F.P.P.G. – Projeto Peculiar (Interativa) escrita por Harleen Quinzel


Capítulo 7
Capítulo 7 – Consequences


Notas iniciais do capítulo

Oi, amorxssss!
Um capítulozinho antes das minhas aulas começarem, que eu adorei esrever! Algumas coisas vão ser postas em perspectiva nesse capítulo, assim novas questões e intrigas (porque eu sou eu). hahah
Espero que gostem! ♥
XOXXO,
HQ

*D&D é a siga de Dungeons & Dragons, um RPG de mesa (inclusive é esse que eles jogam em Stranger Things)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/721394/chapter/7

A última coisa que Samantha Black diria que estava ansiosa era para o que estava por vir. Roeen sendo culpado por algo que ela fez e a certa consequência de suas ações. Não que ela não estive ciente que teriam, mas, até o ponto atual de sua vida, seus erros atrapalharam somente a si mesma, e a morena nunca torceu tanto para algo permanecer da mesma forma.

O General os guiava por uma série de corredores metalizados, como todo o resto da base, exceto que eles eram proibidos de ficar naquela ala específica. Era, eles supunham, onde as pesquisas aconteciam, de onde os comandos vinham, o núcleo.

— Soldado Schonell, você ficará comigo. Soldado Black, a srta. Shafiq está a esperando na sala a esquerda. – Davies indicou a sala que ele estaria com Roy e a que ela iria.

— General Davies. – Ela chamou, assim que o mais novo entrou na sala, fazendo-o voltar seu olhar para ela. – Foi minha culpa, ele não tem nada a ver com isso.

— Estamos cientes da situação, Black. – Ele a tranquilizou. – Isso é procedimento básico.

E entrou na sala, a abandonando em companhia das paredes frias, brilhando em um tom acinzentado. Entrou na sala anteriormente lhe indicada, e prestou atenção em todos os detalhes, não olhando para Narcisa Shafiq, que ocupava uma grande e confortável poltrona de couro preto, perto que um aquecedor, bebendo uma taça de vinho tinto.

Aquele era claramente o quarto da mulher. Decorado em um estilo clean e moderno, preto e branco, e, ainda assim, confortável e acolhedor. Samantha estava tudo, menos confortável, ao ver a mulher em um excelentíssimo vestido vermelho, enquanto ela ainda estava com o uniforme que lhe fora dado, ensanguentado. A situação a fazia inteiramente desconfortável, Samantha Black jamais fora algo senão excepcionalmente vestida e, não estar arrumada da mesma maneira com a pessoa com quem iria dividir um ambiente pelos próximos minutos, ela sabia, iria ser uma tortura.

— Sente-se, por favor, Samantha. – Narcisa falou, gesticulando para a poltrona a sua frente. – Vinho?

— Achei que não deveríamos consumir bebidas alcoólicas. – A morena replicou.

— É algo que temos que dizer, ainda mais considerando que apenas dois de vocês são maiores de idade, não? – Ela sorriu. – Então, vinho ou você prefere algo mais forte?

— No caso vou aproveitar que essa seja, provavelmente, a última vez que vou ver algum álcool perto de mim por algum tempo, whisky, se você tiver.

Shafiq a serviu e se acomodou novamente na poltrona que ocupava anteriormente. A mulher não só a observava beber, mas a estudava, tentava ler o que se passava em sua mente, e Samantha tinha total ciência do que estava acontecendo, se chamava negócios.

— Eu acho consideravelmente difícil de acreditar que só vamos ficar aqui sentadas, olhando uma para a outro. Eu não deveria estar recebendo um sermão agora? – A morena sorriu.

— De fato. – A outra concordou. – Mas, veja pelo meu lado: Temos assistido vocês incansavelmente desde que deixaram a base e ouvido cada conversa.  Você tem plena consciência do que fez, não sendo a primeira vez. Eu realmente apreciaria conversar com alguém que não seja Davies, Gray e Henshaw.

— Como quiser. – Samantha cedeu.

ɸ

Felícia odiava o quanto ainda sentia o lugar em que fora esfaqueada. Quando se deu conta do pensamento, não pode deixar de se analisar, perceber o quanto havia mudado. Algumas semanas atrás estaria irritada por alguém sentar no seu lugar preferido nas aulas, por terem se intrometido nos aparelhos que estava usando, por não ter um sapato que havia gostado na cor que queria. E agora estava irritada por ter sido esfaqueada. O mundo realmente dá voltas.

E, para ser honesta, ela só estava agradecida pôr a permitido sair do repouso de cama e, ainda que tivesse que descansar bastante, era um alívio estar na Sala Principal. Ela se contentou em assistir Jesse, Mark, Daryl e Roeen jogarem algum RPG de mesa, que, segundo Daryl, era pura matemática, enquanto jogava conversa fora com Elizabeth.

Ela não pode evitar de perceber a ausência de Samantha, que já deveria ter chegado, afinal, Roy chegara há duas horas. Antes que pudesse falar alguma coisa, a mais velha entrou no cômodo, bebendo alguma coisa de uma garrafa.

— Tudo está ok? Eles não... – Mark e Roeen começaram assim que ela passou pela porta.

— Está tudo ótimo, eu recebi uma notificação. – Ela cortou rapidamente. – De verdade.

— Estamos jogando D&D, quer jogar? – Jesse perguntou.

— Eu não acredito que as pessoas me chamam de nerd. – Ela negou. – Eu provavelmente tenho toneladas de e-mails para responder, mas obrigada, qualquer dia desses eu vou fazer vocês comerem poeira.

— Diz a pessoa com uma tatuagem de Senhor dos Anéis. – Roy riu.

ɸ

Malcolm Davies teria que admitir, estava gostando do seu novo trabalho. Estava sendo muito mais satisfatório, prazeroso, se ele fosse ser ousado, do que o imaginado. Entretanto, ele sabia que estava bom demais, principalmente em um cenário como o que estavam vivendo. Não deveria estar tão quieto.

— Você checou a Black? – Ele perguntou, assim que Shafiq entrou na sala.

— Sim, ela está limpa. – Narcisa replicou distraidamente, fazendo Gray torcer o nariz.

— Alma, o que está errado? – Malcolm questionou em voz baixa, para que somente os dois pudessem ouvir.

— Eu não gosto ou confio nela. Nada disso, – Ela indicou a câmera que monitorava os jovens. – estaria acontecendo se não fosse o projeto de ciências dela.

— Exatamente. – Ele respondeu. – Quem melhor que ela para monitorar e descobrir as habilidades deles? A verdadeira extensão do que eles podem fazer? Eu também não gosto de não-militares envolvidos em uma missão de tamanho porte, mas é necessário.

— Davies, você vai realmente mandar Black para lá? A garota não está pronta. – A morena questionou.

— Quem diria que eu, algum dia, veria Alma Gray preocupada? – Ele sorriu. – Precisamos mandá-la, ela pode fazer algumas chamadas duras se achar necessário. Vamos avaliar melhor pelo monitor. Gray, vista-se, você vai com ela.

O moreno assistiu a expressão de preocupação que Gray exibia se tornar raiva e, posteriormente, desgosto, antes de dar as costas para ele e retornar para o seu bunker. Alma Gray realmente odiava o local que estava as mandando.

ɸ

Samantha Black não se incomodava quando a acordavam no meio da noite, isso já acontecia há anos, fosse sua mãe ou Jess, sua assistente pessoal, com assuntos da empresa. Samantha Black com a atual quantidade de álcool que estava no seu sistema, só queria dormir até o dia seguinte, certamente não esperava ter mandado Coronel Alma Gray tomar em um lugar que não deveria enquanto estava semiconsciente, para ser jogada no chão, literalmente, no segundo seguinte.

— Vista-se em seu uniforme e me encontre no hangar em cinco minutos, sem atrasos. – Gray resmungou, seu mau humor evidente.

Sam ainda parcialmente letárgica da bebida, ficou no chã por alguns segundos a mais, processando as ordens da coronel. Quando finalmente saiu do transe temporário que estava, se vestiu o mais rápido que pode, tentando parecer apresentável, enquanto se dirigia ao encontro da morena.

— Onde está todo mundo? – Ela questionou assim que Gray lhe entregou as armas e munição, para entrarem em um quinjet vazio.

— Nessa missão somos só eu e você. – Foi a resposta seca que respondeu.

— Se você vai me matar não tinha sentido nenhum me fazer botar um colete à prova de balas e me dar armas. – Ela resmungou em voz baixa.

— Por mais que eu queira fazer isso agora, não vou te matar. – Gray replicou, sentando-se no assento do piloto, gesticulando para que ela se sentasse no lugar do copiloto. – Nós vamos para a Rússia.

— Eu fui escolhida por que sou dispensável? – Questionou.

— Pelo contrário. – Gray sorriu. – Você foi escolhida porque não tem medo de matar, e sabemos que não tem, certo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!