Tempos de Guerra escrita por PeaceOn


Capítulo 15
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Notas iniciais do capítulo

Galera, desculpa se esse capítulo ficar um pouco mais parado, mas é porque ele é uma base muito importante para os próximos capítulos, e ele também ficou top. Espero que gostem!
Boa leitura galera!



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Os guerreiros aproveitaram a noite para dormir, menos Po, que foi para sua cama faltando duas horas para o sol nascer, e Tigresa, que mesmo indo antes de Po, não conseguia dormir. 

O dia amanheceu, os guerreiros tomaram seu café e foram falar com Shifu. Víbora percebeu no café que algo havia acontecido entre Tigresa e Po. Enquanto Po foi falar com Shifu sobre sua conversa com Akame, Víbora pediu para Tigresa ficar na cozinha, pois queria falar com ela a sós.

— O que aconteceu Tigresa? (Víbora)

— Eu e Po brigamos ontem a noite. (Disse Tigresa, em um tom triste)

— Mas vocês não estavam apenas como amigos? (Víbora)

— Nós estamos. Mas não é muito bom brigar com amigos. (Tigresa)

— Eu não entendo vocês. (Víbora)

— Por que não? (Tigresa)

— Vocês  ainda não estão nem em um relacionamento, e em três dias, vocês já brigaram duas vezes. (Víbora)

— Você não viu a forma como ele olhava e falava com a Akame. (Tigresa)

— Realmente, eu não vi, eu não tenho ideia de como você se sentiu. Mas as vocês, também é bom ter um pouco de compreensão. (Víbora)

— Do que você está falando? (Tigresa)

— Tigresa, o Po não teve relacionamentos de adolescente, você menos ainda, nenhum de vocês sabe como funciona um relacionamento, e isso é maravilhoso, você pode aproveitar isso, você pode construir um relacionamento de uma maneira que seja tão confortável para você, como para Po, mas se você quer isso, vocês terão que parar de brigar. (Víbora)

— Você está do lado dele? (Tigresa)

— Eu estou do lado desse relacionamento. (Víbora)

— E você queria que eu fizesse o que? (Tigresa)

— Eu não sei Tigresa, mas a comunicação, além da confiança, precisa existir para um relacionamento funcionar. Você se sentiu mal em ver ele dando total atenção para Akame, e nem se quer olhar para você, isso te machucou, converse com ele, as vezes, nem ele percebeu o quanto isso foi ruim pra você, e, se você falar com ele, contar e explicar que te machucou, não aconteça de novo. (Víbora)

— Mas Víbora... (Tigresa)

— Mas Víbora nada, você agora vai relaxar, pensar um pouco se é isso que você realmente quer, e esperar por um pedido de desculpas do Po. Se isso for o que você quer, então vai fundo amiga, e sem pensar, porque o amor, não está na sua cabeça, está no seu peito. (Disse Víbora, sorrindo)

— Obrigada Víbora. (Tigresa)

— É pra isso que servem as amigas. (Víbora)

Enquanto isso, com Po e Shifu:

— Como foi ontem Po? (Shifu)

— Eu descobri algumas coisas, mas de acordo com ela, o seu kung fu, ela aprendeu sozinha. (Po)

— Impossível. Ninguém aprende kung fu tão bem, sem ter um mestre. (Shifu)

— Você não tentou descobrir mais nada? (Disse Sábio, entrando na conversa)

— Eu consegui descobrir um pouco de sua historia também. (Po)

— E? (Sábio)

— Bom, ela nasceu em uma vila de pescadores no litoral. Na adolescência foi morar sozinha em Meijang, e sofreu muito, não arranjou trabalho, as pessoas eram preconceituosas com ela, e um dia, um dono de uma quitanda acertou no ombro esquerdo por ela tentar roubar uma fruta, pois não tinha como comprar comida, até hoje ela tem uma imensa cicatriz no ombro. E de acordo com ela, a partir desse dia, ela decidiu aprender kung fu, e começou a treinar sozinha. Apenas isso. (Po)

— Eu preciso que você volte hoje para falar com ela, você tem que descobrir quem ela é. (Shifu)

— Mestre, com todo respeito, mas não seria bom enviar outra pessoa? (Disse Po, tentando se afastar para não estressar mais Tigresa)

— Não Po, você é o filho do dono, fora que ela já falou com você. Me desculpe Po, mas agora você tem que terminar isso. (Shifu)

— Sim mestre. (Po)

— Vá lá para almoçar e converse com ela. (Shifu)

— Sim mestre... (Po)

Po foi falar com Víbora.

— Víbora, você viu a Tigresa? Eu preciso falar com ela. (Po)

— Ela está no salão de treino Po. (Víbora)

— Muito obrigado! (Disse Po, indo embora)

— Po! (Víbora)

— Sim? (Disse Po, parando)

— Ela realmente gosta de você. (Víbora)

Po não falou nada, ele apenas sorriu e foi procurar Tigresa.

Ao chegar no salão ele a encontrou treinando em um saco de pancadas, e foi falar com ela.

— Tigresa... (Po)

— Fala Po. (Disse Tigresa, friamente)

— A gente pode conversar, só um pouco? (Po)

Tigresa parou de bater no saco e se sentou, apoiando suas costas em um dos pilares do salão. Po se sentou a sua frente.

— Tigresa, eu sei que você ficou muito magoada ontem, e eu queria começar pedindo desculpas, então desculpa. Eu nunca estive tão próximo de ter um relacionamento, e eu não tenho ideia, de como isso funciona, naquele momento, eu não percebi o quanto você havia ficado magoada, mas agora eu sei, e mais uma vez, desculpa... E eu quero muito que isso de certo, mas eu não sei como fazer isso, eu gostaria de te agradar todos os dias, mas eu simplesmente não sei como fazer isso, ainda mais se tratando de uma pessoa tão incrível como você. Você é a melhor pessoa que eu conheço, tem uma personalidade forte, você é dedicada, forte, destemida, corajosa, habilidosa, você protege as pessoas que você ama  de uma maneira que eu nunca vi igual. Se não fosse você, nós nunca teríamos escapado daquele palácio em Gongmen City (aquela cena do KFP 2, que eles derrubam o palácio do Shen), eu nunca teria sobrevivido aquela missão de escolta, muito menos o imperador. Eu admito, eu não tenho ideia do que te falar, por dentro eu estou um caos, eu não sei nem como estou conseguindo falar tudo isso sem travar mas... (Po foi interrompido por Tigresa, que colocou sua mão direita no rosto dele)

— Po, eu admito, aquilo me magoou, mas eu também tenho que pedir desculpas pelas coisas que eu falei ontem... (Dessa vez Tigresa foi interrompida por Po)

— Não Tigresa, você estava certa, eu sou imaturo, eu não sei como me comportar em um relacionamento com maturidade, mas eu quero tentar, eu quero muito tentar algo com você Tigresa. (Disse Po, com uma de suas mãos no rosto da felina)

— Po, a gente pode conversar melhor sobre isso outra hora? Já esta quase na hora do almoço e... (Disse Tigresa, tentando esconder o fato dela estar com medo de conversar sobre isso)

— Claro! (Po)

— Obrigada. (Po)

— Agora uma outra coisa. O Shifu pediu que eu fosse ao restaurante do meu pai, para falar com a Akame novamente. (Po)

— E? (Disse Tigresa, mudando o tom de voz)

— Eu já que eu vou ter que almoçar fora, eu tava pensando em te convidar, até porque, você impõe muito mais medo do que eu, e quem sabe, a gente não consegue descobrir alguma coisa importante. (Po)

— Eu aceito seu convite, afinal, o macarrão do seu pai é uma delícia. (Disse Tigresa, com um sorriso no final)

— Haha, então vamos! (Disse Po, sorrindo)

Os dois foram para o restaurante do Sr. Ping. Ao chegar lá, Po e Tigresa cumprimentaram Ping, Po deu um forte abraço em seu pai, e Tigresa apertou sua mão com respeito. Em seguida, Po pediu para falar com Akame, os três se sentaram em uma mesa. Po e Tigresa estavam um do lado do outro, e Akame na frente dos dois.

— Oi Po! Que bom te ver aqui de novo! Você também Tigresa! (Disse Akame, com seu maravilhoso sorriso, como sempre)

— Oi Akame. Eu estava pensando, eu fiquei muito curioso em saber o resto da sua história, e queria saber se você poderia conta-lá pra gente. (Po)

— Claro, a última coisa que eu fiz foi te mostrar a cicatriz certo? (Akame)

— Cicatriz? (Perguntou Tigresa, sem entender do que eles falavam)

— Sim, cicatriz. (Akame tirou mostrou seu ombro esquerdo para Tigresa) Um dia um dono de uma quitanda me atacou com uma faca. (Akame)

— Então Akame, você ia contar como que você aprendeu seu kung fu. (Po)

— Ah sim, claro. Então, eu comecei a observar os mestres de Meijang, e comecei a "pegar" os golpes deles, então eu fui treinando em casa, misturando um pouco com meu estilo próprio. Como tempo eu fui me aperfeiçoando, aprendi a usar armas, e atualmente, é assim que eu luto. (Akame)

— Show de bola! Eu tentei fazer isso antes de me tornar o dragão guerreiro, mas não deu certo. (Po)

— E depois de você levar a facada? O que você fez? Continuou sem emprego? (Tigresa)

— Não! Como meus pais eram pescadores, e eu cresci em uma vila de pescadores, eu sei muito de peixe. Eu arrumei trabalho em uma quitanda que vendia peixes, eu limpava os peixes, para que pudéssemos vende-los. Depois de trabalhar quatro anos lá, eu vim para o vale, seu pai me acolheu Po, e atualmente eu trabalho e vivo aqui, e pretendo continuar assim. Eu gostei muito desse lugar, das pessoas, de tudo! (Akame)

Os três ficaram conversando mais um bom tempo, eles passaram a tarde inteira conversando, mas não havia dado em nada. Eles apenas haviam descoberto mais sobre a vida de Akame, porém, pelo visto, ela não havia aprendido com ninguém e ela não era uma traidora, apenas alguém que estava tentando mudar de vida.

Já havia escurecido, e Po e Tigresa decidiram voltar para o palácio.

Eles saíram do restaurante as 19:00, já estava escuro, e os animais do vale já estavam em suas casas, as ruas estavam vazias. Po e Tigresa voltavam conversando, eles havia se acertado mais cedo, então os dois estavam felizes.

— Olha, eu tenho que admitir, a vida dela não foi fácil. (Tigresa)

— Realmente, não foi. Você viu a cicatriz no ombro dela, deve ter sido duro. (Po)

—É, aquela era uma cicatriz bem feia. (Tigresa)

Eles caminhavam no meio da rua, quando de repente, um dardo atingiu as costas de Tigresa. Ela sentiu uma pontada, e colocou a mão para ver o que era. Ela puxou o dardo e o olhou, Po viu, e de cara percebeu.

— Cuidado Tigresa! (Disse Po, indo empurrar ela para uma cobertura, porém ele foi impedido por assassinos que surgiram do telhado.

Tigresa ainda não havia perdido a consciência, e Po lutava com cinco assassinos. Ela ainda estava um pouco acordada, então como sua última reação antes de apagar, ela pulou em cima de um dos assassinos, dando um mata leão nele, sufocando-o. Enquanto ele era sufocado, Tigresa prendeu suas pernas no pescoço de outro assassino. Ela derrubou os dois, mas caiu junto. Um deles havia morrido pela falta de ar, o outro, antes de ter a chance de se levantar, foi atacado por Tigresa, que pulou em cima dele, enfiando suas  garras na jugular do assassino, matando-o. Em seguida, Tigresa desmaiou sobre o assassino, tendo seu pelo manchado pelo sangue que escorria do pescoço do assassino.

Um dos assassinos que atacava Po, em um dos seus socos, teve seu braço quebrado, pois Po o havia acertado uma forte cotovelada na região de seu cotovelo, fazendo com que os ossos fossem para onde não deviam quebrando-os, Um outro, ao tentar acertar Po, foi surpreendido por Po, que travou o braço do assassino embaixo de seu braço, e com a outra mão, pegou na sua cabeça e o jogou contra o chão, dando um chute de cima para baixo em seguida, acertando seu calcanhar em cheio na nuca do assassino, quebrando seus ossos. De repente, outro dardo foi atirado, e esse, acertou o pescoço de Po, que antes de conseguir atacar o último assassino, caiu no chão, desmaiado.

No outro dia...

— Tigresa! Tigresa! (Disse Shifu, em cima da felina, que ainda estava desmaia no chão)

Tigresa começou a abrir seus olhos, sua visão estava embaçada, ela via Shifu e seus amigos embaçado. Tigresa foi acordando aos poucos. Ela se levantou um pouco e se sentou.

— Ahhh... O que aconteceu? Que horas são? (Disse Tigresa, com sua mão direita em sua cabeça, pois ela sentia uma tremenda dor de cabeça)

Tigresa estava literalmente nojenta, o sangue do assassino havia manchado metade de seu corpo e sua roupa, e por estar seco, fedia muito.

— Tigresa, você precisa de um banho! (Brincou Macaco)

— Cala a boca Macaco! Mas o que aconteceu? (Tigresa)

— São 7:00 da manhã. Nós não sabemos Tigresa, você e o Po não voltaram para o palácio ontem, então decidimos vir procurar por vocês. (Shifu)

— Po? O Po! Onde ele está? (Disse Tigresa, se levantando, porém caindo em cima dos corpos logo em seguida, pois ela ainda estava um pouco tonta)

— Nós não sabemos Tigresa, achamos que você saberia. (Shifu)

— Ele estava comigo, e nós fomos atacados, eles tinham dardos, eu acho que eles acertaram um no Po. (Tigresa)

— Então você não tem ideia da onde ele possa estar? (Shifu)

— Não mestre. (Disse Tigresa, com a cabeça baixa, em um tom triste)

— Isso não é bom. (Shifu)

 


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