The College C.R.U.E.L. escrita por Glads


Capítulo 12
Confusão




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— Aonde você vai? – Minho cruzou os braços próximos a porta aberta do meu quarto.

— Não te interessa. – murmurei calçando uma sapatilha vermelha.

— Você não devia está arrumando as suas malas? Amanhã vocês vão para sua casa.

Bufei.

— Minho, sinceramente, você não acha que eu já não fiz a minha mala? Não quero perder tempo na sua casa. Assim que o mestre de obras falar que podemos ir para casa, serei a primeira a chegar lá, pode ter certeza. – disse olhando diretamente para ele.

O garoto continuou sem expressão.

— Eu preciso saber aonde você vai. – suspirou entediado.

— Por que Minho? – arqueei as sobrancelhas.

— Vai que minha mãe pergunte. – deu de ombros.

— Pode deixar que avisei a mamãe antes dela sair para o trabalho e a sua mãe também. – abri um sorriso falso me levantando e chegando meu cabelo solto uma última vez no espelho.

Borrifei um perfume cítrico e fui em direção à porta.

Minho continuava lá me observando.

O vi apertar os braços com a própria mão e recordei em como ele passou aquelas mãos por meu rosto.

Parei, fechei meus olhos e tentei me acalmar.

— Você está bem? – o asiático pegou no meu ombro.

Dei um passo para longe dele na hora.

— Não me toque. – pedi.

Quase vi mágoa em seu olhar.

— Acho que você não está bem o suficiente para sair. – Minho disse.

Revirei os olhos.

— Você não tem que achar nada.

Peguei o meu celular no bolso da calça jeans e olhei as horas. Faltavam dez minutos para as cinco horas da tarde, Noah estava chegando.

Algumas mexas do meu cabelo caíram no meu rosto e as coloquei atrás da orelha com uma mão e guardando o celular no bolso com a outra.

Foi quando senti o impacto.

Em questões de segundos meu corpo estava preso entre a parede e o asiático.

— Até quando vamos brincar de gato e rato? – Minho perguntou próximo ao meu ouvido.

Suspirei.

Parte de mim queria dizer “podemos para agora mesmo” e me entregar aquela confusão sentimental, já a outra parte sensata sabia que podia ser um jogo do asiático.

— Minho. – disse em um tom neutro levantando a mão e segurando a sua costa.

— O quê? – ele sussurrou próximo ao meu pescoço me arrepiando.

— Por favor... – tentei formular alguma coisa coerente.

— O quê? – ele incentivou plantando um beijo leve e quente na minha pele abaixo da mandíbula.

Senti as mãos dele apertarem minha cintura enquanto seu nariz passeava por minha pele lentamente.

— É sério... – murmurei – Isso é assédio.

Ele riu e com a cabeça enterrada no meu pescoço afirmou:

— Só é, se você não quiser.

— Eu... – tentei dizer, mas ele colou os lábios na minha pele sensível.

Minho se afastou com um sorriso no rosto percebendo o efeito que tem sobre mim e colocou uma mão em um lado do meu rosto perguntando:

— Você quer?

— Ahn? – franzi o cenho tendo a consciência de minha boca entreaberta e respiração entrecortada.

— Você quer isso? – Minho perguntou apontando de mim para si.

— Você está bem? – pensei alto.

— Não enquanto ficar sem beijar você.

Arregalei os olhos e o empurrei finalmente.

— Olha, você não pode tirar meu bv. – sussurrei.

— O quê? Por quê? – ele soltou e percebi se arrepender em seguida.

— Porque eu não sou mais. – murmurei corada.

— O QUÊ? – ele me olhou surpreso.

— Você está fazendo tudo isso apenas para ser o primeiro a me beijar. – constatei – Não precisa mais fazer isso, Minho, eu não sou mais bv.

Ok. Eu realmente não era. Meus lábios já tinha tocado os dele, ou seja, eu já tinha “beijado” alguém. Certo?

Obviamente preferi deixá-lo pensar que eu tinha beijado alguém de verdade, profundamente em outras palavras, para que assim Minho parasse.

Já estava sendo difícil esquecer o nada que tivemos, se ele ainda fizesse alguma coisa seria ainda pior.

Vi o asiático fechar os olhos e as mãos se fecharam em um punho.

— Foi o Noah. Não é? – ele esbravejou.

Quase voltei atrás para dizer que só ele tinha me beijado.

Meu celular tocou e vi uma mensagem de Noah me avisando que estava me esperando em frente de casa.

— Tenho que ir. – sussurrei deixando ele para trás.

***

— O que aconteceu, Karine? – Noah perguntou enquanto me conduzia em direção a sala do cinema.

— Ahn. Oi. Desculpa, estava distraída.

— Eu percebi, você ignorou tudo o que perguntei no carro. – ele me olhou desconfiado.

— Eu sou uma idiota. – segurei seu braço – Desculpa.

— Foi o Minho? – ele perguntou enquanto se sentava

Suspirei o acompanhando.

— Por que vocês tem a mania de achar que é sempre ele? – questionei pensando em meus amigos.

— Talvez porque quase seja sempre ele. – Noah respondeu me encarando com seus olhos claríssimos.

Bufei, mas antes que respondesse, o filme começou.

Noah nem sequer segurou a minha mão. A alguns dias atrás ele me disse que percebeu que eu não estava feliz em está ali, então não quis tentar nada.

— Filme bom. Não é? – ele arriscou quando chegamos a seu quarto.

— Ah, é, com certeza. – disse.

— Chega! – Noah bateu contra o próprio volante e conseguiu toda a minha atenção – Olha, eu te chamei para sair, eu queria você inteiramente aqui. Prefiro que sejamos só amigos se você for ficar com um pé em Minho e outro em mim.

Mordi o lábio e senti meus olhos se encherem de lágrimas.

— Desculpa. – pedi pela terceira vez – Eu estou tentando, mas...

— Você não está tentando. – sua voz estava mais calma – Olha, você pode me falar se não quiser mais sair comigo. De verdade.

— Noah, naquele dia...

— Semana passada eu pedi uma chance. – ele me interrompeu – Mas antes de me dá uma chance, Karine, você tem que se dá uma chance.

Assenti envergonhada.

— Vamos fazer o seguinte, eu te deixo em casa agora, você pensa e depois me dá uma resposta. Ok?

— Ok.

Ele ligou o carro e me levou para casa e mal notei que já considerava a casa de Minho, a minha. Outra coisa que não sabia era que passaria pouco tempo na minha verdadeira casa.

Infelizmente, as coisas se encaminhariam da pior forma possível para todos nós, principalmente para mim.

[...]


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Notas finais do capítulo

Era para ser um momento fofo entre a Karine e o Noah, mas neh.



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