Amor proibido escrita por Bora ser feliz


Capítulo 29
Capitulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oiee, amorecass!! Esse capítulo tá bem cuti no final, espero que gostem :3
Sorry os erros



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Roslyn forçou os olhos abertos, se recusando a se abandonar a exaustão.

Ouviu um suspiro irritado do outro lado do quarto e, logo, o silêncio e o crepitar de fogo voltou a reinar na habitação.

Os olhos pesaram e ela fechou ainda mais os dedos ao redor do pano úmido que sustentava contra a testa de Alaric.

Ele havia tido febre há algumas horas atrás, e, apesar, de Marion ter afirmado categoricamente que não havia nada com que se preocupar, soube que pelo entre e sai de criados a febre era algo sim com que se preocupar.

—Minha senhora, pare com tanta teimosia e deixe-me cuidar de você. Mal se aguenta sentada.

A voz da criada soou bem a seu lado, mas Roslyn não ergueu a cabeça.

—Dê-me o pano, chamarei alguma criada para cuidar dele enquanto me ocupo de você.  

Sentiu dedos calejados se firmarem em seus cotovelos, mas ela se afastou bruscamente.

O rosto encoberto por sombras pelos fios ruivos.

—Não!—Marion se assustou com a reação abrupta dela.

—Roslyn, você não tem como…—A criada tentou falar o mais delicado possível, mas Roslyn continuo negando enfaticamente com a cabeça.  

—Eu não estou cansada. —Ela falou com a voz baixa, correndo os dedos pela atadura do ombro de Alaric inconscientemente.

—Roslyn você está tão cansada que nem mesmo consegue ficar de olhos abertos. Venha comigo, chamarei alguma criada para cuidar dele enquanto descansa.

Ela franziu o cenho e mordeu o lábio.

—Prefiro que não faça isso.

—E porque não?—Marion enrugou a testa e a olhou curiosamente. —Não quer que outra mulher cuida dele, é isso?

—Não é isso, é que…—Ela parou constrangida. —Não quero que Rachel cuide dele. Sei que eles tem uma relação, mas não a quero cuidando de Alaric.

—Fique tranquila, não deixarei que ela se aproxime dele. Agora, venha. —Roslyn, finalmente, se permitiu ser erguida, depois de longas horas sentada na mesma posição. E, então, para seu total pavor sentiu os membros não responderem aos seus comandos. Os joelhos se dobraram debilmente. —Sebastian! Ajude-me.

Só naquele instante, Roslyn se deu conta do  homem que esteve o tempo todo dentro do quarto e sentiu a face arder de vergonha ao perceber que ele havia escutado toda a conversa.

Geralmente, sempre sabia quando havia alguém em uma habitação em que estava, mas pelo cansaço não havia notado a presença do amigo de Alaric.

Antes que pudesse contestar, ele habilmente a pegou nos braços e com as instruções de Marion a levou para a sala de banhos. Deixando Alaric com homens de sua confiança.

♥♥♥

Alaric abriu os olhos em seco.

Sua respiração saía em golfadas sonoras. Sua garganta seca se esforçava para engolir os cacos de vidro que a arranhavam. E seu ombro parecia ter sido linchado pela forma como ardia.

—Estou no inferno, é isso?—Alaric murmurou com a voz enrouquecida.

—Para o meu desapontamento, não.

Ele tentou se erguer pelos cotovelos, mas uma careta de dor nublou a sua expressão.

—Você está com pontos no ombro.

Sebastian explicou antes de encher um copo de água e rumar de volta. Ele bebeu em um só gole, esticando o braço bom para devolver o copo.

—Que porcaria fizeram comigo? Sinto-me…

—Como se tivesse levado uma flecha no ombro?

Alaric parou e, de repente, todas as lembranças voltaram com rapidez. O momento em que soube que Roslyn havia deixado a fortaleza, o momento em que a viu correndo atrás de Marion,  e, lembrou-se principalmente do momento em que aquele homem apontou uma flecha para o peito de sua esposa.

—Aonde ela está?!—Indagou urgentemente,  ignorando a dor no ombro quando se ergueu.

—O que está fazendo?!

Sebastian sibiliou quando Alaric jogou as cobertas para longe, prestes a se erguer. Porém, a porta do quarto foi aberta lentamente, revelando a criada rechonchuda e sua pequena carga apoiada em seus braços fracamente.

Não havia chegado a tempo, pensou com o coração retumbante, vendo a cabeça de Roslyn pender para frente, os joelhos mal suportarem seu peso e os braços jogados ao redor de Marion desajeitadamente.

—Roslyn?

A sua voz soou terrivelmente quebrada, mas não se importou.

Algo doloroso se apossou do seu íntimo e ele procurou por ar. No entanto, foi em vão. Não iria suportar se a perdesse.

De repente, Roslyn se esticou completamente nos braços de Marion e olhou sem sua direção, a face pálida e os fios úmidos ao redor do rosto lhe deixando ainda mais vulnerável.

Ela parecia prestes a perder a consciência.

—Traga a aqui. —Ele sussurrou para a Sebastian sem desviar os olhos da esposa.

O amigo a levou gentilmente em sua direção. Roslyn parecia estar em entorpecida. Seus lábios estavam terrivelmente pálidos, as sardas estavam mais pronunciadas do que nunca no rosto delicado e o seu peito descia e subia em um ritmo agitado. Ele quis dar cor aqueles lábios com beijos avassaladores, quis rolar sobre o corpo esguio e feminino para lhe dar calor, mas continuou parado. O olhar fixo em cada movimento desajeitado dela, até que Sebastian a sentou ao seu lado, na beirada da cama.

Cerrou os punhos com medo de tocá-la, já que nas últimas semanas Roslyn havia deixado bem claro que sentir o toque dele era como ser tocada por um leproso. Repulsivo.

Mas, não suportou, principalmente, quando o queixo teimoso começou a tremer e os olhos se encherem de lágrimas, iluminando o azul anormal de seus olhos. Ele ergueu a mão e a tocou.

A pele acetinada e fria deslizou pelas pontas do seus dedos e Roslyn se aconchegou ao seu toque, deixando uma respiração tensa escapar. E, de repente, soluços secos encheram o quarto.

—Por favor, chega de lágrimas. —Ele murmurou fechando os olhos com a expressão contorcida em angústia.

Alaric nunca foi bom em lidar com lágrimas. A verdade é que nunca se importou para se preocupar em saber lidar. Se ele queria algo, arrancava sem piedade. Se precisava matar alguém, fazia o serviço e ignorava os pedidos de misericórdia.

Mas, com Roslyn tudo era tão malditamente mais complicado e confuso. As lágrimas dela o atingiam diretamente na coisa pulsante e inútil em seu peito. O tornava débil e fraco. Suscetível a qualquer perigo.

Odiava aquele sensação.

No entanto, quando estava com ela, todos os perigos valiam a pena a serem enfrentado.

Ela ignorou o seu pedido e, para a total perplexidade dele, se atirou com toda a força em seu peito.  

A cabeça dela se chocou contra seu queixo e Alaric viu borrões nublarem sua visão, mas nem mesmo a pontada de dor em seu ombro foi capaz de fazê-lo afastá-la.

Braços finos e delgados o enlaçaram como cordas envolta de seu corpo, o fios recobriam o seu peito e Roslyn escondeu a face no oco de sua garganta.  

Ele sentiu as lágrimas quentes deslizarem pelo seu torso, porém não a afastou. Pelo contrário, a firmou ainda mais no abraço apertado.

—Prometi que não choraria quando acordasse. Mas, pelo visto sou incapaz de parar de chorar. —Ela se afastou, mas ele não permitiu que fosse muito longe, a cercando com os braços e deixando-a parcialmente deitada sobre si. -Sinto muito. Sei o quanto lhe desagrada as lágrimas.

Ela murmurou já secando os vestígios que a delatavam, esfregando as bochechas úmidas rapidamente.

Piscou os enormes olhos inocentes e tocou em seu peito com timidez para se apoiar. Alaric quis lhe gritar que não fizesse isso, pelo menos não enquanto estivessem em uma cama terrivelmente confortável, onde seria muito fácil jogá-la em cima e lhe arrancar aquele vestido.

—Pensei que nunca mais fosse acordar. —Ela falou, arrancando-o dos pensamento sensuais que envolviam uma Roslyn arfante e seu vestido rasgado. —E seria por culpa minha.

—Como culpa sua?—Indagou ríspido.

—Eu sai da fortaleza, apesar de seus avisos. Se não fosse por isso, não teria levado aquela flecha no meu lugar. —Lambeu os lábios secos antes de prosseguir. —Obrigado por ter salvado a minha vida.

Ela falou com a emoção no olhar aceso. Alaric afastou uma mecha fujona do seu rosto, aproximou o rosto sardento em direção ao seu e, então,…Sebastian pigarreou.

Grunhiu de pura frustração.

—O que ainda estão fazendo aqui?!

Roslyn ruborizou e rapidamente se afastou.

—Não quero soar intrometido, mas não estar em condições de fazer nada com sua bela esposa. —Mataria Sebastian. Já havia até mesmo escolhido um método pelo qual faria. —Além disso, Roslyn precisa descansar. Devo dizer Alaric, que o que você tem de idiotice, sua esposa tem de teimosia. Se negou a deixá-lo.

Roslyn abaixou a cabeça e Alaric sentiu novamente aquele sentimento idiota fazer seu coração ficar errático.

Roslyn não havia o abandonado. Não como a mãe fez. Havia ficado ao seu lado.

Continuou calado, não se confiava a falar nada naquele momento.

—Marion tentou arrastá-la daqui inúmeras vezes. Mas, parecia estar pregada ao quarto. Ou melhor, a você. —Sebastian continuou divertido.

Roslyn se remexeu desconfortável sobre a cama e Alaric elevou o olhar repreensivo para Sebastian.

—Chega, Sebastian.

O amigo apenas pareceu ainda mais divertido. Nem mesmo a mais leve culpa brilhou em seus olhos travessos.

Alaric colocou o braço bom sobre as coxas de Roslyn e ela praticamente pulou sobre o seu contato.

O seu maxilar travou ao perceber que, apesar de Roslyn continuar ao seu lado, a Roslyn de verdade, a de sorrisos tímidos e covinhas risonhas, ainda continuava sumida embaixo de toda aquela armadura de frieza e distância.

—Quero que vá com Marion agora. —A dor em seu ombro começou a ficar mais intensa. Ele sentiu suor frio penetrar pelas camadas das cobertas. —Depois volte para cá, para que eu possa cuidar de você.

—Você é quem precisa de cuidados. Estou perfeitamente bem.

—Só um cego diria isso, céu.

Sebastian se engasgou com a própria saliva e Marion o fulminou com o olhar. Mas, Roslyn, para a sua total surpresa, riu. Um riso cristalino e contagiante que acabou por fazê-lo rir também.

Ao final boas gargalhadas enchiam o quarto.

Ela voltou a abraçá-lo com força, mas dessa vez se inclinou com delicadeza. Pressionou o nariz contra o peito dele e inalou fortemente. Parecia querer gravar o cheiro dele na mente.

Alaric soltou uma respiração errática, a segurando com ainda mais força contra si.

—Não morra enquanto eu estiver fora. —Ela sussurrou com os lábios colados em sua pele, os fios úmidos a lhe fazerem cócegas debaixo do queixo. —Tive muito trabalho em sustentar aquele pano úmido contra a sua testa.

—Seus esforços não foram em vão tenho certeza. Aquele pano úmido foi imprescindível para a minha recuperação. —Ele afirmou solenemente afagando a pele de Roslyn em círculos.

Sentiu o sorriso dela contra a pele e aquilo valeu mais do que todas as vitórias que já teve em campo. Mais do que todos os clãs invadidos e saqueados.

Aquele sorriso era a mais pura esperança de que ainda tinha chances.

♥♥♥

—Senhor! Fique quieto!—Marion reclamou pela terceira vez na noite.

Alaric fugiu daquele ataque novamente, esquivando a cabeça para o lado. Sopa fumegante caiu em seu peito e escorreu para baixo das cobertas o fazendo soltar um grunhido de dor.

Marion já corria com um pano úmido em mãos para lhe limpar como se fosse uma maldita criança.

Só por cima do seu cadáver. E nem assim.

—Dê-me isso. —Falou ríspido arrebentando o pano da velha criada.

Se limpou o mais rápido possível, praguejando impróprios que fizeram Marion, que julgava já ter visto de tudo, corar até o último fio de cabelo.

—Sinto muito, não quis lhe machucar. Mas, o senhor ficava se esquivando...—Ela continuou em um discurso acalorada sobre sua inocência.

Porém, Alaric a interrompeu.

—Aonde está Roslyn?

Estava aborrecido, irritado como um cavalo arisco e com uma maldita queimação no centro do seu peito. E sabia que tudo aquilo era culpa de Roslyn.

Devia estar ao lado dele, cuidando de seu ferimento como uma boa esposa. Mas, nem mesmo o seu nariz arrebitado havia aparecido para zombar dele. Desde que havia partido com Marion, não voltará mais.

Ele estava mais do que irritado, estava irado.

Inferno! Ele tinha malditos pontos encravados em sua carne que coçavam como se estivesse com pulgas e doíam sem piedade, e nem ao menos tinha Roslyn ao seu lado para lhe distrair da dor e do incômodo.

Desde que acordará a única coisa que pensava era em beijar aqueles lábios macios, se perder nas curvas deliciosas do corpo pequeno e saborear a curva esguia do seu pescoço.

E Roslyn, com aquele seu cabelo rebelde e encantadora mente confuso, havia negado aquele pequeno prazer a ele, sendo Alaric um homem doente!

Cruel, era isso o que ela era.

Aquela pequena fujona.

—Ela está…

Marion não conseguiu concluir a frase, pois a porta foi aberta e Roslyn apareceu ao lado de Sebastian com o rosto mais fresco, apesar dos cachos caírem em desordem ao longo das costas.

Gostava dela assim, com os cabelos soltos e os cachos revoltos. Parecia tão mais Roslyn que ele só quis afundar os dedos naquela confusão tão adoravelmente desordenada.

Sebastian começou a guiá-la em direção ao fogo, porém ele o parou com uma voz grave e o mandou deixá-la ao lado dele.

Roslyn sentou como uma pluma ao seu lado.

—Pode ir Sebastian.

—Claro meu amo.

O amigo fez uma reverência divertida e abandonou o quarto com rapidez. Marion continuava segurando a sopa com força entre os dedos, os olhos cravados sobre eles.

Alaric quis lhe gritar que fosse embora para poder beijar, finalmente, sua esposa. Mas, achou que Roslyn se chatearia.

—Foi grosseiro com ele. —Roslyn o recriminou com as sobrancelhas baixas.

—Ele mereceu por não tê-la trazido antes para mim. Onde esteve?

Ele não quis soar seco, mas soou.

Um rubor tomou conta do rosto sardento. Roslyn juntou as mãos sobre o colo e mordeu o lábio, o mesmo lábio que ele estava desesperado* para morder, antes de falar constrangida.  

—Acabei dormindo sobre a comida. Foi bastante constrangedor porque Sebastian precisou me acordar para me retirar de cima do pão meio comido.

Alaric realmente tentou não rir. O seu peito vibrou, mas nada saiu dos seus lábios. Mas, quando notou o farelo de pão na bochecha de sua adorável esposa, não conseguiu continuar retendo a risada.

Ela riu um pouco depois, o acompanhando com uma risada mais suave.

Nem lembrava-se mais da dor em seu ombro.

Ali estava o seu remédio. Seu entorpecente.

—Marion deixe a sopa e saia. —Ele falou gravemente , mas a careta de Roslyn o fez abrir a boca novamente com um suspiro cansado.  —Por favor.

—Mas, a sopa senhor…

—Deixe com Roslyn.

As duas o olharam como se a flecha tivesse sido cravada em sua testa e não em seu ombro.

—E como irá se alimentar?

—Roslyn fará isso.

—Mas, senhor…

—Ela é minha esposa e cuidará de mim. -Roslyn arregalou os olhos e piscou surpresa. —Agora saia Marion.

A mulher rechonchuda o olhou, agitada. Andou hesitante até Roslyn, mas não lhe entregou a sopa.

—Por favor, meu senhor. Não a faça ter que alimentá-lo. Ela não enxerga. —A criada sussurrou com o semblante penoso.

Por algum motivo, aquilo o enfureceu.

—Não a diminua por causa de sua cegueira.

—Eu não estava...—Marion falou assustada com o olhos abertos em prantos.

—Estava sim. —Ele falou antes que pudesse se conter. —Ela já é uma mulher feita, Marion. E é minha esposa. Não volte a limitá-la nunca mais. Ouvi-me?

—Sim. -Falou em um sussurro fraco.

—Agora, lhe dê a maldita sopa. —O rosnado surpreendeu as duas.

Marion colocou a sopa apressadamente entre as mãos de Roslyn e saiu com lágrimas nos olhos.

Voltou o olhar para a esposa e quase exalou uma respiração cansada ao ver o semblante fechado.

—Você a magoou. —Roslyn o acusou antes mesmo que ele pudesse argumentar algo.

—Pouco me importo com isso. —Rodeou a cintura de Roslyn com o braço bom e a puxou para mais perto. —Não gosto quando a menosprezam.

—Marion jamais faria isso.

—Mas fez. —Ele lhe acariciou a bochecha suja e retirou alguns farelos calmamente. —É muito mais do que os olhos podem ver, Rosie. Nunca deixe que a limitem por sua cegueira. Ouvi-me? Nunca.

Ela concordou com a cabeça, mas notou que continuava aborrecida pela forma como os lábios estavam pressionados em uma linha fina.  

—Venha até aqui. —Sussurrou.

A expressão dela se tornou cautelosa.

—Que mal um homem com um ombro machucado pode lhe oferecer?

—Muito se quer saber, meu senhor. —Retrucou petulante, os dedos firmes envolta da sopa como se fosse uma arma que a protegesse contra ele.

—Dê-me isso.

—Espere…

Pegou o prato de sopa e depositou ao lado da cama, acabando com os resmungos dela.

Precisou se erguer do respaldo já que Roslyn se negava a chegar mais perto.

Deslizou uma mão pela nuca feminina e a aproximou de seu rosto.

—Precisa comer, Alaric. —Ela protestou com as mãos espalmadas em seu peito, tentando fugir do ataque de seu nariz no pescoço feminino.

—Com certeza. Porém, quanto ao tipo de comida, acho que discordamos. —Ele aproveitou e mordeu o lóbulo da orelha pequena que se insinuava em meio a confusão de cachos.

Roslyn se afastou chocada. Com a boca aberta parecendo prestes a protestar.

—Me mordeu.

—Sim. Doeu?

Como se possível, Roslyn franziu ainda mais o cenho. E, então, uma expressão desconcertante se apossou da sua face, para logo depois ser substituída pelo mais adorável rubor envergonhando.

—Não doeu. —Sussurrou como se ainda avaliasse se havia gostado ou não.

    Alaric retirou o restante dos farelos que escondiam as sardas e a puxou suavemente em sua direção. A puxou com pressão suficiente para que Roslyn recuasse se quisesse.

Mas, por tudo que era mais sagrado, ele esperava que ela não fizesse isso.

Provou o lábio inferior e quase gemeu em rendição. Esmagou os seus lábios juntos, sem delicadeza. Passará muito tempo em pura abstinência para parar naquele momento.

Roslyn ficou estática no início, parecendo desnorteada com o ataque. Mas, logo permitiu que ele penetrasse sua boca com a língua faminta. Estremeceu ao sentir o contato do quente com o frio quando a língua feminina se enrolou em volta da sua, sugando e degustando.  

Os lábios se moviam com paixão irrefreável. Alaric a puxou pela cintura como se não tivesse o bastante dela, mergulhando cada vez mais fundo na boca doce. Mordiscando os lábios cheios para logo depois voltar a lhe arrebentar a respiração com outro beijo que a fez gemer de prazer.

Acabaram meio deitados sobre a cama. Alaric tinha certeza que havia arrebentado alguns pontos, mas não parou. A acomodou melhor sobre o corpo, deslizando os lábios pelo pescoço arqueado.

Ele tinha consciência de que com Roslyn tudo devia ser delicado e lento. Que deveria cortejá-la,  e não atacá-la como estava fazendo. Mas, com o desejo selvagem turvando seus pensamentos, o corpo abrasador de Roslyn sobre seu, a única coisa coerente que preencheu sua mente nublada foi o cheiro fresco da pele de sua esposa.

Ele deslizou a mão que a segurava firmemente pela nuca em direção às costas femininas, sentindo o declive sobre os dedos, arrastando a mão lentamente até a lombar arqueada. E, sim, fez aquilo que jurou não fazer até ter certeza de que Roslyn não o olharia com repulsa, espalmou a mão nas nádegas arredondadas.

Esperou que ela o afastasse com um tapa seco, que o repelisse como um maldito cão sarnento, mas somente ouviu um suspiro de deleite em troca.

Tão perfeita.

Mordeu o lóbulo novamente, pois não resistia a ele e foi recompensado com beijos molhados no ombro machucado.

E, então, quando estava prestes a rola-la sobre si para descobrir quanta mais sardas Roslyn escondia sobre o decote pronunciado, foi atacado por uma sopa furiosa e, maldição, terrivelmente quente.




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Notas finais do capítulo

Eae, gostaram?!! Gostaram da revolta do Alaric ou acharam que ele exagerou? Marion levou um carão daqueles hein rsrs.
Comentemm, please!!
Bjss e até o proximo capitulo!!