The College C.R.U.E.L. escrita por Glads


Capítulo 13
Coração




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/720643/chapter/13

— Droga! Droga! DROGA! – Brenda falou andando por seu quarto.

— Vocês não podem simplesmente contar para seus pais? – Kate perguntou cruzando as pernas no puff do quarto da nossa amiga.

— E acabar com a felicidade deles? NOSSOS PAIS SE AMAM! – ela argumentou.

— Mas colocar a felicidade de vocês em risco, pode? – Teresa falou pela primeira vez – Ainda por cima a minha e de Thomas.

— O que vocês têm a ver com isso? – perguntei confusa.

— O Tom não para de falar em como está preocupado com a Brenda. – Teresa olhou para Brenda – Ele com certeza vai querer lutar por você se tiver chance.

— Pelo amor de Deus! – Brenda bateu na própria testa – Esqueça o que viu! Aquele beijo foi por causa do calor do momento e já fazem anos. Nós realmente somos só amigos.

— O foco aqui é você e Gally. – Kate tentou mudar de assunto – O que pretendem fazer? Fingir que nunca namoraram e se tratarem como irmãos?

— Nós terminamos no baile. – ela confessou.

— Como assim? – a encarei incrédula – Já faz duas semanas daquele plong de dia e eu já vi vocês se beijando por aí!

— A gente está tentando terminar. – ela remendou.

Kate riu e disse:

— Se vocês dois se amam, não vai adiantar. De um jeito ou de outro ficarão unidos.

Aquela frase me causou calafrios.

— Falou a garota que gosta há anos do mesmo menino e nunca tomou coragem para dizer. – Teresa murmurou um tanto emburrada.

Peguei uma almofada ao meu lado e joguei na minha amiga.

— Não seja vaca, Teresa.

— Não. – Kate levantou a mão – Ela tem razão, preciso fazer alguma coisa.

Até Brenda parou de andar e arregalou os olhos.

— O que quer dizer com isso? – perguntou.

— Eu... Bom... – Kate corou – Vou pedir o Newt em namoro, na frente de toda a escola para não amarelar.

— O QUÊ? – todas a olhamos animadas.

— Só estava esperando essa confusão com o Minho passar, abalou muito a gente.

— O que aconteceu no baile? – resolvi perguntar – Não você batendo no Minho... Depois. O que aconteceu quando Newt te deixou em casa?

Ela tinha negado falar qualquer coisa sobre o assunto quando perguntamos, mas talvez agora decidisse contar de uma vez por todas.

— Você conta o que Noah anda querendo com você e eu falo o que aconteceu.

— Ok. – levantei as mãos para o alto – Mas você começa.

— Nada aconteceu. Foi completamente frustrante. – ela sussurrou.

— O quê? – Teresa se atreveu a perguntar.

— NADA. Ele apenas beijou meu rosto e foi embora porque o mértila do Minho deixou a gente mal para caramba! – Kate disse alto.

Todas ficamos caladas até, novamente Teresa soltar:

— Sempre soube que Minho era um mértila.

Engoli em seco.

Falar com ele ou dele ainda é difícil.

— Agora é você, Karine. – Brenda disse.

Suspirei.

— Noah está tentando me conquistar. – falei.

— Disso, já sabemos. Qualquer um percebe. – Kate disse – Queremos saber se ele está conseguindo.

Corei.

— Mais ou menos. Está complicado. – expliquei.

— Porque você está apaixonada pelo Minho. – Brenda concluiu.

— Ahn... O quê? De onde tiraram isso? – me fiz de desentendida.

O alarme no meu celular tocou.

— Ah. Tenho que ir. – disse me levantando agradecendo a Deus por me tirar dali.

— Pra onde? – Kate questionou.

— Trabalho de Biologia. – disse indo em direção à porta do quarto – Avise sua mãe que eu amei o bolo, Brenda.

Mesmo depois de fechar a porta do quarto, pude ouvir Teresa:

— Vocês apostam quanto que ela vai ficar com Minho?

— Ela não é doida. Ele feriu a todos nós, principalmente a ela. – Kate me defendeu.

Suspirei e fui embora de uma vez por todas.

***

— Qual seu tipo sanguíneo? – perguntei pela vigésima vez seguida.

Minho se encontrava ao meu lado no sofá da sua casa de olhos fechados com os braços cruzados.

Revirei os olhos.

Ele estava acordado, eu sabia. Não fazia nem cinco minutos que ele tinha aberto a porta da sua casa para mim.

Sim, infelizmente a nossa professora acha necessário passar trabalhos constantes na aula que sou dupla do asiático.

— Plong. Eu vou embora. – me levantei fechando meu caderno.

— Ei. E o trabalho? – ele finalmente abriu os olhos e me encarou confuso.

— Você não quer se dá ao trabalho de responder. – acusei – Não tenho o que fazer aqui, ainda mais quando sua mãe e sua avó não estão.

— Se sente. – ele ordenou.

— Eu vou para casa, preciso me deitar. – murmurei sabendo que já era quase hora do jantar.

— O quarto de hóspedes tem seu cheiro. – ele falou do nada.

Virei irritada.

— Desculpe, mas não posso fazer nada se sou cheirosa.

Ele se levantou, riu de canto e parou bem na minha frente.

— Por que essa raiva, Karine? Foi só uma observação. – ele deu de ombros.

— Pare com isso. – eu pedi fechando os olhos.

— Com o quê? – ele tocou meu ombro e me afastei na hora.

— De me irritar! Apenas diga o seu tipo sanguíneo e o do seus pais para que eu possa ir embora.

— O que você fez? – ele perguntou me analisando.

— Ahn? Nada! Você não me diz as drogas dos tipos sanguíneos que precisamos!

— Por que eu não consigo beijar mais ninguém? – ele perguntou de repente.

— Oh. – me surpreendi ao notar que o que andavam dizendo na escola era verdade.

— Sério. O que você fez? – ele deu um passo à frente.

— Nada. Agora você pode me ajudar a fazer o nosso trabalho? – perguntei segurando o caderno contra mim.

Ele suspirou e voltou a se sentar.

— Sim, mas sente-se primeiro. – pediu.

Revirei os olhos dizendo para mim mesma que aquilo era necessário para que eu pudesse ir embora logo.

Veja bem, eu estava apaixonada por Minho e pela minha dignidade ficava longe dele a todo custo por saber o quanto meu coração é idiota.

Depois de sentar, abri o caderno, peguei o lápis em cima da mesa de centro e olhei para o asiático em expectativa.

— Sou AB+.

Assenti e anotei na tabela que a professora pediu.

— Seus pais? – perguntei.

— O papai era tipo O+ e a mamãe é B.

Franzi o cenho e o encarei.

— Tem certeza?

— Sim. Por quê?

— É impossível pais com tipos O e B terem um filho tipo AB. – informei.

— Como assim? Droga. Tenho quase certeza que são esses, mas tudo bem, depois eu falo com a mamãe.

Concordei.

— Então ok. Vou indo. – me levantei.

— O quê? Não! Fique. – pediu.

— Para quê? – perguntei nervosa – Você quer dá um jeito de fazerem um novo apelidinho para mim? Pode deixar que o resto do trabalho eu faço sozinha.

Todos na escola ainda continuavam me chamando de Karine Beijinho.

— Eu... – ele bateu na própria testa – O que rola entre você e o Noah?

Fechei meu caderno, deixei o lápis do asiático em cima da mesa de centro.

— Minho, de verdade, isso não é da sua conta. – falei em um tom normal – Boa noite.

Ele se levantou parecendo querer dizer algo, mas optou ficar calado.

Sentindo uma imensa frustração abri a porta da casa e saí tendo o cuidado de trancá-la.

Dei exatos sete passos, antes da porta da casa ser aberta bruscamente e um Minho com muito medo dizer:

— Eu não vou cometer o mesmo erro, Karine.

Só tive tempo de o ver vindo até mim.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The College C.R.U.E.L." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.