CASTELOBRUXO - O Início de Uma História escrita por JWSC


Capítulo 29
CAPÍTULO 12 - O Esconderijo da Encantada




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— Droga! — Resmungou Roberto assim que seu pé entrou em uma poça de lama. — Acho que aquele espírito nos enganou.

— Vamos, eu te ajudo — Eduardo aproximou-se e ajudou o amigo. — Estamos na direção certa?

Hugo olhou por cima dos ombros. O topo da árvore estava nas costas do garoto, conforme o espírito havia informado.

— Sim, estamos no caminho certo.

— Hugo, tem certeza? — Questionou Roberto. — Olha onde estamos. No meio da floresta. Sozinhos. Sem ninguém para nos ajudar. Com fantasmas para todos os lados e sabe-se lá mais o que à solta por aí. Acho que devemos voltar.

— Voltar? — Rebateu Hugo. Estava tão cansado quanto os amigos, mas se recusava a desistir. — Voltar para onde? Você sabe chegar na escola daqui?

— E saberemos quando chegarmos lá? Seja lá onde for.

— Pelo menos vamos saber o que está acontecendo. Não se importa com a Maria?

— Me importo sim. Por isso acho que devíamos esperar ajuda. Por agir desse jeito que quase fomos mortos no ano passado, Hugo. Por querer saber da verdade eu arrisquei a sua vida e a de Maria. Você sabe o que aquele homem podia ter feito conosco? Ou aquela criatura? Eu fui irresponsável, mas não quero que façamos o mesmo agora.

— Não vamos encontrar um boitatá aqui, Roberto.

— Como você sabe? Como sabe se não é algo pior?

— Temos que fazer o possível, só nós sabemos o que houve. Eles nos ignoraram, Roberto. Tentamos dizer o que houve e eles nos ignoraram. Não podemos confiar neles, temos que agir por nós mesmos.

— E fazer tudo acontecer como aconteceu antes? Você quer morrer quando chegar lá? Como vamos ajudá-la se morrermos?

Roberto estava visivelmente nervoso, parecia que a qualquer momento iria disparar para o meio da floresta. Hugo parecia determinado, mas não sabia bem o que fazer. Miguel e Eduardo se olharam, ao que tudo indicava, os dois decidiriam o que fazer.

— Vamos em frente — Afirmou Miguel.

— O que? — Disse Roberto assustado.

— É o melhor a se fazer — disse Miguel e aproximou-se de Hugo.

— Você... você... — Roberto ficou paralisado e assustado. Eduardo aproximou-se do amigo e colocou a mão no ombro deste.

— Não vai acontecer como no mini-magizoo. Estamos juntos agora, todos nós. Vamos enfrentar e vencer o que estiver em frente. Já reparamos uma harpa, atravessamos um rio escuro, estamos no meio da Floresta dos Sussurros. Já fizemos muito. Vamos continuar e salvar a Maria. — Roberto pareceu relaxar e deixou os ombros caírem. — Mas tenho uma condição, não vamos de mãos abanando.

— O que quer dizer? — Questionou Hugo.

— Aquelas plantas ali, as de folhas laranja, você lembra o que elas são, Beto?

— Sim, são urtigas-solares — respondeu Roberto.

— Não sou dos melhores em trato da flora mágica, mas essas plantas quando pegam fogo, elas fazem alguma coisa, não?

— Sim, elas explodem e brilham. Só isso.

— Então vamos levar algumas delas. Podem ser úteis.

 

James chegou na margem do rio de água negra. Atrás dele, os bruxos que o acompanhavam lutavam para manter os dez fantasmas afastados. Sentiu quando o chão sumiu e o pé mergulhou na água escura.

— Raios! — Praguejou quando o pé afundou no lodo.

— O que vamos fazer? — Seu ajudante, Hiago, questionou enquanto disparava o feitiço contra o fantasma que surgia atrás de uma árvore.

— Você sabe nadar? — Questionou James e virou-se para o rio.

A água que outrora estava calma agora se agitava enquanto cinco novos espíritos emergiam do meio. Outros cinco vinham pela margem do outro lado.

— O que raios está acontecendo? — Resmungou James. — Desde quando esses aí atacam em bando?

— Isso é incomum, James — respondeu Hiago. — Eles andam no máximo em trio e geralmente só andam com quem teve uma morte parecida com as deles ou que pensem igual.

— Pelo jeito, hoje é o dia das coisas incomuns acontecerem — disse Carla. — Vejam, aqueles não são espíritos comuns.

Os fantasmas que vinham se aproximando pela outra margem possuíam uma fisionomia diferente. Não pareciam humanos, seus olhos eram completamente negros ou brancos. Os membros haviam sido alterados, eram longos e finos, emanando magia das trevas de uma forma incomum. Não flutuavam como os outros, mas sim pisavam no chão, deixando a marca dos cinco longos dedos.

Skurge! — Berrou Carla.

O feitiço cumpriu sua função com os fantasmas do lago, os quais fugiram para o meio das árvores ou foram desmaterializados quando atingidos. Em seguida, ela mirou em um dos espíritos corrompidos que vinha pela outra margem. O feitiço disparou da varinha e voo por cima do rio, acertando o espírito corrompido no rosto.

Ao invés de fugir ou se desmaterializar, como ocorreriam com os outros, este apenas fez um movimento brusco com a cabeça, como se tivesse sido atingido por um soco no rosto. Logo em seguida, se recompôs e continuou a avançar, entrando na água escura.

— Não vai funcionar — disse Hiago. — Estes são espíritos corrompidos por magia. Deve usar magia material neles e quem sabe, com sorte, consigamos derrubar alguns.

— Magia material? Em fantasmas? — Questionou Carla.

— Não são fantasmas comuns, foram corrompidos por diversos tipos de magia por anos. Não são totalmente fantasmas e não estão vivos, uma aberração da magia. Vamos dar a volta, James.

— Isso demoraria mais — resmungou James.

— Se formos enfrentar todos, perderemos mais tempo.

James observou. Os fantasmas podiam ser afastados ou desmaterializados, mas logo voltavam, mesmo que parcialmente materializados. Era um comportamento incomum. A desestruturação dos fantasmas geralmente os mantinha dispersos e afugentados, porém, estes insistiam em voltar, mesmo que incapazes de causar danos.

— A encantada — resmungou James. — A maldita criatura está por trás disso. Raios. Vamos subir o rio, em direção a nascente.

— Pode ter mais deles lá, James — informou Hiago.

James olhou para a varinha do homem que continha o cabelo de Giuliano. O fio apontava de forma tremula para o sudoeste, o que indicava que os professores ainda estavam distantes.

— Que venham, não vou perder o dinheiro da captura para Castelobruxo. Vamos!

James abriu caminho em meio a floresta, disparando feitiços contra qualquer coisa que se move-se. Os outros vieram atrás dele, afastando os espíritos que insistiam em avançar.

 

— Vocês ouviram? — Disse a professora Ana Catalina.

Aos poucos a respiração pesada vinda da floresta se intensificava. O ar tornou-se pesado e agora era audível o som baixo de grunhidos. Silhuetas altas surgiram entre as árvores andando de forma cambaleante na direção do grupo.

— O que é aquilo? — Perguntou Betânia.

— Espíritos corrompidos — respondeu Ana Catalina. — Se preparem. Não usem feitiços comuns contra espíritos, usem feitiços de ataque, fogo ou algo que machuque.

Os corrompidos aproximaram-se com calma, observando o grupo em meio a floresta. As bocas permaneciam abertas, como se falassem algo inaudível.

De repente o corrompido que vinha mais a frente avançou, passando de uma caminhada a quase uma corrida. Um disparo saiu da varinha da professora Ana, seguido por outros disparos vindo das varinhas dos professores Giuliano, Betânia e Magda. Os disparos acertaram em cheio o peito do corrompido, fazendo-o ser arremessado para trás e rolar até onde os outros estavam.

Os corrompidos sequer se importaram com o que ocorreu, continuando seu trajeto. Um até pisou sobre o corpo caído, como se fosse só mais um obstáculo no caminho. O que estava caído logo levantou-se, como se nada lhe tivesse ocorrido e continuou a caminhar.

— Segurem-nos — mandou a professora Ana Catalina.

Os feitiços foram lançados e cordas mágicas surgiram, envolvendo os corrompidos nas árvores ao redor. Os corrompidos se enfureceram com as cordas e passaram a tentar arrancá-las de seus corpos ou destruir as árvores. A violência com que tentavam se soltar causavam ferimentos em si e nos outros ao redor.

— Não vão segurar eles por muito tempo, vamos enfrentá-los. — Sugeriu Giuliano.

— Não. Isso levaria tempo e não podemos demorar mais. Vamos continuar enquanto eles não se soltam.

O grupo de professores continuou seu caminho pela floresta, andando mais rápido do que antes. Os quatro corrompidos que encontraram eram apenas uma parte de todos os que viviam naquela floresta e isso preocupava a professora Ana.

Após alguns minutos caminhando ouviram os grunhidos vindo por trás. Os espíritos corrompidos haviam se soltado e estavam se aproximando rápido.

— Eles vão nos alcançar. Melhor pararmos e lidarmos com eles — recomendou Giuliano.

— Quanto mais tempo perdermos aqui, mais em risco a garota estará — comentou a professora Magda.

Caso continuassem, os espíritos corrompidos iriam alcançá-los e teriam que lutar, se ficassem, perderiam tempo lutando contra eles até que fossem completamente dominados.

— Faremos os dois — disse a professora Ana e virou-se para o professor Luís. — Deixo com você os espíritos corrompidos, professor. Atrasem-nos, derrubem ou façam o que for necessário. Professor George, você vem comigo, vamos, mas à frente encontrar a garota.

— Não acho que nos separarmos agora seria uma boa ideia — afirmou Giuliano, receoso de que os dois professores sozinho encontrassem o grupo de caçadores que sabia estar andando mais à frente.

— Não precisam se preocupar — disse Luís sorridente. — Nós pararemos esses feiosos e logo nos juntaremos a vocês.

— Sim, aqui está. — A professora Ana tirou um fio de seu cabelo e entregou para Luís. — Quando terminarem, usem o feitiço de localização e nos sigam. Vamos, George.

Giuliano observou os professores afastarem-se enquanto algo lhe dizia que não era uma boa ideia.

O professor Luís deu uns tapinhas nas costas de Giuliano e sorriu.

— Vamos, Giuliano, eles sabem se cuidar. Lembre-se que George quase me pegou no último desafio que tivemos. A professora está em boas mãos. Temos que nos preocupar com nossos amiguinhos que vem aí. Estes vão ser dureza.

Todos os quatro professores ficaram em posição, de frente ao som de grunhidos e passos apressados que vinham em sua direção. As varinhas levantadas e apontadas para frente. Os feitiços prontos em suas mentes, esperando apenas a ordem para serem lançados.

Quando os espíritos corrompidos surgiram das árvores, tropeçando sobre si mesmos como uma massa disforme, os disparos se iniciaram.

Os fantasmas que estavam seguindo o grupo de professores à distância correram para se proteger, enquanto a floresta era iluminada por disparos e grunhidos furiosos.

 

— É esse o lugar? — Perguntou Eduardo assim que chegaram de frente a entrada da caverna subterrânea.

— Parece que é — disse Miguel.

— Vamos entrar? — Questionou Roberto.

— Chegamos até aqui — disse Miguel. — Vamos em frente.

Eduardo foi na frente, seguido por Hugo, Roberto e Miguel na retaguarda. Após algum tempo de descida eles chegaram no que parecia ser uma câmara subterrânea. Era mal iluminada e fria. Espaçosa o suficiente para abrigar todos os alunos do primeiro ano de Castelobruxo. Várias estalactites desciam do teto em direção ao solo poeirento e úmido, onde algumas estalagmites cresciam do chão.

— O que é isso? — Questionou Eduardo observando o local.

— Parece que andaram por aqui — disse Hugo apontando para o caminho. Pegadas iam e vinham em várias direções, sendo acompanhadas por marcas de garras no chão.

Roberto tremeu ao ver as marcas de garras no chão. Além disso, percebeu que as estalagmites apresentavam marcas de arranhões e algumas pareciam ter sido quebradas por algum impacto.

— Não acho que é uma boa ideia continuarmos. Seja lá o que fez essas marcas, é grande.

— Será que é aqui mesmo? — Perguntou Eduardo. — Ei! Onde está o Miguel?

Os garotos notaram que não havia ninguém na retaguarda, sendo que Miguel havia sumido.

— Miguel?! — Exclamou Roberto.

— Silêncio — recomendou Hugo.

— Silêncio você, o Miguel acabou de virar pó!

— Vamos voltar e procurar por ele — sugeriu Eduardo.

— Olhem! — Hugo apontou para um ponto onde havia uma luz fantasmagórica.

As camas de pedra se destacavam na luz, onde as crianças dormiam.

— É a Maria! — Disse Hugo e correu em direção as camas de pedras.

Maria parecia dormir profundamente, seu aspecto pálido era destacado pela luz e o ambiente da câmara. Possuía os contornos do rosto, ainda que estivesse mais magra e com as pálpebras escuras.

— Ela está viva? — Questionou Eduardo.

Hugo pousou o ouvido no coração e depois de alguns instantes se levantou sorridente.

— Sim, ela está viva.

— Não parece bem — comentou Roberto.

— Ela está melhor que eles — Eduardo apontou para as outras camas.

Da cama mais próxima onde estavam até a mais distante que conseguiam ver, o estado das crianças piorava. A última parecia estar só pele e ossos, mesmo que a iluminação não deixasse ver mais que a silhueta dela.

— Temos que tirar ela daqui — disse Hugo.

— Não só ela, como todos — corrigiu Eduardo.

— Como vamos levar todos? — Questionou Roberto.

— Não sei, mas damos um jeito — Respondeu Eduardo. — Primeiro temos que descobrir o que é isso na cabeça deles e como tirar.

— Que tal se juntar a eles?

A voz veio do canto escuro, atrás da última criança.

Os garotos viram uma silhueta enorme mover-se na sombra. O movimento escamoso e volumosos fez Hugo e Roberto lembrarem da experiência que tiveram no ano anterior, com o encontro do boitatá. Aos poucos a massa foi diminuindo de tamanho, reduzindo-se até parecer os contornos de uma pessoa.

— Não lhes parece uma boa ideia? — Disse a encantada enquanto aproximava-se. — Vocês se juntam a eles e dormem tranquilamente, enquanto eu me alimento de sua magia e vida. Me parece um ótimo destino para crianças curiosas.

Por fim, a encantada aproximou-se da cama de pedra onde Maria repousava e a luz iluminou suas feições.

Tinha o rosto feminino, com uma emaranhado em tons de louro escuro que descia pela cabeça, lembrando cabelos humanos. Havia escamas emoldurando seu rosto, as quais desciam pelo pescoço, ombros, braços, peito, cintura e coxas, deixando os antebraços, mãos, pernas e pés com a pele branca exposta. Dois pares de olhos amarelos observavam os garotos. A pupila era uma linha vertical, lembrando olhos de gatos. Os lábios cinzentos contornavam uma boca maior do que a de uma pessoa normal, com dentes espaçados, grossos e pontudos.

A encantada aproximou-se da cama de pedra e pousou a mão perto do prato de barro, onde a mistura brilhava de forma fraca.

— Pensem bem — ela disse. — É uma oferta muito boa, vocês vêm de bom grado e sem se machucar fazer parte da minha plantação. A menos que queiram que eu... Não eram quatro de vocês?

Hugo e roberto congelaram no lugar, não sabiam o que dizer, então Eduardo adiantou-se.

— Somos só nós três.

A encantada sorriu, de modo que o espaço entre seus dentes se mostrou na distância exata para que os dentes de baixo e de cima se encaixassem.

— Não tente me enganar garoto, fui informada que havia quatro crianças vindo ao meu encontro. E sabe... — Em um movimento rápido ela atravessou o espaço que a separava de Eduardo e o segurou pelas bochechas, deixando que o garoto olhasse em seus olhos diretamente. — ...Eu não gosto de ser enganada.

A voz saiu como uma ameaça. A encantada levantou um dedo e passou pelo lado da bochecha de Eduardo.

— Agora você me dirá onde está seu amigo ou eu terei que estragar esse rosto lindo.

A unha apertou o rosto e um uma gota de sangue surgiu. Eduardo fez careta e segurou a mão da encantada, tentando empurrar.

— Ele está lá fora! — Gritou Hugo.

A encantada parou de apertar.

— Lá fora?

— Ele... ele disse que...

— Não! — Interrompeu Roberto. — Não faça isso.

— Não temos escolha, Beto. Ele disse que não compensava todos nós entrarmos. Um deveria ficar de guarda para avisar os outros.

— Então, estão me dizendo que seu amigo está do lado de fora?

Os garotos observavam a encantada enquanto ela afrouxava o dedo, expondo onde havia ferido Eduardo.

— Sabem o que acontecerá com vocês caso estejam mentindo?

Hugo concordou enquanto tentava esconder o medo que sentia.

— Pois bem, lindinhos. Você, garoto de óculos. Vá lá fora e traga seu amigo. Os outros permaneçam aqui, enquanto preparo suas camas.

Roberto olhou assustado para os amigos. Hugo não soube o que dizer para o amigo e buscou ajuda com Eduardo.

— AGORA! — Gritou a encantada, fazendo os garotos tremerem.

— Si... sim — disse Roberto.

O garoto começou a caminhar para a saída. Pensamentos confusos passavam por sua mente em velocidade acelerada. Pensou em fugir para Castelobruxo. Procurar ajuda na floresta. Esperar do lado de fora. Todas ideias que pareciam erradas.

Quando estavam perto da saída seus olhos começaram a lacrimejar involuntariamente. Não sabia o que fazer. Ouviu o som de pedras movendo-se quando a encantada fez com que novas camas surgissem do chão.

Ele subiu o caminho para a saída tremendo e chorando. O medo, a incerteza e a inexistência de qualquer solução fizeram com que caísse de joelhos após sair da caverna. Estava em pânico, queria gritar, mas não tinha ação. Após alguns instantes nesse estado ele se recompôs, fechou os olhos, tomou coragem e com um impulso atirou-se para frente para correr.

Não havia dado um passo antes de esbarrar em algo grande, cabeludo e volumoso. O garoto se desequilibrou e ia caindo, quando uma mão grande o segurou pelo braço.

Roberto se equilibrou da forma que conseguiu e olhou para seu captor.

James sorria enquanto segurava o garoto pelo braço. Carla estava ao lado dele, observando com curiosidade. Outros surgiam por trás das árvores, cerca de uma dúzia de bruxos andavam na direção da caverna.


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