Quebrando Barreiras escrita por Gabhi, Erica


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Gente,
Eu sei que não estou sendo uma boa autora. Realmente, os capítulos estão pequenos e não estão bons, muito... lenga-lenga, a história decaiu um pouco. Vou ser bem sincera, meu ânimo para isso tudo é... zero. Isso mesmo, zero. Se alguém, por favor, puder me ajudar com ideias, revisar os capítulos, até me ajudar a escrever alguns trechos, POR FAVOR ME AVISE! Chame por MP, sei lá! Mas está difícil, tenho apenas dois capítulos prontos e mais nada. E ai eu não sei nem por onde começar a escrever. Estou quase reassistindo TVD (Aquele final foi bem ridiculo, de verdade) pra ver se crio animo novamente kkkk.
Eu coloquei 2 capítulos em 1 aqui, para ficar maior. Espero que sei lá, gostem kkkk
Boa leitura!



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Apertei a mão de Rose com força.

— Eles vão se matar! – falei para ela, porém sem desviar os olhos da luta.

— Relaxa, são bem treinados. Os dois. – Me respondeu dando de ombros, desinteressada na provável morte de um dos dois.

Estava há algumas horas observando os vampiros lutarem. Estavam treinando; depois de amanhã seria o grande dia e eles estavam “com os nervos a flor da pele”, segundo Alice. Porém, quem realmente estava com os nervos a flor da pele era eu, vendo Damon e Edward lutando a um bom tempo e de uma forma extremamente violenta.

Aquilo era um “treinamento”, Jasper sugeriu que Damon lutasse com ele, entretanto, Edward se voluntariou, dizendo que Jasper precisava ensinar mais Tania e Kate a lutar com um já treinado. Foi a desculpa perfeita para dar umas porradas em Damon. Porém, Damon também não ficava de fora.

— Bella, você está apertando minha mão forte demais, querinha. – Rosalie chamou minha atenção, puxando sua mão de mim e me encarando séria. – Eles não vão se matar. Você deveria estar empinando o nariz e se engrandecendo por dois machos lutando por você. Aliás, três clãs.

— Só estão lutando porque uma psicopata está montando um exército para me matar, pois eu só atraio problema. – Resmunguei, me afundando mais. Estava com as costas já doloridas pelas longas horas encostada na rocha, mas não havia opção melhor.

— Pare de drama. Olha como Edward se defende... ui. – ela interrompeu a fala, fazendo uma careta. Segui seu olhar e vi Edward com um sorriso vitorioso.

— Finalmente! – gritou Emmett, soltando uma longa gargalhada. – Temos um vencedor nessa luta sem fim. Ta vivo ai, parceiro?

Damon resmungou algo enquanto saia do meio da floresta. Edward o havia arremessado para longe. Afundei os dedos na terra, me controlando para não correr até ele e saber se estava tudo bem.

— Para com isso! – Kate apareceu do meu lado, puxando minhas mãos. – Acaba com suas unhas, sua louca.

— Pelo menos eu ganhei o prêmio. – Damon disse alto, olhando para mim com um sorris malicioso. Revirei os olhos e voltei a olhar para Kate, que limpava minha unha.

— Vamos treinar? – perguntou com um sorriso malicioso. Resmunguei um pouquinho e fiquei de pé. Ela me levou para perto de Esme e Alice, que lutavam conforme Carlisle orientava.

E, durante as próximas duas horas, eu estava sendo orientada a como me defender. E não foi difícil disfarçar o quão envergonhava – e até atiçada – estava com os toques mais ousados de Kate.

...

— Finalmente! – Exclamei quando cheguei em casa. Rose riu atrás de mim e colocou as chaves na mesinha.

— Agora menina, vamos conversar... E aqueles toques ousados da Kate, hum? – Perguntou com um sorriso malicioso. Me virei e encarei o seu olhar e de Emmett extremamente animados e maliciosos.

— Olha, vamos fazer assim: Eu vou tomar um banho, colocar meu pijama, deitar na minha cama e, quando eu estiver me confortável, deixo me atormentarem com o que quiserem. Ok?

— Ok, de acordo. – Emmett declarou após alguns segundos de consideração.

— Então, ótimo! Sintam-se em casa, até daqui a pouco.

Subi as escadas apressadas, peguei a primeira roupa que achei e corri para o chuveiro. Nunca tinha achado aquela água tão gostosa como hoje. O jato forte massageava meu corpo completamente detonado pela luta, pela ansiedade com essa luta e pelos sentimentos nada comuns sobre Kate e Damon. Essa excitação toda, misturada com a confusão de emocional por Damon e Edward estava detonando meu cérebro, coração, físico... Aproveitei o banho para praticar algumas técnicas de meditação e relaxamento. Foi um banho longo, gostoso e relaxante. Agora eu só queria dormir e descansar o cérebro, para amanhã estar preparada com a onda de nervosismo sobre a luta.

Sai do banho e me sequei devagar, ainda na onda de “meditar e relaxar”. Hidratei o corpo, coloquei a roupa, ajeitei o cabelo. Sai do banheiro carregando a toalha para pendurar na cadeira, mas assim que cheguei na porta do quarto, a deixei cair, assim como o meu queixo.

— COMO VOCÊS OUSAM FAZER UMA COISAS DESSA NA MINHA CAMA? – Gritei extremamente irritada, fazendo toda a técnica de relaxamento ir embora. – SEUS... SEUS... AAARGH

Rosalie rapidamente saiu de cima de Emmett e me olhou de olhos arregalados. O mesmo puxou o travesseiro para cobrir certas partes do seu corpo. Os desgraçados estavam transando na minha cama enquanto eu tinha um banho calmo e relaxante.

— Bella... desculpa! Mas... você tava demorando demais... e... bem... – Rose começou a se explicar.

— COMO VOCÊ PÔDE TER ESSA FALTA DE VERGONHA NA CARA? E SE MEU PAI TIVESSE AQUI! Aiiiiii – comecei a reclamar e coloquei as mãos na cabeça extremamente irritada.

— Ah Bells, é muita energia sobre essa luta e tal... precisávamos por para fora essa ansiedade toda, e era a melhor forma...

Olhei para ele com uma extrema vontade de picá-lo em mil pedaços.

— COLOCASSEM PARA FORA EM OUTRO LUGAR. AAARGH, FORA DA MINHA CASA, OS DOIS! – Gritei irritada, entrando no quarto e apontando para a porta. Ele rapidamente saiu do quarto enrolado no meu lençou, Rose foi colocando as roupas enquanto em olhava calma.

— Não podemos sair, Bells. Você não pode ficar sozinha... Vic...

— Então chame outra pessoa, não quero vocês aqui NEM MAIS UM SEGUNDO!

Ela revirou olhos, pegou a roupa de Emmett e saiu do quarto. Soltei um resmungo ao olhar para minha cama e ter nojo de deitar nela. Eu queria tanto descansar... e agora dormiria num sofá duro por conta dos meus “dois melhores amigos”.

Rose me disse que e Esme estava vindo. Jacob estava com Bonnie, Elena e Stefan na reserva, Caroline e Alice estavam em algum canto e os infelizes do Damon e Kate estavam “caçando” juntos. Três fatores que apenas me irritaram mais. Nem Edward estava disponível – estava com Jasper e Carlisle treinando mais.

Esme demorou apenas alguns minutos para chegar. Tentou descobrir o motivo da troca, mas apenas recebeu umas desculpas esvazias e despediu rapidamente dos dois. Apenas mandei um olhar duro da escada para os dois e saudei Esme um pouco mais agradável.

— Você vai dormir no sofá? – perguntou um tanto confusa, observando os travesseiros e os lençóis ali.

— Sim, é a melhor opção no momento. Mas pode ficar no grande, caibo melhor no pequeno.

— Aaah. – ela soltou um risinho após fazer uma cara de compreensão. Olhou para mim de sobrancelhas erguidas. – Sério que eles fizeram isso?

Assenti com uma careta de desgosto, me sentando no sofá pequeno.

— Não, vem, levanta. Vamos para um hotel aqui na ponta de Portland, precisamos de um pouco de mimo para lidar com essa loucura toda.

Ela me puxou do sofá e me fez pegar a bolsa. Deixei um recado para Charlie (Apesar de saber que ele só voltaria pela manhã) e tranquei toda a casa. Logo, estávamos a caminho de um hotel “luxuoso” próximo, para descansarmos. No caminho, conversamos sobre o desempenho de todos no treino de hoje, o medo com Victória, a confiança nas visões de Alice e treinamento de Jasper e a imaturidade de Emmett e Rosalie comigo hoje.

...

— Eu realmente não imaginava que seria tão bom um banho de banheira assim. – disse baixo, afundando mais até a água cobrir o pescoço. – É incrível como essa água não esfria! E é tão... cheirosa!

— Ah querida, você tem que ver outros hotéis por ai, isso aqui é uma... favela comparada aos luxuosos hotéis ao redor do mundo. – Esme disse com um sorriso, erguendo a perna.

— Ter a eternidade para experimentar cada um deve ser maravilhoso! – comentei rindo, olhando para ela na outra banheira.

— E como. E o melhor de tudo; sou adulta mas não tenho rugas! Eu amo isso.

Nós rimos e então ficamos em silêncio. Peguei o copo de champanhe e tomei mais um gole, refletindo sobre o que tinha acabado de dizer. Ter a eternidade.

— Bella querida, você pode pensar em voz alta, só estamos nós duas. – Ela disse, me trazendo para a realidade. Soltei um riso fraco e olhei para baixo, para as espumas ao meu redor.

— Estava pensando sobre isso que acabei de falar. Ter a eternidade, não me preocupar com rugas, essas coisas...

— Ah, sim...

— Eu sei que parece maravilhoso, sei que é uma ideia romântica incrível de não envelhecer, de ter todo o tempo do mundo para... para aproveitar as coisas em todos os lugares. Poder viver até as viagens não serem apenas para o continente vizinho, mas ser normal fazer um bate volta na lua. --Finalmente olhei pra ela, perdendo o controle e falando sem parar. – Mas... e os contras? A sede por sangue, o fato de me olhar no espelho e ser sempre o mesmo rosto, o mesmo físico. E... e fazer amigos e observá-los morrendo. Observar meus pais morrendo e tendo que deixá-los antes de cuidar deles na velhice porque... porque não posso contar o que sou. Me tornar um dos “monstros” que meus pais me contavam como historinha de terror. Como posso?

Ela ficou calada, me observando. Eu aproveitei e continuei.

— Eu finalmente estou restabelecendo uma ligação com meu pai. Estamos... conversando e fazendo coisas juntos e ele é tão sozinho... Como posso deixá-lo sozinho? E minha mãe? Eu tenho você, Esme, e você me trata como uma filha assim como trata os outros. Mas... ela é minha mãe. Minha mãe doida, com a alma jovem, apaixonada por um cara meio doido também, apaixonada pelo mar, pelo sol.... Eu não vou poder mais estar ao lado dela para ouvi-la reclamar do Phill que deixou cueca no banheiro de novo, ou que comprou os ovos errados, e que não respeita a nova escolha vegetariana dela. Como... como vou viver sem a minha mãe? Vê-la ser feliz de longe e não... – não consegui continuar, pois o choro já me dominava.

— Oh querida... Eu sei que é difícil...

— Eu não estarei lá para compartilhar a felicidade com ela. A farei sofrer por achar que a única filha da dela, a filha calada, tímida, e confidente estará morta!

Esme estendeu a mão, segurando meu braço. Agarrei sua mão com força e continuei chorando, resmungando algumas coisas sobre deixar minha mãe.

— São escolhas, Bella. – começou a dizer, vendo que me acalmei mais. – São escolhas que têm lado positivo e negativo. Eu sei que não vai ser fácil escolher, e que qualquer um dos lados, ser humana ou vampira, deixará você agoniada da mesma forma. Mas você precisa rever o que é mais importante para você. Você quer ser humana por quanto tempo? Sabemos que a pressão dos Volturi sobre sua transformação a deixará induzida para escolher, mas... nós podemos lidar com isso. E, se precisar, nós vamos. Você sendo vampira ou humana não mudará o amor que sentimos por você.

Finalmente parei de chorar. Seguei os olhos com a toalha ao lado e voltei a encará-la, prestando atenção em suas palavras.

— É claro, nós queremos você conosco pra sempre. Eu vou até dizer uma coisa que deixará você mais motivada para se transformar. – sussurrou, como se fosse um segredo e com um sorriso brincalhão. – Você não vai ter mais cólicas.

Eu acabei gargalhando, como se fosse a piada mais engraçada do mundo. A forma como ela contou, o olhar, a situação no geral... deixou uma simples frase engraçada e deixou o ambiente mais leve.

— Ótimo, então me transforma agora! – eu falei, rindo. Ela riu comigo e serviu mais champanhe para nós duas.

— Mas... voltando a falar sério... Sei que se preocupa com seu pai sozinho, mas... acho que esta na hora de ele sabe sobre os lobos. Ouvi Bonnie e Jacob conversando, Billy sente uma vontade terrível de incluir o amigo nesse mundo sobrenatural, pois o aproximaria mais da reserva. Enquanto lutamos, seu pai estará com Billy contando “histórias da tribo” para melhor mantê-lo em segurança. Estava esperando conversar com você para saber se é viável ou não ele saber dos lobos. Já que de nós, vampiros, não pode saber.

Fiquei um pouco em silêncio, refletindo. Minha cabeça, ao mesmo tempo que clareava com as falas de Esme, embaralhava com os contras e a possível decisão. Tomei um pouco mais da champanhe e respirei fundo.

— Olha, vamos pensar nisso depois, que tal? – Atraiu minha atenção, virando-se na banheira. – não é hora para falarmos disso. Maaas...

— Ah não. – me afundei na banheira diante o sorriso malicioso dela.

— Você está bem disputada viu, mocinha? Pode me explicar o que foi aquilo no treinamento? O que está rolando entre você e Kate?

— Ai meu Deus... lá vem. – soltei um riso, fechando os olhos e sentindo minhas bochechas ardendo de vergonha.

— Mas isso não é tão importante assim, o assunto mais importante mesmo é...

— Não, o da Kate é mais importante.

— Damon Salvatore! Parece que aqueles olhos azuis substituíram rapidamente os verdes do Edward, hum? Ta rolando coisa que eu sei!

Acabamos por rir, mais uma vez. E o assunto ficou completamente leve, neutro e até engraçado. Conversar com Esme foi tão bom quanto conversar com Rose. Não tinha mais aqueles conflitos tortuosos sobre Edward, sobre Damon. Era uma conversa leve de mãe e filha falando de namoro, atração... Era uma conversa extremamente leve comparada ao que enfrentaríamos em poucas horas.

 

Ajeitei o laço do roupão que abria e parei na sacada do hotel. Não era uma vista tão bonita assim, era apenas uma rua comum, não dava para ver a cidade atrás, como em várias versões romantizadas exibidas por ai. Só se via mais prédio na frente; um comercial, outro hotel, e um mercado fechado.

Sentei-me na cadeira de balanço que havia ali e me encostei. Observei mais uma vez Esme procurando sua roupa na mala e então liguei para minha mãe.

— Bella! – Me saudou com grito, animada, assim que atendeu no quarto toque.

— oi mãe... – saudei, feliz. Mas então começou a subir o nó na garganta. – Tudo bom?

— Tudo ótimo! Já estava achando que tinha perdido minha filha, mas ela se lembrou da pessoa que a colocou no mundo. – Brincou.

— Desculpa, estava enrolada com a formatura, fim das aulas, e alguns conflitos amorosos. Onde você está? – Perguntei estranhando o barulho de música e pessoas conversando.

— Ah, estou na casa do Phill, é aniversário da tia dele e fizeram uma festa, a família veio do Brasil para comemorar aqui e essas músicas... são incríveis! Deveríamos ir para lá daqui uns meses, agora que acabou suas aulas. O que você acha? Mas temos que esperar lá ser verão, segundo Esmeralda, a prima dele, é a melhor época! Apesar de quente. Espera, você disse conflitos amorosos, pode me explicando moça.

Eu ri, enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. Era tão bom ouvi-la falando dessa forma, animada. Exatamente do jeito em que eu me lembrava. Sua empolgação com coisas simples, a facilidade de fazer planos em poucos segundos...

— Ah... – comecei, coçando o nariz. – Eu e Edward terminamos. Não... não estávamos muito bem e...

— Oh querida, e você está bem? É por isso que está com essa voz de choro? Quando terminaram? Já arrumou outro gatinho? Eu sabia que não daria certo ele voltar após a estupidez dele.

Eu ri, mais uma vez, de sua fala. Ela metralhou perguntas e eu sequer sabia qual responder primeiro.

— Não estou chorando por causa dele. Foi há alguns dias, está tudo bem. E... pode parecer estranho, mas até que tem sim outro “gatinho”.

— Uau! Essa ai “ta que ta” – falou algo em outra língua, provavelmente em português. Tentei não dar bola para isso e nem estranhar o que falou. – Qual nome dele? Como ele é?

— Hum... Damon, ele é bonito. Bonito até demais. – resmunguei o final mais baixo, tentando apagar da mente a imagem de Damon semi-nu se trocando.

— Huuuum, to gostando! Você precisa vir aqui me contar tudo isso. Poderíamos viajar para o Brasil! Tomar água de coco, curtir aquelas praias maravilhosas... E ai você me conta mais do garanhão.

Acabei chorando um pouco, imaginando a cena de nós duas curtindo, lado a lado. De voltar um pouco para o calor da Flórida – ou, no caso, no calor do Brasil – e falar de coisas humanas e banais.

— Minha filha, por que está chorando?

— É que estou com saudade... – falei fungando, secando o rosto. – Faz tanto tempo... acho que só queria estar com você um pouco.

— Então, faz assim, eu vou comprar sua passagem e semana que vem você vem pra cá! Pode ser?

Conversamos por mais alguns minutos, ela estava feliz e tagarela, falou mais de si do que ouviu de mim. Mas eu não me importava – pelo contrário, até preferia. Depois de desligar o telefone – falando que precisava voltar para a festa e amanhã nos falaríamos mais – fiquei na sacada, respirando o ar frio e úmido de Portland e olhando o céu coberto de nuvens.

Foram poucos minutos apreciando o momento até que algo começou a me incomodar, uma sensação extremamente ruim, que fazia meu sangue circular mais rápido, meu coração bater mais rápido e atrapalhar a respiração.

Estou sendo observada. Pensei. Olhei para baixo e não foi muito esforço para encontrar a fonte de toda inquietação.

Ela estava ali, parada ao lado da entrada do mercado, com um vestido escuro justo e salto alto. E seus cabelos enrolados voavam com o vento, como se fosse uma onda de fogo na sua cabeça. Ao seu lado, um homem com uma jaqueta de couro, com um olhar tão raivoso quanto o seu. Eles me encaravam com sede, com raiva...

Victoria.

Antes que eu conseguisse pensar em fazer algo, ela sorriu para mim, aquele sorriso homicida brilhante. E então, beijou as pontas dos dedos e a soprou, como se me enviasse um beijo. Menos de um segundo depois eles sumiram, como se nunca estivessem aparecido ali.

Demorei alguns segundos para me acalmar, controlar a respiração e tentar voltar ao normal. Quando entrei no quarto, decidi que não contaria a Esme o que vi. Apesar do perigo, sentia que não havia necessidade, e não queria estragar o clima calmo que logo se estabeleceu.

Quando fomos dormir, com as camas lado a lado. Me virei para o lado oposto e acabei repetindo aquela cena diversas vezes em minha mente. E, quando finalmente adormeci, tive pesadelo com aqueles dentes brilhantes dilacerando meu pescoço.

 

— Ei, você está cheirosa! Aproveitou a noite “mãe e filha?” – Damon perguntou assim que entrei na casa dos Cullen.

— É meio estranho vocês sempre comentarem do meu cheiro, sabia? – perguntei, colocando a bolsa ao lado da porta. – Vocês parecem cachorros.

—-Ou! – Jasper resmungou. – cachorro é aquele seu amigo peludo que está vidrado na bruxinha.

— Ele não fica comentando do meu cheiro, vocês sim. – revirei os olhos para ele. Ia fazer mais um comentário sobre isso quando vi Emmett e Rosalie descendo as escadas. Fechei a cara na hora e olhei os dois irritada.

— Sério que ainda está brava com isso? – Rose perguntou. – Você pode se vingar de mim, eu deixo.

Não respondi ela, continuei com a cara fechada e me virei para os outros. Procurei por Edward e as Denali, mas elas não estavam ali. Stefan e Elena estavam sentados no piano tocando alguma coisa simples.

— Cadê Edward? – perguntei para Alice que descia as escadas.

— Treinando com os Denali. Esme foi atrás de Carlisle?

Assenti, olhando pela porta de vidro e vendo que o carro de Esme não estava mais ali. Ela havia me deixado aqui e ido ver Carlisle no hospital. Ele estava “resolvendo as pendências” para sair hoje e irmos todo para a clareira, aguardar os recém-criados que viriam a noite.

— Damon. – o chamei, fazendo desviar o olhar de Stefan e Elena brincando amorosamente no piano. – me leva até a reserva? Gostaria de falar com Jacob...

— Virei seu motorista agora? – perguntou brincalhão, se levantando no sofá.

— Não quer? Tudo bem, chamo Edward. – dei de ombros e fui pegando o celular, até que logo ele sumiu da minha mão e Damon estava parado em minha frente.

— Tentando fazer ciume amor? Não rola não. – estalou a língua. Revirei os olhos e peguei meu celular. – Vamos com a moto do Jasper.

— Ou! Sua mãe não te deu educação não?

— Não, ela morreu antes. – disse para Jasper, mandando uma piscadela. Antes que eu perguntasse algo, ele saiu me arrastando para garagem. Ouvimos Jasper reclamando de alguma coisa sobre “educação” e “vitimismo”, mas pareceu irrelevante.

Ele me entregou o capacete vermelho de Alice e logo subiu na moto, sem. Até pensei em reclamar sobre segurança. Mas... ele é um vampiro. Acidente de moto no máximo vai machucá-lo.

— Se segura meu amor. Eu gosto de correr.

Disse enquanto o portão da garagem abria, depois, correu o máximo que podia. Senti que meu coração e estômago ficaram largados no chão da garagem enquanto ele partia.


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Notas finais do capítulo

Quem puder ajudar, por favor, ajude kkkkkk
Estarei aguardando ansiosamente. E por favor, não desistam de mim! kkkkk
Até... logo. Espero. Como tenho mais um capítulo pronto, sexta ou sábado eu posto, ok?
Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos