Neighbors or Lovers? escrita por RafaChase


Capítulo 30
Alegria Roubada


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Obg pelos últimos comentários.
Bjs



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POV Frederick:

Estava terminando de corrigir minhas provas, em meu escritório, quando ouvi uma gritaria vindo lá de baixo.

Que estranho... Por que Atena estava gritando? Na verdade, com quem ela estava gritando?

Decidi ir ver o que estava acontecendo.

Quando desci as escadas, a primeira pessoa que avistei foi uma garota loira chorando. Ao seu lado, estava Atena.

— Annabeth? - indaguei confuso.

Ao ouvir minhas palavras, a garota levantou o rosto e isso contribuiu para que minhas dúvidas fossem embora.

— Annabeth! - exclamei descendo as escadas mais rápido até chegar onde ela estava.

Quando fui abraça-la, ela recusou minha demonstração de afeto. Me encarava com raiva e assim também olhava para sua mãe:

— Eu odeio vocês! - ela gritou se afastando de onde estávamos.

— Por que você está dizendo isso? - perguntei levemente atordoado.

— Vocês nunca me deixam ser feliz! Não foi você quem disse que eu deveria seguir meu coração? - ela me perguntou num tom acusatório.

— Eu... Atena, o que está acontecendo aqui? Por que ela está chorando e como ela veio para casa? - questionei preocupado.

Atena ia se manifestar, mas Annabeth não deixou ela falar:

— Como se você não soubesse! Ela simplesmente me trouxe a força junto com a polícia! - ela gritou derramando mais lágrimas e saiu correndo rumo a seu quarto.

Depois daquela cena, olhei na direção de Atena, que tinha uma expressão de tédio em seu rosto.

— O que ela quis dizer com "ela me trouxe a força junto com a polícia"?

— Ah Frederick, ela está sendo dramática! Está exagerando, como sempre faz!

— Seja sincera: você foi até onde ela estava sem me avisar e ainda estava acompanhada da polícia? - perguntei com raiva.

Ela não parecia muito apta a responder a minha pergunta, o que só me deixou mais frustado.

— Você não vai responder?!

— Fui! Eu fui atrás da nossa filha! Tudo porque sei que se dependesse de você, ainda hoje não teríamos notícias dela!

— Muito sensato da sua parte! Você viu o que você fez? Do que adianta tomar atitudes se essas só te condenam? Annabeth te odeia agora!

— Isso é só uma fase! Vai passar... - ela falou despreocupada.

— Quem dera se fosse. Você se diz estrategista, mas não percebe que está perdendo a batalha... - bufei e a deixei falando sozinha.

Segui até o quarto de Annabeth. Chegando lá, bati levemente na porta.

— Vai embora! - pude escutar sua voz abafada vinda do cômodo.

— Filha, me deixe conversar com você. Eu juro que não sabia das ações de sua mãe!

Fiquei alguns minutos esperando, mas foi a toa. Ela não queria ouvir e muito menos abrir a porta.

Então, voltei para meu quarto. Porém, já sabia que esse seria só um dos muitos outros dias de melancolia que viriam.

POV Annabeth:

Me recusava a falar com qualquer pessoa daquela casa. Essa com certeza foi a pior coisa que minha mãe fez comigo.

Acho que nunca vou conseguir perdoá-la...

Ainda deitada em minha cama, não parava de pensar em tudo o que vivi com Percy. Quando nos conhecemos; as nossas brigas, os nossos beijos, as fugas e principalmente a casa do lago...

Céus, como eu o amo!

Agora, tudo que eu sinto é um vazio me preenchendo sempre que penso nele...

Esse pensamento só me deixou mais deprimida. O mundo estava contra mim, todos estavam contra mim!

— Eu odeio a minha vida! - gritei jogando tudo que estava na minha bancada no chão.

Livros voaram pelo quarto, maquiagens, perfumes, portas retratos...

Tudo ficou estilhaçado e quebrado, assim como meu coração.

Me deixei cair no tapete. Não me importava com a dor física, os cacos de vidro atravessando a minha pele. Nada era maior do que a dor que eu sentia dentro de mim.

Eu deveria ser forte. Mas eu quebrei.

[...]

Na manhã seguinte, acordei com alguém batendo em minha porta.

Ainda estava um pouco sonolenta, então respondi com a voz embargada:

— O que é? - gritei com raiva.

— Annabeth, eu liguei para a escola e eles avisaram que você deve ir hoje para realizar as provas finais.

— Eu não quero fazer prova nenhuma!

— Isso não é problema meu. Você tem que fazer essas provas hoje!

— Já disse que não vou!

— Annabeth, é tão difícil entender que eu só quero o seu bem? Se você não for, nunca vai receber o certificado de conclusão da escola!

— Não me importo mais com isso. - bufei afundando meu rosto no travesseiro.

— Te dou 5 minutos para ficar pronta! Estarei lá fora esperando. - ela respondeu e sua voz desapareceu do corredor.

Inferno!

Tomei um banho demorado de propósito. Meus braços estavam com alguns cortes, por conta do dia anterior, então, escolhi um blusa de manga comprida e uma calça jeans.

A contragosto, abri a porta do quarto, mas caso encontrasse qualquer um dos meus pais, não falaria com eles.

Depois que desci, fui direto para o maldito carro. Nem fiz questão de tomar café. Não estava com nem um pouco de fome.

Chegando lá, encontrei minha mãe com a maior cara de enfadada.

— Você está atrasada - ela falou olhando para seu relógio.

Dei de ombros e entrei no carro.

Durante a viagem, ela tentou puxar assunto, mas fiz questão de continuar calada.

Assim que chegamos na escola, pensei que ela ia me deixar sozinha, mas ela desceu comigo. Estranhei o fato, mas continuei andando.

Quando ia entrar na minha sala, ela segurou meu braço.

— Você não fará suas provas aí. Vai ficar numa sala separada.

Não aguentei mais ficar calada. Não depois do que ela havia dito.

— Qual o seu problema? - perguntei rindo. - Agora não vai me deixar ficar nem na minha sala de aula? Tudo por conta dele?

— Não quero você na companhia de más pessoas. - ela falou tranquilamente.

Bufei e fui até a diretoria, onde fui informada sobre as provas. Então, me direcionaram a uma sala.

Chegando lá, comecei a fazê-las. Mas, eu não estava com muita cabeça para aquilo. O que também não tinha importância, porque minhas médias já estavam bem altas.

O que eu realmente pensava era em meu futuro. Essas seriam as últimas provas que eu faria na escola.

Nem acredito que já iria para a universidade...

Porém, infelizmente, eu não estaria com as pessoas que eu gostaria de passar o resto da minha vida.

Seria amanhã. Prestei atenção quando minha mãe tagarelava com meu pai. Na quarta feira de tarde, nos mudaríamos para São Francisco.

Isso significava uma coisa: eu teria que dar um jeito de encontrar Percy uma última vez.


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Notas finais do capítulo

E aí? Será q ela vai conseguir?
Beijão e até o próximo!