The College C.R.U.E.L. escrita por Glads


Capítulo 2
Eu não sou qualquer garota.




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Jovens bebendo algo suspeito.

Minho beijando uma garota.

Música alta.

Minho beijando uma garota.

Casais se agarrando.

Minho beijando uma garota.

Eu esbarrando nas pessoas.

Minho beijando uma garota.

Como é que eles falam por aqui? Ah sim, que plong!

Por que mértila o Minho me deixou aqui sozinha? Só para beijar aquela ruiva falsa magricela?

— Sabe, eles vão perceber que você está encarando fixamente. – Kate apareceu do nada me puxando para um canto menos movimentado.

Eram tantos rostos desconhecidos ali que eu estava tonta, então foi um alívio quando fique bem perto, muito perto mesmo, da morena.

— Eu já falei, evite o Minho, por tudo o que é mais sagrado, o evite. – ela parecia fazer uma prece enquanto segurava meu ombro.

— E o Newt? – perguntei em um fio de voz.

— Minho mentiu. Ele não está aqui. – ela mordeu o lábio fuzilando algo atrás de mim.

Virei e encontrei o asiático com um sorriso ridículo.

Quem ele pensa que é para brincar com os sentimentos de alguém, ainda mais da melhor amiga?

Peguei na cintura da menina e apertei levemente, na intenção de fazê-la voltar a me encarar.

Deu certo, até a parte que um sotaque carregado surgiu:

— Ahn. Oi Kate. Não sabia que tinha uma namorada.

Olhamos para o lado e juntas arregalamos os olhos e nos soltamos.

Completamente corada analisei um garoto levemente musculoso, de cabelos loiros e olhos claros, um verdadeiro príncipe, não por sua beleza, mas sim pela sua visível educação.

A situação não pode piorar, pensei.

— Prazer, eu sou Newt. – se apresentou estendendo a mão e me analisando como se eu fosse seu inimigo mortal.

Piorou, notei.

Poderia ser qualquer garoto, mas tinha que ser justo o Newt.

Olhei para Kate e ela nem sequer piscava.

Sua respiração estava acelerada e minha amiga não tinha condição alguma de falar.

Respirei fundo, tomei coragem e falei:

— Prazer, sou a Karine e não namoro a Kate. – apertei sua mão – Não somos lésbicas.

Ele riu aliviado, mas em seguida corou envergonhado.

— Ai meu Deus, que vergonha! – falou em uma voz maravilhosa – É que vocês estavam tão perto que eu... Meu Deus, sou um grande idiota.

Ele mexeu no cabelo que imaginei ser sedoso e com um sorriso tranquilo olhou para Kate.

— Desculpa, Kay. – pediu – Eu sou um grande idiota. Como você está?

Ela simplesmente ficou parada olhando para o nada.

— Ela deve está em estado de choque. – observei tentando disfarçar – A saudade sempre faz isso com ela.

Ele me encarou assustado.

— Então você a conhece desde quando? São amigas?

Dessa vez os olhos de Kate voaram até meu rosto em expectativa.

— Então... – murmurei mordendo o lábio.

— Se não é meu melhor amigo... – a voz de Minho preencheu o canto daquela casa com cheiro de desodorante, hormônio e desespero adolescente.

— Minho, seu monte de plong. – os dois se abraçaram – Senti sua falta, cara.

O recém-chegado abriu um sorriso bonito para mim.

— Vejo que conheceu a Karine e que ela fala com você. – enfatizou.

— Sim, sim. – Newt franziu o cenho – Espera. Ela não fala com você?

— Digamos que eu o ache um idiota. – murmurei.

— Nossa. A primeira vez que ouço a voz dela e ela diz que eu sou um idiota. – o asiático revira os olhos.

— Talvez seja porque você é um. – o loiro bateu no ombro de Minho.

— Talvez. – ele concordou – Mas as garotas me amam.

Ele alargou o sorriso para mim. Não, para algo atrás de mim. Virei e encontrei duas garotas, uma negra com o cabelo mais lindo que já vi e uma de cabelo liso e castanho.

Indignada bufei e voltei o rosto para os garotos.

— Então, acho que depois desse tempão sem a gente vê você, a Kate merece um abraço. – bateu na costa do amigo.

Envergonhado, o menino se aproximou da minha amiga ainda parada e a abraçou meio sem jeito.

— Agora que fiz meu trabalho, mereço uma recompensa. – Minho acenou para as meninas atrás de mim – Vou indo.

Acompanhei seus passos até as garotas e logo eles começaram a lançar sorrisos um para o outro.

— Ele nunca muda. – Newt me tirou de devaneios – Então, vocês querem ir lá fora?

Assenti segurando a mão de Kate.

Assim que ele se virou, dei um leve tapa no rosto dela e sussurrei:

— Aja naturalmente.

Ela assentiu e murmurou:

— Não sei por que ele tem esse efeito sobre mim.

— Porque você é apaixonada por ele. – retruquei desviando de um garoto.

— Tá tão na cara assim?

— É como se tivesse luzes neons na sua testa e na dele.

Ela parou por um momento.

— Na dele?

— Com certeza. – afirmei sorrindo – Vocês dois estão apaixonados um pelo outro e agora você vai lá e dirá que tive que ir ao banheiro.

Ela sorriu de um jeito esperançoso e saiu, possivelmente em direção ao jardim.

Surpresa notei que eu falei mais vezes aqui do que toda a minha vida na antiga escola. De alguma forma, me sentia feliz e ainda tinha ganhado uma amiga.

Sim, eu já considerava Kate minha amiga, como se já a conhecesse há muito tempo.

Para não ficar no meio do caminho de ninguém, resolvi procurar a cozinha para beber água e fugir do som alto.

— Ah. Oi. – um garoto alto, loiro de cabelo raspado falou sorrindo de um jeito assustador para mim – Você deve ser Karina, amiga do Minho.

Revirei os olhos. Odeio quando erram meu nome.

— Sou a Karine e não sou amiga dele.

O rapaz gargalhou pegando alguns copos no armário branco da cozinha e os colocando em cima de um balcão de mármore.

— Então é você mesma. Do jeito que Minho descreveu. – ele começou a fazer uma mistura esquisita – Linda, loira, teimosa, mas tem algo que não se encaixa, você está falando.

Meu coração acelerou sem motivo e finalmente entendi a sensação de se ter borboletas no estômago.

Eu sou linda? Minho falou de mim para outra pessoa?

Percebi que o garoto me olhava em expectativa.

— E-eu... Olha, eu falo, só sou muito tímida. – expliquei me forçando a não perguntar o que mais Minho tinha falado – Ainda não vi motivo para falar com aquele idiota.

— E viu motivo para falar comigo? – arqueou a sobrancelha.

Um casal entrou de repente se agarrando.

— Aris, Rachel, vão se agarrar em outro lugar. – o menino falou fazendo careta.

O casal parou, riu e em seguida saiu, ainda se agarrando.

— Quando quis dá essa festa, era para ser algo íntimo. – ele parou de mexer os copos e provou aquela bebida estranha.

— A casa é sua? – me sentei em um dos bancos próximo a bancada.

— Não. Da minha futura madrasta. – ele explicou.

— É uma casa bonita ahnnn... – tentei lembrar o nome dele.

— Desculpa, não me apresentei. Gally. Meu nome é Gally. – estendeu a mão.

Assenti sorrindo.

— É um prazer.

Ele abriu um sorriso conquistador e puxou minha mão a beijando.

— O prazer realmente é todo meu.

— Não posso sair um segundo que você já fica dando em cima de outra garota, Gally. – uma terceira voz surgiu da entrada – Esse pessoal não para de aumentar o som.

— Ah. Você sabe que não pensei que ia atingir essas proporções. – Gally deu de ombros.

A menina se aproximou do loiro e o beijou brevemente.

— Nem eu. – ela olhou para mim e sorriu – Oi.

— Oi. – respondi.

— Então, Gally? Quantas garotas você paquerou enquanto eu saí? – ela se apoiou no menino alto enquanto ele tomava aquele troço.

— Só a Karine, porque vi você atrás da porta e quis te fazer ciúmes. Sabe que eu não sou o tipo que fica beijando a mão das meninas por aí.

— Sei, vou fingir que acredito. – disse numa voz firme sorrindo.

Claramente envergonhada estava pronta para sair dali, mas a garota disse:

— Pelo amor de Deus. Gally, você tem que me apresentar para a menina! – ela bateu na própria testa – Eu tenho que te lembrar de tudo.

Ele deixou o copo pela metade em cima da mesa, deu um selinho na namorada e falou:

— Brenda essa é a Karine, a menina que tá hospedada na casa do Minho. Karine, essa é a Brenda, filha da minha madrasta.

Arregalei os olhos.

— Vocês se beijaram! – balancei a cabeça de um lado para o outro – Não são irmãos?

— Tecnicamente não. – Gally riu da minha careta.

— Viu? É isso tipo de reação que nossos pais vão ter... – Brenda balançou a cabeça.

— Vocês são irmãos? – perguntei lembrando quando o beijo deles aprofundou brevemente.

— Relaxa. – o loiro levantou as mãos – Aqui, bebe alguma coisa.

Ele me estendeu o copo com aquela coisa.

Até cogitei recusar, mas não seria legal de minha parte.

— Não se preocupa. É sem álcool. – garantiu.

Com um voto de confiança peguei o copo e sem sentir seu cheio forte, coloquei na boca.

— QUE PLONG É ESSE? – perguntei colocando para fora o mais rápido possível aquele líquido suspeito.

— Receita do Gally. – Brenda falou enquanto buscava um copo limpo e o enchia de água.

— Eu disse, você chega na cidade, bebe esse troço e pronto, é como se tivesse nascido aqui, já até sabe as gírias. – ele explicou olhando diretamente para o corpo da irmã/namorada.

— Tome. – Brenda me estendeu um copo de água cheio – Escute, não somos irmãos. Namoramos faz um ano e alguns meses, mas até então nossos pais não sabiam. Na noite que íamos contar, eles vieram dizendo que iam se casar em seis meses.

— Aqui estamos nós. – Gally sorriu desanimado – Faltam quatro meses para o fim das aulas e quatro meses e meio para nos tornamos irmãos.

Os olhei condolente.

— Vocês acham que eles vão permitir o namoro de vocês?

— Não. – disseram juntos.

Como uma sonhadora romântica, precisei dizer:

— Só não desistam. Se vocês se amam, não desistam.

— Se o Thomas não atrapalhar, eu não desisto. – Gally murmurou aparentemente chateado.

— Eu já falei, o Thomas é meu melhor amigo e pronto. Faz anos que deixei de gostar dele!

— Mas seu primeiro beijo foi com ele! – olhou para ela magoado – E eu já gostava de você!

— Eu não posso mudar meu primeiro beijo, entenda isso. – ela falou – Você acha que se eu não gostasse de você, estaria aqui falando para uma quase desconhecida sobre nosso problema?

Ele passou a mão na cabeça e bufou.

— Desculpa. – pediu – Já temos problemas o suficiente.

Ela pegou no rosto dele e ficou na ponta de pé para alcançar seu rosto.

— Sim, já temos. – deu um selinho nele – Mas podemos esquecer por uns segundos.

— Que tal minutos? – sugeriu ele sorrindo e a beijando rapidamente.

— Por que não horas? – questionou ela encostando seus lábios.

Obviamente entendi que deveria dá um pouco de privacidade aos dois e saí dali.

A música parecia aumentar a cada segundo e o número de pessoas também.

Vi um lugar vago no sofá, entre dois casais – um conversava animadamente e outro se agarrava euforicamente – e sem opção fui para lá.

Olhei para o teto, analisei cada pessoa, vi quebrarem um vaso aparentemente caro, notei o casal que antes conversava começar a se agarrar e o outro sair dali.

De repente vejo uma criança.

Sim, uma criança.

Ela me viu, sorriu e acenou.

Virei para trás na intenção de ter certeza que era para mim e me arrependi ao notar que encostado na parede Minho parecia praticamente engoli uma outra garota – não era ruiva magricela, nem a negra espetacular, muito menos a de cabelo castanho.

Ele não cansa?, me perguntei.

Como não tinha ninguém para a criança acenar tive certeza que era comigo.

Sorri e retribuí o aceno.

Logo o menino, bem vestido com uma camisa azul, calça jeans e tênis impecáveis, veio em minha direção e se sentou do meu lado falando:

— Você deve ser Karine, minha nova vizinha.

— Sou eu, mas não sei se é meu vizinho.

Os habitantes da Clareira falam tanto que acabaram me incentivando a socializar. Mamãe vai ficar orgulhosa, pensei alegre por está conseguindo me sair bem.

— Era você que Minho e Kate estavam puxando em frente a um carro?

— Sim.

— Sou mesmo seu vizinho. Vi toda a confusão do meu quarto. Moro ao lado da casa em reforma.

— A casa vai ser minha. – expliquei.

— Eu disse. – ele sorriu – Sou seu vizinho.

Observei seu rosto rechonchudo e seu cabelo encaracolado.

— Você é muito bonito. – soltei.

— Ah. É, todas vocês meninas falam isso, pena que não existe um interesse verdadeiro em mim a não ser apertar minha bochechas. – ele soprou seu cabelo para longe do rosto.

Contive uma risada.

— Hey. Não é verdade. Tenho certeza que deve ter alguma menina afim de você, na sua escola. – afirmei.

— Eu estudo no C.R.U.E.L.! – ele olhou para mim chateado.

— Ahn? Cruel? – perguntei.

— The College Charles Rodolph Uriah Evan Livan. É a sigla do nome. Você provavelmente vai prá lá. É a única escola, a não ser que seja educada em casa.

— Eu vou prá lá, minha mãe me matriculou. – franzi o cenho – College? Faculdade?

Não deveria ser High School (Ensino Médio)?

— Também podemos usar o termo “College” para o conjunto todo, educação infantil, ensino médio...

O garoto parecia muito inteligente.

— Qual seu nome? – me dei conta de que ainda não sabia.

— Oi Chuck. – um grupo de três meninas pararam na nossa frente como se adivinhassem minha pergunta.

— Harriet, Sonya, Teresa, olá! – ele piscou tentando parecer mais velho.

As meninas riram.

— Você viu o Tom? – a morena de olhos azuis com um vestido vermelho, provavelmente Teresa, perguntou.

— Na verdade não. Cheguei faz pouco tempo. – ele pareceu triste.

Elas se despediram de Chuck e ele voltou a me encarar.

— Mas então, como você consegue convites para a festa de alunos do último ano do C.R.U.E.L.? – questionei.

— Eu sou do último ano. – ele me olhou confuso.

— Ah, qual é? Pode falar. – disse puxando o meu short jeans para baixo.

— É sério. – Chuck riu.

 – Como assim? – percebi que o menino falava sério.

Ele bufou como se tivesse que explicar isso pela milésima vez.

— Sou superdotado.

Então tudo fez sentindo.

— Quantos anos você tem?

— 13 anos. – estufou o peito – Quase 14.

— Achei que tivesse 15! – falei tentando animá-lo.

— Sério?

Voltei atrás.

— Não. Mas olha, você já tem o rosto de um menino de 14 anos. – eu afirmei séria.

Ele pareceu ficar contente com isso.

— KARINEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! – uma voz reverberou pelo lugar.

Virei ao mesmo tempo que todas as cabeças ali presente.

Levantei junto com Chuck e encontrei Minho bufando descendo as escadas passando a mão no cabelo.

Olhei mais para o topo da escada e encontrei uma menina descabelada com um rosto confuso.

O asiático gritou mais uma vez e finalmente seu olhar encontrou o meu.

Com passadas largas ele saiu empurrando algumas pessoas que agora me encaravam, até chegar a minha frente e totalmente louco, puxar minha cintura com uma mão colando nossos corpos e com a outra segurar meu rosto sem cautela alguma.

Meu coração acelerou e meus poros se eriçaram ao sentir a respiração de Minho contra meu lábio. Ele se aproximou mais e finalmente, quando a razão retornou a minha mente o empurrei um pouco.

Ele não se intimidou e voltou a se aproximar.

— Hey. – o empurrei de leve sabendo que outras pessoas ainda nos encaravam.

Minho segurou meu queixo e puxou meu rosto, aumentando nosso contato. Por um segundo, quase cedi, mas lembrei de todo o tempo que esperei, não podia perder o bv assim.

Sim, eu ainda era bv. Eu tinha – e ainda tenho – a certeza de que estava fazendo o certo ao guardar meu primeiro beijo a alguém que realmente seja especial e tenha meu amor. Não queria me lamentar como Gally e Brenda.

Com um pouco mais de força o afastei o suficiente para respirar e fechar os lábios, que só ali notei está semiaberto.

— O que foi? – ele murmurou irritado olhando fixamente minha boca.

— Eu não quero beijar você. – tentei tirar sua mão da minha cintura antes que eu voltasse atrás e acabasse atacando o garoto a minha frente.

Desde quando os braços deles foram tão fortes?

Ele riu seco e apertou ainda mais a mão em minha cintura.

— Todas querem me beijar.

Olhei para sua mão e tentei tirá-la dali.

— Tá doendo, Minho. – reclamei – Me solta, por favor.

— Não. – ele puxou meu rosto – Me beija.

Olhei para ele incrédula e com repulsa.

A essa altura eu deveria ser vigésima garota que ele queria beijar na noite.

— NÃO. – o empurrei mais forte – Eu não vou te beijar!

Percebi algumas pessoas rirem.

— Agora você fala. Não é Trolha? – ele me olhou como se eu fosse um objeto.

Minho tentou me puxar novamente.

— Você pode parar de pegar em mim?

— Me beije logo e deixa minha mente em paz! – ele pareceu implorar.

— EU NÃO VOU TE BEIJAR. – disse mais uma vez.

Mais risadas.

Olhei para um lado e vi Newt e Kate nos olhando confusos. Logo atrás estavam Gally e Brenda tentando entender o ocorrido.

— ASSUMA LOGO QUE QUER ME BEIJAR COMO TODAS AS GAROTAS! – sua voz soou grossa e ele segurou meu pulso o apertando.

De alguma forma soltei meu pulso da sua mão, dei um passo a frente e quando nossos rostos ficaram próximos, segurei a gola da sua camisa.

Ele sorriu esperando que me entregasse.

Sem fechar os olhos, deixei que meus lábios roçassem no dele me causando arrepios e falei:

— Eu sinto nojo de você.

Afastei meu rosto na hora.

A primeira vez que meu lábio encosta em um garoto e ele é um idiota. Ah! Pelo menos não o beijei e ele vai aprender a respeitar uma garota.

Dessa vez não houve risos, apenas um silêncio terrível e algumas exclamações surpresas.

— O que disse? – ele me olhou sem acreditar.

— Eu não sou qualquer garota, Minho. E nenhuma das meninas que beijou são vadias, como as trata. – o encarei fixamente com raiva crescendo dentro do peito – A maioria só quer se divertir ou ganhar experiência, mas, nenhuma, nenhuma delas gosta de verdade de você. Quando amar alguém, você vai sofrer como nunca, porque não resolveu ser alguém decente, porque resolveu tratar todas as garotas como se devessem algo a você, como se fossem meretrizes. Nenhuma, nenhuma de nós somos, Minho, então para de agir como se fôssemos.

Ele piscou, uma, duas, três vezes.

De repente a ruiva magricela, que só então notei está próximo ao sofá, começou a aplaudir.

Assustada vi todas as meninas aplaudirem como se concordassem comigo.

Minho olhou para o público ansioso por mais coisas para fofocar e depois para mim.

Ele puxou meus pulsos e os apertou dizendo baixo, mas em bom som:

— Você vai se arrepender como nunca se arrependeu em toda a sua vida.

[...]


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