A Cilada escrita por AngelSPN


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos leitores, estamos no penúltimo capítulo, espero que apreciem meus devaneios com essa série maravilhosa, um abraço a todos.



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As palavras de Zachariah ecoaram diversas vezes na mente daquele homem que dera tudo para lutar contra o mal sobre a terra. E nesse instante, mais uma vez estavam tirando o chão sob seus pés. Dean Winchester parecia ter congelado para sempre naquele estado de torpor, até sentir a mão de Castiel sobre seu ombro. Seus olhos se encontraram mais uma vez, talvez esse seria o único momento que Dean poderia sentir um pouco de paz naquele azul infinito, no entanto não era isso que encontrou e sua fé já um tanto abalada, desmoronou de vez.

Dean olhou com desdém a ambos os anjos naquela sala. Sentiu-se usado. Sentiu-se um rato de laboratório, usado e abusado pelo destino, ao qual ele não acreditava.

Castiel parecia sentir todas as angustias daquele ser humano a sua frente, sentia a dor, o medo a decepção e a raiva crescendo em sua alma delicada e sofrida pelas constantes aprovações que sofrera no decorrer de sua vida na terra. O anjo de olhos azuis não conseguiu sustentar o olhar e pela primeira vez Castiel sentiu o que os humanos sentem ao fazerem algo que não é correto. Castiel sentiu vergonha, arrependimento e um vazio. Sensações essas que não soube discernir o que seriam e quais suas reais manifestações em seu corpo, mas era inconcebível sustentar o olhar de eternas perguntas daquele homem a sua frente.

Dean balançou a cabeça em negação e sentiu algo mudar em Castiel. Talvez o anjo também tivesse sido enganado ou quem sabe ele também era contra a vinda do apocalipse na terra. O Winchester tinha que se agarrar em algo, teria que haver algo de bom nessa desgraça toda. Tinha que salvar o irmão. Afinal Sam Winchester só estava querendo impedir o apocalipse e não trazê-lo a face da terra.

— Castiel, você sabia disso? — Dean falou tirando a mão do anjo em seu ombro.

— Fiquei sabendo a algum tempo, mas agora já é tarde. Sam seguiu o caminho que avisei a não seguir. Você não conseguiu detê-lo e não posso alterar o destino, Dean — Castiel mantinha o olhar baixo.

O loiro lutava contra aquela avalanche de emoções, seria esse o destino de ambos os irmãos? Dean rompera o primeiro selo e agora Sam romperia o último selo? O loiro estava a beira de um abismo tão profundo que sair dele seria um milagre. E mesmo que fosse fulminado ali mesmo por Zachariah, resolveu arriscar um tudo ou nada.

— Castiel, por favor ainda posso impedir a vinda de Lúcifer sobre a terra. Me tire daqui, eu falo com Sam, ele vai me ouvir. Assim como eu, ele acha que se deter Lilith, impedirá o apocalipse.  Ele não sabe disso Castiel! — Dean agarrou o anjo pelo sobretudo forçando-o a encarar aquelas esmeraldas cintilantes de pura emoção.

— Dean eu... eu não posso...

— Não pode o caramba! Me tira daqui ou vou destruir esse lugar e todos vocês! — Dean empurrou-o contra a parede daquele lugar estranhamente tão claro.

Zachariah com apenas um movimento de mãos atirou o loiro de encontro a parede contrária de Castiel. Dean sentiu o corpo reclamar pela batida que acabou derrubando o quadro do arcanjo Miguel no chão. Zachariah estava com aquele olhar de morte, aquele olhar frio e mortal sobre o jovem que estava levantando-se da queda abrupta.

— Como ousa você humano sujo nos ameaçar? — Zachariah desferiu socos no maxilar do loiro. Cada soco mais pareciam barras de ferro o acertando.

Dean Winchester tentou se defender e revidar, mas só conseguiu impedir o impacto no rosto desviando e defendendo-se com os punhos. O sangue em seu nariz e lábios eram abundantes e mesmo assim continuava a lutar. Castiel observava e algo lá dentro do anjo lhe dizia para fazer algo em prol a aquele humano.

Dean sentia que estava sendo detonado pelo maldito Zachariah, desferiu alguns socos no anjo a sua frente, mas só conseguiu deixá-lo ainda mais irritado. Se aquilo continuasse por mais alguns minutos seria seu fim. Mas morreria lutando por aquilo que acreditava.

O loiro não sabia o que havia acontecido direito, mas um clarão fez com que os anjos daquela sala sumissem e na parede onde antes estava Castiel viu o símbolo feito com sangue. Dean levantou-se meio zonzo. E soube naquele momento que ainda havia esperanças para todos eles e a humanidade. Castiel havia escolhido o lado certo, Dean acreditava nisso.

E como um passe de mágica a porta estava ali a sua frente e sem titubear o loiro correu até ela, abrindo-a com facilidade e atravessou-a voltando para o mesmo lugar onde havia trocado socos com Sam. Agora tinha que achar seu irmão e não fora difícil de localizá-lo, o rastreador do celular estava ativado. Agora era correr como nunca, já que Sam não atendia suas ligações e não respondia a suas inúmeras mensagens.

Há alguns quilômetros dali estava Sam olhando o celular, clicou em escutar o recado do irmão e tudo que ouviu foram palavras de ameaças e aberrações. Logo atrás do moreno estava Ruby com um sorriso nos lábios. Desta vez Dean não iria atrapalhar seus planos e Sam atirou o telefone no banco do carro e entraram em uma igreja abandonada.

— Tem certeza que ela está aqui Ruby? — Disse Sam após tomar a última gota de sangue do galão que coletara de um demônio horas atrás.

— Sim. Veja por si só — Ruby apontou para o corredor que seguia a frente da porta que abrira.

Sam aproximou-se para averiguar do que se tratava e percebeu o amontoado de corpos espalhados, formando uma trilha de sangue que certamente levaria até Lilith.

— Vamos Sam? — Ruby o encarava.

Sam Winchester lembrou do irmão. Lembrou de quando Lilith libertou os cães do inferno que estraçalharam o corpo de Dean. Lembrou do sofrimento sem o mais velho, e do tempo que o loiro passara no inferno. Esse ódio intensificou ainda mais seu poder e Ruby sorriu ao sentir o poder demoníaco nas veias de Sam.

— Vamos acabar logo com isso. Quero essa vaca morta! — E Sam adentrou o corredor que levava até a velha igreja.


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Notas finais do capítulo

E o final dos tempos está chegando, corram e aguardem o desfecho de A Cilada e comentem o que acharam, beijos.



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