Tempos de Guerra escrita por PeaceOn


Capítulo 14
Traidor


Notas iniciais do capítulo

Galera, esse capítulo ta top, mais problemas, mais tretas, afinal, as coisas não podem acontecer tão fácil não é mesmo? Hahahaha, espero que todos gostem!
Boa leitura galera!



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Os seis heróis tiveram um ótimo sono (menos Po, que foi mordido e arranhado a noite inteira), mesmo estando de dia, a caverna era escura e aconchegante.

Eles acordaram e se prepararam para continuar, eles queriam apertar o passo para chegar em casa de noite. Enquanto eles caminhavam, Víbora chamou Tigresa para conversar. As duas deixaram os quatro irem mais na frente, e ficaram mais atrás para conversar.

— Então Tigresa? Você conversou com o Po sobre aquilo? (Perguntou Víbora, curiosa)

— Sim, nós conversamos. (Tigresa)

— E? (Víbora)

— Eee... Está tudo bem, ele não se importou,. Está tudo resolvido, nós continuamos amigos, e é isso. (Tigresa)

— Peraí, você não falou que estava apaixonada por ele? (Víbora)

— Eu achei melhor não. (Disse Tigresa, omitindo o que realmente havia acontecido)

— Como assim? (Víbora)

— Eu achei melhor ficar mais na minha sabe? (Tigresa)

— Bom, é sua vida, você decide o que é melhor para você. Mas só uma coisa, uma pergunta, então, vocês dormirem juntos na caverna não significou nada? (Víbora)

— Não! Eu só estava com sono, e ele, como um bom amigo, me deixou apoiar nas suas costas. (Tigresa)

— Ahh, claro. E você ficar mordendo e arranhando ele, também foi um ato amigável? (Víbora)

— Apenas uma amizade forte. (Tigresa)

— Claro. (Disse Víbora, em um tom de desconfiada)

Com os quatro:

— Eai Po, como foi? (Macaco)

— O que? (Po)

— A viagem com a Tigresa! (Garça)

— É gostoso dormir com ela? (Louva Deus)

— Bom, ela as vezes mor... Ei! Peraí! (Po)

— Nem adianta mentir Po, nós vimos vocês dois na caverna. (Macaco)

— Vocês só dormiram juntos hoje, ou na noite passada também? (Garça)

— Aquilo na caverna, foi só um ato amigável, eu apenas queria ajuda-lá, ela estava muito cansada, nós não tivemos tempo de dormir na ida. (Po)

— E foi só isso que rolou? (Louva Deus)

— Só isso! (Po)

— Nem uma declaraçãozinha de amor da sua parte? (Macaco)

— Não! E por que a declaração seria da minha parte? E não da dela? (Po)

— Porque ela é a Tigresa. (Garça)

— Faz sentido. (Disse Po, se lembrando que havia sido ela que tomou a iniciativa)

Os guerreiros continuaram sua jornada de volta ao vale. Eles estavam correndo para chegar mais rápido, parando em alguns momentos devido a asma de panda de Po.

Os guerreiros chegaram antes do esperado no vale. Era por volta das 22:00 da noite quando eles chegaram nos portões. Ao entrarem, todos foram surpreendidos, algumas partes do vale estavam destruídas, claramente ele havia sido atacado.

Os seis correram para o restaurante do Sr Ping, pois Po foi ver se seu pai estava bem. Ao ver que ele estava bem, e que o restaurante estava intacto, os seis correram para o palácio, para ver Shifu.

Ao chegarem no palácio, encontraram Shifu e Sábio falando com um corvo no pátio, ele estava amarrado a um poste.

— Mestre! O senhor está bem? (Todos)

— Vocês voltaram. Como foi a missão? Trouxeram os pergaminhos? (Shifu)

— Nós tivemos um problema mestre. (Po se pronunciou)

— Qual? (Shifu)

— Quando nós fomos pegar o pergaminho, eu e Tigresa nos deparamos com mais de 100 pergaminhos, e nós não tínhamos tempo para olhar todos e encontrar o certo. (Po)

— Nós incendiamos a base, explodindo-a em seguida. (Po)

— Muito bem senhores, pelo menos eles não conseguirão recuperar os pergaminhos. (Shifu)

— O que aconteceu aqui mestre? (Perguntou Po, preocupado)

— Assim que vocês saíram, nós fomos atacados. O maior ataque deles ao vale até agora. Só eu e Sábio podíamos defender o vale, mas não fomos páreos para eles. Por sorte, a nova funcionária do seu pai apareceu. (Shifu)

— Akame? (Perguntou Po, surpreso)

Tigresa olhou para o panda, enciumada.

— Sim, a pantera. Ela luta bem, da onde ela é? (Shifu)

— Eu não tenho ideia, ela simplesmente apareceu no restaurante do meu pai. (Po)

— Você sabe com quem que ela treinou? (Shifu)

— Não mestre. (Po)

— Bom, aproveite que ela trabalha para o seu pai, e descubra quem ela é. Assim que terminarmos de conversar, vá para o restaurante e converse com ela. (Shifu)

— Sim mestre. Mas, você não disse, por que esse corvo está aqui? (Po)

— Ah, sim. No ataque nós percebemos uma coisa, eles tinham pergaminhos que falavam exatamente como era o palácio, por dentro e por fora, o vale, tudo. Eles esperaram vocês saírem, o momento que o vale fica mais vulnerável, para atacarem. Como eles sabiam que vocês estavam fora do vale? Não foi coincidência, não existem coincidências. Nós estamos com ele aqui para tentar descobrir que é o traidor dentro do palácio. (Shifu)

— Isso não é bom, temos que descobrir quem é rápido! E se for a Akame? Ela aparece misteriosamente, e essas coisas começam a acontecer, como você disse mestre, não existem coincidências. (Interviu Tigresa)

— Ela nunca esteve no palácio, porém não podemos deixar de pensar que ela é a traidora, tome cuidado Po, e tente descobrir isso. Vá agora. Os outros podem ir descansar. (Shifu)

— Obrigado mestre! (Todos menos Po) / Sim mestre! (Po)

Po foi até o restaurante de seu pai, para falar com Akame.

— Oi Akame, tudo bem?

— Oi Po, como foi sua missão? (Perguntou Akame, dando um sorriso como sempre)

— Foi muito boa! Então, eu fiquei sabendo que o vale foi atacado pelos assassinos, e que você ajudou Shifu e Sábio a detê-los. (Po)

— Não foi tanto assim, eu só dei uma ajudinha. (Akame)

— Não se sinta constrangida, isso foi show de bola! Mas, no outro dia, você acertou a mão daquele homem arremessando uma faca, e pegou em cheio! E eu acabei ficando muito curioso em saber da onde você veio, quem te treinou, enfim, te conhecer meelhor. (Po)

— Po, você é o dragão guerreiro, você deve ter coisas melhores para fazer do que ficar ouvindo minhas histórias. (Akame)

— Que isso! Eu vou adorar ouvir suas historias! Vamos, para um pouco de arrumar essa cozinha e se sente comigo aqui, vamos conversar um pouco. (Po)

Akame saiu da cozinha e se sentou com Po, os dois estavam sentados em uma mesa para dois, um de frente pro outro.

Enquanto isso, no palácio:

Todos estavam indo para seus quartos, menos Tigresa, que ia para o lado oposto.

— Onde você vai Tigresa? (Víbora)

— Eu estou com vontade de comer macarrão. (Disse Tigresa, indo em direção as escadas doo palácio)

Enquanto isso, no restaurante;

— Então, da onde você veio? (Po)

— Eu nasci em uma pequena cidade de pescadores, no litoral da China, meu pai era pescador e minha mãe ficava em casa, cuidando de mim. Quando eu era adolescente, eles me mandaram para Meijang, achando que eu teria um futuro melhor se eu fosse por lá. O problema, é que as pessoas daquela cidade nojenta (essa foi a primeira vez que Po sentiu raiva na fala dela) não gostam de pescadores. Eu não arranjava trabalho, as pessoas se aproveitavam de mim (nesse momento, Akame mostrou seu ombro esquerdo para Po, nele havia uma grande cicatriz).

— Meu deus, o que aconteceu com você? (Po)

— Eu estava sem dinheiro, não tinha como comprar comida, então um dia tentei roubar uma fruta de um vendedor em uma feira, ele me viu roubando e me acertou com sua faca. A partir desse dia eu decidi que não deixaria mais as pessoas passarem por cima de mim. (Akame)

— Eu não consigo acreditar que ele teve coragem de fazer isso! Mas depois, você fez o que? (Po)

— Eu aprendi kung fu. (Akame)

Nesse momento Tigresa apareceu na porta do restaurante, nenhum dos dois havia notado nela, mas o que mais a chocou foi ver Po, olhando fixamente para os olhos da pantera, sem nem sequer notar sua presença. Ela foi entrar, porém recuou. Ela se virou e voltou para o palácio. Indo direto para seu quarto ao chegar nele.

— E quem foi seu mestre? (Po)

— Ninguém, eu aprendi sozinha. (Akame)

De repente, três assassinos apareceram, eram iguais aos que atacaram Po e Tigresa aquele dia.

— Vai pra dentro! (Po)

— Eu vou lutar ao seu lado dragão guerreiro! (Akame)

Os três correram para cima deles. Eles utilizavam aquelas luvas com garras, e sapatos com espinhos. O da frente tentou acertar a costela de Po, porém o panda o segurou e passou uma rasteira nele. Ao cair, o assassino derrubou Po com suas pernas. Po girou para o lado, pois o assassino tentava acertá-lo com suas luvas. Em um dos golpes, Po conseguiu para-lo com uma cadeira, a mão do assassino ficou presa nela. Po aproveitou para se levantar, ele tentou acertar um chute no assassino, mas ele desviou e levantou, acertando a cadeira em Po, quebrando-a nas costas do panda. Po caiu um pouco atordoado, pois mesmo sendo nas costas, ele não podia ignorar a dor. Ele olhou para Akame e ficou impressionado. Ela lidava com dois assassinos ao mesmo tempo. Ela conseguiu desviar dos dois e pegar uma faca de um deles. Com uma joelhada na boca do estomago de um, ela fez com que ele se curvasse, pulando por cima das suas costas e enfiando a faca nas costas do assassino que acertará Po com a cadeira. Ela se virou e acertou um chute no assassino que estava curvado, derrubando-o.

Po se levantou e correu contra o outro, o único ainda de pé. Ele te puxou uma faca e atacou Po com ela. Po desviou dos dois primeiros golpes e no terceiro ele parou a mão do assassino com seu braço, pegando o cotovelo do assassino com sua outra mão, fazendo com que o assassino enfiasse a faca em si mesmo.

Enquanto isso acontecia, Akame pegou a faca que havia enfiado nas costas do outro assassino, e a usou para finalizar o assassino que ela havia derrubado.

— Bom, temos que limpar essa bagunça. Eu cuido dos corpos, você cuida do restaurante, pode ser? (Po)

— Claro. (Akame)

Po pegou os corpos e os colocou em cima de seu ombro.

— Ei Po! (Akame)

— Sim? (Po)

— Eu adorei nossa conversa! Se você quiser vir amanhã de novo, posso terminar de te contar como eu aprendi kung fu! (Disse Akame, sorrindo)

— Claro, porque não. (Po)

Po foi embora, deixou os corpos na prisão, pois eram eles que cuidavam disso, e voltou para o palácio.

Tigresa estava com muita raiva, ela não conseguia dormir, então foi para um canto mais escondido do palácio, para quebrar algumas madeiras.

Ao chegar, Po ouviu um barulho, e foi checar o que era. Ele ficou surpreso ao ver Tigresa quebrando madeiras as 23:30 da noite.

— Tigresa, o que você está fazendo aqui fora? (Po)

— E te interessa? (Respondeu Tigresa, friamente)

— Sim! Não é normal você ficar aqui fora quebrando madeiras a essa hora. (Po)

— Ah, desculpa, você estava até agora com a Akame e estava tudo bem, agora que você não está mais com ela, você vem até mim, me perguntar como estou, pra ter alguém pra conversar? (Disse Tigresa, com raiva)

— Tigresaaa, você sente ciúmes? (Brincou Po)

Tigresa chutou uma madeira na cara de Po.

— Eu não quero ouvir suas brincadeirinhas panda. (Tigresa)

— Ok, foi mal, erro meu. Mas se isso te deixou assim, a gente pode sentar e conversar? (Po)

— Não se preocupe, você pode fazer isso com a Akame. (Tigresa)

— Tigresa, por favor... (Po)

Tigresa se sentou, Po foi até ela e se sentou ao seu lado.

— Tigresa, desculpa, mas o Shifu pediu para eu ir falar com ela, foi tudo uma missão. (Po)

— Ele pediu pra você falar com ela, não pra você dar em cima dela, não pra você ficar tão maravilhado com os olhos e com o sorriso dela, que você nem notou quando eu fui lá ver como você estava. (Disse Tigresa, enfurecida)

— Você foi... Ahh que droga! Tigresa, eu admito, eu tava focado nela e na história dela, mas isso não significou nada. (Po)

Po colocou a mão no ombro de Tigresa.

— Tigresa, você é a garota que eu... (Po foi interrompido por Tigresa, que tirou a mão dele de seu ombro e se levantou)

— Está na hora de você crescer Po. Está na hora de você tratar suas relações com maturidade, e se você não consegue fazer isso, é melhor você nem tentar construir uma relação. (Tigresa)

— Tigresa... (Po)

— Me deixa Po... (Disse Tigresa, indo embora para seu quarto)

Aquelas palavras foram duras para Po, ele passou mais duas horas acordado, sentado no mesmo lugar, pensando em tudo que Tigresa havia falado para ele.


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