Bad Reputation escrita por CherryBomb91


Capítulo 8
Baile


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, desculpe a demora, mas tive pouco de dificuldade para desenvolver o capítulo, mas estou aí kkkk
Agradeço aos comentários e favoritos, muito obrigada Liih pela primeira recomendação e esse capítulo é para vc ♥
Espero que gostem.
Boa Leitura.



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— Bomba de Cereja

O baile final indica o fim do ano letivo e o começo das férias de verão. Para muitos é um dia importante, pois é nesse baile que os status escolar mudam para melhor ou pior para o próximo ano. Eu não sabia direito como era esse esquema do baile, pois nunca fui a nenhum baile proporcionado pela escola, eu sempre achei desnecessário e uma verdadeira perca de tempo. Geralmente nesses dias eu estava na rua com meus amigos, ou jogada no sofá assistindo algum filme ou jogando vide-game na casa de Naruto.

Mas esse ano estava sendo diferente, pois pela primeira vez eu estava de frente para o meu espelho observando meu perfil dentro de um vestido de couro vermelho com a parte da frente preta e pontiagudos na barra e no recorte do pescoço. Um choker vermelho de camurça enfeitava meu pescoço, meia calça de fio vinte preta e botas de couro pretas de cano que terminava no começo de minhas coxas. Meus cabelos estavam volumosos e selvagens, contrastando com a minha maquiagem pesada e meu batom vermelho. Coloquei minha tiara vermelha de chifres para que assim a minha fantasia de diabinha maldosa ficasse completa.

Se eu iria para aquele baile idiota, iria da forma que mais me define.

Minha mãe só faltou ter um treco quando eu descia as escadas, a encontrei sentada na sala com seu namorado, o Kakashi. Era engraçado a forma que seus olhos estavam arregalados enquanto se punha de pé, observando todo o meu traje.

Sim mamãe, a senhora pariu uma diabinha, não um anjinho.

O meu professor tarado apenas ergueu as sobrancelhas, se mantendo no mesmo lugar e agora escutando os chiliques de mamãe:

— Sakura, que roupa é essa?!

— Minha fantasia – disse cinicamente e dei uma voltinha. – Gostou?

Minha mãe estava animada com o fato de sua filha, que no caso, eu, ir para o seu primeiro baile da escola. Ela havia pedido para a madrinha Kushina fazer uma fantasia para mim, na cabeça dela eu deveria ir vestida de princesa, personagem de livros, ou filmes, algo que não fosse o que eu estava vestida agora. Confesso que era um pouco desconfortante estar dentro aquele vestido minúsculo colado no corpo. E pela primeira vez eu estava como uma mulher sensual, não uma malqueira de viaduto.

— Isso está muito curto, Sakura – e franziu o cenho, me olhando dos pés à cabeça.

Apenas revirei os olhos.

— Ah, mãe, a senhora não queria porque queria que eu fosse ao baile?

— Mas não vestida de diaba como se fosse uma dançarina de boate estripe.

— Para de drama, mãe, a festa é a fantasia.

— A Sakura tem razão, Mebuki – disse Kakashi com suas defesas para mim. – O baile é a fantasia e Sakura só está seguindo a rota que a maioria dos adolescentes vão estar essa noite.

O diabo me defendendo, estou espantada agora.

— Viu só, mãe, o professor tem razão.

— Você não precisa me chamar de professor quando estamos fora da escola, Sakura. – A voz de Kakashi soou, trazendo minha atenção para ele.

Ergui minhas sobrancelhas e juro que tentei, mas eu tinha que soltar aquele sarcasmo que estava coçando a minha língua.

— Então quer que eu te chame de papai?

— Sakura! – A repreensão de mamãe veio na hora, a cara fechada.

— Tudo bem – levantei as mãos para cima -, não está mais aqui quem falou.

Minha mãe trouxe sua atenção para o namorado.

— Me desculpe Kakashi, essa menina me tira do sério as vezes.

Kakashi apenas sorriu e me fitou com as sobrancelhas arqueadas.

— Não esquenta Mebuki, conheço o bom humor da Sakura.

Sorri debochada, me segurando para não começar a implicar com aquele comedor de mães. Eu havia prometido a minha mãe que não iria mais me opor a seu relacionamento. Mas cá entre nós, estava difícil de engolir aquele cara.

— Então eu estou indo, mãe.

— E o seu par? – Ela perguntou, agora me fitando.

— Que par?

— O seu par para o baile – e aquilo parecia tão óbvio para ela.

— Eu não preciso de par, estou muito bem sozinha – ainda mais que a única pessoa que havia conseguido par havia sido o Gaara.

Eu tentava reprimir ao máximo a minha chateação por nenhum dos meninos ter me chamando para ser sua acompanhante. A forma extravagante que me arrumei – fora de todos os padrões de que eu usava -, havia sido um meio para eu dar a volta por cima e para eles não notarem o quanto aquele detalhe estupido havia mexido comigo. Por que apesar de tudo eu era uma garota, e eu queria entrar naquele baile com um par.

Mamãe apenas suspirou, se dando por vencida e sabendo que eu era um caso sem solução.

— Eu posso pelo menos tirar uma foto sua para guardar de lembrança?

Fiz uma careta.

— Isso é necessário?

— Não é todo dia que minha filha vai a um baile, mesmo a fantasia sento de diaba.

— Eu tenho uma má reputação a zelar, a senhora está cansada de saber disso.

Kakashi apenas ria baixinho enquanto balançava a cabeça para os lados, se divertindo com nossas briguinhas sem futuro.

Minha mãe tirou algumas fotos minhas, e mesmo dizendo que não era a fantasia que tinha imaginado para mim, ela se animou e me obrigou a fazer várias posições fotogênicas para sair bonito. Fui salva com a buzina soado do lado de fora, Sasuke havia dito que o Itachi iria levar a gente na van que a tia Mikoto usava para entrega de seus bolos.

E foi isso o que vi quando saí de casa e encontrei a van com o logotipo dos bolos da tia Mikoto nas laterais. Itachi estava no volante, Sasuke ao seu lado e Naruto se aproximava do veículo fantasiado de índio. O cocar de penas era o que destacava naquela fantasia marrom de calça e colete.

Soltei uma gargalhada atraindo a sua atenção e dos irmãos para mim.

— Não sabia que existia índios loiros.

— Sakura! – Naruto praticamente gritou com os olhos piscando várias vezes, incrédulos. – É você mesma?

— É uma assombração, cabeção – retrucou Sasuke, irônicos, os olhos fixos em mim.

Dei a volta na van e observei Sasuke mais de perto, parando na porta do carona e franzi o cenho.

— O que você fez com seu cabelo?

Os cabelos de Sasuke estavam tingidos de verde e todo jogados para trás, brilhoso e duro de gel, pois enfiei minha mão pela janela só para tocar naquilo ali.

Itachi gargalhou no banco do motorista e Sasuke afastou a minha mão para o lado, franzindo as sobrancelhas.

— Isso aí é três vidros inteiro de tinta spray, um pote de gel fixador, e duas latas de laquê.

Eu acabei gargalhando com os relatos de Itachi enquanto Naruto abria a porta da van, nós entramos.

— Idiota – Sasuke resmungou, emburrado.

Ele estava fantasiado de coringa, mas sem a cara branca e a tinta vermelha na boca, mas o resto estava igual. Já era de se imaginar que ele viria fantasiado assim por ser um dos personagens favorito dele.

— Está bonita hein, Sakura. – Itachi elogiou, me olhando pelo espelho retrovisor enquanto começava a dirigir. – Quem está querendo levar ao inferno, pequena diabinha?

Sorri e por um segundo meu olhar cruzou com o de Sasuke que estava sentado na frente, calado.

— O primeiro a tentar me aborrecer. – Respondi sentindo um certo incômodo por Naruto não ter tirado os olhos de mim, ele nem disfarçava. Virei meu rosto para ele que estava sentado ao meu lado. – Dá para você parar de me encarar?

— Você quer ser o meu par para o baile? – Ele perguntou na maior cara de pau.

E no mesmo segundo eu vi de relance quando Sasuke virou sua cabeça para trás, esperando por minha resposta. Aquilo de alguma forma me irritou, por que aquelas pestes teve todo o tempo para me convidar e resolveu ignorar. Nenhum deles se dispôs a querer ser meu par, e agora depois de eu estar toda a arrumada eles queriam tirar proveito disso? Eles que vão para o inferno.

— Nem nos seus melhores sonhos eu aceitaria ir ao baile com você. – Disse, vendo o rosto de Naruto fazer uma careta e um sorriso de lado se abri no rosto de Sasuke. – E nem com esse coringa de quinta.

E o sorriso em seu rosto morreu.

— Eu não disse nada – Sasuke retrucou com o cenho franzido.

— Mas deve ter pensado, ridículo.

— Ai. – Disse Itachi rindo enquanto dirigia. – A diabinha está brava.

— Cala boca, Itachi. – Sasuke resmungou, olhando agora para frente. – Num fode.

De alguma forma me senti realizada por dar o troco naqueles dois, e ver a cara de decepção de Naruto fez meu humor voltar ao normal.

— Saiba que está perdendo um belo índio de companhia. – Ele disse, esquecendo o meu fora e voltando com sua animação de sempre, segurava as baquetas e batia no ar. Eu nem havia percebido que ele as segurava.

Apenas revirei os olhos e ficamos quietos até a van estacionar em frente ao colégio. Foi inevitável não perceber o tanto de pessoas fantasiadas naquele colégio, caminhando todos animados para o salão que ficava no segundo andar. Eu percebi que estava chamando atenção, pois todos olhavam para mim, assim como o índio e o coringa ao meu lado.

Naruto era só felicidade, piscando para algumas meninas que o observava e apontando com sua baqueta em mãos. Sasuke se mantinha ao meu lado, perto demais para o meu gosto, pois nossos braços se tocavam, mas por algum motivo eu não o afastei.

Encontramos Neji na porta do salão, vestido de arábico com a túnica branca que batia até os tornozelos, e um turbante de estampa vermelha solto com uma faixa preta que o prendia na cabeça e óculos escuros. Dance, Dance dos Fall Out Boy tocava nas alturas e um monte de gente dançando e se divertindo era contagiante.

— Massa, esse cabelo, hein Sasuke – gritou Neji diante da música enquanto caminhávamos mais para o centro do salão.

— Isso é muito gel de cabelo. – Gritou Naruto, rindo. – Isso aqui está bem animado. Pena que somos os únicos sem par.

— Diz por vocês – Neji deu de ombros, observando tudo.

Nós três olhamos para ele.

— Quem você convidou? – Sasuke perguntou, e chegamos em frente a grande mesa de salgadinhos e várias vasilhas de vidros cheias de ponche de frutas.

— Eu vim com a minha prima.

— Hm.

— Cadê ela então? – Perguntou Naruto, agarrando alguns salgadinhos e pondo-os na boca.

— Está por aí com aquela amiga doida dela.

— E o Gaara e o Shikamaru? – Perguntei fazendo que nem o Naruto e atacando os salgadinhos.

Neji parou e me olhou com mais atenção.

— Sakura? – Ele pareceu incrédulo, me fitando. – É você mesma? Mano, eu nem te reconheci.

Revirei os olhos, isso só pode ser pegadinha.

— Ela está mais humana agora – respondeu Sasuke pegando um copo de plástico e o enchendo de ponche.

— Idiota – resmunguei, os ignorando e encostando-me na mesa observando as pessoas dançando, me senti pouco deslocada.

O salão estava bem decorado, assim como a mesa de comida e um pouco mais afastado o palco com instrumentos e um pouco mais a cima o Dj passando as músicas, confesso que o som era bom. Um pouco perto da entrada do salão havia uma mesa com dois estudantes fantasiados e sentados na cadeira guardando uma grande caixa de votos e ao lado vários papéis brancos e canetas para as pessoas votarem em quem seria o rei e a rainha do baile.

— Isso aqui é uma droga!

Voltei minha atenção para Sasuke reclamando com uma careta, repudiando o ponche que ele acabara de tomar, jogando o copo com metade do líquido dentro da lixeira.

— Fala aí pessoal – a voz de Gaara soava animada, parando a nossa frente.

Ele estava vestido de pirata ao lado da miss perfeição que como sempre estava perfeita naquele vestido azul rodado que batia no meio das coxas, luvas pretas nas mãos, botas brancas e um laço preto na cabeça e os cabelos loiros e soltos com as pontas cacheadas.

E posso dizer que os palermas ao meu lado babaram por Ino que sorria, mostrando seus dentes brancos. Gaara também não ficava atrás, parecia um bobão ao lado dela, a mão nas costas dela só indicava o quanto ele estava se sentido por estar ao lado da garota mais popular da escola.

— Você está muito linda, Ino – elogiou Naruto.

— Obrigada – e depois me fitou, sorrindo para mim. – A Sakura também está bem bonita. Oi.

— E, aí – respondi fazendo pouco caso, dando as costas e pegando o copinho e o enchendo daquele ponche que Sasuke havia odiado.

— Essa é a Sakura? – Perguntou Gaara, incredulidade era visível em sua voz.

— Para você ver, também fiquei impressionado quando vi – respondeu Neji ao meu lado, me fitando.

Bufei, revirando os olhos e me afastei daqueles idiotas com meu copo em mãos.

— Aonde você vai? – Sasuke perguntou.

— Para um lugar que não tenha que escutar as baboseiras de vocês.

E me permiti sumir no meio daquela multidão e odiei o fato de quase todos os garotos não tirarem os olhos das minhas pernas e do meu traseiro. Fiquei um tempo sozinha, encostada numa pilastra, observando tudo enquanto bebia o ponche que para mim estava muito bom. Observei Gaara voltar para o meio do salão e dançar com Ino perto da prima de Neji vestida de anjinho ao lado da garota valentona que usava coques. Naruto conversava com Neji, mas balançava a cabeça para os lados diante da música animada. Sasuke estava bem afastado e uma cabeleira vermelha aproximava dele, apertei meus olhos quando reconheci a nerd da Karin fantasiada de algum personagem do Harry Potter.

O que ela fazia ali com o Sasuke?

E quando eu pensei em me movimentar para aquela palhaçada que acontecia ali, senti uma presença ao meu lado, e uma mão espalmada na pilastra ao lado da minha cabeça. Fitei o garoto fantasiado de vampiro que sorria maliciosamente para mim, a atenção em meu decote.

— Olá gata, você quer me chamar de vampiro e deixar eu morder o seu pescoço?

Como?

Franzi o cenho.

— Então me chame de demônia por que joguei isso em você – e joguei o resto do meu ponche na cara daquele vampiro escroto. – Babaca.

O vampiro deu vários passos para trás, os braços esticados e com a expressão furiosa, observando sua roupa molhada.

— Você é louca, garota?!

Apenas levantei meu dedo do meio e saí de perto dele com passos pesados para o meio do salão. Fui resgatada com um par de braços em volta da minha cintura, me virando para frente e a primeira coisa que vi foi um cocar de penas de Naruto.

— Ei, Sakura, vamos dançar.

— Eu não sei dançar, Naruto – e tentei me desvencilhar de seus braços, mas sem sucesso.

— Só um pouquinho – ele já me balançava de um lado para outro com aquela cara de cachorro com uma pitada de abandono.

Não dava para ficar com raiva de Naruto por muito tempo, ele tinha aquele jeito de cão sofrido que era impossível de resistir.

— Tsc.

E revirei os olhos, colocando meus braços em volta de seu pescoço. A música não era lenta e nem agitada, mas estava no padrão para que ele me conduzisse de um lado para outro, sem sair muito do lugar. E foi aí que ele deitou a cabeça no meu ombro, a droga do cocar dele arranhava a minha pele desnuda.

— Ei, por acaso não é a garota que deita a cabeça no ombro do cara?

— Estou carente.

Prendi uma risada, com aquele teatro falso dele.

— Carente de quê, índio albino?

Seu corpo sacolejou quando ele riu com a forma que o chamei.

— Estou sozinho num baile sem nenhuma garota como companhia, e a que chamei me rejeitou.

Dei um tapa em sua cabeça e ele afastou sua cabeça do meu ombro, me fitando agora.

— Pare de se fazer de sonso, teve todo tempo para me chamar e veio chamar na última hora quando me viu arrumada.

— Estava dando uma chance para o Sasuke te chamar, mas aquele viado fica de frescura.

— Problema é seu então.

— Você é má, hein.

Sorri.

— Acho que nasci para ser má.

Dançamos mais duas músicas depois daquela e nos interrompemos quando Sasuke e Gaara nos chamava para ir até o palco que iriam anunciar nosso show. Sasuke estava com uma carranca e me fuzilava vez ou outra com um olhar atravessado.

Eu, hein.

Encontramos com Neji que já estava agarrado com um baixo em cima do palco, apenas nos colocamos em nossas posições. Eu estava bem para trás do microfone, pois o diretor Jiraya que nos fitava azedo, remoendo o ocorrido de uns meses atrás anunciou o nosso show:

— Então alunos, para animar o baile desse ano com vocês a banda... – e virou o rosto para trás e perguntou para a gente. – Qual é o nome da banda mesmo?

— Black Skull – respondeu Gaara.

— A banda Black Skull.

E toda a galera gritaram com o anúncio enquanto o diretor descia do palco e eu tomava meu lugar em frente ao microfone. E mesmo eu não querendo estar naquele baile, era impossível ignorar aquela sensação incrível de soltar minha voz para um mar de gente que estava animada por nosso som, era gratificante.

Os sons das baquetas de Naruto soaram batendo para que assim as guitarras e baixo tirar os acordes da nossa abertura, Cherry Bomb das The Runaways, um hino que fazia cada pelo do meu corpo arrepia-se, pois eu era apaixonada por aquela música e cantei dando tudo de mim:

 

Can't stay at home, can't stay at School

(Não consigo ficar em casa, nem ficar na escola)

Old folks say: Ya poor little fool

(Os coroas dizem: "sua pobre tolinha")

Down the street, I'm the girl next door

(Na rua sou uma garota normal)

I'm the fox you've been waiting for

(Sou a garota por quem você tem esperado)

 

Os meninos me acompanham naquele refrão, fazendo backing vocal nas últimas estrofes:

 

Hello, daddy! Hello, mom!

(Olá papai, olá mamãe)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

Hello, world! I'm your wild girl!

(Olá mundo, eu sou sua garota selvagem)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

 

Tirei o microfone do pedestal e comecei a me movimentar por aquele pequeno palco, tendo os olhos de todos em mim, enquanto voltava a cantar solo novamente, fazendo gestos com as mãos:

 

Stone age love and strange sounds too

(Amor da idade da pedra e sons estranhos também)

Come on, baby, let me get to you

(Vamos lá, baby, deixe aproximar-me de você)

Bad nights causin' teenage blues

(Más noites por causa de depressões adolescentes)

Get down, ladies, you've got nothing to lose

(Venham, moças, vocês não têm nada a perder)

 

E novamente o refrão, e todos faziam coro enquanto pulavam animados:

 

Hello, daddy! Hello, mom!

(Olá papai, olá mamãe)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

Hello, world! I'm your wild girl!

(Olá mundo, eu sou sua garota selvagem)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

 

Agora era o som dos meninos antes de voltarmos ao refrão novamente, o sorriso em meu rosto:

 

Hello, daddy! Hello, mom!

(Olá papai, olá mamãe)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

Hello, world! I'm your wild girl!

(Olá mundo, eu sou sua garota selvagem)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

 

Voltei ao solo novamente, e dessa vez eu cantava olhando Neji que estava bastante animado com seu baixo, encostei minhas costas nas costas dele:

 

Hey, street boy, what's your style?

(Ei, garoto, qual é o seu estilo)

Your dead end dreams don't make you smile

(Seus sonhos sem futuro não farão você sorrir)

I'll give ya something to live for

(Te darei algo pelo que viver)

Have ya, grab ya, 'til you're sore

(Possuir você, agarrar você até você se machucar)

 

Voltei para o meio do palco tendo novamente Gaara e Sasuke que me acompanhavam:

 

Hello, daddy! Hello, mom!

(Olá papai, olá mamãe)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

Hello, world! I'm your wild girl!

(Olá mundo, eu sou sua garota selvagem)

I'm your ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb

(Sou s s s s sua bomba de cereja)

 

Cherry bomb

(Bomba de cereja)

Cherry bomb

(Bomba de cereja)

Cherry bomb

(Bomba de cereja)

Cherry bomb

(Bomba de cereja)

Cherry bomb

(Bomba de cereja)

 

Os gritos e os assobios eram surreais quando terminamos nossa primeira música para em seguida o som tocar para a nossa segunda naquela noite. Tocamos mais sete músicas e encerramos com I Love Rock’N Roll da Joan Jett.

Fomos parabenizados e aquilo foi o máximo, e por mais que eu negasse quem perguntasse, eu estava gostando daquele baile, mas nem morta eu iria admitir.

Ficamos por ali enquanto o Dj contratado tomava conta novamente do som até o grande momento que todos esperavam do baile e a atenção foram todas para o diretor Jiraya que estava com o resultado nas mãos. Duas professoras estavam ao seu lado, cada uma segurando as coroinhas dourada de plástico.

— Agora o ápice de nosso baile – começou ou diretor, sorrindo para todos. – O resultado de quem será o rei e a rainha do baile. – Tirou o cartão de dentro do envelope. – E o rei do baile desse ano vai para... – e deu uma pausa, ganhando olhos aflitos de todos. – Sasuke Uchiha.

Virei meu rosto para Sasuke que estava ao lado de Naruto, ele parecia surpreso com o resultado. Neji o empurrou em direção ao palco enquanto ria, e era engraçado vê-lo naqueles trajes roxos e aquele cabelo verde lambido para trás.

Muitos assobios soaram quando Sasuke subia ao palco. A professora colocou a coroa dourada em sua cabeça e todos aplaudiram.

— Você não quer dizer nada aos seus súditos, grande rei coringa? – O diretor perguntou, sorrindo diante de sua piada, arrancando uma risada de todos.

E ele se aproximou do microfone.

— Valeu aí – frio e seco como sempre.

Revirei os olhos, e eu não era a única.

— O Sasuke pelo menos poderia ter agradecido a gente por ter votado nele – resmungou Neji fazendo uma careta.

— Até parece que ele vai agradecer alguém. – Disse Naruto.

E o diretor voltou a falar no microfone com outro envelope em mãos.

— Agora o momento mais aguardado, a vencedora do título da rainha do baile.

Eu achava idiotice aquilo tudo, não via proposito algum, mas eu não podia ignorar a forma que meu coração estava acelerado e minhas mãos frias e soadas com aquele resultado. Sasuke havia ganhado o título e lá no fundo eu queria ganhar também.

O diretor abriu o envelope e fez uma pausa, causando mais aflição ainda.

— Quero que você fique sabendo que torço por você ser a rainha – disse Naruto em meu ouvido.

Virei para ele que piscou para mim, sorrindo daquele jeito de garoto traquina. Não soube o que responder, apenas voltei minha atenção para o palco, Sasuke estava esperando ao lado de uma professora.

— Competição acirrada, mas a rainha do baile é a... – Mais outra pausa, e prendi minha respiração e apertei minhas mãos. – Ino Yamanaka.

Soltei todo o ar, sentindo-me meio estranha enquanto via Ino atravessar a multidão que abria espaço a ela até está em cima do palco, recebendo sua coroa dourada.

— Obrigada gente por ter me nomeado mais outro ano como a rainha de vocês – e sorria daquele jeito perfeito que tive vontade de vomitar.

— Já era de se esperar mesmo - disse Neji, e não gostei de seu comentário.

— A Ino é tão linda – disse Gaara aparecendo do nada com um sorriso idiota na cara enquanto olhava para o palco.

— E ela está para dançar com outro cara, seu palerma – disse Neji, despertando Gaara de suas fantasias.

Dançar?

— E para fechar a coração a dança final do rei e a rainha da noite. – Anunciou o diretor.

Sasuke esticou a mão para Ino que aceitou e ambos desciam a pequena escada ao som de Perfect de Ed Sheeran. E os dois dançaram juntos como se fossem um casal de verdade com aquela música para lá de romântica.

— Isso não é legal – resmungou Gaara fazendo uma careta.

— Você quer dançar? – Perguntou Naruto para mim.

Não respondi e muito menos me mexi, meus olhos não saíram daqueles dois e algo dentro de mim parecia sair do lugar. Um sentimento estranho tomava conta de mim e não gostei de sentir aquilo e muito menos de ver a garota dos sonhos de qualquer garoto dançando daquele jeito com Sasuke, alheio a tudo a sua volta como se só eles existissem naquele momento.

Odiei aquilo.

Odiei a Ino.

Odiei o Sasuke.

Odiei aquele baile.

E odiei a mim mesma por não fazer nada.

Depois de um momento eu consegui me mover só para sair daquele salão com passos quase que correndo, passando por aquele casal apaixonadinho. Não olhei para os lados, apenas em direção a saída, querendo desesperadamente me livrar daquele sentimento ruim que sentia.

Atravessei aquela porta para o corredor vazio, podendo respirar melhor, mas a raiva ainda me consumia. E ela só intensificou quando escutei a voz dele me chamando:

— Sakura!

Não respondi e muito menos olhei para trás, apenas apressei meus passos naquele extenso corredor, virando para um outro em seguida. E foi aí que senti meu braço ser agarrado por sua mão, me virando para sua frente.

Franzi mais as sobrancelhas.

— Me solta! – Disse mais alto que o normal, fitando seus olhos negros me olhando, sérios.

— Está com raiva.

E sorri histérica.

— Não estou com raiva, só quero acabar com essa palhaçada e ir logo para casa.

Tentei me soltar, mas foi em vão.

— Por que você é assim? – Ele questionou, ainda me observando, e parei.

— Assim como?

— Ignorante com tudo.

E novamente eu fui arrebatada com uma avalanche de raiva.

— Por que fazem por merecer minha ignorância – cuspi aquela frase, com raiva de ele parecer se importar. – Agora me solta, eu quero ir embora.

Ele continuava me observando com mais atenção e de repente o canto de sua boca ergueu-se para cima, num sorriso cafajeste.

— Você está com ciúmes.

E aquilo foi o cúmulo do absurdo para mim. Puxei meu braço de seu aperto e o empurrei em seu peito com minhas duas mãos, fazendo-o dar vários passos para trás.

— Seu idiota!

Ele sorriu mais ainda e num movimento me puxou para dentro de uma sala vazia, fechando a porta atrás de si.

— O que você está fazendo? – Franzi o cenho. - Ficou maluco?

E ele veio até mim, me encurralando contra uma mesa, me fazendo segurar as bordas para não cair para trás.

— Confessa, você veio vestida desse jeito para me provocar, não foi? – Perguntou, suas duas mãos ao lado das minhas, segurando as bordas da mesa, não havia por aonde escapar.

Meu coração naquele momento estava para lá de acelerado e minhas mãos bem soadas.

— Sasuke, o que eu faço ou deixo de fazer não é por você.

Aquilo não pareceu o convencer, pois ele aproximou mais seu rosto do meu e meu corpo reagiu. Seus olhos desviando para minha boca de vez enquanto, e seu corpo bem colado ao meu corpo.

— Admite, Sakura, você tem uma queda por mim.

Ok, aquilo me pegou de surpresa, e o fato de ele está perto de mais não ajudava em nada.

Tirei as mãos da borda da mesa e espalmei em seu peito e tentei falhamente o empurrar para trás.

— Se enxerga, reizinho do baile, o mundo não gira ao seu redor.

Ele riu baixinho e mordeu o lábio, se aproximando, já sentia sua testa encostando a minha.

— Eu te conheço e sei que quer me beijar – prendi minha respiração. – Mas não a julgo, também quero beijar a sua boca agora.

— Para com isso – meu tom saiu como um miado, sem forças para afastá-lo se ele resolvesse investir o próximo passo.

— Você está excitante pra porra, Sakura. – Desviou seu rosto para meu pescoço e cheirou, me fazendo fechar os olhos. Em seguida depositou um beijo cálido em minha mandíbula.

Desisto.

Agarrei o seu rosto e o beijei sem querer saber de qualquer tipo de consequência. E quando nossas línguas se tocaram levava embora toda a tensão de dias e daquele baile. Sasuke estava aqui, ele havia vindo atrás de mim, ele me queria e não a Ino.

Minhas mãos abraçaram seu pescoço enquanto ele me suspendia para que eu me sentasse na mesa e automaticamente enlacei seus quadris com minhas pernas, fazendo-o soltar um palavrão contra a minha boca.

E ali, com ele me tocando e nossas bocas encaixando-se perfeitamente e sincronizadas, percebi que nós dois parecia o certo. E sim, eu queria Sasuke, eu queria muito e não tinha como suprimir aquele sentimento para dentro de mim, depois de anos tentando enterra-los havia sido em vão.

Sasuke deixou minha boca para trazer uma trilha de beijos em meu pescoço, me apertando contra si como se quisesse fundir nossos copos. Voltou para boca novamente, devorando-me com sua língua, sua mão indo até minha coxa coberta pela meia calça, meu vestido havia subido consideravelmente. Podia sentir o volume de sua calça em minha calcinha e esfreguei-me nele arrancando gemidos seus, arranhei seu pescoço.

— Sakura...

Suas mãos seguraram meus ombros e me afastou para poder me enxergar com seus olhos semicerrados e a boca vermelha com meu batom, completando a sua fantasia de coringa.

Eu estava ofegante enquanto o olhava, querendo que ele voltasse a me beijar, ele era bom no que fazia e me deixa em êxtase com sua boca.

— Você se lembra...

— Lembrar o quê? – E mordi o seu lábio, ele me beijou rápido.

— Naquele dia na festa do Kimimaru...

— O que que têm?

E subi a sua camisa para cima, para sentir a pele quente de sua barriga contra a minhas palmas.

— Lembra do que aconteceu?

Beijei seu pescoço, ele ofegou. Acho que acabei de achar seu ponto fraco.

— Nós ficamos, por que está me perguntando isso?

— E depois?

Parei, voltei minha atenção para ele.

— Depois? – Perguntei, ele me fitava. - Não estou entendendo.

— Você não se lembra do que aconteceu depois?

Pisquei algumas vezes, tirei minha mão que estava dentro de sua camisa e soltei minhas pernas de seus quadris.

— Você não se lembra – concluiu depois de alguns segundos em silêncio.

Franzi o cenho e afastei meu corpo para trás.

— O que aconteceu depois?

Sasuke me olhava atentamente, tentando captar algo que eu não tinha ideia. Afastou vários passos para trás, levando as mãos naquele cabelo duro, tirando alguns fios do lugar.

— Esquece.

Fiquei de pé agora, puxando a barra do meu vestido para baixo.

— Você começou agora termine – e parei a sua frente, cruzando os braços, esperando sua explicação.

— Você não estava querendo ir embora? – Desconversou, saindo da minha frente e abrindo a porta da sala.

— Sasuke – segurei seu braço, o impedindo. – O que aconteceu depois?

Ele suspirou, e virou-se para mim.

— Não é nada de importante – e sorriu. – Agora vamos, também já estou de saco cheio desse baile.

Fiquei observando por um tempo, tentando puxar de minha memória o que poderia ser o que ele queria que eu lembrasse, mas nada me veio a mente.

Resolvi deixar isso para lá por enquanto e o segui para fora da sala, indo em direção a saída do colégio.

— E esse cabelo verde, hein?

Ele sorriu e me olhou de ombro.

— Gostou?

— Prefiro a bunda de galinha.

Ele revirou os olhos e me empurrou com seu ombro, me fazendo dar alguns passos para o lado.

— Ei!

— Relaxa diabinha, a tinta sai com shampoo.

Soquei seu braço de leve e como consequência ele passou seu braço ao redor de meus ombros e fomos assim desse jeito para casa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
Sakura com ciúmes.
O que aconteceu na festa do Kimimaru que Sasuke queria que Sakura soubesse?
E o casal no final? Acho agora deslancha kkkk
O que acharam do baile?
E as fantasias?
Quem gosta do Naruto e seu jeito de cachorro chorão? Kkkk
Espero que tenham gostado e semana que vem estou aí.
A música do capítulo é Cherry Bomb das The Runaways: https://www.youtube.com/watch?v=WNxKpYOOYvM
Bjs:



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