Conte Nossa História escrita por LilyMPHyuuga


Capítulo 7
Aniversário


Notas iniciais do capítulo

♪"Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar..."
Gostam de Roberto Carlos? xD
Desculpem, me empolguei! Senti saudades daqui... ♥ Agradeço pelos comentários, RS, Leh, Aninha, Inara e Aliyce! Vocês são um amor! ♥ E obrigada por votarem sobre o tamanho dos capítulos! Os votos, que eu juntei com os do Spirit, resultaram numa preferência por capítulos maiores, mas somente por um voto de diferença. E ainda teve alguns que disseram "pode aumentar, mas o tamanho está bom", e variações do tipo. Vocês me confundiram um bocado, rsrs. ^^" Então, para agradar a todos, eu vou aumentar um pouco os capítulos. Mas só um pouco, para não ficar cansativo para as pessoas que pediram para continuar com o tamanho padrão. Esse capítulo ainda está do tamanho que vocês estão acostumados porque já estava pronto. Os próximos já virão um pouco maiores (ainda não sei quanto, mas devo chegar em 5 mil palavras). ^^"
Obrigada por tudo!
Boa leitura!



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Acordou com uma discussão vinda da sala de estar. Olhou o relógio na cabeceira da cama e viu que não passava das oito da manhã. Levantou sem fazer barulho, pôs um robe e andou ainda mais silenciosamente até a sala. Reconheceu as vozes de Draco e Harry e, em dúvida se deveria ouvir a conversa, escondeu-se no corredor.

— Você não entende! – Harry dizia, desesperado, de um lado – Eu não posso ir!

— Mas você precisa! Aquele lugar está um caos!

— Mas Hermione ainda não se recuperou totalmente! – O moreno remexia nos cabelos, em agonia profunda – Ela ainda está se adaptando! Somente ontem consegui fazê-la dormir sem poção ou legilimência!

A mulher arregalou os olhos. Desde quando Harry usava esses truques?!

— Hermione não é uma criança, Harry! Ela pode passar alguns dias sozinha!

— Você me falou em semanas!

— Mas somente se você não capturar o desgraçado na primeira oportunidade!

Harry bufou em protesto, dando as costas ao loiro.

— O Ministério está de pernas para o ar sem ela, Harry... Não podemos ficar sem você também.

Era o decreto final. Nem Hermione duvidou que Draco estava falando sério.

— Se você passar mais de uma semana fora, eu e Gina a levaremos lá para casa – garantiu Malfoy. – Não há com o que se preocupar. Hermione não estará sozinha.

Sem saber de onde reunira coragem, Hermione aparecera na sala, imponente e sem hesitação nenhuma. Os dois se surpreenderam com sua presença repentina, mas ela não os deixou falar, dirigindo-se a Draco:

— Não se preocupe. Harry estará lá.

O loiro demorou um pouco para se recuperar do susto.

— Bom dia, Hermione.

— Bom dia. Como está Gina? – Ela rapidamente perdeu o tom sério, ganhando um bobo ao falar da amiga.

— Engordando – apenas ele e Hermione sorriam. Harry ainda estava de costas para a esposa. – Fomos em um medi-bruxo há dois dias. O bebê está ótimo.

— Ah, que bom! Mande um abraço a ela por mim.

— Mandarei.

Draco lançou um último olhar para o moreno e um aceno para Hermione antes de sair para o jardim. Harry, completamente indeciso, olhou a esposa por um instante e resolveu ir atrás do loiro.

— Estou falando sério, Potter! – A mulher conseguiu ouvir ao chegar perto da porta – Ou parte o mais rápido possível ou pode entregar sua carta de demissão. Não há motivos para você ficar!

— Mas Hermione...

— Já disse que Hermione será bem cuidada! Arrume suas coisas e as dela. Em dois dias você viajará para a Alemanha e Hermione irá para minha casa. Fim de conversa.

E desaparatou.

 

~*~


“Time stands still (O tempo fica parado)
Beauty in all she is (Há beleza em tudo que ela é)
I will be brave (Eu terei coragem)
I will not let anything take away (Não deixarei nada levar embora)
What's standing in front of me (O que está diante de mim)
Every breath (Cada suspiro)
Every hour has come to this (Cada momento trouxe a isso)
A Thousand Years – Christina Perri

           

— Não há mesmo com o que se preocupar, Harry – Hermione falou confiante assim que entrara na sala e jogara-se sobre o sofá. – Posso me cuidar muito bem sozinha. Devo confessar que fiquei quase ofendida por não acreditar nisso.

Harry a olhou nos olhos. Hermione vacilou por um segundo, mas continuou sustentando seu olhar.

— Por que duvida de mim?

“Pare de me olhar desse jeito, como se tentasse adivinhar meus pensamentos! Talvez ficasse surpreso ao saber que realmente posso ficar sozinha. Não estou fazendo nenhum joguinho”.

— Não duvido – falou, por fim. Desviou o olhar do dela, escondendo o rosto nas mãos. – Merlin, por que tudo tinha que acontecer ao mesmo tempo?

— Tudo o quê?

— Tudo! Seu acidente, esse caso infeliz, seu aniversário...

— Perdão?

Harry a olhou novamente. “Que dia é hoje?”, ela se perguntava. O moreno permitiu-se sorrir um instante. Levantou-se e a pegou pela mão, arrastando-a até seu quarto.

— Não acredito que não viu! – Ele sorria enquanto abria a porta, deixando-a curiosa.

Hermione reparou assim que entrou.

— Ah, eu tinha olhado para o outro lado! – Falou apontando para a mesinha de cabeceira com o relógio.

A mulher correu até o outro lado da cama, sorrindo abertamente ao pegar as flores e um pequeno embrulho.

— Não é um livro? – Perguntou surpresa. O pacote cabia em uma de suas mãos. “Pacote” era um exagero. Era uma pequena caixinha, um cubo. Hermione não tinha ideia do que poderia ser. E quando a abriu, o semblante de confusão não sumiu de seu rosto. Era um ticket. – O que é isso?

Harry fingiu estar magoado.

— Poxa vida, nem um obrigado pelas rosas?

Ela riu. “Poderia beijá-lo por essas flores, seu bobão!”.

— Você já sabia que amo rosas brancas.

— E o que que tem? Nem um beijo ganho por elas?

Hermione ficou ruborizada, e Harry aproveitou a oportunidade e roubou-lhe um beijo nos lábios.

— Você fica linda envergonhada!

— Seu bobo! – Deu uma tapinha nele – Deixe de enrolação e me diga o que significa esse papelzinho.

— Significa que você tem que trocar de roupa. Vamos sair.

 

 

— Está falando sério? – Hermione tinha os olhos arregalados.

Harry sorria de orelha a orelha, confirmando com a cabeça.

— Um gato? – Ele confirmou novamente – Você nunca gostou do Bichento!

— Quem disse isso? Eu sempre gostei dele! E ele me amava! Rony que nunca gostou do coitado.

— Quase nunca o vi com ele.

— Ele sempre me fazia companhia durante as noites, em Hogwarts. A culpa não é minha se você preferia dormir a me fazer companhia...

Hermione deu-lhe outra tapinha.

— Ora, vamos! Escolha logo um!

Rendendo-se à paixão que sempre sentira por gatos, decidiu-se por um filhote Angorá. Era pequenino, com a pelagem branca e mais macia que já sentira e com belos olhos azuis. Ao olhar a nova dona, o pequeno felino miou satisfeito.

— São três galeões – a vendedora bruxa informou. Harry a pagou e virou-se para Hermione, ainda contente.

— Feliz aniversário!

A morena sorriu também, nem pensando direito ao se virar para o marido e puxá-lo para um beijo. Fora rápido, e ela rapidamente o soltara, deixando-o com um sorriso bobo no rosto.

— Obrigada!

Hermione saiu da loja, animada. Harry, ainda surpreso, saiu de seus pensamentos ao ouvir uma risadinha. A vendedora olhava para o casal, encantada.

— Ah, o amor – suspirou. – Não perca essa mulher, Sr. Potter!

Riu, agradecendo uma última vez e seguindo a esposa pela rua.

— Aonde vamos agora?

— Ao Gringotes.

Hermione deu de ombros, ainda paparicando o novo bichinho de estimação. Ficou chateada, no entanto, ao ter que deixá-lo na recepção do banco, sob os cuidados de um duende qualquer.

— Cuide bem dele, por favor – a morena implorou, tristonha. – Acabei de ganhá-lo.

Entraram em um dos carrinhos e desceram fundo. Não tão fundo como fizeram há muitos anos (poucos meses na memória dela), eles lembraram, sorrindo cúmplices.

— Cofre 687 – anunciou o duende.

Harry saiu do vagão, ligeiramente enjoado, e ajudou a esposa a sair também. O moreno tirou a chave do bolso e abriu o cofre. O brilho de incontáveis galeões quase os cegou por um segundo, mas logo ele se recuperou e entrou no pequeno aposento, catando moedas de ouro, prata e bronze. Pôs tudo numa bolsinha de couro e a entregou para Hermione assim que saiu. A mulher parecia surpresa.

— Tome – ergueu a bolsa em sua direção.

— O quê?

— Você passará alguns dias sozinha. Vai precisar de dinheiro. E, se não me falhe a memória, a despensa está quase vazia.

— Faremos as compras agora então! – Falou nervosa – Não posso aceitar seu dinheiro!

Harry notou seus pensamentos num instante: orgulho.

— Esse dinheiro é nosso, Mione. Vamos, pegue de uma vez.

— Harry, não! Eu não posso aceitar!

— Mione... – Aproximou-se dela, falando baixo ao notar o olhar curioso do duende – Deixe de bobagem. Seu salário vem parar aqui também.

— Mas eu...

— Com licença – Interrompeu, chamando a atenção do duende. – Qual é o seu nome?

— Abaturc, senhor – respondeu contrariado.

— Sr. Abaturc... Pode me contar um pouco sobre o cofre de minha família?

A criatura estreitou os olhos em sua direção. Hermione segurou sua mão de repente.

— O Cofre 687 – começou irritadiço – pertence à família Potter há 386 anos. O cofre é passado de pai para filho há gerações, e atualmente é de propriedade de Harry e Hermione Potter.

Sentiu a mão de Hermione apertar a sua. Guardou a bolsinha com o dinheiro, agradeceu ao duende e voltaram, os três, ao vagão. A mulher ficou calada durante toda a viagem, e só mencionou um “Obrigada” quando pegou o gato de volta. Já estavam na rua quando Harry riu de seu silêncio.

— Você é uma boba, minha Mione...

Pelo canto de olho pode vê-la abaixar a cabeça, envergonhada, mas sem soltar sua mão.

— Preciso passar no Ministério antes de voltar para casa, acertar os últimos detalhes da minha viagem – a parou quando estavam próximos da saída do beco. – Você pode ir para casa e começar a arrumar suas malas.

— Não posso ir com você? – Estranhou a mulher.

— Não é uma boa ideia. Se o ministro a ver por lá pode pensar que já está boa o suficiente para voltar ao trabalho.

— O que não é uma mentira...

— Mas não é aconselhável – completou o moreno. – Não vou me demorar, espero. Não se esqueça de aparatar no jardim. O bairro é trouxa.

Harry deu um terno beijo na testa de Hermione e desaparatou em seguida.

 

~*~

 

— Hermione Potter! – Ouviu duas vozes conhecidas gritarem seu nome. Não pode evitar o sorriso quando a chamaram de “Potter”. Gina e Luna nem perceberam que era por isso que sorria tanto quando as abraçou. Claro que sentiu saudade das amigas, mas aquela nova vida (a de casada com o homem de seus sonhos) estava lhe parecendo cada vez melhor.

Richard, que estava no colo de Luna, logo se animou ao ver Hermione, jogando-se nos braços da morena assim que estavam próximos o suficiente.

— Tia Mione!

Hermione ficou completamente sem-graça ao abraçar aquele pequeno ruivinho, mas entregou-se ao carinho do menino, dando beijos estalados por seu rosto, fazendo-o rir. Luna e Gina perceberam seu constrangimento, e a morena soube que Richard não sabia de nada, o que significava que teria que agir como a Hermione Potter que ela não conhecia.

“Seja a Hermione que você é, a voz de Harry ecoou em sua cabeça. “Ela é a mulher que eu amo”.

Então bastava ser ela mesma.

E ela mesma já estava apaixonada pelo filho de Rony e Luna!

Afastou-se um pouco da pequena criança, sem deixar de abraçá-la. Os cabelos ruivos eram tão bagunçados quanto os do pai, assim como o rosto oval e o queixo pontudo. Tinha também as mesmas sardas que caracterizavam tanto o rosto do amigo, e Hermione notou apenas um detalhe que o garoto herdara de Luna: os claros olhos azuis. Olhos sonhadores...

— Como você está grande, garoto! Andou comendo como seu pai, não foi?

Richard riu, contente.

— Que gatinho é esse?

— Ah! – Ela mostrou-lhe o bichinho praticamente adormecido em seu outro braço – Tio Harry me deu. Lindo, não é?

O ruivinho passou a mãozinha por cima do felino, fazendo carinho.

— Ele parece um mingau.

— Um mingau? – Riu – Por quê?

— Porque ele é mole... E branco. Posso segurar?

— Claro. Mas devagar, tudo bem? Ele é só um bebê.

Richard prometeu cuidar bem dele, e segurou o bichano do jeito que a tia ensinava. Hermione notou os olhos de Luna brilharem em sua direção. O que aquele olhar significava?

— Podemos tomar sorvete, tia?

Hermione voltou sua atenção a ele, fingindo pensar a respeito.

— Com uma condição. – Richard aguardou ansioso pela regra – Só aceito se for agora!

O menino comemorou no colo da madrinha (algo que Luna lhe dissera logo depois), saindo do colo e arrastando as três até a sorveteria mais próxima. As mulheres colocaram o papo em dia até Richard e o gato caírem no sono. Assim que Gina teve certeza que o sobrinho dormia profundamente no colo de Luna, cerca de quatro horas mais tarde, não perdeu tempo para cercar Hermione:

— E então, como anda a vida de casada?

— Co... Como assim? – Perguntou encabulada.

— Ora, não precisa ficar vermelha! – A ruiva ria – Só perguntei, inocentemente, se já está se agarrando com Harry!

Hermione abriu a boca num “O”, no que Luna e Gina riram.

— Qual é o problema, Hermione? – Falou Luna sorridente – Harry é seu marido, não é nada de mais.

— Vocês só podem estar brincando! – Hermione disse, descrente, tomando um pouco mais de sorvete para disfarçar.

— Mione, eu sei que no começo foi difícil de acreditar – começou Gina, num tom carinhoso que surpreendeu a morena – mas vocês já estão morando juntos há quase uma semana! Não rolou nada? Quero dizer, Harry é claramente louco por você! Imagino que esteja sendo difícil para ele aguentar o “nada”.

— Harry é meu amigo...

— Não! – Interrompeu Luna, no mesmo tom que Gina – Harry é seu marido... Sei que pode parecer rude o que vou dizer, mas por mais que você não tenha ideia do que aconteceu nos últimos oito anos, não pode se fingir de inocente. Não pode viver na ilusão que nada aconteceu nos últimos oito anos.

Hermione ficou ainda mais vermelha. A verdade é que evitara pensar no assunto, principalmente depois que ela e Harry decidiram dormir em quartos separados.

— Por Merlin, Mione, eu já tenho um filho! E só comecei a sair com Rony depois do seu segundo casamento!

— E eu e Draco estamos juntos há cinco anos – concordou Gina. – E olhe no que deu.

E mostrou a barriga saliente de quase cinco meses.

— Não tem mais dezoito anos, Mione... – Gina falou doce – Hoje você faz vinte e sete. Hora de deixar a adolescência para trás.

 

 

Já estava perto de casa quando começou a chover. Não passou a andar mais rápido por isso – apenas se certificou que Mingau, seu novo companheiro felino, continuava seco e adormecido dentro da bolsa. Caminhar a fez muito bem. Sempre fizera. Sempre fazia com que clareasse a mente, colocasse os pensamentos em ordem e as emoções sob controle. E aquele dia fora bastante... Intenso.

Parou em frente à sua casa e percebeu que não tinha a chave. Olhou para os lados e percebeu algumas crianças da vizinhança brincando na chuva, os pais os vigiando pelas janelas. “Nada de magia, então”, concluiu Hermione. Ao mesmo tempo em que agradecia mentalmente pelo marido ter lhe mostrado a casa de maneira não-mágica (quando foi liberada da enfermaria de Hogwarts, Harry preferiu pegar um táxi assim que aparataram na capital britânica), continuava sem entender como eles resolveram se mudar para um bairro completamente trouxa de Londres. Suspirando, fez então a única solução possível para o momento, rezando para que Harry estivesse em casa:

Apertou o botão da campainha.

— Tudo bem, tia Mione? – Um dos garotinhos que brincava na chuva a abordou.

— Tudo, querido – disfarçou com um sorriso. – Só me esqueci de pegar a chave antes de sair, e Harry saiu por último.

— Ah... – Acreditou o menino – Acho que vai precisar de um guarda-chuva, tia. Não vi o tio Harry chegar ainda.

“Porque provavelmente aparatou em casa...”.

— Ah, não precisa. Espero aqui na calçada mesmo.

E sentou-se. O menino a olhou desconfiado por um instante, mas deu de ombros logo em seguida e voltou a brincar com os amigos. Não demorou um minuto até ouvir um barulho na fechadura e um confuso Harry Potter aparecer pela porta. Avistou Hermione sentada na calçada e nem hesitou ao ajudá-la a se levantar e lhe dar um abraço apertado.

— Por Merlin, achei que tinha se perdido! – Ouviu a voz abafada dele enquanto lutava para respirar.

— Harry... Está me esmagando!

— Céus! – Ele se afastou rapidamente – Desculpe, eu... – Ele abaixou o tom de voz – Por que não aparatou em casa?

— Porque precisava dar uma volta...

Foi o suficiente para Harry, que sorriu e passou um braço por seus ombros, guiando-a para dentro.

— Onde esteve o dia todo?

— No Beco Diagonal. Com Gina e Luna. – Harry a olhou surpreso, tirando a varinha do bolso assim que entraram e secando-a – Conheci Richard.

— É mesmo? – Harry sorriu bobo – E então? Gostou de nosso afilhado?

— Quando ia me contar isso?

Harry respirou fundo por um momento, desviando o olhar e acendendo a lareira para esquentá-los.

— Enfim... – Continuou a mulher, impaciente com as constantes perguntas sem respostas – Elas pagaram o almoço e boas horas na sorveteria para que colocássemos o papo em dia. E me constranger também...

Lembrou-se das conversas indecentes, e ficou vermelha só de lembrar. Cobriu o rosto, com vergonha. “Harry é um pedaço de mau caminho, e você, Sra. Potter, deve aproveitar o homem que tem em casa!”, a voz de Gina ecoou, como se estivesse ali, ao seu lado, rindo de sua timidez.

Ouviu uma risadinha de Harry, e levantou o rosto para olhá-lo. Ele se aproximava, sentando ao seu lado.

— Essa sua cara... – Falou divertido – Aposto que foi Gina falando coisas indecentes.

— Você não faz ideia...

— Acho que tenho, sim.

Harry notou sua hesitação, ficando sério como ela. Hermione não desviou o olhar quando falou:

— Elas acabaram soltando algo que eu não sabia, para variar.

— O quê?

Ele quase gaguejou. O coração da morena se apertou.

— Você não falou que eu já engravidei – a voz saiu baixa, tímida, triste. – E que perdi o nosso bebê.

Harry demorou um pouco para responder, olhando-a fixamente mesmo que ela desviasse seu olhar de vez em quando, tentando esconder as lágrimas. Parecia escolher as palavras antes de dizer:

— Eu estou esperando o momento certo para lhe contar tudo. Não creio que ele tenha chegado.

Não deu para esconder o semblante decepcionado.

— E quando será o momento certo?

Harry ergueu o braço, acariciando o rosto dela levemente, e segurando-o quando ela insistia em desviar o olhar.

— Logo, eu prometo – deu-lhe um breve, mas carinhoso, beijo nos lábios. – Antes que você descubra sozinha e nunca me perdoe por isso.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem ainda! ^^"
Eu ainda preciso construir o relacionamento deles antes de fazer o Harry contar tudo, então eu peço só mais um pouquinho de paciência. ^^"
E como os capítulos vão aumentar um pouco, o passado ficará cada vez mais perto! ♥ Estou ansiosa para contar tudo! ♥ ♥
Espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo! =*