F.P.P.G. – Projeto Peculiar (Interativa) escrita por Harleen Quinzel


Capítulo 8
Capítulo 8 – Routine


Notas iniciais do capítulo

Oi, amoressss!
Quem não tá morto aparece uma hora, né? hahah
Primeiramente, fora Temer (já que sou a pessoa que faz isso em redação)
Em segundo lugar, desculpas por 68 dias que não postei nada. Eu fiquei tão enrolada com escola, pré-vestibular, curso, treino pra esses esportes aka dois da vida e dando a atenção que meu melhor amigo merecia e, no final das contas, só me sobrava, de vez em quando, um restinho da noite de domingo pra escrever, aí já viu.
Em terceiro lugar, vou tentar dar uma conciliada melhor nessas atividades porque eu tô AMANDO escrever FPPG, tá sendo um grande prazer pra mim, de verdade.
E por último, não sei se vocês já viram, mas estou projetando (?), planejando, relançar uma outra fic interativa com uma pegada FPPG, mas de forma mais direcionada pra Marvel/DC Comics, ou seja, super heróis. O que acham?
Eu não tenho certeza absoluta de quando vou postar de novo (torço realmente para que seja até o final do mês, ja que vou aproveitar amanhã e domingo pra tentar dar aquele up no desenvolvimento daqui e da fic nova), então, sintam-se a vontade para me spamzar e me mandar parar de procrastinar no meu tumblr aka you-kn0w-nothing.tumblr.com.
É isso! Espero que gostem!
XX

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/721394/chapter/8

LEIAM AS NOTAS FINAIS

 

Mark já havia estabelecido uma certa rotina durante o curto espaço de tempo que no Playground. Acordar, tomar banho, café da manhã, implicar com Samantha, um chat rápido com Daryl, academia com Felícia, os treinamentos gerais, jogar alguma coisa com Roy e Jesse, pegar uma recomendação de livros com Elizabeth. Eram ações praticamente pré-estabelecidas, ainda mais para alguém como ele, o “cara das rotinas”, como Jesse colocou. Ele não gostava quando a rotina era quebrada.

Naquela manhã, não havia sequer sombra de Samantha Black. Ela estava, claramente, ao menos para ele, diferente na noite anterior. Quando perguntou Felix e Liz elas disseram que devia estar simplesmente atrasada, e ele concordou. Nas últimas três semanas, a mais velha passava a maior parte de suas noites trabalhando, tendo ido dormir antes de uma ou dois horas da manhã, no máximo três dias. Então sim, ele fingiria que ela foi na academia aquele dia, e não implicaria com ela sobre aquilo.

Um, dois, três, quatro, cinco dias. Nada, nenhum sinal de vida de Samantha Black. Sabia que não iriam dizer nada, mas era visível que o General e a srta. Shafiq estavam preocupados, que suas cabeças não estavam nos treinos, e nem a dos soldados estava. No sexto dia, ambos os adultos estavam extremamente relaxados, apesar de cautelosos. Felícia acidentalmente se excedeu, durante o treinamento dos poderes, e desmaiou, sendo apressada até a ala médica. Mark a levou.

Dra. Sawyer estava claramente com um paciente e, quem quer que fosse, não parecia estar bem. A médica se apressava de um lado para o outro, sequer notando os dois parados na entrada. Mark ouviu Narcisa Shafiq falando em voz baixa com alguém, tentando assegurar, quem quer que fosse, que estava tudo bem.

Ele ouviu a exclamação de horror de Felícia quando viu quem era. Diante de si, Alma Gray estava conectada a uma infinidade de fios, monitorando-a, com uma de suas mãos sendo afagadas por Shafiq. Seus olhos exibiam sinais de loucura, sem entender exatamente o que via. Seu rosto capturado em um misto de pânico e confusão, principalmente quando os viu, fazendo o olhar da médica e da cientista se fixar neles.

— O que estão fazendo aqui? Na verdade, não importa. Vocês precisam ir. Agora! – Sawyer falou rapidamente.

— Onde Samantha está? – Felícia indagou, antes de serem levemente empurrados da ala médica.

ɸ

                Cinco dias atrás

Samantha seguiu a coronel pela neve, não tendo nenhuma centelha de ideia de para onde estava indo e, se fosse ser franca, nem sabia o local que haviam pousado o quinjet. O frio castigava arduamente a dupla, que sequer parecia estar se movendo através da nevasca. Elas continuaram andando, o que pareceram dias e milhares de quilômetros, até alcançarem um bunker, onde uma snowmobile as aguardava.

— Nós estamos na república de Yakutia e vamos para Chukotka. Você fala russo não fala? – Gray disse, ou Samantha supôs que era isso. Os panos nos lábios faziam as palavras serem particularmente difíceis de serem ouvidas.

— Sim, eu falo russo. Chukotka não é tipo, o distrito mais frio da Rússia? – Ela indagou, recebendo um aceno positivo da coronel. – Merda.

Gray liderou o snowmobile por dois dias, parando em estalagens estratégicas por não mais que três horas por noite (era noite? Samantha não conseguia ver através da neve para confirmar ou não), até declarar que estavam oficialmente perdidas.

— где находится штаб-квартира? (Onde fica a sede?) – Samantha indagou a uma senhora, dona de uma padaria no meio do nada.

— пароль? (Senha?)

— Ela perguntou a senha. – A morena traduziu para a coronel.

— Bàs do dh'Ameireaga. – Gray declarou, fazendo Samantha franzir o cenho. – Algum problema?

— Não. É só que... não era russo essa frase, eu não reconheci. – A mais nova replicou enquanto seguia a outra, que fazia seu caminho através de corredores de metal subterrâneos.

Gray deu ombros e se manteve na frente pelo que se pareceu quilômetros de corredores suntuosos, que desciam cada vez mais. Sam se sentiu caminhando na neve novamente, seria plausível se lhe dissessem que estava atravessando a Rússia inteira a pé, entre as paredes secretas.

— Eu me vejo muito em você, Black. – A mais velha disse, virando-se para ela. – Por isso, eu realmente espero que me entenda nisso. Realmente sinto muito.

Samantha ficou desconcertada por alguns segundos, que foram suficientes para alguém atingir sua cabeça contra a parede. Semiconsciente, jogada no chão, a morena ouvia a Coronel discutindo com alguém, via pés se movimentando agitados, um liquido jorrando de sua cabeça e formando uma poça carmesim debaixo de si, seu próprio sangue.

Tudo ficou escuro.

ɸ

                Seis anos atrás

— Mais forte! – Uma voz rígida comandou no pé do seu ouvido, fazendo a morena franzir o cenho de concentração. -  Black, eu me pergunto se você está realmente levando seu dever com a Liga a sério.

Samantha sentiu a mão em suas costas e, antes que pudesse revidar, estava pressionada contra a parede, a mão de Nyssa apertando seu pescoço. Nyssa Raatko era a futura herdeira da Liga das Sombras, filha do próprio Demônio. A árabe era sua atual treinadora, que, por sinal, estava longe de satisfeita com seu empenho.

— Se você acha que isso vai te manter viva lá fora, habibt, você já está morta. – A mulher sussurrou. – De novo.

A morena continuou batendo no saco de areia o mais forte que podia. Os treinos fechados eram a segunda melhor parte de seu dia, vindo somente depois das noites com Nyssa. Entretanto, aquele treino era diferente, elas tinham algo para provar: Que seu relacionamento não interferia nos treinos, e que Samantha Black seria, no mínimo, tão boa quanto qualquer membro.

— Parem. – A voz decretou, ainda das sombras. – Já chega por hoje. Sahira, amanhã você tem sua primeira missão, matar James Boyega. Leve Kunari e Sahm com você.

Sam, junto a sua namorada, deixou o espaçoso cômodo e foi até os aposentos que dividia com Nyssa. Horas haviam se passado e ela ainda se revirava na cama, se sentindo incapaz de dormir. Sabia que não estava pronta, e tinha plena consciência de que o Demônio sabia também.

Veneno, ela decidiu, uma forma eficiente e que provavelmente não a colocaria em uma grande situação de risco. Assim que mataria Boyega, conhecido nos meios ilícitos pelo tráfico pesado de tudo que se possa imaginar. Matá-lo não a traria culpa, se convencia, era somente mais um ser humano pútrido no mundo.

Dezessete horas foram necessárias para a morte do homem. Fora pateticamente fácil, se fosse honesta. Sarin, o, talvez, mais previsível de todos. Um parafuso trocado por um modificado com o gás dentro e “bam! ”, uma morte lenta e agonizante para o homem.

O Demônio ficou extremamente satisfeito, mais do que o esperado. Ela subiu em suas boas graças desde o momento em que a morte do multibilionário James Boyega apareceu na TV, a polícia nem ninguém sabendo o motivo. Então ela não era mais Sahira, habibt da Herdeira, ela passou a ser um nome temido nos círculos, algo que ela se orgulho por anos, sendo famosa por suas mortes inenarráveis.

ɸ

Samantha Black apreciava o controle que sempre tivera sobre sua vida, o poder lhe excitava. O poder de ter milhares de empregos, vidas, dependendo de si, somente o pensamento fazia a adrenalina correr com mais firmeza em seu sangue. O que a fez pensar no quão hedionda era a situação em que estava no momento. Amarrada, pendurada de cabeça para baixo sob o que parecia ser um tanque de ácido borbulhante, fluoraintimônico, se ela tivesse que adivinhar, em uma sala branca, com um grande vidro, por onde pessoas certamente a observavam.

 – Estou acordada, agora o que? – A morena resmungou, suas lembranças muito vívidas para seu próprio gosto.

 –Srta. Black, pedimos sua cooperação e que mantenha a calma, o experimento deve durar pouco tempo. – Uma voz mecânica soou por um pequeno interfone no teto.

— Eu normalmente estou do outro lado do vidro, querido, conheço a rotina. – Ela zombou. – Então, vou elaborar minha pergunta anterior de maneira mais compreensiva: O que vocês pretendem alcançar ao me mergulhar em fluoraintimônico por, digamos, sete minutos?

— Srta. Black, Division Three apenas pede sua cooperação por alguns minutos. E sugerimos que aproveite sua experiência. – A voz reforçou, e, imediatamente, a CEO sentiu a máquina a descendo em direção ao ácido.

A morena se preparou para a dor que acompanharia durante a experiência. Para ser completamente honesta, ela não sentiu nada até chegar sua testa, e a dor excruciante veio. E parou. E ela não estava mais pendurada, estava na sala de comando, do outro lado do vidro, assistindo a Coronel Alma Gray ser mergulhada do ácido em seu lugar. Por alguns segundos ninguém reparou na mudança, estavam muito ocupados com os monitores, mas a atenção foi chamada quando os gritos de dor vieram.

Antes que pudesse falar, ou agir, Samantha foi atingida na cabeça com força suficiente para rachar a crosta terrestre, ela tinha certeza plena disso.

ɸ

A Division Three retornou orgulhosamente Alma Grey aos Estados Unidos, sem deixar rastros dos poucos cuidados médicos que conseguiram efetuar sem deixa-la morrer, e quando finalmente chegou na base, quase não fora reconhecida. Grey amaldiçoava os malditos russos, maldito Projeto Geroi e, sobretudo, maldita Samantha Black. Deitada na maca, fingindo um olhar de simpatia para Narcisa Shafiq, ela jurou a morte de Black da pior maneira que conseguia pensar.

Davies, Henshaw e Shafiq eram figuras passageiras nos primeiros dias que permanecera no hospital, sendo Sawyer a única real contestante. Assim que fora extubada, o General foi permitido o acesso e permaneceu silencioso por uma hora antes de decidir falar.

— O que aconteceu?

— Black estava trabalhando com eles o tempo todo. – Gray murmurou, mal reconhecendo sua voz. – Ela disse que conhecia um local que talvez pudesse fornecer informações e nos levou direto para dentro da D3. É uma grande decepção, eu realmente acreditei nela.

— Nós vamos pegá-la, Gray. Eu prometo.

Alma estufou seu peito, satisfeita com a resposta. Deus sabia que ela veria Black morta pelo que fizera, preferencialmente por suas próprias mãos.

ɸ

Samantha continuou correndo entre os becos de Mosków, se afastando do Kremlin cada vez mais. A periferia da capital era seu alvo, sabia que, assim que pintasse o cabelo e tivesse uma conversa em russo por tempo o suficiente para captar o sotaque, estaria encoberta. E depois de volta para o Paquistão. Black sabia que tinha alguém, ou alguéns, a seguindo, mas não planejava ser devagar o suficiente para vê-los. A morena entrou em um dos bares malcuidados e, em questão de minutos, todos se tornaram familiar. Ela fez o que sabia que todos os russos, talvez todo o mundo, faziam com seus bartenders: contou problemas de seu relacionamento.

— Но тогда Нисса хотела, чтобы мы просто делали это, понимаешь? (Mas Nyssa queria que simplesmente fizéssemos aquilo, mas eu não estava pronta, sabe?) – Sam reclamou, enquanto bebia seu vigésimo copo da vodca mais barata do local.

— Не смотрите вверх. Герои ввели. (Não olhe. Os Geroi acabaram de entrar.) – Dmitri, o bartender, murmurou pouco depois da porta ranger, sinalizando a entrada de alguém, fazendo-a assentir.

O bar foi mergulhado em silêncio enquanto os Geroi escaneavam o local, provavelmente procurando por ela. Antes que pudesse sair discretamente do local, de maneira sutil, sentiu-os se sentando de maneira que estivesse cercada. Um dos homens se sentou ao seu lado e sorriu para ela, que não atingia seus olhos.

—  Привет, мисс Black. (Olá, srta. Black).


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Com essa capítulo as fichas estão oficialmente reabertas para os Geroi - https://goo.gl/forms/kNTE8wI4D7T2YMA73

Mais informações sobre eles também no link.
Os que já tem personagens participando, infelizmente, não poderão mandar fichas para os Geroi.
Enfim, é isso! Espero que tenham gostado dessa surpresa!
XX