The Prince Slayer escrita por AliceFelton


Capítulo 15
Capítulo 15




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James precisou de um tempo para se recuperar da morte de Peter. Ele ficou mais quieto, mas parecia estar se conformando que havia sido melhor daquele jeito. Não havia outra escapatória para Peter, então era melhor ele ter se “suicidado”.

Depois de alguns dias depois da morte, James começou a voltar ao normal. Seus olhos readquiriram o brilho que sempre haviam tido. Eu sabia que, quando se tem contato com a morte, nunca se volta atrás completamente, mas a coisa que eu mais queria no mundo era que James ficasse bem.

Voltei para os meus aposentos depois do jantar, em mais uma das deliciosas noites em que eu estava no palácio. O prazo de Voldemort e Lucius martelava na minha cabeça constantemente, mas eu não sabia o que fazer. A morte de Peter havia me afastado um pouco de James.

Fui até a minha varanda e senti o ar fresco da noite bagunçar meus cabelos. Aquela era a melhor época do ano, quando os dias ainda estavam quentes mas as noites nos faziam estremecer.

— No que você está pensando? - escutei alguém dizer

Olhei para o lado e vi James pendurado na planta que rodeava minha varanda. Ele sorria.

— Estava pensando no clima. - eu disse

Ele riu.

— O que você faz aqui? - perguntei

— Eu percebi que me afastei de você. - ele murmurou

— Eu entendo, você está triste. - eu interrompi

— Eu estou bem, agora. - ele disse - E eu percebi que quero compensar pelo tempo em que fiquei no meu quarto, de luto.

— Você não precisa compensar nada. - eu disse

Ele assentiu.

— Vamos dar uma volta. - ele disse - Quero te mostrar uma coisa.

Fiz menção de entrar de volta no meu quarto, mas James pigarreou.

— Qual é a graça de sair pela porta normal? - ele sorriu

— Você quer que eu escale a planta, também? - perguntei

— É claro! - ele exclamou

Ele desceu pela planta rapidamente e cruzou os braços, me esperando. Suspirei e revirei os olhos, mas pulei a balaustrada e desci pela planta.

— Você foi ótima. - ele riu

Dei de ombros.

— Eu tenho muito talentos. - murmurei

Ele segurou minha mão e me puxou para dentro do castelo, entrando em uma portinha que eu nunca havia visto antes. A portinha dava em uma escada gigantesca, mas James não parecia estar com preguiça para subi-la.

Depois do que pareceu uma eternidade, chegamos a uma porta, no fim da escada.

— Feche os olhos. - ele murmurou

O encarei, incrédula.

— Por favor! - ele sorriu

Assenti e fechei os olhos.

Escutei a porta se abrir e senti as mãos de James me puxarem em sua direção. Eu conseguia escutar o barulho dos nossos sapatos ecoando no espaço.

— Onde estamos? - perguntei

— Abra os olhos. - ele disse

Abri os olhos e me vi em um enorme salão cheio de livros e lunetas. A grande cúpula de vidro revelava todas as estrelas do céu, já que a noite estava limpa. Não pude deixar de abrir a boca, espantada.

— Lily, bem vinda à Torre Ravenclaw. - ele disse - A biblioteca e o salão de astronomia.

— Essa é a coisa mais linda que eu já vi. - murmurei

Ele sorriu.

— É a segunda coisa mais linda que eu já vi. - ele disse

Dei uma risadinha encabulada e encarei o chão.

— Você já leu todos esses livros? - perguntei, olhando para essas estantes

— Eu tenho vinte e três anos. - ele riu - Eu teria que ter começado a ler dentro da barriga de minha mãe para conseguir ler tudo isso. Talvez eu precisasse até de algo como leitura dinâmica.

Ri.

— Você lê bastante? - ele perguntou

— Eu nunca tive muito tempo para isso. - murmurei

James franziu as sobrancelhas.

— Eu não sabia que princesas tinham tantos afazeres. - ele brincou

O encarei.

— Eu lia bastante quando era mais nova. - eu enrolei, ao perceber que, mais uma vez havia falado besteira.

O grande problema da minha relação com James era que eu sentia que podia ser eu mesma quando estava em sua companhia. Era como se ele me compreendesse por inteira – uma grande bobagem, é claro.

Olhei para o centro do salão, onde os telescópios estavam.

— Você sabe como usá-los? - perguntei, gesticulando com a cabeça para os objetos.

James sorriu.

— É claro que eu sei. - ele disse - Por que você acha que eu te trouxe aqui, se não para te impressionar com minhas habilidades?

Dei uma risada.

— Vem aqui. - ele disse

Ele me puxou até o centro do salão e se abaixou para ajustar as grandes lunetas.

— Eu adorava as aulas de astronomia quando eu tinha doze anos. - ele disse - Eu acho que essa é a melhor idade de todas. Você não é mais tão criança, mas ao mesmo tempo não precisa de responsabilidades de adulto. E ainda não tem todas as mudanças de humor e de aparência dos hormônios da adolescência.

Ele me encarou.

— Eu concordo com você. - murmurei, me lembrando dos meus doze anos.

Uma semana após a morte de minha mãe, eu saí de casa em busca de alguém que me ensinasse a ser a melhor assassina de todas. Felizmente, eu encontrei um professor. Infelizmente, os seus métodos de aprendizado eram cruéis.

Ele se levantou e me ofereceu o telescópio. Coloquei meu olho perto do pequeno orifício e vi uma infinidade de estrelas. Era como olhar para o céu estando dentro dele, e não na terra.

— Você está vendo uma estrela bem brilhante? - ele perguntou

— Sim. - eu disse, sem tirar meus olhos do céu.

— O nome dela é Sirius. - ele disse

O encarei.

— Sério? - perguntei

Ele assentiu.

— A mãe de Sirius era apaixonada por astronomia. - ele disse, olhando para o céu. - Ela era minha professora, até a virose.

— Eu sinto muito. - eu disse, com sinceridade.

Ele sorriu.

— Sirius gosta de achar que é igual ao pai dele, mas na verdade ele é igualzinho a ela. - James disse - Eu gosto de pensar que ela virou uma estrela também.

— Isso é lindo. - eu disse

James riu e se apoiou em uma das mesas de estudo.

— Você e essa sua mania de me fazer ficar falando sobre mim. - ele disse

Fui até ele e me apoiei na mesa, ao seu lado.

— A culpa é sua por ser tão fascinante! - exclamei

—  Fascinante? - ele riu - Eu?

O encarei.

— Não seja falso! - o empurrei com o ombro - Você é perfeito!

James riu.

— Eu falo sério! - ri - Você é inteligente, é engraçado! Você se importa com todos, você é carinhoso, é brincalhão! Ainda por cima, você é só o ser humano mais bonito que todos os reinos já tiveram o prazer de apreciar. Todos os dias eu acordo e penso como eu sou sortuda por poder passar, nem que seja, uma hora do meu dia com James Potter.

James, então, me puxou pela cintura e me beijou.

Primeiro, eu fiquei em choque. Eu imaginava que iria beijar James em algum momento, mas eu sempre achei que fosse ser algo falso, que eu iria beijar James como parte do plano. O que aconteceu, porém, foi que meu cérebro derreteu ao mesmo tempo em que todas as borboletas do mundo começaram a dançar dentro do meu estômago freneticamente. Cravei minhas mãos no seu pescoço e o puxei para perto para ter certeza de que aqueles lábios nos meus eram reais.

James parou por um momento, para me encarar e riu.

— Eu não estava esperando por isso. - sussurrei

— Eu gosto do elemento surpresa. - ele riu

Dei uma risada.

— Lily… - ele começou

Neguei com a cabeça.

Sshh… - sorri

O puxei para outro beijo e ele riu.

James enrolou seus braços em volta de mim e eu consegui sentir choques elétricos em cada pontinho onde nossos corpos se encontravam. Aproveitei a mesa atrás de mim e me inclinei para trás. Senti as mãos de James em minhas coxas e, no segundo seguinte, eu estava sentada na mesa.

Aquele beijo foi diferente de todos os outros beijos da minha vida inteira. O contraste da maciez dos lábios de James com a firmeza com a qual suas mãos estavam em minha cintura era inédito no meu histórico de beijos deliciosos.

Eu não sei o que estava na minha cabeça quando escorreguei para longe de James na mesa, para que ele pudesse subir nela também. Tudo que eu sei é que foi uma péssima ideia, porque ele acabou esbarrando em alguma coisa, que caiu no chão e se quebrou com som de estilhaço.

Nos separamos rapidamente e vimos uma das lunetas no chão, com o vidro quebrado.

— Merda. - ele riu.

Ri.

— Minha mãe vai me matar. - ele disse

— Eu falo que foi culpa minha. - eu disse

— Mas foi mesmo! - ele protestou, sorrindo.

Revirei os olhos.

James suspirou e desceu da mesa, me estendendo sua mão para me ajudar. A segurei com delicadeza, mesmo sem precisar, e me coloquei de pé.

— Eu te acompanho até seus aposentos. - ele murmurou

Assenti.

Ele me puxou para um beijo rápido, o que me fez rir.

— Vamos. - sussurrei, com seu rosto em minhas mãos.

Ele sorriu.

— Amanhã precisamos limpar isso. - ele disse

— Certo. - murmurei

Ele me deu mais um beijinho e saímos da torre.

Quando James me deixou no meu quarto, me joguei na cama sorrindo. Eu ainda conseguia sentir perfeitamente o seu toque, mesmo não estando mais com ele. Me levantei e me olhei no espelho, mas o que o meu reflexo me disse doeu como se eu tivesse sido perfurada por dezenas de espadas.

— Você está apaixonada por James. - ele me disse.


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Notas finais do capítulo

Vcs arrasaram dessa vez, recebi várias reviews!! Quero de novo!!
Vou fazer com vocês que nem fazia na minha fanfic antiga. A cada 50 reviews, eu posto um capítulo com 3000 caracteres! Será que a gente consegue?
Beijinhos



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