamais a aceitaria como nora. E ele sabia que dada a falta de dote, sua mãe não veria de forma favorável um matrimônio entre eles.

Mas isso não era tudo.

Também havia Dominic. Por que, seu primo convidara a garota para dançar? Ele nunca dançava em público! Não mantinha relacionamentos abertos para evitar falatórios. Sempre que por acaso encontrava alguém de quem gostasse, era o mais discreto possível. Seus encontros, quando aconteciam eram fortuitos, muito bem escondidos. Na verdade a única pessoa sobre a qual Elliot tinha certeza era Sabine, pois o primo lhe contara a respeito dela na época. De resto, apenas pequenas insinuações que ficavam no ar.

Há questão de um ano, se levantou o comentário de que o marquês estava mantendo um caso com uma garota, filha de um professor. Mas, tudo ao que parecia não passou de fofoca. E quando Elliot tentou tirar alguma informação do primo, nada conseguiu.

O que tornava ainda mais suspeito o convite para alguém de quem ele nunca se aproximara realmente. Alguém com quem agira adequada e amigavelmente uma única vez na vida. Mas, Elliot ponderava, Mabel era agora uma bela mulher e não mais uma menininha magricela de pernas finas que mal conseguia acompanhá-los nas brincadeiras.

Era preciso ficar atento.

**************

Dois dias depois da apresentação de Sophie, Dominic voltou para a universidade e tudo retornou ao seu esquema normal. Estudar, ficar sozinho a maior parte do tempo. Conversar apenas com os mais próximos, e isso incluía seu primo Elliot, bem como Floyd. E manter suas relações extra estudos sob a mais firme e determinada discrição.

Lhe faltavam apenas dois anos, e esse tempo passou mais rapidamente do que ele supôs que passaria. Era bom pensar em voltar para casa. Mas, era também um fardo a mais, pois, ele sabia, Sophie possuía uma profusão de pretendentes. E parecia insatisfeita com todos. Ninguém servia para a sempre ativa e muito alegre irmã mais velha. Na verdade a jovem que agora já contava vinte anos, dispensara mais de um pretendente e estava a deixar sua mãe louca com tantas exigências.

Lily se preparava para realizar sua apresentação em alguns meses, quando completasse dezoito anos. E este era mais uma das muitas obrigações que o esperavam. Sem falar que na última carta recebida da mãe, ela lhe informava que não fosse para a casa principal, mas para a casa de campo, pois organizara um encontro de verão. Onde, ela queria naturalmente incluir seu filho mais velho. Agora com quase vinte e três anos, Dominic seria sem sombra de dúvidas o homem mais disputado de todos.

Quando ele e os primos chegaram, já havia outras pessoas no lugar. Poucas na verdade, o que lhe facilitou o trabalho de sumir do campo de batalha que se instalaria naquela casa durante as próximas semanas. Subiu em direção ao antigo quarto e lá se instalou adequadamente após um longo banho. Aquela parte da residência era tranqüila e silenciosa. Poderia descansar da viagem antes de ter uma boa conversa com Sophie exatamente como sua mãe lhe pedira. Na última carta, a marquesa se mostrava muito preocupada pela situação da filha mais velha que parecia ter caído de amores por um libertino.

*************

Não fazia muito tempo que Mabel estivera naquela casa. Na verdade, viera com Sophie há pouco mais de um ano. Era como estar na própria casa. Ali, ela passara boas experiências e gostava muito de retornar. Sophie a recebeu com alegria no olhar e um abraço apertado.

— Que bom que chegaram! – falou alegremente enquanto abraçava as amigas e Mabel logo percebeu seus os vermelhos da anfitriã.

— Este lugar é maravilhoso! Estou louca para aproveitar todas as atividades que sei, sua mãe preparou para nós. – Abigail soltou rodopiando alegremente.

— Ela se dedicou muito... – Sophie falou baixo e sem encarar as amigas chamou um dos empregados para carregar os objetos pessoais do trio para cima.

— Estou muito cansada, preciso de um banho. – Amy explicou enquanto entregava a maleta de mão para o jovem.

— Subam... seus quartos estão prontos. – e voltando-se para Mabel comentou – Sei que não se importará, mas desta vez você ficará com a senhorita Strang.

A senhorita Strang e sua mania de tagarelar sem parar? Ah! Mabel conseguia se imaginar apenas soltando pequenos monossílabos em resposta as muitas coisas que saiam da boca da agitada garota. E mostrou um breve sorriso antes de tentar tranqüilizar a amiga.

— Está tudo bem.

Elas trocaram um olhar compreensivo antes que a irmã do marquês falasse novamente:

— Subam... descansem bastante. – e com fingida animação informou: - Teremos uma noite de talentos...

Abigail e Amy bateram palmas satisfeitas. Estavam preparadas para tocar, cantar e declamar. Aquela com certeza seria a noite delas. E imediatamente seguiram o carregador.

Mabel parou no meio do caminho, vendo as irmãs já subindo em direção ao corredor dos quartos. Sophie a observou com estranheza.

— Podemos conversar por um minuto? – perguntou e logo recebeu uma resposta afirmativa sem palavras. Sophie apenas segurou sua mão e a conduziu para a sala principal que estava vazia naquele momento.

Assim que as duas entraram a garota loira recostou a porta. Mabel não sabia exatamente como começar a conversa. Mas, sempre seria melhor ir direto ao ponto, até porque com tanta gente transitando ali, elas teriam pouco tempo.

— O que está acontecendo com você? Pensei que a encontraria feliz! Mas, pelo jeito andou chorando.

Sophie apertou as mãos uma contra a outra antes de explicar:

— Também acreditei que assim seria.

— Sir Duff não virá? – só poderia ser esse o motivo. Se o atual pretendente da amiga tivesse algum compromisso, ou pior, tivesse apenas recusado o convite, os olhos vermelhos da outra estariam explicados.

— Ele virá... – ela disse e um soluço escapou da garganta da loira.

Mabel se aproximou da amiga. Então, o que estava acontecendo?

— Dominic... – ela começou.

— Seu irmão não virá? É isso?

A outra caminhou a esmo pela peça antes de falar:

— Ele não aceita sir Duff, Mabel. Me passou um longo sermão sobre como o considera um canalha e um libertino que jamais servirá para ser meu marido.

— O que você falou?

— Que o amo e que vou me casar com ele se me pedir.

— E seu irmão?

— Disse que se eu o desobedecer, me trancará em um convento.

A garota pequena, de olhos escuros abriu a boca surpresa pelo que ouvia antes de anunciar.

— Sua mãe não vai permitir!

— Ele enfrentou mamãe quando ela lhe disse que estava indo longe demais... mandou que se calasse, disse que faria o que deveria fazer. O que era sua obrigação...

Sophie desabou sobre uma cadeira e cobriu o rosto com as mãos.

— Foi um momento de terror Mabel... nunca imaginei que ele seria capaz de fazer isso... – ela ergueu os olhos apavorada – Meu irmão não é mais o mesmo...

Movimentos do lado de fora da porta alertaram a dupla para a chegada de outras pessoas.

— Precisamos ir... – informou entre lágrimas, imediatamente se colocando em pé e com a ajuda da amiga tentou se recompor antes de voltar a seus afazeres de anfitriã junto com a mãe.

— Podemos conversar mais tarde? – perguntou antes que tivessem chegado a porta.

— Claro... a hora que desejar.

Enquanto era conduzida ao próprio quarto Mabel pensava no tanto que as pessoas poderiam mudar. No tanto que as situações podem mudar. A amiga esperava passar dias agradáveis, apresentar o provável futuro noivo para o irmão. E agora acontecia isso! O que acontecera a Dominic? Ela se perguntou. Afinal, pela ocasião da apresentação de Sophie ele se mostrou amigável, até mais cortês do que ela esperava dançando com todas as amigas da irmã. E sendo muito gentil com todas.

Abriu a porta do quarto e encontrou a senhorita Strang já se aprumando e desistiu de pensar pois agora seu cérebro ficaria tomado pelas inúmeras informações que a outra colocaria para fora enquanto estivessem juntas.

******************

A primeira noite, após o jantar, foi dedicada a recitais de piano, de poesia e a apresentações de canto. Havia exatamente vinte casais na casa, descontando a marquesa e algumas poucas mães. Mas, naquela sala, naquele momento, se encontravam dezenove homens e vinte mulheres jovens e solteiras. A ausência era justamente do dono da casa. Sir Dominic Deeping.

Mabel se sentara junto a Abigail e Amy, Elliot estava do outro lado, em pé, junto ao grupo de rapazes, e de vez em quando a observava e sorria. Eles já haviam trocado algumas palavras durante um breve período de tempo antes do jantar. Mas, agora, estavam afastados como deveria ser. Especialmente porque a esposa do primo da marquesa, e mãe do futuro visconde, estava na casa também.

De repente, uma senhora sentou-se na cadeira vazia ao lado de Mabel e imediatamente a jovem se sentiu incomodada. A mulher exagerou no perfume, que era de um aroma adocicado e enjoativo. Sentindo um breve embrulho se formar no estômago por causa do cheiro, Mabel pediu licença e se ergueu sob os olhares distraídos das amigas.

A janela estava aberta para propiciar uma melhor ventilação, ela se postou ao lado de uma e finalmente deu graças por poder respirar ar puro. Então, algo atraiu sua atenção do lado de fora. Alguém estava cruzando o trajeto de cascalho que levava a cavalariça. A penumbra da noite poderia atrapalhar sua visão, mas ninguém conseguiria confundir aquela silueta. Era ele, o marquês, que sozinho seguia em passos cadenciados como se estivesse longe do mundo.

Por que ele fazia isso? Ela se perguntou observando rapidamente a marquesa sentada numa das primeiras fileiras, encantada com a apresentação de uma garota dinamarquesa. Todos perguntavam por ele desde cedo, desculpas variadas surgiram, mas ela garantira que o filho apareceria para o jantar. Entretanto, lá estava ele, muito longe do lugar onde deveria estar.

Dominic descia lentamente enquanto ouvia o som do piano e de uma voz aguda a cantar uma canção qualquer. Suspirou pensando que a mãe ficaria furiosa, mas, agora ele decidira que se teria as obrigações do marquês, poderia ter as vantagens também. E uma delas era não dar explicações, satisfação ou direitos a ninguém. Nem mesmo a própria mãe.

Entrou na cavalariça e o garoto que terminava de cuidar de um cavalo naquele momento prontamente se aproximou para o atender.

— Sele meu cavalo. – ordenou enquanto fechava o casaco até em cima.

Correndo o garoto foi atender ao pedido e pouco depois apareceu trazendo o cavalo branco a cabresto em direção ao seu dono. Dominic passou as mãos pela cabeça do animal antes de carregá-lo para o lado de fora.

— O senhor precisa de mais algumas coisa? – o rapazinho perguntou.

— Já fez seu serviço? – Dominic perguntou do alto do cavalo.

— Sim senhor... quer que o espere?

— Não! Vá dormir. Eu mesmo cuido do cavalo quando voltar.

O menino sorriu satisfeito. Devido ao horário que sempre acordava, se tivesse que ficar ali esperando pelo patrão voltar, talvez nem conseguisse dormir naquela noite. E sorrindo agradeceu:

— Obrigado senhor.

Já no salão, Mabel ainda se perguntava porque Dominic se afastava de todos daquela forma quando de repente sentiu uma presença ao seu lado. Com o canto do olho reconheceu a pessoa, era Elliot. Ela o encarou e ele a observou sério, com um olhar inquisidor. A voz masculina quando saiu estava baixa e contida. Era óbvio que ele estava zangado.

— Por que você está aqui, em pé, sozinha?

— Alguém exagerou no perfume, eu...  – tentou explicar.

— Sempre há quem abuse do perfume Mabel. Você não pode permanecer aqui sozinha por causa disso. – Elliot retrucou imediatamente.

A garota fez uma nova tentativa de explicar:

— Estava me sentindo enjoa...

— Se você ficar aqui sozinha, dará a outros a oportunidade de se aproximar. – ele a interrompeu.

— Você sabe que eu jamais...

— É melhor voltar para o seu lugar. – nova interrupção.

— Não vou me sentar ali. Vou passar mal! – ela reclamou enfrentando o olhar zangado do rapaz alto de cabelos castanhos e olhos verdes.

— Então vá para o seu quarto. – ele ordenou entre dentes e ela sentiu a garganta travar.

— Não! – respondeu baixo e se afastou dele lentamente para se acomodar na outra janela. Certamente que Elliot não viria atrás dela novamente, pois ali, a mãe dele poderia vê-los conversando.

E teve razão, no restante da noite ele a controlou de longe, ainda olhando-a do mesmo jeito. Com o mesmo olhar. Ela suspirou triste pensando que não era apenas Sophie quem estava se sentindo pior do que imaginava que se sentiria.

Tantos meses longe se comunicando apenas por cartas, para quando se encontrarem acontecer esse tipo de coisa. Ela nunca lhe dera motivos para que desconfiasse de sua honra. Nunca olhara para nenhum outro. Ela o amava. Por que Elliot não entendia isso? Se perguntou travando as lágrimas com dificuldade.

*************

Era já manhã quando Dominic saiu da cavalariça. Seus cabelos estavam úmidos do sereno, e a casaca respingada. As botas sujas de farelo e casca de arroz. Seu cavalo estava limpo, alimentado e descansando, ele queria chegar em casa antes que os primeiros movimentos começassem.

Seguia solitário pela mesma estrada da noite anterior quando viu alguém sob as treliças de trepadeiras. Era uma garota, estava com um vestido fino, os ombros mal cobertos por um xale lilás e os cabelos castanhos presos apenas por uma longa trança que descia até o final das costas. Inusitadamente ela estava em pé no banco, bisbilhotando algo que se acomodara na parte de cima da treliça, entre as ramas da trepadeira. Ela se moveu e ele soube quem era.

— Senhorita Nagle! – falou mais alto do que o pretendido, ela se virou assustada e rapidamente.

— Oh! – Mabel disse se desequilibrando e logo sentiu um par de mãos geladas a segurarem sua cintura.  – Dom... – começou e logo remendou: - sir Deeping! – ela estava em cima do banco de madeira, mas o rosto dele ficava praticamente na altura do dela.

— O que faz aqui tão cedo? – ele perguntou sem soltá-la.

— Perdi o sono... – falou sinceramente. – Precisava caminhar.

Ele compreendia isso.

Lentamente Dominic soltou as mãos da cintura fina sem deixar de encarar os olhos escuros.

— O que estava examinando com tanta atenção? – ele voltou a perguntar em tom educado e sério.

— Há um ninho aqui...  – apontou para cima – ouvi o som dos filhotes e pensei em dar uma olhada... não sabia que o senhor ainda... – se calou ao perceber que falaria demais.

O rosto dele estava úmido, os cabelos molhados, a roupa trazia os respingos do orvalho da noite. Sem falar nas mãos geladas. Era óbvio que ele não estava vindo de dentro da casa. Sem falar que o marquês vestia apenas camisa e casaco. Sem nada de mais formal.

Num movimento rápido ele se colorou ao lado dela na parte de cima do banco. Assustada Mabel segurou o casaco dele involuntariamente e imediatamente sentiu as mãos geladas sobre seus braços.

— O que... o senhor vai fazer? – perguntou nervosa.

— Tentar ver o que a senhorita parece não ter visto. – ele informou ainda com aquela voz profunda e séria.

Alguns segundos passaram, eles se soltaram, Mabel tentou dar um passo para longe sem obter sucesso, e finalmente Dominic segurou os ombros dela obrigando-a a se virar.

— Veja... encontrei... – falou sem mostrar qualquer emoção. – Está aqui. – o dedo longo apontava a direção enquanto a manga da casaca masculina roçava a lateral de seu cabelo provocando um leve embrulho na boca do estômago.

Ela se obrigou a olhar na direção indicada e finalmente viu os pequenos filhotes, foi só nesse momento que Mabel realmente relaxou. Eles eram miúdos, delicados, e estavam com a boca aberta a espera de comida.

De repente sentiu o ar frio da manhã batendo contra suas costas. Ele havia descido do banco. Mabel se voltou e percebeu que ele parecia ainda mais sério naquele dia do que no baile. Seus traços não eram tão... ela não sabia definir. Havia dureza em cada linha da face masculina. Então, lembrou de algo.

— Nunca cheguei a agradecer ao senhor... por ter me socorrido naquele dia quando...

Ele deu um passo para trás quando a garota fez menção de descer do banco e estendeu a mão para auxiliá-la.

— Não é necessário. – a voz continuava firme, mas a resposta determinava que ele também lembrava do incidente. – Fiz apenas o que deveria fazer.

Ela sabia disso. Mas, de alguma forma, parecia menos egoísta quando a pessoa ajudada acredita que recebeu o auxilio porque o outro queria não porque deveria fazer. Entretanto, infelizmente, ser gentil porque queria ser não fazia parte da personalidade de Dominic. Ele só fazia o que deveria fazer.

O movimento na casa se intensificava, os olhos azuis se fixaram na janela acima das cabeças deles e um breve vinco se formou entre eles. A boca se espremeu.

— Se me der licença senhorita Nagle... preciso... entrar... – ele queria dizer sumir.

Ela gesticulou brevemente com a cabeça inclinando o corpo de forma educada.

— Bom dia... – ele concluiu titubeando por um segundo ou dois antes de finalmente sumir da frente dela tão rápido quanto surgira.

Lentamente Mabel se sentou no banco. Tentando acomodar as batidas do coração que ela nem percebera que estavam aceleradas. Um longo e estranho suspiro escapou por seus lábios. Estava tão distraída que nem notou a aproximação do jardineiro. O homem a olhou com estranheza e só então ela lembrou que não se arrumara adequadamente para um ambiente público e tratou de seguir para dentro de casa.


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Notas finais do capítulo

Elliot é mandão. Mas acho q Mabel não é bobinha. Granças aos céus. kkkkk Dominic é uma fera enjaulada dentro dele mesmo. BJJJJJJJJJ a todas q estão acompanhando e um especial para a Lahi pelos reviews maravilhosos. Até o proximo.