Bad Reputation escrita por CherryBomb91


Capítulo 11
Rótulos


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, desculpe a demora, mas não deu para aparecer antes.
Agradeço aos comentários (ainda irei responder) e aos favoritos.
Espero que gostem e desculpem qualquer erro ortográfico.
Boa Leitura.



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— Eu Me Odeio Por Amar Você

O nosso som soava alto na garagem de Shikamaru naquela tarde de segunda-feira, o sol que fazia naquele dia deixava aquele lugar super abafado. Estava soando que nem uma torneira e estava agoniada com o cheiro de cecê que já estava rolando ali. Aqueles meninos deveriam estar usando desodorante vencido.

Eca.

Eu segurava aquele microfone que estava preso no pedestal enquanto balançava minha cabeça nas batidas daquele som, esperando a minha vez. Sentia meu corpo esgotado e minha respiração pesada, consequência daquele calor insuportável. Acho que minha pressão estava abaixando...

E logo chegou a minha vez e cantei I Hate Myself For Loving You da Joan Jett, e posso dizer que àquela música era como uma indireta para os meus sentimentos por um certo alguém:

 

Midnight, getting uptight. Where are you?

(Meia-noite, chegando perto. Onde você está?)

You said you'd meet me, now it's quarter to two

(Você disse que me encontraria, agora são quinze para as duas)

I know I'm hanging, but I'm still wanting you

(Eu sei que estou esperando, mas ainda te quero)

Hey, Jack, it's a fact they're talking in town

(Hey Jack, é um fato que estão falando na cidade)

I turn my back and you're messing around

(Eu viro minhas costas e você está aprontando por aí)

I'm not really jealous, but don't like looking like a clown

(Eu realmente não sou ciumenta, mas não quero ser vista como uma palhaça)

 

Naquele momento eu já podia sentir a minha cabeça meio que rodando, mas fechei os olhos para tentar controlar aquele mal-estar e continuei cantando:

 

I think of you every night and day

(Eu penso em você toda noite e dia)

You took my heart then you took my pride away

(Você tomou meu coração então levou meu orgulho)

 

Gaara e Sasuke me acompanharam com suas vozes graves aquele refrão:

 

I hate myself for loving you

(Eu me odeio por amar você)

Can't break free from the things that you do

(Não consigo me livrar das coisas que você faz)

I wanna walk but I run back to you that's why

(Eu quero ir embora, mas volto correndo para você e é por isso)

I hate myself for loving you

(Que eu me odeio por amar você)

 

E o solo dos instrumentos continuou, e aproveitei aquele momento para inspirar fundo enquanto abria os olhos, os dedos das minhas mãos estavam gelados. Mas mesmo assim eu ignorei aquelas coisas ruins e continuei quando chegou a minha vez, o meu solo de vocal:

 

Daylight spent the night without you

(Luz do dia, passei a noite sem você)

But I've been dreaming about the loving you do

(Mas eu sonho com amor que você faz)

I won't be as angry about the hell you put me through

(Não estarei mais tão brava com o inferno que você me faz passar)

Hey, man, bet you can treat me right

(Ei cara, aposto que você pode me tratar direito)

You just don't know what you was missing last night

(Você apenas não sabe o que perdeu noite passada)

I wanna see your face and say forget it just from spite

(Quero dizer na sua cara, por despeito, "esqueça")

 

E dessa vez não teve como ignorar os sintomas que sentia, pois o que aconteceu a seguir foi rápido demais para eu tomar alguma providência. E tudo o que me lembro foi toda a minha visão escurecer e os gritos assustados dos meninos chamando por meu nome antes de cair no chão apagada.

Quando abri meus olhos, estava bastante confusa e atordoada com uma lã de algodão molhada a álcool praticamente dentro do buraco do meu nariz.

— Ela está despertando – era a voz de Neji que soava espantada e aliviada ao mesmo tempo.

Eu podia sentir meu braço pesado quando o levantei para afastar aquela mão que segurava aquela lã de álcool do meu nariz, ao mesmo tempo que via uma cabeleira loira de Naruto a minha frente segurando um ventiladorzinho portátil movido a pilha com o vento todo na minha cara.

— Sakura, você está bem? – Seus olhos azuis estavam bastante arregalados, e ele segurava aquele ventilador como se a minha vida dependesse daquilo.

— Tira esse ventilador da cara dela, caralho!

E não é nem preciso dizer quem foi o educado quem disse isso, não é? E a sua voz soava bem próximo de mim, e foi só aí que havia percebido que estava encostada sobre o peito de Sasuke, havia sido ele o autor de quase me matar sufocada com álcool.

— O que aconteceu? – Perguntei, me desencostando de Sasuke e me ajeitando naquele sofá, olhando para os meninos que estavam de pé – com exceção de Naruto que estava de cócoras ao meu lado ainda com aquele ventiladorzinho na mão, agora virado todo o vento para sua cara –, me fitando apreensivos.

— Você desmaiou na hora do ensaio – respondeu Sasuke, se ajeitando também no sofá.

— Desmaiei?

— Mano, foi uma coisa muito bizarra – disse Gaara. - Por um momento eu pensei que você havia batido as botas.

Neji revirou os olhos.

Shikamaru apareceu e me entregou um copo com água.

— Desmaiando assim do nada só pode ser gravidez.

Cuspi toda a água que estava bebendo na cara de Naruto, os olhos arregalados.

— O quê? – Disseram todos os meninos em uníssonos, com exceção de Sasuke.

— Sakura! – Berrou Naruto se levantando na mesma hora, a cara toda molhada de água.

— Sakura, você está grávida? – Neji perguntou, assustado.

— Quem é o pai do guri? – Perguntou Gaara. – Já digo que não é meu.

— E nem meu.

— Eu tenho namorada, e é a única que irei engravidar um dia – disse Shikamaru.

— Isso é meio óbvio, não é, Idiotas – disse Naruto apontando para Sasuke. – Eu falei que esses dois iriam acabar com uma renca de bacurinho. – E nos olhou a seguir com os olhos agora lacrimejantes. – Eu serei titio Naruto. Eu posso colocar o nome nele?

— Eu não estou grávida, seus imbecis! – Disse alto e de bom som, me pondo de pé, o cenho franzido.

— Mas você desmaiou – disse Neji, acusatório.

— Desmaiei com o calor infernal que está fazendo aqui e com o cheiro do cecê nojento de vocês!

Aqueles garotos eram mais burros que uma toupeira.

— Esse cecê não é meu não. – Neji levantou as mãos para cima.

— Muito menos meu – disse Shikamaru, estava com os cabelos molhados –, acabei de tomar banho.

— Porra, é o Gaara! – Disse Naruto com o nariz franzido. – Está pior que gambá.

— Sai para lá, caralho – ele empurrou Naruto, com o cenho franzido.

— Gaara, você tá podre – disse Neji tampando o nariz e abanando o ar com a outra mão, se afastando.

— Isso aqui é odor de macho – ele se defendeu, se afastando em direção a porta que dava acesso a casa de Shikamaru e depois sumiu.

— Vocês são nojentos – comentei, meu rosto se contorcendo numa careta.

— Então quer dizer que vocês dois estão juntos?! – Comentou Shikamaru com toda sua atenção em mim e Sasuke.

— Isso não é da sua conta – respondeu Sasuke se pondo de pé também, encarando Shikamaru com a expressão fechada. – E já que está se intrometendo nos assuntos alheiros, poderia explicar o que você estava fazendo lá para a zona norte próximo ao galpão fechado sábado à noite?

— E posso saber o que estava fazendo lá também? – Shikamaru o respondeu com outra pergunta, cruzou os braços.

— Tínhamos ido ao show dos Foo Fighters.

— Tínhamos? – Ele ergueu as sobrancelhas.

— Eu estava com ele – respondi, observando sua expressão debochada quando me fitou.

— Vocês estavam num encontro? Que bonitinho.

— Cara, o Sasuke está pegando mesmo a Sakura?

Revirei os olhos com uma vontade enorme de socar a cara de Neji, mas só depois que socasse a cara de Shikamaru. Ultimamente ele estava bem irritante com um humor ácido, debochando de tudo e de todos.

— Você não respondeu – insistiu Sasuke, sem tirar nenhuma vez os olhos de Shikamaru.

— Isso não lhe interessa.

E o canto da boca de Sasuke ergueu-se para cima.

— E a minha vida também não lhe interessa.

— Ai – disse Naruto e Neji em uníssonos, colocando pilha de propósito.

Por que os meninos fazem isso?

— Vamos. – Sasuke agarrou meu pulso e me rebocou para fora daquela garagem, aquele gesto só deixou claro para todos que estávamos realmente juntos.

O calor que fazia lá fora estava pior do que a garagem, o sol estava muito quente e só piorava o meu cansaço e o mal-estar que estava sentindo. Depois de estarmos uma boa distância da casa de Shikamaru, eu me soltei da mão de Sasuke, parando na sombra bem pequena de uma árvore, estava me sentindo gelada.

— Ei, o que foi? – Sasuke estava a minha frente agora, me fitando com uma expressão em alerta.

Coloquei minha mão em seu ombro para poder me equilibrar e automaticamente a sua segurou minha cintura.

— Esse calor... – fechei meus olhos, e caramba, estava muito cansada.

— Você está gelada e pálida.

— A minha pressão deve ter arriado.

— Você consegue andar até aquele banco ali?

Abri meus olhos e fitei o banco de uma pracinha pública que ele falava. Havia bastante sombra ali e duas crianças brincavam numa gangorra alguns metros atrás do banco.

— Acho que sim.

Sasuke me ajudou a ir até o banco que ficava um pouco afastado de aonde estávamos e me sentei, sentindo minha cabeça rodar novamente.

— Vou comprar uma água – e foi até uma barraquinha de doces de um velhinho que ficava naquela pracinha e voltou com uma garrafa de água e me entregou. – Toma.

— Obrigada.

Abri a garrafinha e tomei um generoso gole da água gelada, dando uma boa refrescada por dentro. Sasuke sentou-se ao meu lado no banco, puxou o elástico que estava nos meus cabelos, que estava prendidos num rabo de cavalo frouxo, mas várias mechas estavam soltas e grudadas no meu pescoço soado.

— O que você está fazendo?

— Vire – e segurou meus ombros e virou meu corpo, para que eu ficasse de costas para ele. Em seguida passou a mão nos meus cabelos, ajuntando todos os fios num novo rabo de cavalo e o amarrou do seu jeito totalmente torto o meu cabelo. Em seguida estendeu a mão para mim. – Me dê a garrafa – e fiz o que me pediu. – Agora abaixa a cabeça.

Descobri o que ele queria fazer e apenas me ajeitei no banco para que voltasse a ficar de frente para a rua novamente. Abri as pernas e abaixei a cabeça, e não demorou para que eu sentisse a água gelada molhar todo o meu pescoço, fazendo algumas gotas deslizarem por minha pele e adentrar a minha blusa, molhando um pouco o tecido.

— Agora jogue o resto no rosto para melhorar.

Peguei a garrafa novamente de suas mãos e acabei com o resto da água que havia nela, molhando o meu rosto e aliviando aquele mal-estar.

— Melhorou? – Ele perguntou depois de um tempo.

Ergui meus olhos para ele e foi inevitável evitar que um pequeno sorriso se abrisse em minha boca.

— Setenta por cento. – Encostei minhas costas na madeira do banco. - Quando quer você sabe ser bem atencioso e gentil.

Ele apenas revirou os olhos como resposta e apoiou as costas no encosto do banco, seus dois braços esticados na borda e um deles passava atrás de mim, fazendo seus dedos tocarem a pele de meu ombro, me causando um suave arrepio gostoso.

— Não queria que desmaiasse novamente – e seus olhos me fitavam. – Você é bem pesada para carregar.

Não fiquei nenhum pouco aborrecida com seu insulto, pois sabia que ele estava mentindo, pois Sasuke tinha uma síndrome de machão com algumas gotas de bad boy e uma pitada insensibilidade. Apenas sorri mais e ele desviou o olhar para a rua.

— Admite que você estava preocupado comigo – e cutuquei sua barriga com meu dedo, o fazendo se contorcer um pouco e suas mãos saírem da borda do encosto do banco para tentar me impedir.

— Para com isso, caralho – e segurou a minha mão, o cenho franzido, aquilo não me afetava nem um pouco.

— Admite, vai – insisti, inteiramente convencida, empurrando o seu ombro com o meu.

Ele revirou os olhos novamente e soltou a minha mão.

— Tsc.

Silêncio.

Eu fitava as minhas mãos que segurava a garrafinha de água já vazia enquanto a minha mente revisava tudo o que aconteceu naquela garagem. Não havia gostado das atitudes de Shikamaru, ele estava meio que estranho desde a hora que chegamos.

— Não gostei da forma que o Shikamaru se referiu que eu estava grávida. – E apertei a garrava com minhas mãos até amassá-la. – Que raiva que me deu naquela hora.

— Minha paciência também está se esgotando com o Shikamaru, aquele vacilão.

Virei meu rosto para Sasuke e o fitei.

— Você viu o jeito que ele agiu todo sarcástico quando mencionou que o vimos na zona norte?

— Para falar a verdade estou de saco cheio dessa banda.

— O quê? – Meus olhos arregalaram. – Você... você não está falando sério.

E desta vez me fitou, seus olhos negros eram sérios.

— Para começo de conversa, essa banda é nossa, minha, sua e do Naruto. A gente que teve a ideia quando tínhamos doze anos. Claro que o Gaara e o Neji são importantes, mas eles só escutam o Shikamaru, faz tudo o que o Shikamaru sugeri.

— O que está querendo dizer?

— Que o Shikamaru não tem nada haver em estar no meio da gente.

E novamente o silêncio reinou, um olhando os olhos do outro. Eu processava as palavras de Sasuke e elas martelavam forte em minha cabeça.

— Mas ele é o nosso empresário – arrisquei, mas na verdade sabia que Sasuke estava coberto de razão.

— Ele está nos enrolando – e eu prendi a respiração, ele continuou: - Eu pensei bem no que o Itachi disse, soube que os bares que tocamos não pagam tão mal assim para só recebermos o máximo cinquenta pratas e ele ficar com todo o resto.

— Mas ele disse que é o nosso fundo de investimento.

Sasuke franziu mais as sobrancelhas.

— Que fundo de investimento, Sakura? Quando foi que vimos algumas melhorias com esse dinheiro?

Isso era verdade. Melhorias eram zero.

— Então você acha que ele está ficando com todo o dinheiro?

— E você acha que ele mantem aquela casa onde vive com o quê? Ele nem ao menos tem um emprego.

— Você tem razão – e fitei um ponto qualquer no chão. – Que safado.

Era claro que minhas pequenas suspeitas não eram coisas da minha cabeça, pois Sasuke pensava igual, e depois de hoje, a forma que ele falou de mim como se eu fosse umazinha que vive abrindo as pernas para Deus sabe quem, havia deixado tudo mais claro. Shikamaru estava nos enrolando.

— E o que vamos fazer? – Perguntei depois de alguns segundos em silêncio.

— Não sei, mas não podemos acusá-lo sem provas.

— Que merda. Gosto tanto da banda, tenho muitos planos e todos os meus planos a banda está incluída.

— Mas não iremos a lugar nenhum com um cara que está nós passando para trás.

— Você acha que devemos comentar com o Naruto?

— Por enquanto não, fica só entre a gente. Naruto é muito avoado e ele pode acabar dando com a língua nos dentes.

— Pode ser.

— Vamos? – E se levantou do banco.

— Bora - E me levantei também, jogando a garrafa amassada na lixeira.

E quando estava prestes a virar a esquina da praça a voz de Naruto soou longe e escandalosa:

— Ei, espere!

Paramos e olhamos para trás a tempo de vê-lo correndo em nossa direção. Estava todo soado e havia arrancado a camiseta laranja - ficando só com aquela bermuda jeans - e amarrado como uma bandana, cobrindo toda a sua cabeça. E não tinha como não olhar para seu peito nu que estava tomando contornos leves de definição.

— Pensei que vocês estivessem já chegando em casa – ele disse assim que nos alcançou, parando com a respiração ofegante e com as mãos nos joelhos.

— Marcamos um tempinho no banco da praça, esperando a minha pressão que havia abaixado demais estabilizar.

— Você está bem? – Apenas assenti com a cabeça e ele ergueu o corpo para cima novamente e começamos a andar. – Fiquei assustado naquela hora que você desmaiou do nada. – E depois soltou uma risada. – Mas foi engraçado a cara que o Sasuke fez quando você caiu – e riu mais um pouco. – Quase que fodeu com a guitarra quando a arrancou e a jogou no chão para ir atrás de você.

Ergui minhas sobrancelhas, surpresa com aquela revelação e fitei Sasuke.

— É mesmo?

— Por que você não consegue segurar essa sua língua, cabeção? – Sasuke estava todo irritadinho e acabei sorrindo.

Isso o bonitinho não havia me dito.

— O que que tem de mais? – Naruto questionou como se fosse óbvio. - Todo mundo viu o jeito nervoso e estressado que ficou quando viu a Sakura desmaiada. Se estavam tentando manter o namoro de vocês escondidos, então vocês fracassaram.

— Tsc.

— Nós não estamos namorando – corrigi aquele detalhe, sentindo algo estranho com a menção da palavra “namoro”.

— Ah, contra outra, Sakura. – Ele revirou os olhos. - Amigos de verdade não enfia a língua dentro da boca do outro. Se vocês não são fãs de rótulos tudo bem, mas para mim é tudo namoro mesmo. E por falar em namoro – deu a volta por mim e me afastou de Sasuke, ficando no meio entre a gente.

— Que merda você está fazendo? – Perguntou Sasuke parando e o fitando com o cenho franzido.

— Não vou ficar pagando de vela para vocês – tanto eu quanto Sasuke reviramos os olhos. – De hoje em diante ficarei no meio agora.

— Aff, Naruto – e começamos a andar com ele no meio separando eu e Sasuke.

— Somos um trio de berço, Sakura – colocou um braço em volta do meu pescoço e outro no de Sasuke, mas o afastamos na mesma hora. – Somos um trio de ninjas.

— Você viajou agora, cabeção.

— Que isso Sasuke – e o fitou. – Saca só! Eu, você e a Sakura somos um trio da pesada, impenetrável. Você, o emo depressivo, a Sakura, a maluca do cabelo cor-de-rosa, e eu, o loiro colírio.

— Eu não sou uma maluca – e dei um tapa atrás de sua cabeça.

— Ai – e colocou a mão no local, me olhando com uma expressão aterrorizada fingida, mas logo sua atenção foi para o Sasuke, levando a mão ao outro local da cabeça aonde recebeu outro bofete.

— E isso é para o emo depressivo.

— Vocês dois são uns criminosos por espancar um garoto indefeso. – Ele começou a fazer seus dramas.

— De indefeso você não tem nada, Naruto.

— Sou muito indefeso, Sakura.

— Só fala merda – murmurou Sasuke, e viramos uma outra esquina.

— Mas continuando – ele disse, ignorando os bofetes -, tenho várias ideias para nós.

— Sobre o quê? – Perguntei, só para passar o tempo mesmo.

— De a gente ser os ninjas da cidade.

— Ai Naruto, pelo amor.

— Estou falando sério, Sakura – e ele estava sério. – Dá uma bela história de Mangá e tenho até o nome título.

— E qual é?

E ele abriu um sorriso enorme, mostrando todos os dentes e enrugando o canto dos olhos enquanto esticava os braços.

— Se chamará, Naruto Uzumaki o ninja número um.

— Número um e imperativo.

— E cabeça oca – completou Sasuke arrancando risadas minhas.

Naruto fechou a cara.

— Riem mesmo, quando vocês virem que a minha história contada sobre a nossas vidas de ninjas serem um sucesso engolirão essas palavras de deboche.

— Você só diz um monte de abobrinhas – disse Sasuke revirando os olhos.

Entramos em nossa rua e logo no começo já era notável um carro chique estacionado em frente à minha casa.

— Que carrão, hein – comentou Naruto. – Quem será?

— E eu lá sei – e era inevitável a curiosidade que sentia de quem poderia ser o dono daquele carro.

— Kakashi? – Arriscou Sasuke.

— Não. Deve ser alguma cliente da minha mãe.

— Naruto! – A madrinha Kushina o chamava com a cabeça para fora da janela.

Naruto fez uma careta e atravessou a rua, caminhado em direção a sua casa. Andando mais um pouco olhei para Sasuke quando paramos de frente a minha casa, ele parou a minha frente.

— Vai querer entrar?

— Prometi a minha mãe que iria ajudar a fazer a entrega de bolo para uma festa de aniversário hoje – e tirou o celular do bolso e ligou o display para ver as horas. – Merda, estou atrasado.

Em seguida ele se aproximou de mim e me beijou rápido, me deixando com mais vontade de aprofundar aquele beijo.

— Eu vi isso, hein! – Gritou Naruto do outro lado da rua com a porta de sua casa já aberta.

Nós respondemos o seu abuso com um levantar de dedo e ele gargalhou antes de sumir para dentro de sua casa.

— Tchau.

Sasuke apenas piscou para mim com um meio sorriso de lado antes de se afastar, subindo mais a rua.

Suspirei, sentindo-me incrivelmente idiota e segui para minha casa e abri a porta. E para a minha surpresa, dei de cara com minha mãe com uma cara nada boa e um homem de pé no centro da sala que eu não o via havia meses.

— Pai?

Ele virou seu corpo para mim e abriu um sorriso em seguida.

— Olá, querida!

E caminhou em minha direção, estava vestido impecavelmente com roupa de gente fina, até o perfume que solava toda a casa tinha cheiro de caro e riqueza. Ele me abraçou, e eu apenas retribui, olhando para mamãe que mantinha o rosto sério, e aposto minhas cinco pratas que estava no meu cofrinho que ela estava rogando um milhão de pragas para o papai.

— Que saudades.

— É – e me afastei, olhando para seu rosto com a barba feita e o cabelo bem arrumado. - Mal vem me visitar.

— Meu tempo é meio corrido ultimamente, querida. Me desculpe.

Ah, conta outra coroa, sei muito bem como você gasta o seu tempo com viagens internacionais. Eu podia jogar isso na cara dele, pois não tinha papas na língua mesmo, mas resolvi ficar quieta. Ultimamente estava bem quieta para falar a verdade, mal estava me reconhecendo.

— O que faz aqui, pai?

— Seu pai veio lhe buscar para passar as férias com ele – respondeu minha mãe com a voz azeda e os braços cruzados.

— O quê?


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Notas finais do capítulo

O pai da Sakura apareceu!
Será que ela vai ir com o pai?
E o momento do casal? Sasuke preocupado com o bem estar de Sakura e não querendo admitir.
E o Naruto? Quem aqui quer levar ele para casa?
Shikamaru, gente? Polemica!
Espero que tenham gostado e nos vemos em breve.
Musica: I Hate Myself for Loving You da Joan Jett: https://www.youtube.com/watch?v=bpNw7jYkbVc
Bjs ♥



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