We Go Back And We Go Foward escrita por Araimi


Capítulo 8
Capítulo 8




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            Rosalie não sabia quando aquilo havia se tornado um hábito, ela não havia percebido. Rose se lembrava da vez em que sua única filha havia chegado tarde da noite, escoltada por suas amigas da escola, bêbada como um gambá, mas não se lembrava de ter visto aquilo se repetir.

            Mas, agora, subitamente, parecia que Honey andava sempre bêbada.

            Honey havia passado uma fase boa, sem maiores complicações a não ser a escola, na qual ela vinha faltando bastante, e essa vez que chegou bêbada em casa. Ela parecia bem, parecia que estava apenas se divertindo ao máximo antes de...

            E então ela havia ficado depressiva, como se realizasse que realmente existia um porém, que não era uma brincadeira, um jogo, sua vida era um relógio de areia e a areia já estava quase acabando.

            Ela achava que isso havia induzido Honey a bebida. Henry havia lhe dado um sermão, eles haviam colocado ela de castigo, jogado fora todas as bebidas da casa, mas Honey parecia sempre achar mais em algum lugar. Ela já estava ficando cansada de ver sua filha naquele estado, mas Rosalie não sabia mais o que fazer.

            Tudo o que ela conseguia fazer nesses dias, era segurar o cabelo de Honey enquanto ela vomitava tudo no vaso, como agora.

            A mão livre de Rose passeava pelas costas da filha e de seus lábios palavras de conforto saíam.

            Honey empurrou para trás e Rosalie apertou a descarga. Honey olhou-a sem vê-la, como se não a reconhecesse e Rose sentiu uma pontada no peito. Depois ela sorriu bobamente e disse:

            - Oi, mamãe.

            Rose não sorriu, ela colocou os cabelos loiros da filha atrás da orelha e disse:

            - Honey.

            A adolescente não disse mais nada, apenas encostou sua cabeça no peito da mãe e pareceu adormecer ali quase que instantaneamente. Rosalie envolveu a filha com os braços e beijou o alto de sua cabeça.

            - O que você está fazendo com você, Honey? Uhm?

            A resposta não veio e Rose não sabia se algum dia viria. Apenas abraçou-a mais forte, mais tarde ela levaria Honey para o quarto.

—--*---*---

            Ela não estava alta, eram nove horas da manhã, pelo amor de Deus, e ainda estava na escola, apesar de seu cabelo ainda cheirar a bebida. Ela estava com uma grande ressaca é verdade, mas ela nunca havia ouvido falar que isso dava alucinações. A menos         que alguém tenha lhe dado algo ontem quando ela estava bêbada.

            Os dedos de Honey massagearam suas têmporas.

            Ela havia conhecido eles quando tinha, o que? Cinco anos? Por aí. Honey tinha esquecido do acontecido, mas quando os viu, lembrou daquele dia super estranho no qual sua mãe recebera pessoas mais estranhas ainda para o almoço. Eles eram o tipo de pessoa que não se esquecia fácil.

            Mas não era possível que eles estivessem bem ali, no corredor, conversando como qualquer estudante entre eles, como se estivessem conspirando. Porque aquelas pessoas pareciam exatamente como eram a 12 anos atrás. E, se seu irmão mais velho já havia terminando a faculdade, eles não deveriam estar estudando no ensino médio. Nem parecerem daquela maneira.

            Estranhamente bem conservados.

            Quando abriu os olhos novamente e observou o cara de cabelo estranho, a moça simpática de cabelo da mesma cor, junto com uma jovem de sedosos cabelos castanhos e outra de cabelos pretos curtos.

            Se pareciam bastante com eles, mas não poderia ser eles.

            Poderia?

            Bem, talvez alguém realmente tenha lhe dado algo ontem a noite.

            Uma garota parou ao seu lado sorrindo de orelha a orelha. Grande idiota, o que havia de tão alegre para ela estar sorrindo? Algum dia Honey soube qual era o nome daquela garota, um dia aquela garota havia sido sua discípula. Mas isso fora antes de ela estar de encontro marcado com a grandessíssima piranha que era a morte.

            Ela estreitou os olhos e disse:

            - Oi, ahn... Zarra.

            A garota olhou-a estranho.

            - Você está com um problema na língua, Hon? Falou Sarah de um jeito estranho.

            Honey assentiu.

            - É, sabe... – Ela olhou para o lado, suas mãos fechando-se em volta das alças de sua mochila, algo que ela nunca usaria antes, mas quem liga? – Alergia.

            Sarah deixou sua cabeça pender para um lado e Honey pensou que seria no mínimo interessante se ela simplesmente saísse de seu pescoço e rolasse pelo chão da escola.

            - Estranho, você fala o resto das palavras normal. – Honey abriu a boca para dar uma resposta nada delicada e mandar a menina para o inferno antes de fazer uma saída teatral com direito a bater o armário com força e tudo, mas Sarah a impediu. – De qualquer maneira, eu vim te convidar para dar as boas vindas aos alunos novos. Quero dizer, você anda meio distante de todo mundo e de suas obrigações sociais, essa pode ser uma ótima oportunidade.

            Honey deu uma risada, obrigações sociais, pelo amor de Deus. Mas realmente era uma ótima oportunidade para dar uma olhada mais de perto nesses esquisitos.

            Ela deu de ombros e as duas passaram a caminhar em direção aos novatos.           A de cabelos negros curtos foi a primeira a nota-la, baixinha e de estrutura frágil, ela sorriu quando Honey e Sarah pararam a sua frente, a ruiva também. A outra morena parecia estranha, meio desconfortável e o cara de cabelo estranho passou o braço ao redor da cintura dela.

            Então Honey parou, ela estava próxima a eles, de frente a eles e, quando viu o cara de cabelo esquisito, soube que era a mesma pessoa que havia visto a 12 anos atrás.

            - Olá, pessoal. Nós queríamos desejar boas vindas.

            A voz de Sarah parecia distante aos ouvidos da loira, tudo o que ela conseguia pensar era naqueles mesmos rostos, brincando com ela quando ela tinha uns cinco, seis anos. Eles tinham aquela mesma idade, aquele mesmo ar, mesma aparência. Mas não era possível.

            Se ela pelo menos se lembrasse do nome deles.

            - Eu sou Sarah Ganter.

            O sobrenome estava na ponta de sua língua. Era meio estranho. Sulken?

            - E essa é minha amiga, Honey McConnery.

            Os quatro pareceram reagir ao seu nome, mas em seus olhos estranhos parecia haver a mesma dúvida que havia nos de Honey.

            Talvez fosse Sullen. Não. Mullen.

            Algo pareceu clicar na mente de Honey. Cullen, o sobrenome deles era Cullen, a morena tinha um nome italiano, a ruiva tinha um nome estranho e grande. Qual era?

            O de cabelo estranho tomou a dianteira.

            - Esta é Bella. – Ele disse, mostrando a garota em seus braços. – Estas são Alice e Nessie. – Ele disse, mostrando a pequeninha de cabelos negros e a ruiva. – Eu sou Edward Cullen.

—--*---*---

            Rosalie não sabia descrever exatamente a expressão facial de sua filha quando ela chegou em casa naquele dia. Parecia um misto de choque, confusão, incredulidade e divertimento. Muito peculiar.

            Rose sorriu para ela, mas a filha não retribuiu. Jogou a mochila ao seu lado no sofá e o rosto nas mãos.

            - Tudo bem, Honey?

            Ela levantou a cabeça, seus olhos avelã cravados nos azuis violeta da mãe.

            - Não, mãe. Não está nada bem. Eu gostaria de saber como eu pude ver hoje na escola os Cullen, exatamente do mesmo jeito que eles eram a onze anos atrás.

            Rosalie congelou assim que ouviu o sobrenome que havia sido seu durante tanto tempo. Seu cérebro deu pane e tudo o que ela conseguiu pensar era que devia uma grande explicação a sua filha.

            - Honey...

            - Pode começar a explicar agora.

            As pontas dos dedos de Rosalie começaram a traçar pontes entre o meio de sua testa até perto das orelhas enquanto ela abaixava a cabeça e olhava para os próprios pés. Eles não deveriam ter feito aquilo, deveria ter esperado pelo menos uns cem anos para poderem voltar a Londres. Honey iria ficar louca se descobrisse, talvez ficasse pior do que já estava.

            Mas, por outro lado, ela já havia entendido que alguma coisa estava errada. Rosalie teria uma séria conversa com Carlisle e Esme mais tarde.

            Chegava a ser engraçado como sua mente pensava no resto dos Cullen como crianças, uma vez que eles aparentavam ter a idade de sua filha mais nova. Carlisle também parecia mais nova que ela, não? A ideia fez com que Rosalie se irritasse levemente.

            Levantando a cabeça, Rose fitou a filha longamente, ponderando os prós e os contras da resposta que iria dar. Honey levantou uma sobrancelha, cruzando os braços sobre aos trapos que ela chamava de roupa recentemente.

            - Muito bem, Honey. – Ela disse, soltando um longo suspiro. – Antes de tudo, eu preciso que você fique com a mente aberta.


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