A Cilada escrita por AngelSPN


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá hunters, mais um capítulo saindo. Beijinhos.



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Dean... não fica bravo comigo. Mas preciso lhe dizer que estou mais forte agora. Posso matar a vadia do olho branco, vingar todo seu sofrimento com os cães do inferno e o tempo que você passou lá, vingar nossos amigos como o Victor Henriksen, a Nancy e todo o pessoal da delegacia que a vadia matou. Eu dou conta Dean, eu consigo... e, posso fazer isso... sozinho.

Sam não soube em que momento Dean estava pronto a desferir aquele soco, o loiro agiu rápido demais e mais dois socos no maxilar do moreno o fez cambalear.

— Sam, sabe o quão longe de humano você está? Bebendo sangue dessa vadia Ruby? Mentindo para mim e pelo jeito ainda continua mentindo ou você acha que não sei que você estava com aquela desgraçada? —Dean o agarrou pelo colarinho da camiseta de flanela quadriculada, sentiu o irmão caçula empurrá-lo para trás com uma força além do normal, para um ser humano.

Dean sentiu a dor nas costas ao atingir a parede, mas não demonstrou. Continuou encarando seu irmão argumentar.

— Dean, eu salvei mais pessoas neste ultimo ano do que todos os outros. Elas voltaram para seus familiares sem que eu as machucasse com armas e nem facas — Sam gritava gesticulando.

— Então me diga Sam. Se é isso que aquela vadia esta te fazendo acreditar, porque um anjo veio até mim e me pediu para deter você? Me explique porque Castiel falou para que eu o impedisse de continuar exorcizando demônios com a mente... senão ele o faria! — Dean avançou com lágrimas nos olhos, sentiu a perna e se não fosse pela poltrona teria caído de joelhos.

Sam ficou imóvel. Tentando processar toda a gama de sentimentos e descobertas. Castiel iria detê-lo se Dean não o Impedisse? Deixou os ombros caírem em derrota. Seria possível que ele estivesse tão errado assim? A dúvida começara a brotar em seu peito. As emoções tomavam conta do corpo de ambos. Ninguém ousou quebrar o silêncio por vários minutos até Sam quebrar aquela malditaquietude.

— Eu topo. Vamos tirar uma folga. Depois falarei com Castiel — Sam terminou o assunto olhando para o irmão. Sentiu o coração acelerar ao perceber a mancha escura na coxa do mais velho. Os pontos devem ter aberto quando o empurrou bruscamente contra a parede. Só agora percebera, mas virou-se fugindo dos olhos verdes faiscantes do loiro e voltou para sua cama.

Dean esperou alguns minutos, a adrenalina da briga ainda estava em seu sangue. Sentiu a dor imediata ao tentar sair do apoio da poltrona. A calça jeans estava piorando ainda mais a situação. Vagarosamente sem demonstrar e fazer nenhum gemido foi ao banheiro. Com extrema dificuldade tirou as calças ficando apenas com a cueca boxer preta. Alguns pontos haviam aberto e o sangue vivo descia pela sua perna. O loiro pegou o kit de primeiro socorros e com habilidade limpou o ferimento e o costurou. Antes de colocar a agulha na pele, ligou o chuveiro, não queria que algum gemido escapasse de seus lábios e que Sam pudesse ouvi-lo.

No entanto Sam sabia o que estava ocorrendo, sabia que o irmão estava ferido. Respeitou a privacidade do loiro e por mais que gostaria de ajudar, ele também estava com muita raiva do mais velho.

Dean demorou mais do que esperava para sair daquele banheiro, sua mão ainda estava muito tremula para segurar firme aquela agulha e suturar a ferida. Afinal acabara de sair de soco como mais moço.

“Estou ficando velho”.Pensou o loiro levantando-se vagarosamente. Abriu a porta do banheiro. Sam estava dormindo. Dean conhecia o irmão, sabia que estava acordado, fingindo estar dormindo. Por essa razão Dean caminhou firmemente evitando demonstrar o quanto a dor lhe incomodava. Foi até a cabeceira de sua cama e começou a revirar a mochila. Sam Winchester abriu os olhos quando o loiro caminhava até a cama, respirou mais aliviado ao vê-lo caminhar normalmente. E voltou a cerrá-los quando Dean revirava a mochila em busca de algo.

O mais velho suspirou, pegou um moletom e o colocou. Estava à procura dos seus antibióticos e analgésicos, odiava remédios, mas aquela dor estava deixando-o louco. Levantou o corpo lentamente e foi até a escrivaninha e pegou a chave do amado impala.  Lembrou-se de ter colocado no porta-luvas do carro. Abriu a porta do quarto, sentiu a brisa da madrugada e a inspirou. Fechou a porta cautelosamente, olhou para Sam. Respiração regular, talvez estivesse dormindo afinal de contas. Desceu os quatro degraus sentindo as pontadas. Como um simples corte poderia tirar tanta sua movimentação? Ok, não era um corte qualquer, afinal aquele cristal atravessou sua coxa. Pegou a chave do impala, ouviu um som e apurou seus sentidos.

“Relaxa Dean, é apenas o vento”o loiro colocou a chave na porta do carro e abriu-a. Sentou no banco de forma menos incomoda e abriu o porta-luvas, tateou com os dedos até encontrar o recipiente de plástico laranja onde estava seus remédios. Fechou o porta-luvas e abriu a tampa do frasco e antes que pudesse levar os comprimidos a boca sentiu algo sufocando seu nariz e lábios. Raciocinou rapidamente e sentir o cheiro e o gosto adocicado queimando sua garganta.

“Clorofórmio”— Dean evitou respirar, levou a mão onde seu agressor o segurava, o desconhecido era forte, estava esperando no banco de trás do carro. O loiro estava a ponto de conseguir livrar-se da pressão sobre seu rosto quando outro homem apareceu ao lado do impala e ajudou o comparsa desferindo um soco no estômago do loiro. O Winchester arqueou e não conseguiu evitar a profunda inalação da substância ao tentar recuperar o fôlego. Sentiu os movimentos ficarem pesados e sentir-se sonolento. Grunhiu o nome do irmão, a voz saiu rouca e abafada. Tentou a buzina o que lhe rendeu uma coronhada na cabeça e mundo se apagou.

— Devíamos ter feito isso antes Hanz. Esse desgraçado deu mais trabalho do que esperávamos. Olha só teu braço, ele arrancou sua pele! — E o homem corpulento atirou o corpo caído do jovem no banco ao lado. Não esperou a resposta do comparsa e saiu em disparada levando Dean e o impala. No chão apenas as capsulas esparramadas na areia.

Sam abriu os olhos ao ouvir o som do motor do impala. Dean deveria estar puto com ele. O moreno levantou-se e arredou a cortina de cetim bege, o rastro de poeira levantou e apenas a luz da sinaleira do impala se via distanciando-se em alta velocidade.

“Droga!”— O moreno saiu da janela. Sentou na cama. O cabeçudo do irmão só reapareceria pela manhã, depois de beber e quem sabe divertir-se com alguma garota. Sam deu de ombros, se era assim que o loiro queria enfrentar os problemas, que assim fosse. Sam voltou a deitar, quem sabe agora conseguisse dormir um pouco.


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Notas finais do capítulo

Então, estão gostando, odiando, amando...kkkkk



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