The Mermaid Tale escrita por Luhni


Capítulo 23
Hyuuga’s


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Quem é viva, sempre aparece, né?
E eu voltei! Aqui está o capítulo, super atrasada, mas antes tarde do que nunca hehe
Falando sério agora, desculpem o sumiço, foi difícil conciliar a qualificação no final do ano mais o fato de estar mudando de emprego. Mas adivinha quem qualificou e agora tem um emprego muito melhor? Euzinha kkkk E acho que agora as coisas vão dar uma acalmada para eu poder sentar e voltar a escrever de novo (as fics e a minha dissertação que ainda não me livrei mas estou a um passo, amém!)
Esse capítulo ficou gigante, já adianto! E por causa disso eu tive que dividi-lo e a parte que eu mais queria mostrar ficou para o próximo capítulo, sorry guys! Mas espero que gostem do que está por vir e nos vemos nas notas finais!

Boa leitura!



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— Essa é uma péssima ideia – Sasuke comentou pela terceira vez e Sakura revirou os olhos. Não aguentava mais os comentários do Imediato sobre a sua ideia. Ia dar certo, ela tinha certeza.

— Sakura, sabe... eu não gosto de concordar com o Teme, mas... – porém parou de falar ao ver a Grumete se virar para ele, os orbes esmeraldas pareciam furiosos, dava para ver uma tempestade se formando dentro deles e aquilo fez ele se calar – Tudo bem, tudo bem, vá em frente – disse com as mãos em frente ao corpo como se estivesse se protegendo.

                Sakura bufou e virou-se novamente para a porta a sua frente, suspirando. Eles haviam ancorado o Kurama um pouco mais a frente, onde era possível escondê-lo e ela, Sasuke e Naruto haviam ido na frente enquanto Gaara e Kiba traziam Neji. Os outros permaneceriam no navio até segunda ordem, quando tivessem certeza que era seguro ficar ali. De acordo com o Capitão era melhor se precaverem. Levou a mão até a grande tranca, em formato de círculo que continha a figura de um leão, ouvira Sasuke chamar aquilo de aldrava, e esperou.

— Pois não? – ouviu a voz de uma mulher enquanto abria a porta e Sakura sorriu ao reconhecer a figura de Shizune.

                A criada, no entanto, parecia estar vendo um fantasma na sua frente, pelo menos foi o que pensou Naruto e Sasuke e não sabiam dizer se isso era algo bom ou ruim. Mas para o Capitão isso significava que, ao menos, a mulher realmente conhecia Sakura de algum lugar e ele permitiu-se sentir um pouco a esperança de que poderia encontrar ajuda naquele imenso castelo à beira mar. Tal sentimento, entretanto logo desmanchou-se como as ondas do mar ao ver a mulher gritar e fechar a porta com força na cara de Sakura, enquanto gritava algo a alguém do lado de dentro, deixando a Grumete assustada com a situação toda.

— Isso foi perda de tempo – reclamou mais uma vez o Contramestre e Sakura virou-se para ele, pronta para iniciar uma discussão. Ela também não entendeu o que aconteceu, mas não era culpa dela, ela tentou ajudar ao menos. Ergueu o dedo, pronta para confrontá-lo mais uma vez, já que ainda estava chateada com ele por causa da discussão sobre de quem era a culpa do navio estar aos pedaços e Itachi ter fugido.

                O Imediato inconscientemente recuou um passo ao ver a ferocidade da mulher, os olhos delas brilhavam em fúria, encarou Naruto pelo canto do olho que tentava segurar o riso ao invés de fazer algo. Maldito! Porém, antes que Sakura começasse a “falar”, a porta foi aberta novamente e alguém pulou em cima da Grumete, quase a derrubando. E também foi inconsciente ele aproximar-se para tentar impedir que Sakura fosse ao chão.

— Sakura! Sakura! Nem acredito que é você! Eu fiquei tão preocupada durante todos esses meses! Eu não sabia onde você estava e acabava pensando o pior, mas veja você! – a mulher que abraçava Sakura à força finalmente separou-se, sendo possível observar a sua fisionomia.

                Ela era uma nobre, isso, ambos tinham certeza. Usava um vestido rodado, com direito a espartilho e todos os aparatos que as mulheres usavam para demonstrar a sua riqueza. Mas ambos tinham que admitir que aquela além de rica, possuía uma grande beleza. A pele alva como a neve, os cabelos negros compridos e o rosto parecia uma porcelana junto com olhos que lembravam a lua, só tinha um problema com ela...

— Pelos deuses, essa mulher não fica calada um minuto? – foi a voz de Naruto que ecoou seus pensamentos e aquilo parecia ter despertado a atenção da nobre que ainda sufocava Sakura com perguntas, sem dar oportunidade da Grumete responder.

                Ao ouvir o comentário, Hinata, pela primeira vez, parou de falar e olhou atrás de Sakura, vendo que sua amiga estava acompanhada de mais dois homens, e foi o suficiente para sentir o seu rosto esquentar de vergonha. Ela era uma dama, sabia todas as regras de etiqueta e sabia que não deveria falar tanto assim na presença de cavalheiros, que devia se portar de forma recatada, mas, em sua defesa, ela pensara que somente Sakura estava lá. Sua querida e inocente amiga Sakura, com quem estava muito preocupada desde que saíra da sua casa a meses atrás.

                Pigarreou, tentando manter a compostura e mirou nos dois cavalheiros que ali estavam. Dois homens altos e com porte elegante, um moreno e outro loiro de olhos azuis que lhe chamou mais a atenção. Afinal, fora ele o responsável pelo comentário nada educado. Porém, antes que pudesse se deter ainda mais na beleza daquele homem, notou as roupas que ele vestia, assim como as do moreno. Arregalou os olhos ao notar que eles eram, eram....

— P-Piratas! – exclamou assustada, puxando Sakura para perto de si.

                Sakura ao ver o nervosismo de Hinata e que ela preparava-se para gritar e chamar mais alguém, resolveu intervir, até porque aquela era a primeira vez que ela conseguia se manifestar, sem Hinata lhe interromper com milhares de perguntas.

“Calma, Hinata!” ficou na frente da amiga com as mãos na frente do corpo, como se lidasse com um animal assustado “Eles são meus amigos” mexeu os lábios devagar para que ela pudesse entender. A Hyuuga estava muito assustada e qualquer movimento em falso tudo estaria perdido.

— Amigos? – Hinata sussurrou de forma desacreditada e somente naquele momento se atinou para as roupas que Sakura usava – Sakura! Essas roupas! Você está, está... de calças! – as últimas palavras saíram esganiçadas.

                Sakura olhou as calças que usava, procurando algum problema, até olhou para os humanos que também inspecionavam a sua vestimenta de modo bastante atento e não conseguiu compreender o motivo daquele alarde todo. Eles já estavam acostumados a vê-la de calças, afinal de contas. Abriu a boca para responder algo à Hinata, mas ela tinha as feições avermelhadas como se fosse explodir a qualquer momento por causa dos piratas, e Sakura ficou preocupada com o que poderia acontecer com a amiga.

“Hinata! Você está bem?” aproximou-se da perolada que parecia prestes a desmaiar.

— Sakura! Venha comigo, deixe esses indecentes, eu a protegerei! – pediu a Hyuuga quase aos prantos e ouviu os homens rirem de si, deixando Sakura sem graça com a falta de sensibilidade deles.

— Senhorita, acho que ainda não entendeu – Naruto aproximou-se, circundando com um dos braços os ombros de Sakura – A Grumete, aqui, faz parte da minha tripulação – e seu sorriso aumentou ao ver a figura da nobre ainda mais assustada.

— Pare de graça, Naruto – Sasuke manifestou-se pela primeira vez, afastando o Capitão de Sakura enquanto esta mandava um olhar irritado aos dois para que se comportassem de uma vez.

“Deixe-me explicar, Hinata! Podemos conversar e eu explico tudo, mas eu preciso da sua ajuda agora” pediu Sakura e rapidamente explicou que precisavam um lugar para ficar.

                Hinata prestava atenção na amiga, sempre de olho no que os dois piratas faziam, com medo deles tentarem algo, mas ambos continuavam de braços cruzados, observando ela e Sakura atentamente. Nesse meio tempo, enquanto tentava entender as explicações de Sakura, Hinata assustou-se ainda mais ao ver mais três piratas surgirem a sua porta. Não pode negar que estava realmente ficando mais e mais desesperada com a situação que se formava a sua frente. Um bando de piratas se amontoava na sua porta, o que ela poderia fazer? Não queria negar ajuda a Sakura, mas a verdade era que não podia acobertar aqueles homens, se fosse só a jovem seria mais fácil. Afinal, o que o seu pai diria se chegasse e visse um monte de renegados dentro de sua casa?

                O pai... Hiashi Hyuuga estava voltando de viagem junto de sua irmã, um baile estava sendo preparado em sua homenagem e havia piratas tentando invadir sua casa. Céus, ela iria desmaiar com tudo aquilo, porém algo chamou a sua atenção ao ver que um dos malfeitores parecia desmaiado e ferido. Ele era carregado por um homem de cabelos ruivos e outro que tinha um olhar feroz, mas não conseguia ver o rosto daquele que estava inconsciente. Olhou rapidamente para Sakura e notou que ela continuava a sua explicação e as palavras por ela proferidas chamaram a sua atenção.

“... Neji se feriu e não temos como tratá-lo! Hinata!”

— Neji? – indagou para si e voltou a olhar para o rapaz de longos cabelos castanhos que estava desacordado.

                De modo hesitante foi até o ferido e levantou o seu rosto, mesmo que o ruivo tenha protestado por tal ato.

— Deixe-a, Gaara. Precisamos da ajuda dela, se ela quer se certificar que falamos a verdade, deixe que ela analise Neji – Naruto se manifestou mais uma vez e encarou os olhos perolados de Hinata que corou novamente ao ver que ele falava de si. Mas ela realmente queria verificar algo, só não era o mesmo que o Uzumaki pensara.

                Levantou o rosto do homem a sua frente e colocou a mão na boca ao reconhecer aquele rosto. Sentiu os olhos se encherem de lágrimas e Sakura foi até a amiga para entender o que havia acontecido. Todos eram capazes de ouvir os soluços dela, mas nada diziam diante daquela cena estranha, confusos demais diante das ações da mulher. Sakura colocou a mão no ombro da morena que limpou o rosto rapidamente e levantou-se para dirigir-se à amiga e aos piratas que ali estavam:

— Entrem, irei ajudá-los. – disse para a surpresa de todos e felicidade de Sakura.

—*-

                Aquilo tudo era, no mínimo, estranho. Nenhum deles tinha a esperança que Hinata, como ela mesma se apresentou, fosse realmente ajudá-los. Eram piratas, afinal. E olhavam aquele gesto com desconfiança, mesmo que Sakura parecesse feliz ao estar sentada naquela imensa sala enquanto a criada de Hinata, Shizune, mandava outras pessoas trazerem comida para todos. Shizune estava amedrontada com a presença daqueles homens que pareciam hostis para si, mas seguia as ordens de Hinata à risca: alimentá-los, acomodá-los e tratá-los como se fossem hóspedes ilustres, o que era difícil na visão de Shizune ao ver a forma como eles comiam. Céus, pareciam animais comendo!

— Pelos deuses! – Kiba exclamou com a boca cheia de comida – Essa é a melhor comida da minha vida! – sorriu e Shizune tremeu ao ver uns pedaços de comida voarem pela mesa enquanto ele falava.

— Kiba, olhe os modos! – Naruto disse apontando uma coxa de frango em direção ao Inuzuka e em seguida começou a rir com a comida na boca para pavor de Shizune e divertimento dos piratas que viam a forma como a mulher estava.

                Podiam estar desconfiados do tratamento tão gentil da nobre, mas eles nunca recusariam uma boa comida. Por isso, mesmo que ela tivesse alguns criados e alguns guardas naquele castelo, não seriam uma grande ameaça ainda mais agora com Shikamaru e os outros também ali, seria mais fácil formar uma estratégia, caso fosse necessário escapar, pelo menos era o que o Uzumaki pensava enquanto comia. Sasuke, por outro lado, mantinha-se ainda mais alerta, não queria pensar o que aconteceria a eles se a morena resolvesse chamar a guarda real, mesmo assim tentava aproveitar a comida.

“Shizune, onde está Hinata?” Sakura levantou-se do seu lugar e indagou à humana que suspirou.

— A senhorita está lá em cima com o... companheiro ferido de vocês – hesitou ao ver todos atentos ao que ela falava – Ela levou o médico e está com mais alguém lá para os devidos cuidados – informou e Sakura suspirou, anuindo.

                Olhou para os piratas que comiam e viu que Gaara ainda permanecia ao lado de Neji, eles eram melhores amigos e, desde que o Hyuuga havia se machucado, o Sabaaku era o responsável por cuidar do amigo. Hyuuga... Hyuuga... o nome dele ficou ecoando e quis se bater ao perceber que o sobrenome de ambos os humanos que conhecera eram iguais. Hinata e Neji eram parentes! Por Tritão! Pensava que já estava acostumada a esse hábito humano de dar nomes a pessoas que compartilhavam laços sanguíneos, mas aquilo havia passado despercebido por si. Chamou a atenção do Capitão, ganhando olhares de todos pela forma como balançava o braço, e explicou rapidamente que iria ver como Neji estava e levar comida para Gaara.

                O Uzumaki apenas aquiesceu, não entendendo o motivo da pressa da Grumete, que se pôs a fazer um prato de comida para em seguida sair correndo até a escada na ala principal e sumir da vista de todos.

— Nossa, qual o motivo da pressa? – Chouji perguntou ainda devorando a comida, estava tão ocupado comendo que nem ao menos se importava com o fato dos outros piratas dizerem que havia uma comida melhor que a sua.

— Ela deve estar enrabichada por Gaara, eles estão muito juntinhos desde a viagem – Kiba disse e revirou os olhos.

— E isso incomoda você, Inuzuka? – Hiruzen comentou enquanto tomava sua bebida, um sorriso ladino ameaça se desenhar no seu rosto.

— É! Do jeito que fala parece que quem está enrabichado aqui, é você! – Shikamaru alfineta o companheiro.

— O quê? Claro que não! – Kiba esbraveja, sentindo o rosto esquentar.

Os outros começam a rir e debochar dos sentimentos do Inuzuka, no entanto todos se calam ao ver o Imediato afastar com força a cadeira e se levantar mau humorado, retirando-se do local sem explicar-se.

— E agora? O que foi isso? – Kiba indaga a ninguém em especial.

— Quem sabe? – o Capitão responde com um sorriso de quem sabia mais do que os outros – Vamos voltar a comer, pois ainda temos que ajeitar o Kurama – manda e todos bradam em concordância antes de voltar a comer, para desespero de Shizune que tem voltar a ver aqueles homens se alimentarem sem o mínimo de educação.

—*-

— Então, doutor? – Hinata questiona e o médico se afasta do leito para conversar com a mulher.

— Senhorita Hinata, esse homem... – ficou receoso de como continuar e pode ver que era alvo de escrutínio do outro homem dentro do quarto. Pigarreou, nervoso – Antes de mais nada, a senhorita está bem?

— Sim, estou muito plena. – disse convicta e desconfiou sobre o que médico falaria, por isso resolver interromper – Ele é alguém muito importante que foi achado pelo senhor Sabaaku, então peço que não faça julgamentos precipitados – pediu e a fala da mulher atraiu a atenção de Gaara que arqueou uma sobrancelha.

                “Senhor Sabaaku”? Sorriu de canto com o tratamento, nunca lhe trataram como senhor, mas havia gostado do honorífico e continuou à espreita para saber como aquela conversa se desenrolaria e, principalmente, para saber o estado do amigo.

— Ah certo – tossiu o médico, envergonhado – Era só uma garantia e...

— Por favor, como está o paciente, doutor? – Hinata o interrompeu mais uma vez.

— Bom, eu limpei a ferida e enfaixei. Ele vai necessitar de repouso e aqui está uns remédios que podem ser feitos caso ele apresente febre ou dor – indicou o papel à mulher que passou a analisar o escrito – Mas vai sobreviver, foi muita sorte ele ter sido logo tratado – disse para alívio de Gaara que suspirou junto de Hinata. O pirata arqueou a sobrancelha, sem entender o motivo dela estar tão preocupada com o amigo – Qualquer coisa, pode me chamar, senhorita – despediu-se e Hinata o agradeceu.

                Gaara observou os dois irem até a porta do quarto e viu quando a mulher falou algo em particular para o homem que aquiesceu e saiu do quarto, deixando-o a sós com a nobre e Neji que permanecia desacordado.

— O que disse ao médico? – Gaara perguntou com os braços cruzados e fitando o rosto da mulher que olhava para Neji.

— Nada – e a resposta fez Gaara desconfiar ainda mais da moça. Ele não gostava de não ser respondido e temia que ela pudesse estar planejando algo, pensou em confrontá-la, em exigir uma resposta, mas antes que pudesse sequer dar um passo em direção à mulher, viu a porta do quarto se abrir e passar por ela uma Sakura esbaforida.

“Hinata! Que bom que eu te achei!” disse segurando um prato de comida e notou que Gaara realmente estava no quarto ainda. Sorriu para ele e se aproximou, oferecendo a comida.

                O rapaz sorriu para ela e aceitou o prato, somente para em seguida ser mandado para fora do quarto. Cerrou os dentes, com o sorriso forçado agora no rosto, aquela garota realmente estava atrevida por lhe mandar sair dessa forma, mesmo assim ele fez conforme mandado, dizendo que estaria do lado de fora se precisasse e indicou Hinata com a cabeça. Sakura revirou os olhos, mas aquiesceu, praticamente empurrando-o para fora do quarto.

                Após isso, ela se virou para Hinata e em seguida olhou para Neji, verificando como ele estava.

— Ele está bem, está fora de perigo, mas precisará descansar e fazer a medicação – Hinata explicou, também encarando o pirata.

                Sakura suspirou aliviada e sorriu para a amiga. Havia conseguido ficar a sós com a Hyuuga, mas agora se perguntava como iniciaria aquela conversa. Sem muitas alternativas, resolveu ser direta.

“Eu percebi uma coisa, você e Neji têm o mesmo sobrenome, não é?”, mas logo se arrependeu ao ver o semblante da perolada se entristecer.

— Então, você sabe, não é?

“Eu não entendo que relação vocês têm, na verdade eu...” e olhou rapidamente para Neji “...não compreendo como vocês podem ser...” ela não conseguia terminar a frase, mas Hinata sorriu, tranquilizando-a.

— Nós somos primos, Sakura – explicou a perolada – Nossos pais são irmãos e fomos criados juntos.

“Se vocês foram criados juntos, então por que Neji virou um pirata?” questionou ainda confusa.

— É que...

— Bom, agora que acabei de comer, já deu tempo das ladies conversarem, né? – Gaara interrompeu a conversa e Hinata assustou-se, parando de falar.

                Sakura franziu o cenho para ele que nem se incomodou. Como ele comeu tão rápido? Ela tentou mostrar que ele estava atrapalhando, mas quem disse que ele se importava? Hinata apenas suspirou, não falaria sobre aquilo para um desconhecido, nem sabia o motivo de estar falando sobre isso para Sakura, ela era alguém querida para si, mas mesmo assim era algo muito pessoal. Olhou para a jovem que ainda tentava expulsar o Sabaaku do quarto e sorriu, ela era realmente muito insistente e isso seria um problema.

— Bom, vou deixar vocês a sós. Já pedi para chamarem uma criada para ajudar a administrar os remédios em Neji e no que for preciso também. – Hinata chamou a atenção dos dois que pareciam estar discutindo. Na verdade, era somente Sakura gesticulando enquanto Gaara se divertia às custas dela. – Agora eu devo ir. Tenho que ver as acomodações dos outros – despediu-se rapidamente, saindo do cômodo sem dar tempo de Sakura se manifestar.

                Gaara sorriu ao ver a feição da Grumete por ter sido deixada sozinha com ele no quarto e seu sorriso aumentou ao vê-la virar-se para si, pronta para brigar novamente. Ele sabia que havia interrompido a conversa, mas não achava justo a perolada contar sobre o passado de Neji para alguém sem a permissão dele também. Gaara sabia da história do melhor amigo, sabia que um dia ele já tinha sido um nobre até tudo dar errado na vida dele. Mas Neji não gostava de contar a quase ninguém sabia sobre o seu passado e ele respeitava isso.

— Não adianta ficar com raiva de mim – disse colocando a mão nos cabelos da menina que apenas bufou, irritada – Até porque você estava me devendo uma, não é mesmo? – relembrou o fato de ter assumido toda a culpa pela libertação da sereia e Sakura encolheu-se, reconhecendo o fato.

“Por que fez isso?” ela indagou um pouco sem graça.

— Ora, não foi esse o trato? – fez outra pergunta, querendo fugir da resposta. Não era bom em lidar com sentimentos, dizer que havia sido convencido por Sakura ou porque odiou ver Ino nas mãos de Itachi era algo que ele não diria nunca à Grumete.

— Quer dizer... que vocês... planejaram tudo? – uma voz fraca se fez presente e ambos olharam para a cama, vendo que Neji havia acordado.

                Sakura foi a primeira a correr e mexer os lábios com o nome dele. As lágrimas pareciam prestes a transbordar dos olhos dela, mas ele continuava a encarar Gaara com seriedade. Se olhasse para a Grumete sabia que iria vacilar e naquele momento ele queria respostas para o que viu antes de desmaiar na cabine do Capitão. Ele pensou que estava alucinando ao ver Sakura e Gaara libertarem a sereia, pois essa era a única explicação para tamanha traição, mas agora, ele estava acordado, vivo, e ouvira Gaara comentar algo sobre um trato com a Grumete, então o que vira devia ter sido verdade.

                Gaara observava o amigo, tentando pensar em algo ao ver como Sakura parecia desesperada e ele até tentou falar algo, se ela não tivesse começado a chorar, chamando a atenção de ambos.

— Oe, Sakura! – Gaara tentou acalmar a garota que, se não fosse muda, provavelmente estaria fazendo um escândalo pela forma como as lágrimas caiam por seu rosto.

                Neji também ficou assustado com a reação da menina e olhou para o amigo, pedindo ajuda, mas nenhum dos dois eram bons para consolar mulheres, não dessa forma pelo menos.

“A culpa foi minha e... Você foi ferido e eu... eu não queria e...” ela tentava falar em meio ao choro, mas ficava difícil de entender algo enquanto ela parecia soluçar ao mesmo tempo.

— Tudo bem, Sakura... tudo bem... – Neji tentou acalmá-la e Sakura segurou a sua mão com força e fixou o olhar no dele de tal forma que ele não conseguia desviar.

“Me desculpe” ela pediu, os orbes verdes brilhando por conta das lágrimas e ele somente foi capaz de aquiescer.

“Ino precisava ser solta e convenci Gaara a fazer isso, por favor, não fique com raiva dele”  ela disse novamente e Neji concordou com a cabeça. “Por favor, não conte ao Capitão ou ao Imediato, eles não entenderiam e, provavelmente, eu seria expulsa do Kurama!” foi o último pedido dela e mais uma vez o Hyuuga nada falou, apenas continuou concordando.

                Gaara olhou a cena com estranhamento, será que Neji ficou tão afetado pelas lágrimas dela a ponto de não conseguir negar nada? Não esperava esse comportamento do amigo que sempre fora muito racional e metódico. Sakura, em contrapartida somente ficara feliz ao ver que havia conseguido convencer Neji, de alguma forma. Ele parecia tão concentrado em si que por um momento ela pensou que ele estivesse em transe, como, como... Arregalou os olhos e soltou a mão do pirata, quebrando o contato visual com ele.

                Neji piscou algumas vezes e sentiu a cabeça rodar. Gemeu de dor, o que havia acontecido? Olhou para Sakura que parecia assustada, olhando para si e depois para Gaara que estava tão confuso quanto ele.

— Está tudo bem? – Gaara questionou para ninguém em especial e ambos aquiesceram ainda um pouco atônitos – Neji, você entendeu o que houve? Não está chateado conosco? – quis confirmar a resposta do outro.

— Eu devia estar, mas... está tudo bem – disse dando de ombros para logo em seguida encarar seriamente os dois – Na próxima vez que eu descobrir que os dois estão escondendo algo de mim, eu juro que não irei deixar saírem ilesos – ameaçou, fazendo Gaara sorrir e Sakura concordar rapidamente, um pouco amendrontada.

— Claro, claro... na próxima vez que formos soltar uma sereia no meio de uma luta entre piratas, você será o primeiro a saber e fazer parte do plano – o Sabaaku afirmou e Neji sorriu, concordando com a ideia.

                Sakura somente revirou os olhos, mas ficou feliz que tudo havia terminado bem. Olhou novamente para suas mãos, tentando pensar como conseguira fazer Neji ficar sobre a sua influência sem usar a sua voz e como iria lidar com a volta do seu poder.  Perguntou-se também se isso, de repente, já havia acontecido outras vezes e ela não tinha reparado e suspirou. Ela tinha que tomar cuidado com isso a partir de agora ou alguém poderia desconfiar de suas habilidades. Estava concentrada, refletindo sobre sua nova descoberta, enquanto Gaara colocava Neji a par do que aconteceu depois que ele desmaiou, por causa disso ninguém notou quando bateram no cômodo, até que uma figura surgiu na soleira da porta.

— Com licença, a senhorita Hinata pediu que eu cuidasse do... – mas a criada não pode deixar de se espantar ao ver quem eram as pessoas ali presente - ... Mas o que vocês estão fazendo aqui? – gritou, atraindo a atenção para si.

— Tenten? – Neji e Gaara disseram juntos, enquanto Sakura permanecia de boca aberta. E agora mais essa! O que Tenten fazia naquela casa, vestida como criada?

—*-

                Aquilo realmente não era esperado. Quando Kakashi lhe propôs aquela missão, logo após a partida de Haru e dos outros de Flishburry, ela realmente ficou feliz ao pensar que poderia ter algo com o que se distrair enquanto o rapaz que roubava os seus pensamentos estivesse longe. Além do mais era uma forma de, quem sabe, conseguir encontrar com Haru em alguma cidade portuária. Ela pensou que a missão seria fácil, afinal qual seria a dificuldade de enganar uma dama da alta sociedade e roubar algo que estava dentro do castelo? Porém, logo viu que não seria tão simples se aproximar de alguém como Hinata.

                A Hyuuga tinha criados demais e somente alguns eram de confiança da menina. Tenten teve que ficar trabalhando como lavadeira por mais de um mês para, aos poucos, ter acesso à residência principal. E com um lugar tão grande e com tantas pessoas rondando o local a todo o momento, ficava extremamente difícil encontrar o artefato que Kakashi pedira sem que levantasse suspeita. Foi quando Shizune veio pedir que alguém ficasse responsável por um hóspede de Hinata que chegara há pouco tempo. Tenten não sabia quem eram essas pessoas, apenas que Shizune estava horrorizada com eles e aquilo foi o suficiente para que nenhuma das criadas quisesse ficar com o trabalho. E aquela foi a deixa perfeita.

                Cuidaria, ou fingiria que cuidaria, do hóspede e assim teria liberdade para vagar por todo o castelo sem que fosse considerada suspeita. Ela só não imaginava que, ao bater na porta daquele cômodo, fosse encontrar com aqueles dois piratas tão conhecidos por si, Gaara e Neji, ao lado de uma mulher, estranhamente familiar.

— O que vocês estão fazendo aqui? – repetiu a pergunta, um pouco mais calma, não poderia chamar atenção.

— O que nós fazemos aqui? O que você faz aqui? – foi Gaara quem retrucou e Tenten percebeu que Neji era o convidado que precisava de cuidados médicos.

— O que houve com você? Como conseguiram entrar aqui? Onde estão os outros? E Haru? – disparou as perguntas sem conseguir segurar sua curiosidade sobre o mais novo tripulante do Kurama, sentindo o rosto corar logo em seguida. Não era para ela falar sobre ele.

                Três pares de olhos se encararam, sem saber ao certo o que responder, principalmente sobre a identidade de Haru, que na verdade era Sakura. Gaara tentava controlar o riso ao imaginar a cara da Mitashi ao descobrir a verdade, Neji parecia desconfortável só de lembrar do seu fracasso em conquistar a mulher e perder para outra mulher e Sakura... bom, Sakura também estava envergonhada de ter mentido para Tenten. Gostava da moça e não achava justo continuar com aquela mentira. Resolveu abrir a boca para explicar quem era, mas Neji a impediu.

— Primeiro diga o motivo de estar aqui, depois contamos o que aconteceu – pediu ainda fraco e Tenten novamente olhou para ele, notando os ferimentos no tronco. Suspirou e colocou a bandeja que ainda carregava no criado mudo e iniciou a tarefa que foi designada desde o começo: cuidar de Neji. Nem acreditava que estava fazendo isso!

                Gaara olhou para Sakura que deu de ombros e continuou a observar a cena.

— Kakashi me passou uma missão, encontrar um objeto que está nas mãos do Lorde desse castelo – respondeu brevemente, mas foi o suficiente para Neji franzir o cenho ao lembrar do tio, Hiashi Hyuuga – Ele quis que eu aproveitasse que o Lorde estava fora para conseguir adentrar no castelo e, bom, aqui estou – abreviou a história sem querer contar o tempo inútil que passou ali.

— O que Kakashi quer? – Gaara indagou e, sem querer, Tenten apertou demais as bandagens de Neji que gemeu de dor – Frouxo – comentou o amigo, mas Sakura deu uma cotovelada em si e foi para perto do perolado, querendo ver se estava bem.

                A Mitashi nada disse ao ver o comportamento da garota que até agora mantinha-se estranhamente silenciosa, mas não pode deixar de ficar incomodada com a forma como ela parecia preocupada com Neji. Pareciam íntimos demais.

— Estou bem, Sakura – Neji disse ao ver o olhar preocupado da Grumete que suspirou. Ela queria explicar tudo de uma vez para Tenten, mas percebeu que, antes, o pirata ainda tinha coisas a resolver com a ex-garçonete.

                Por causa disso, resolveu sair do quarto e levar Gaara junto, mesmo que contra a sua vontade. Ela acenou para os dois que ficaram no quarto e o Sabaaku disse que voltaria para ver o companheiro, antes da porta se fechar e deixar somente Tenten e Neji no cômodo. Ela continuava a administrar os remédios nos ferimentos e ele tentava pensar em como continuar a conversa.

— Você não respondeu o Gaara... – comentou e fez uma careta ao ver que ela havia apertado um dos seus ferimentos.

— Porque eu não preciso responder! – retrucou irritada, sem saber ao certo o motivo – Ainda não sei porque vocês estão aqui também.

— Sakura conhece a dona daqui e precisávamos de algum lugar para ancorar – e apontou para si, dizendo que a culpa era dele de estarem naquele local. Ainda não acreditava como o destino gostava de fazer peças. Havia passado anos tentando fugir dali, ir para o mais longe possível e agora havia voltado para não morrer.

— Sakura, hein? – Tenten disse pouco interessada ao ouvir o nome da mulher – Ela é bem bonita, faz parte da tripulação agora?

— Sim... ela sempre fez – Neji sentiu a garganta seca, não queria falar a verdade sobre Haru para Tenten, não quando ele estava sozinho com ela e sabia do temperamento instável e explosivo da garota.

— Hum... – a Mitashi não disse mais nada, focando-se apenas em terminar o seu trabalho.

                Neji realmente não sabia o que dizer. Na última vez que vira Tenten, bom, as coisas não saíram como planejado e ela estava furiosa consigo pela forma como a tratara. Nunca imaginara que pudesse reencontrá-la naquele castelo e muito menos que fosse lhe ajudar depois de tudo. Apesar disso, ele estava muito feliz em vê-la novamente e pensava em como poderia se desculpar com a morena.

— Pronto, já terminei. Volto depois para ver como está – informou, tirando Neji de seus devaneios. De forma inconsciente, segurou o braço da mulher, impedindo que se levantasse – O quê?

— Me desculpe... – abaixou a cabeça, envergonhado. Não estava acostumado a pedir desculpas por seus atos e Tenten sabia disso, por isso ficou surpresa pelas palavras do Hyuuga – Não devia... ter falado com você daquela forma.

                Tenten achava que o homem havia batido a cabeça muito forte para falar aquilo para ela, mas, estranhamente, gostou de ver um outro lado de Neji que ainda não conhecia. Quando o viu pela primeira vez, na taverna de Kakashi soube no mesmo instante como o pirata era: arrogante, convencido, dono de si e achava que podia ser dono dos outros também. Por isso sempre o dispensava, não iria inflar ainda mais o ego dele, mas ali estava uma nova faceta que lhe chamava a atenção. Sorriu para ele e aquiesceu.

— Tenho que ir agora, Hyuuga. Melhor descansar – comentou, sem perder o sorriso e Neji correspondeu o gesto, sentindo mais leve ao saber que tinha o perdão de Tenten.

—*-

                Hinata segurava com força a carta nas mãos. Ela não sabia o que fazer. Seu pai havia adiantado a sua volta para dali a três dias. Três dias! Como ela iria esconder os piratas? Como ela iria finalizar o baile com aquelas pessoas rondando a sua casa? Céus! Estava quase tendo uma síncope, enquanto olhava a letra bem desenhada do pai, repetindo as palavras para ver se entendera certo. Como gostaria de estar errada...

— Algum problema, milady? – tomou um susto, pulando do sofá onde estava ao ouvir a voz do homem bem perto de si.

                Olhou para trás e sentiu o rosto esquentar ao ver que era o Capitão do navio pirata quem estava ali, praticamente colado atrás de si, tentando ler a carta em suas mãos.

— Pelos deuses! Quer me matar de susto? – indagou, afastando-se dele para respirar melhor. Por que ele tinha que estar tão próximo? – Poderia fazer algum barulho para informar sua chegada!

— Já me chamaram de muita coisa, moça – disse com um sorriso ladino, aproximando-se da Hyuuga que recuava a cada passo dado – Mas nunca disseram que era silencioso! – brincou e Hinata controlou-se para não bufar. Damas não bufam!

— De qualquer jeito, devia ser comportar melhor, senhor – disse alisando a saia do seu vestido.

— Por causa do baile que acontecerá em três dias? – cruzou os braços na frente do peito e sorriu ao ver os orbes perolados arregalarem-se.

— Como? Você leu a minha correspondência? – e sentiu as faces esquentarem de raiva ao ver a forma como ele, displicentemente, deu de ombros.

— Como eu disse eu não fiz questão de ser silencioso, mas você estava realmente muito entretida com a carta. Não pude resistir – novamente brincou e Hinata não pode deixar de notar o sorriso dele. Para um pirata, até que o homem tinha um sorriso bonito.

— Que grosseiro... – comentou para si e Naruto mostrou ainda mais os dentes.

                Ele apenas estava procurando o local onde poderia dormir um pouco, quando viu a porta daquela sala aberta e viu a forma como a pequena lady estava. Parecia que a mulher iria desmaiar a qualquer momento, pelo visto era alguém que se preocupava muito com as coisas, mas isso chamava a atenção de Naruto, ou talvez tenha sido a beleza estonteante dela e o fato de que achava adorável a forma como ela corava. Por isso resolveu se intrometer, pensou em entrar e falar algo, distrai-la, mas a curiosidade o atiçou e, quando deu por si, estava colado atrás dela, lendo partes da correspondência.

— Não se preocupe com isso – resolveu acalentar a jovem e deixá-la respirar em paz um pouco. Afinal, devia estar sendo demais para ela ter um monte de piratas sob o seu teto.

                Hinata o encarou com o cenho franzido, sem compreender as palavras do jovem que deu de ombros novamente.

— Não iremos atrapalhar o seu baile, se tudo ocorrer bem, iremos nesse mesmo dia embora daqui – explicou-se e a Hyuuga surpreendeu-se com as palavras dele.

— Três dias não serão suficientes para ajeitar o navio – falou baixinho, tímida, sem saber como lidar com alguém tão volúvel. Não sabia o que esperar de Naruto Uzumaki.

— Está preocupada conosco, milady? – novamente o sorriso de conquistador barato voltou a aparecer nele e ela sentiu o rosto esquentar, mais uma vez. Era disso que estava falando! Em um momento ele brincava com ela, em outra estava oferecendo ajuda e depois parecia flertar consigo!

— Não! Quero dizer... só não entendo o motivo de...

— Não queremos causar nenhum problema, principalmente porque você está nos ajudando. Então, no dia do baile, iremos embora – mostrou seu ponto de vista.

— Mas o navio...

— Ele não precisa estar perfeito, apenas que possamos navegar, então três dias são o suficiente – Hinata realmente ficou tocada com a consideração do pirata. Não imaginava que alguém que fosse um criminoso da Coroa pudesse agir dessa forma.

                Afinal, ele não tinha porque se preocupar consigo ou com sua situação. Ele poderia fazer da sua vida um inferno se quisesse, eles poderiam roubar seus bens, forçá-la a fazer tudo o que quisessem, rendê-la e pedir por ouro, mas não... ele estava dizendo que não queria causar problemas a ela. Abriu a boca, querendo respondê-lo, mas foram interrompidos pela intromissão de Sasuke, Gaara e Sakura.

— Capitão, será que podemos conversar? – Sasuke perguntou, tentando não aparentar irritação.

— O que foi? – o Uzumaki questionou, mas antes que o Contramestre pudesse responder, Sakura correu até Hinata com os olhos transbordando alegria.

“É verdade que vai haver um baile?” questionou e a Hyuuga olhou para o pirata loiro e em seguida para a amiga, aquiescendo.

                Sakura parecia uma criança ao saber da notícia. Ela e Gaara haviam ouvido de Shizune ao saírem do quarto e comemoravam a notícia, por motivos diferentes. Ela, pois iria participar de um baile humano, estava curiosa com isso, e ele porque iria poder beber à vontade a mesma bebida que os ricos. Porém, os dois foram surpreendidos pelo Imediato que vetou aquela possibilidade, fazendo os três irem à procura do Capitão para resolverem o impasse. Ela não entendia o que estava acontecendo com o Imediato, ele estava mais insuportável do que o normal desde a discussão deles no navio. Ou talvez fosse ela que não aguentasse mais a forma como ele lhe tratava, justo quando pensava que ele estivesse melhorando e pudesse alcançá-lo tudo desandou junto com as águas do mar.

                Em contrapartida, Sasuke também não entendia o seu comportamento perante a Grumete. Sabia que devia desculpas à ela, mas a cada vez que tentava se aproximar para conversar, via Sakura acompanhada de Gaara e não entendia o motivo de se incomodar com isso. Porém sempre acabava se irritando e se opondo a qualquer coisa que ela dissesse. Por causa disso, começaram a discutir até encontrar o Capitão Uzumaki.

— Sakura, já disse que iremos embora antes disso, não é, Naruto? – Sasuke não queria se juntar à nobreza e, muito menos, correr o risco de serem emboscados.

— Eu estava falando disso com Hinata agora mesmo e...

— E eu disse que vocês poderão ir embora depois do baile! – enfatizou Hinata para a surpresa dos piratas, principalmente de Naruto, e felicidade da ex-sereia.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Eu sei, o foco foram os Hyuuga's, mas eu precisava fazer isso! Primeiro porque a Hinata voltou a aparecer, segundo porque vamos descobrir mais sobre o passado dos primos e terceiro porque a Tenten apareceu e eu tinha que colocar um momento NejiTen fofinho! ehehe
Mas não se preocupem pois a parte SasuSaku ficou para o próximo e os nosso casal vai se resolver finalmente... será? hehehe
Mas pelo menos tivemos o momento em que a Sakura finalmente percebe que ela consegue controlar os rapazes, o mesmo poder que ela tinha ao cantar quando era sereia. Resta saber se ela sabe controlar isso e como ela vai usar, né?

Espero que tenham gostado, inclusive das cenas dos outros casais. Me digam se gostaram da primeira interação NaruHina e nos vemos em breve, pois já estou finalizando o próximo capítulo!

beijos e até mais