The College C.R.U.E.L. escrita por Glads


Capítulo 15
Amor e Sangue




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— Gente! Eu tô gritando! – Brenda falou – Isso é mesmo real?

— Quer que eu te belisque para saber se é sonho? – Teresa se ofereceu.

— Vocês se amam. – revirei os olhos.

— Minho se declarou para você e a Kate vai pedir o Newt em namoro hoje! Você tem noção da emoção que eu sinto? – Brenda parecia estupidamente feliz enquanto andávamos nos corredores da escola – Só falta Thomas e Teresa começarem um relacionamento sério e poderemos sair em grupo para os encontros.

— Nós quase sempre saímos em grupo, Brenda. – Teresa disse – Principalmente depois que Minho pediu perdão de todos nós.

— Que bicho será que mordeu ele? Nunca o vi ferir o próprio orgulho.

— Ah, querida Brenda... Nós sabemos que o bicho tem nome e sobrenome: Karine Cooper.

Ri nervosa vendo Noah se aproximar.

— Ei, meninas. Tudo bem? – ele perguntou.

As meninas responderam, mas ele só olhava para mim.

— Podemos conversar? – perguntou.

Sem muita escolha assenti dizendo:

— Tem que ser rápido, não quero perder o pedido de namoro da Kate para o Newt, vai ser agora no intervalo.

— Ah sim, claro. – ele murmurou – O engraçado é que todo mundo sabe, menos ele.

Assenti o acompanhando até a frente de seu armário.

— Agora que Minho pediu perdão de todos nós queria saber se ainda tenho alguma chance.

— Ah. – o encarei sem jeito.

— Olha, só não me iluda e tudo vai ficar bem. – ele disse.

Noah estava tentando desde que chegou me conquistar e confesso, eu nutria algo por ele.

— Sim, você tem chance. – resolvi falar.

Animado, ele me abraçou fortemente plantou um beijo em meu ombro.

— Isso é tão aliviante.

Sorri.

— Vamos vê finalmente Kawt se realizar? – Noah sugeriu usando a união dos nomes Kate e Newt.

Concordei e juntos fomos até o refeitório onde vários alunos seguravam corações vermelhos, daqueles bem bregas.

Minho ajudava Kate a ligar uma caixa de som onde ela se declararia publicamente.

Segundo ela, organizar tudo assim contribuiria para que ela não amarelasse, o que é bem irônico já que minha amiga é completamente tímida.

Brenda e Teresa já estavam sentadas observando tudo e Gally e Thomas as acompanhavam babando por suas parceiras.

— Vamos sentar com o pessoal. Certo? – perguntei.

— Sim, sim, vamos. – Noah segurou minha cintura e me levou até a mesa.

Minho observou aquilo e sorriu triste para mim. Ele também estava se esforçando para ser legal, mas eu tinha medo de confiar.

Mirella e suas amigas estavam afastadas de todos ignorando tudo o que ali acontecia.

Assim que nos sentamos, Gally gritou bem alto:

— ELE TÁ VINDO!

— Chuck ficou de distraí-lo. – Thomas cochichou para que eu entendesse.

Todos se calaram e Kate olhou diretamente para mim buscando apoio.

Sorri para ela e ela engoliu em seco nervosa.

Newt abriu as portas do refeitório falando para Chuck:

— Eu amo a Kate mais que...

Foi quando ele notou o silêncio no refeitório e virou para nós de olhos arregalados até parar exclusivamente em Kate.

— Oi? – ela falou sem graça no microfone.

— Oi. – ele sussurrou.

— Ahn... Eu vou ser direta porque estou começando a ficar muito, muito envergonhada. – ela riu acanhada e encarou Newt de um jeito único – Você quer namorar comigo, Newt?

Ninguém falava nada, a não ser Mirella que continuava ignorando a todos nós.

Minho estava agachado próximo à caixa de som parecendo muito ansioso.

— Eu... Eu... – Newt tentou formular – Eu que tinha de fazer o pedido!

Todos rimos.

— Aceita logo, Cara de Mértila. – Minho gritou.

— ACEITA! ACEITA! ACEITA! ACEITA! – todos começaram a gritar.

Newt andou até Kate no meio do espaço e vi minha amiga sorri insegura.

— Desculpa, eu não devia... – ela começou a falar, mas foi interrompida pelo garoto de sotaque carregada a puxando para um beijo apaixonado.

Todos vibraram jogando os balões em forma de coração para o alto.

Eu pude vê o quanto meus amigos ansiaram por se beijarem só pela forma terna e tranquila que o fizeram.

Eles sussurram coisas um para o outro, Newt pegou o microfone e um tanto sem graça disse:

— Eu aceito.

Aplaudimos, inclusive a diretora Ava Paige que estava ali observando tudo, afinal para organizarmos isso foi preciso a autorização dela.

Newt estendeu a mão para Kate e envergonhados os dois passaram pelas mesas ouvindo nossos gritos animados.

Não sei o motivo, mas olhei para Minho ainda na caixa de som e ele sorriu para mim quase do mesmo jeito que Newt sorri para Kate.

Retribui sentindo meu coração acelerar.

Noah me abraçou de lado e quando encontrei seus olhos azuis senti meu coração acalmar.

***

— Oi Chuck. – disse batendo no ombro do garoto enquanto o mesmo fechava o seu armário.

— Oi. – ele murmurou sem graça.

— Você sabe que tudo o que houve no baile não foi culpa sua. Não é? – perguntei cruzando os braços.

— Claro que não.

— Ah, qual é? Você tá me evitando desde aquele dia. – disse batendo no seu ombro de lado.

Chuck corou.

— Desculpa, não devia ter te deixado sozinha no baile.

— Não ia mudar nada se você tivesse ficado. – garanti.

Ele assentiu a contragosto.

— Preciso da sua ajuda. – sussurrei verificando se tinha alguém prestando atenção na nossa conversa.

— O que foi? – ele franziu os cenhos.

— O tipo sanguíneo do Minho não bate com o dos pais dele. – murmurei.

Chuck abriu um sorriso.

— Isso é impossível. Você já olhou na internet alguma tabela?

— Sim. E todos os sites disseram que pais com sangue O+ e B+ não podem ter um filho AB+.

— O que você quer dizer? – Chuck olhou para mim.

— Eu vi Minho perguntando da mãe dele porque o tipo sanguíneo não batia, ela ficou muito nervosa e disse que deve ter se confundido.

— Talvez pode ter sido isso mesmo. – o garoto rechonchudo argumentou.

— Eu pensei isso, até Minho fazer um teste para o nosso trabalho e o sangue dele ser AB+.

— Ok, isso tá estranho. – Chuck fechou a mão ao redor de mim e saiu me puxando até a sala de geografia vazia.

Por sorte, não havia quase mais ninguém na escola.

— E se a mãe dele se confundiu com o tipo sanguíneo dela ou do pai do Minho? – foi a primeira coisa que ele disse quando fechou a porta da sala.

— Então por que ela ficaria nervosa?

— Você acha que... – tentou formular.

— Não sei. – o interrompi – Mas tomei uma decisão.

— O quê?

— Eu vou falar com a titia. – confessei.

— Não! Se ela tem um segredo, deve ter um motivo.

— O Minho merece saber! O coitado nem desconfia.

— É por ele que está fazendo isso. Certo? – Chuck argumentou – Eu sei que gosta dele, mas não force um assunto que não diz respeito a você.

— Eu tenho que fazer isso. – disse.

— Você que decide, mas saiba que está mexendo em algo muito delicado.

— Você sabe de alguma coisa, Chuck? – perguntei.

— Não, eu não sei de nada a não ser que isso pode ter consequências graves.

Seu tom de aviso me arrepiou até que ele começou a gargalhar.

— Você tinha que vê a sua cara! – disse entre risos – Mas sério, tome cuidado.

— Vou tomar. – garanti sabendo que aquela história seria desvendada por mim hoje.

[...]


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