Tempos de Guerra escrita por PeaceOn


Capítulo 13
Eskadoosh


Notas iniciais do capítulo

Galera, esse capítulo ta top, muita ação, muito TiPo, espero que todos gostem!
Boa leitura galera!



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Po parou de andar e olhou para Tigresa, ele estava com uma cara peculiar, Tigresa nunca havia visto o panda fazer aquela cara, era uma mistura de felicidade com raiva e surpresa.

— Droga... (Tigresa sem querer pensou alto)

Po foi até Tigresa, e a beijou. Pela primeira vez, Po estava tomando a iniciativa, e, como esperado, ouve uma inversão de papéis naquele momento, Po beijava Tigresa, ele a segurava colada em seu corpo, com uma mão na sua nuca e a outra na sua cintura, e Tigresa, estava travada, com os olhos arregalados (igual a cena do KFP 2, que Po abraça Tigresa), sem reação.

Po a soltou e os dois se olharam, os dois sorriram um para o outro, e finalmente, eles se beijaram mais uma vez, porém, sem ninguém travar, dessa vez os dois estavam conscientes do que estavam fazendo. O beijo foi demorado, romântico, ao se soltarem nenhum deles sabia o que falar. Eles apenas sorriram, um pouco envergonhados, e continuaram andando.

Enquanto isso, com os quatro furiosos:

Eles já estavam navegando a quatro horas, a noite se aproximava e tudo corria bem.

Garça estava no alto do mastro principal, observando a rota. Ele estava tão focado em olhar para frente, que não viu corvos subindo pelas laterais e pela traseira do barco. Por estar um pouco escuro, ele não viu os assassinos nadando próximo ao barco, e foi surpreendido ao olhar para baixo e vê-los subindo.

— Estamos sob ataque! (Gritou Garça/ Assim que ele falou isso, uma flecha passou na frente do rosto do Macaco, que se assustou e rapidamente correu para a cabine do capitão, pois além dessa, outras 15 flechas iam na sua direção)

— Eles não deixam a gente em paz? (Louva Deus/ Pergunta retórica)

Garça desceu em um rasante, passando pela lateral direita do barco, derrubando todos os corvos que tentavam fugir.

— Vamos nos dividir, dois por lateral! Eu e Louva Deus na direita, Víbora e Macaco na esquerda! (Garça)

— Pode deixar! (Disse Víbora, indo para cima dos corvos que subiam pela esquerda)

Quando Macaco estava dentro da cabine, corvos que subiam pela traseira do barco entraram nela. Eles estavam com facas de arremesso nas mãos. Macaco chutou a mesa comprida da cabine em cima deles, parando todas as facas arremessadas. Ele correu e passou por cima da mesa com um salto, antes de cair no chão ele acertou um chute em um deles. Macaco pegou as facas encravadas na mesa e as jogou em dois assassinos, matando-os, os outros dois que restaram foram pra cima dele.

Do lado de fora da cabine:

Víbora estava cuidando da esquerda sozinha, mas ela estava se saindo bem, alguns conseguiam subir, porém ela os pegava e os arremessava contra seus companheiros, derrubando-os. Alguns jogavam lanças contra ela, porém Víbora, com toda sua agilidade, começava a andar sobre elas, ainda no ar, pegando suas pontas com seu rabo e acertando seus inimigos.

Garça aproveitava dava rasantes nos assassinos, os acertando com suas pernas, pegando lanças no ar e as jogando contra os inimigos, ele dava cobertura para Louva Deus, que, pelo seu tamanho, estava lutando com os corvos na lateral do navio, sem deixar eles subirem, ele usava as cordas dos ganchos para amarrar muitos corvos juntos e jogá-los no rio.

— Onde está o Macaco? (Garça)

— Ele ainda não saiu da cabine! (Víbora)

— Eu vou ver o que está acontecendo! (Disse Garça, voando para a cabine)

— Macaco, precisamos de você lá fora! (Disse Garça enquanto entrava pela porta)

Ao entrar nela, Garça viu seu amigo lutando contra dois assassinos, ele estava no chão, e um assassino dava socos contínuos no seu rosto, o outro estava no chão ao lado de Macaco, pois Macaco o derrubará com sua calda. Eles eram melhores do que os outros, estavam dando trabalho para Macaco.

— Eu estou um pouco ocupado no momento! (Disse Macaco, acertando um soco no assassino e o tirando de cima dele)

— Macaco! (Disse Garça, arremessando uma faca que ele encontrará no chão)

Macaco a pegou no ar, e rapidamente a jogou no assassino que ele havia derrubado com a calda, matando-o. O outro correu para cima dele, o arrastando para fora da cabine. Ele jogou Macaco contra o mastro. Garça voou para cima dele, acertando um chute nas suas costas. Macaco foi para o lado, deixando o caminho entre o assassino e o mastro livre, Macaco pegou a cabeça do assassino e a bateu no mastro, em seguida ele prendeu a cabeça entre os braços, e quebrou o pescoço do assassino.

Ao verem um de seus comandantes mortos, os corvos decidiram abortar a missão, e fugiram.

— Essa foi por pouco! (Disse Víbora)

— É, eu não estou afim de morrer hoje. (Disse Macaco, se sentando no chão)

— Eu acho que nenhum de nós está. (Garça)

Enquanto isso, com Po e Tigresa:

Horas de caminhada já haviam passado. Já havia escurecido, porém os guerreiros já haviam chegado na floresta branca. Eles foram surpreendidos, pois naquela época do ano, não costumava ter neve na floresta, porém ela estava cheia de neve.

A neve estava retardando a jornada dos guerreiros, porém eles não tinham o que fazer. Após horas em silêncio, Po decidiu falar.

— Você quer conversar? (Po)

— Pode ser. (Tigresa)

— Então... você está apaixonada por mim... (Po)

— Estou Po... (Disse Tigresa, sem saber onde o panda queria chegar)

— Eu não sei o que falar. (Po)

— Que tal você abrir o jogo? Eu já fiz isso, agora falta você. (Tigresa)

— Eu vou abrir o jogo falando o que? Você já sabe que eu sou apaixonado por você. (Po)

— Não, eu não sei Po, eu sei o que os outros falaram, mas o que você realmente sente, eu não faço ideia. (Tigresa)

— Tigresa, eu sou apaixonado por você des do dia que fui pegar cogumelos para meu pai e vi você derrotando aquele javali (Para quem nunca viu, essa cena aparece no KFP Segredos Show de Bola), foi naquele momento, naquele exato momento, que surgiram minhas duas maiores paixões, a paixão pelo Kung Fu, e meu amor por você. (Po)

Tigresa estava emocionada, ela abraçou Po carinhosamente, o apertando com força.

— Posso te perguntar uma coisa Tigresa? (Po)

— Claro. (Tigresa)

— Naquela noite do nosso primeiro beijo, você correu no jantar, e quando eu fui até você no pessegueiro, você chorava, e tentava se afastar de mim, por que? (Po)

— Eu... estava apaixonada por você... (Nesse momento, uma lágrima escorreu do olho de Tigresa, e Po percebeu)

Po colocou sua mão esquerda no ombro de Tigresa, com a direita ele limpou suavemente a lágrima de Tigresa.

— Tigresa... Eu sei que você sofreu muito na sua vida, o abandono, Shifu que parecia nunca se orgulhar, e que você se sente como se nunca tivesse sido amada de verdade por alguém, eu sei que você acha que amor enfraquece as pessoas, eu sei que você tem muito medo de amar alguém, e eu entendo tudo isso. Mas eu te peço, se você tem medo de amar, pelo menos se permita ser amada, me deixe te amar, sinta um pouco como é ter alguém demonstrando seu amor por você. Eu te conheço, e sei que você quer isso, então, o que você acha da gente não falar para ninguém sobre isso? Sobre nossos beijos, sobre essa conversa, sobre nossos sentimentos, e dar um tempo assim? (Disse Po, enquanto acariciava o rosto da felina)

— Obrigada Po, eu acho que esse é um dos motivos por eu estar apaixonada por você. (Disse Tigresa, encostando a cabeça no ombro de Po, a virando e olhando para os olhos verdes do panda)

— Qual? (Po)

— Você me conhecer tão bem. (Disse Tigresa sorrindo/ Po apenas sorriu de volta)

Eles continuaram mais algumas horas, não poderiam demorar muito para chegar. Já estava de madrugada, e os dois estavam cansados, eles acharam melhor descansarem por umas duas horas, para depois continuar.

Os dois pararam ao lado de uma imensa árvore, com um tronco muito grosso. Os dois se sentaram e apoiaram suas costas na árvore. Po percebeu que Tigresa tremia de frio, então ele a abraçou e a colocou colada em seu corpo. Tigresa fechou os olhos e apoiou a cabeça em Po, ela sorria. Em minutos a felina parou de tremer, e Po, dormiu.

Após duas horas de descanso, os dois acordaram, se prepararam e continuaram a jornada.

As 3:30 da manhã, os dois viram o sinal dos quatro furiosos, eles já estavam prontos.

Enquanto isso, com os quatro furiosos:

— Vamos preparando as bombas. (Víbora)

A base era casa com três andares, o primeiro parecia só haver uma cozinha e um pequeno arsenal, o segundo era onde ficavam as camas dos assassinos, e o terceiro era um grande escritório, os pergaminhos com certeza estavam nele. A casa era sustentada por oito pilares principais, entre eles haviam pilares secundários, porém se os oito principais caíssem, a base caia. Deviam ter uns 30 guardas na base.

Os quatro se dividiram, cada um estava com duas bombas. Eles as amarraram nos pilares. Todas estavam ligadas por um grande fio, ao ser aceso, ele acenderia todas, e elas explodiriam.

Enquanto isso, com Po e Tigresa:

Os dois chegaram as 4:00 da manhã, a base ficava suspensa, no alto, porém, havia uma imensa árvore ao lado dela, sua copa estava na altura da casa.

— Po, nós vamos subir pela árvore, pelo que eu estou vendo do aqui, nosso objetivo está no terceiro andar, nós chegaremos nele pela copa da árvore. (Tigresa)

— Você que manda. (Po)

Tigresa lançou o fogo de artifício. Os quatro, ao verem o sinal, começaram a agir rápido, eles estavam em uma parte de uma das montanhas, que ficava de frente para a base, nela haviam algumas pedras, que eles usariam como cobertura. Os quatro começaram a arremessar bombinhas na base, elas faziam mais barulho do que causavam dano, porém, isso chamou a atenção dos guardas. Todos foram para as varandas dos andares com seus arcos, e começaram a atirar contra os quatro, que pegavam as flechas e jogavam de volta, tentando acertá-los.

— É agora Po, se segure nas minhas costas. (Tigresa)

O panda obedeceu a felina, que com suas garras começou a escalar a árvore. Ela era rápida, em segundos eles já estavam na copa. Po desceu das costas de Tigresa, eles iam invadir o terceiro andar.

Os dois correram pelos galhos e pularam da copa, para a varanda do terceiro andar, nela haviam cinco arqueiros, que não notaram os dois caindo nas suas costas.

Po pegou a cabeça do primeiro e o jogou contra o chão, Tigresa apssou correndo e acertou um chute na batata da perna do segundo, que acabou ajoelhando por ter perdido sua base, Tigresa segurou seu pescoço com seus braços e o quebrou. Po pegou uma flecha do arqueiro que havia derrubado  e a jogou contra o terceiro, que se virava para ver o que estava acontecendo. Tigresa foi para o quarto, pulando e acertando uma cotovelada na sua jugular, ela pegou a flecha que ele iria atirar e a enfiou na nuca do quinto, Po pegou outra flecha e finalizou o primeiro.

Os dois tomaram muito cuidado para não serem vistos pelos guardas dos andares de baixo, e por sorte, sua estratégia havia dado certo. 

Po e Tigresa entraram no terceiro andar, eles estavam tentando ser rápidos, porém haviam muito pergaminhos, deveria ter pelo menos uns 100 pergaminhos ali dentro, e eles não tinham tempo para olhar todos. Em meio a pressão, Po teve uma ideia genial.

— Tigresa, não deixe ninguém entrar aqui, eu vou dar uma passadinha no primeiro andar, assim que eu for, conte até 10 e vá para a varanda! (Disse Po, correndo para a varanda)

— O que você vai fazer Po? (Perguntou Tigresa, preocupada)

— Eu já volto! (Disse Po, pulando da varanda)

Tigresa colocou uma cadeira na maçaneta, travando a porta. Po caiu na varanda do primeiro andar, haviam dois arqueiros do lado dele, um ele pegou e o jogo para fora da varanda, e o outro ele enforcou com o arco. Po correu para a cozinha e pegou um barril de bebida alcóolica.

Ele correu para a varanda e olhou para cima, ele viu Tigresa na varanda, olhando para ele. Alguns guardas batiam na porta do terceiro andar, tentando entrar.

— Pega o barril! (Gritou Po, arremessando o barril)

— O que você vai fazer? (Gritou Tigresa, pegando o barril)

— Eu vou distraí-los, você vai incendiar os pergaminhos! (Gritou Po)

— Que ideia mais estúpida! (Gritou Tigresa)

— Eu sei que você gostou dela! (Brincou Po)

Po começou a brigar com alguns arqueiros. Tigresa abriu um buraco no topo do barril com uma flecha, e começou a jogar bebida alcoólica nos armários com os pergaminhos, e em toda a sala.

Após distrair os guardas por um tempo, Po roubou um arco de um dos arqueiros e pegou duas flechas, ele começou a escalar a base (igual a cena do KFP 1, que ele escala o muro para pegar o pergaminho). Po chegou no terceiro andar.

— Você está pronto para pular? (Tigresa)

— Você está brincando? Vai ser show de bola! (Disse Po, entregando o arco e as flechas para Tigresa)

— Por que você está me dando isso? (Tigresa)

— Molhe as flechas na bebida, antes de pularmos as incendeie, e, enquanto estivermos caindo, acerte uma parte da corda amarrada em um dos pilares, (Po)

— E por que duas flechas? (Tigresa)

— Para caso você erre a primeira. (Po)

— Eu não erro. (Disse Tigresa confiante)

Po pegou uma luminária que estava no meio da mesa da sala, os dois foram para a varanda, para não se queimarem, e Po jogou a luminária dentro da sala. Assim que ela bateu em um dos armários, toda a sala começou a pegar fogo, e Po e Tigresa pularam.

Enquanto eles caiam, Tigresa atirou a flecha pegando fogo, ela acertou em cheio a corda em um dos pilares. Toda a corda começou a pegar fogo e os pavios das bombas acenderam.

Tigresa segurou Po e e enfiou suas unhas no tronco da árvore, retardando sua queda. Eles caíram no chão, porém não se machucaram.

— Tigresa! Olha! Você verá um show de cores maravilhoso! (Disse Po, passando a mão pelas costas de Tigresa e segurando seu ombro)

Tigresa encostou sua cabeça em Po.

— 3, 2, 1... (Tigresa)

— Eskadoosh! (Po)

Os pilares explodiram. A explosão foi imensa, ela pegou o primeiro andar também, o destruindo. O terceiro andar pegava fogo, e o fogo já se alastrará para o segundo, porém com a explosão, tudo que havia restado da base caiu, destruindo-a por inteira.

Os quatro furiosos encontraram Po e Tigresa ao lado da árvore, eles se reuniram, e seguiram a jornada, já que agora todos voltariam juntos pela floresta.

— Isso foi incrível! (Víbora)

— Eu não acredito que nós conseguimos! (Garça)

— Vocês dois mandaram muito bem lá em cima! (Macaco)

— Obrigada! (Tigresa)

— Hey Po, boa improvisada! (Louva Deus)

— Valeu amigo! (Po)

Após uma hora de caminhada os seis decidiram parar pra dormir, mesmo que já estivesse amanhecendo. Eles encontraram uma caverna, e decidiram ficar nela, eles estavam muito cansados, e precisavam dormir.

Cada um escolheu seu "cantinho" e se preparou para dormir.

* Como eu queria que o Po me deixasse dormir em cima dele de novo, o pelo dele é tão macio, e tão quente, mas eu não posso pedir isso, seria muita sacanagem.* (Pensou Tigresa, enquanto estava de costas para Po, o olhando de canto)

Ela ia se levantar para achar um lugar para apoiar suas costas, quando ela sentiu o pelo de Po atrás dela. Era como se Po tivesse lido os pensamentos dela, ele havia dado suas costas para que ela dormisse nelas de novo.

— Obrigada Po! (Disse Tigresa, muito contente)

Em minutos, Tigresa estava agindo como um gatinho nas costas de Po, ela ficava raspando suas costas, passando sua cabeça no pelo de Po. Mais alguns minutos, e ela dormiu.


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