F.P.P.G. – Projeto Peculiar (Interativa) escrita por Harleen Quinzel


Capítulo 6
Capítulo 6 – Family


Notas iniciais do capítulo

Amores da minha vidinha!
Desculpa demorar com esse capítulo! Essa semana foi a coisa mais louca do mundo (drama queen, logo eu?)! Eu tinha metade do capítulo já escrito, mas aí precisei viajar, e comecei a estudar, e tive uns problemas pessoais, nem tudo está 100%, mas já tá melhor.
Anyway, espero que gostem!
(Eu não tô postando de madrugada, amém)
XOXXO,
HQ



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Samantha não podia acreditar neles. Todos eles estavam gritando um com os outros, e principalmente com ela, por causa de Alexander Nygma. Era certamente a última coisa que precisava. Os cinco estavam surtando na sala de espera do National City General Hospital, atraindo o olhar de todos que compartilhavam a sala com eles.

— Responsável por Lois Kent. – Uma auxiliar de enfermagem chamou baixo, parecendo assustada com a confusão que eles estavam fazendo.

Samantha escapuliu discretamente da cadeira que estava sentada e seguiu a mulher, percebendo que nenhum deles se lembrou de pseudônimo inventado para Felícia. A srta. Carter, como dizia seu crachá, dava novidades sobre o estado de Felícia em termos médicos que Sam nunca havia se incomodado em aprender, mas tentou memorizá-los, já que imaginou que a loira iria querer saber sua condição.

— O quarto dela é esse, srta. Kent. – A mulher falou. – Só peço que não coloque a paciente sob estresse, ela precisa descansar.

E foi embora. Samantha bateu na porta e esperou alguns segundou antes de entrar. Felícia estava no centro da maca, assistindo algum programa de televisão ou filme, parecendo estar razoavelmente entediada.

— Depois das últimas semanas esperava pelo menos três pessoas preocupadas comigo, e você não estava incluída. – A loira falou comentou.

— Oh, eles estão, mas mostram isso gritando uns com os outros. – A morena respondeu. – Ou talvez eles só estejam assim por causa de mim. Não importa.

— Obrigada. Eu não teria sobrevivido se você não tivesse atirado.

— Nós somos um time. Força tarefa. Equipe. Qualquer diabos seja o nome disso. Devemos cuidar uns dos outros. – Sam sorriu. – Além disso, você é a médica não-oficial, vai ficar costurando a gente na próxima.

Felícia sorriu. Antes que a mais nova pudesse responder, a porta do quarto abriu, revelando Mark, parecendo preocupadíssimo. Assim que o moreno as avistou, relaxou imediatamente.

— Vocês estão bem? – Ele questionou, a cara se contorcendo em uma expressão de nervosismo. – Você sumiu e Felícia saiu da cirurgia agora. E eu fui o único que também pude subir porque tenho mais de vinte e um e...

 – Mark, está tudo bem. – Sam cortou, apertando seu ombro. – Eu vou avisar aos outros que você está bem e que eu não fugi para virar uma mercenária. Com licença.

E deixou-os no quarto sozinhos. Mark havia se tornado um de seus melhores amigos nas últimas semanas, e ela não era cega. Sabia que o moreno estava desenvolvendo um crush na loira, não que ele percebesse isso.

— Então, Felícia está bem. A médica dela, dra. Danvers, só falou que ela precisa descansar por alguns dias e voltar as atividades normais aos poucos. – A morena repetiu a mensagem da médica, assim que conseguiu a atenção dos quatro.

— Nós podemos vê-la? – Elizabeth perguntou, claramente preocupada com a loira, que passou a ser sua amiga ultimamente.

— Desculpa, mas só maiores de vinte um, principalmente porque não é horário de visita.

— O que a gente faz agora? Espera ela ficar melhor para sairmos da cidade? – Jesse questionou, a ninguém em especial.

— Agora a gente fala com o General. – Roy replicou, antes de ativar seu comunicador e se afastar.

Samantha foi até a cafeteria do hospital, sabendo que tanto a comida quanto a bebida do local eram boas. Minutos depois, quando ainda estava esperando seu pedido, Roy se juntou a ela na mesa perto da janela.

— Me desculpe. Eu pisei em sua autoridade como líder e fiz tudo aquilo. – A morena disse, ainda não o olhando diretamente, se contentando em observá-lo pelo canto dos olhos.

— Era a coisa certa a se fazer. – Ele suspirou. – Eu não queria voltar para o QG falhando em minha primeira missão. Não achei que ele realmente atiraria nela.

— Querer o sucesso é normal, Roeen. E o fato de que você não acreditou que ele atiraria prova que você é uma boa pessoa, só não conhecia Nygma. – Sam replicou, finalmente olhando para o garoto.

— Você conhecia? – O moreno perguntou, sua curiosidade transparecendo no semblante sério.

— Nygma foi o vice-presidente da minha empresa por anos, e um amigo do meu pai. Ele era um ótimo homem de negócios, sabe? Até que ele quis mais. Alguns dias depois do meu nascimento, Alexander sugeriu ao meu pai que a BlackCorp produzisse armamentos, armas biológicas, coisas que dariam total domínio a empresa, e poder a eles. Meu pai se recusou e passou a manter vista grossa nele, mas não o destituiu do cargo. Alguns dias depois, meu pai morreu em um assalto a mão armada na porta da empresa, e Nygma foi o CEO por quatorze anos, quando o advogado da minha família descobriu o que ele fazia nos laboratórios. Conseguimos destituir ele do cargo de CEO e eu apressei meus estudos depois daquilo. – Samantha contou. – Nygma não era um bom homem, e ele iria atirar para ter o que quer que fosse que ele queria. Não é sua culpa que você não sabia.

ɸ

Elizabeth Rose Murray gostava de voar, da altura, da adrenalina proporcionada. Mas aquele vôo, particularmente, era tudo, menos agradável. Felícia, que havia se tornada a coisa mais próxima de uma amiga nas últimas semanas, estava em uma sala médica separa do avião, acompanhada pela dra. Sawyer. Enquanto Sawyer sorria brilhantemente para Felícia, a Coronel Gray exibia uma carranca para eles.

— O quão irritado o General está? – Roy perguntou, em um tom de voz baixo.

— A missão saiu melhor que o esperado, Schonell. Vocês ainda não prontos, e todos sabíamos disso. – Gray respondeu. – Ele não está irritado, Schonell.

Depois daquilo a maioria deles ficou quieta. Mark e Daryl passavam o tempo jogando Jokenpô, Jesse e Roy falando sobre profissões que eles gostariam de exercer, depois de certo esforço de Roy para Jesse se soltar, e Sam conversava em voz baixa com a Coronel.

Beth se levanta e vai até a pequena sala médica, onde encontrou Felícia dormindo, mas a médica gesticulou para que ela sentasse, antes de se virar de volta para o computador e escrever mais alguma coisa.

— Eu, hum, desculpa interromper, todo mundo... – A morena balbuciou.

— Não está interrompendo nada, querida! – A médica sorriu, exibindo suas covinhas em ambas as bochechas. – Só estava atualizando os sinais vitais dela. O que achou da missão?

— Uma pessoa morreu. Eu entendo que seria Felícia ou o sr. Nygma, mas, ainda sim, uma pessoa morreu. – A morena desabafou.

— Isso não vai ser fácil. Diabos, trabalhar com o Exército nunca é fácil. Você vai ficar diferente, a parte que vê o mundo bom e colorido, que acredita nas pessoas, talvez desapareça, mas vale a pena. – Sawyer replicou. – Você vai presenciar coisas horríveis, talvez faça algumas você mesma. Mas no fim, cerca de sete bilhões de pessoas deverão a vida a vocês.

ɸ

Quando chegaram a base, Jesse não sabia muito bem o que esperar, mesmo com a palavras da Coronel. Talvez Neon esperasse que o General fosse os punir antes mesmo que pisassem no QG, ele não tinha certeza. Mas, certamente, a última coisa que esperava era o homem exibir um pequeno sorriso no momento que os avistou.

— Bem-vindos de volta! – Ele exclamou, antes de retomar sua seriedade habitual. – Vocês estão dispensados pelo resto do dia para fazerem o que querem, mas antes, vou querer uma palavrinha com Schonell e Black.

Jesse observou Roy e Samantha o seguiu para alguma sala do lado oposto da base que eles passavam a maior parte do tempo. Ele se juntou a Elizabeth, Mark, Daryl e Felícia, que foi liberada para tudo que não precise de esforço, até a sala principal.

— Eles estão falando com o Roy e Sam por causa do Nygma, não estão? – Felícia indagou, recebendo acenos positivos de todos. – Eu preciso dizer ao Davies que é minha culpa.

— Whoa, Felix, relaxa. Eles provavelmente estavam nos assistindo. Além disso, Sam e Roy tem tudo sob controle, certo? Está tudo bem. – Max a acalmou, apertando seu ombro suavemente. – Além disso, não é sua culpa.

Neon esperava que Mark estivesse certo. Eles estavam se tornando uma espécie de família disfuncional, onde Roy e Elizabeth eram os “pais”, que cuidavam de todo mundo, Felícia e Daryl eram os irmãos mais velhos que raramente se comportavam de maneira infantil, opondo-se a Sam e Mark, que seria os irmãos mais novos que brigavam mais que respiravam, e ele o irmão do meio, ao menos ele supunha. Eles não se conheciam a tanto tempo, mas já o fazia se sentir em casa.


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