Tenebrous: Flower of Death escrita por Mr B


Capítulo 4
Tenebrous: Flower of Death 04# POOL PARTY


Notas iniciais do capítulo

Após a tentativa de escapar e encontrar outro local para se esconder, o grupo acaba se separando em duas duplas, fazendo assim as chances de sobrevivência diminuírem.



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VANDERSON:

  Will estava ensanguentado, obviamente ele não estava bem! Mas quando vi ele baixar a cabeça e fechar os olhos, um desespero correu sobre mim. –WILL! WILL! NÃO FAZ ISSO! NÃO É HORA DE BRINCADEIRAS!

  -Vandy, o Will... –Valeria podia estar certa, mas eu não ia deixar meu melhor amigo morrer.

  -Willphord acorda! Abre esse maldito olho! –Nada do que eu falava parecia mudar a situação.

  Braw deu um murro na parede. –Droga! Que os outros alunos tenham mais sorte!

  -Não devíamos ter deixado a Josi! Como vamos saber se ela está bem? –Andressa passava a mão nas costas de Braw, acredito que consolando e tentando se consolar.

  Levantei-me o olhei para Valeria. –Acho que Will queria que acabássemos com o sofrimento dele.

  -Você quer dizer “MATAR”?

  -Não assuste a Valeria, não vê que Will já está morto. –A voz tremula de Braw demostrava tristeza.

  Senti lagrimas escorrerem em meu rosto. –Idiota! –Não era essa palavra a mais correta a se dizer, mas perder um amigo me deixo em frangalhos.

  -Vandy! –Valeria deu um sorriso mas logo sua expressão se tornou em um pavor profundo. –VANDY! –ela gritou.

  Alguma coisa me esmurrou e fui jogado contra a lateral da cobertura.

  -Valeria sai daí! –Andressa correu e empurrou valeria para longe.

  Nesse momento, o brilho da lua iluminou a cobertura da escola de forma tenebrosa. E então percebi o que nos atacou.

  -DESSA! –Gritou Valeria quando o “Will-monstro” caiu por cima dela. De alguma forma, todos nós sabíamos que aquele era Will, um Will diferente, Apoiado sobre as mãos e pés olhando para Andressa, um monstro que lembrava um grande cachorro deformado com espinhos e folhas rochas espalhadas pelo corpo.

  -Andressa! A arma! –Assim como o restante, Braw estava em choque. –USA A PISTOLA!

  -Mas esse é o Will! –O pitoresco Cão-Will soltou um rugido em direção ao rosto de Andressa, e isso a banhou de uma baba rocha.

  Meu braço doía por causa da pancada. –ISSO NÃO É O WILL! É UM MONSTRO!

  No momento em que ele ameaçou morder o rosto de Andressa, ele consegui colocar a pistola dentro de sua boca e puxou o gatilho!

  Tudo ficou em silencio, todos ficamos em choque olhando para criatura que desabou em cima de sua carrasca. –Andressa! –Braw agarrou a mão dela e a puxou de baixo de “Will”.

  Ela respirava ofegante. –Estou bem!

  -Não quero ficar aqui! Não perto desse monstro! –Consegui me levantar e fui até Valeria.

  -Vamos dar um jeito de sair daqui... –Posso entender de informática, mas eu não sou bom com planos elaborados. Meu negócio é com números.

  Deixamos o mostro caído e nos reunimos perto da mureta que me salvou da morte. –Para onde vamos ir? Não podemos voltar pelas escadas! Pode ter mais monstros por lá! –Braw e Andressa pensavam como um só, e eu apenas servia de travesseiro para Valeria.

  -Podemos sair se chegarmos ao outro lado do prédio. –Apontei para as janelas que não mostravam nada além de escuridão do bloco B.

  Braw se levantou e olhou na direção de um amontoado de coisas. –Eu vi isso logo que chegamos aqui em cima. –Ele agarrou um pedaço de alguma coisa e puxou revelando uma grande escada de madeira. –Se dermos sorte, ela chega até umas das outras janelas.

  -Se der errado, a queda vai nos fazer em pedaços. –Afirmei

  -Talvez não, abaixo desse teto de vidro, é a piscina da escola. Se acontecer de cairmos, o máximo que vamos sofrer e arranhões por causa dos estilhaços.

  -Vamos log ... –O celular de Valeria começou a tocar, isso poderia ser nossa salvação. O fato de termos um celular a disposição. –Alo?

  Podíamos apenas escutar alguns sons mas o medo estava estampado em seu rosto.

  -Quem era? –Andressa parecia esperançosa.

  -Era Tomioka! A minha amiga do segundo ano... ela pediu por ajuda.

  -Não podemos nos arriscar. –Eu não poderia arriscar perder mais alguém.

  -Mas nós devemos ajudá-la! Por favor, sou a única amiga que ela tem na escola! Ela falou que estava escondida no vestiário feminino!

  -Isso é perto da piscina, podemos dar a volta ao chegar no bloco B, e tentar encontrá-la, se tudo correr bem. Ainda podemos nos esconder junto dela no vestiário. –O plano de Andressa era aceitável, então eu e Braw empurramos a escada de madeira cuidadosamente até chegar na base de uma das janelas.

  -Braw, vai primeiro! Vamos pelo menos garantir a segurança das garotas. –Seguindo tudo o que eu falei, Braw foi o primeiro a cruzar em segurança, por segundo foi Andressa.

  -Vai Valeria. –Coloquei ela em posição e ela começou seguir engatinhando pela escada, sem demorar muito eu comecei a seguir pela mesma.

  -Falta pouco. –Sussurrou Braw do bloco B.

  Senti um leve deslize e devido a isso Valeria paralisou na minha frente. –Vai logo! Vai ficar tudo bem.

  -Vamos cair...

  -Valeria não para! Você ta quase aqui. –Andressa tentava encoraja-la.

  Mais um declive e então escutei Andressa e Braw gritarem. Fechei meus olhos e senti bater em algo que fez som de vidro se estilhaçando, e depois um grande baque surto como um mergulho em água gelada.

  A água era realmente gelada durante a noite. Fora isso, não senti estar cortado ou sangrando. –VALERIA? –Consegui pegar folego ao submergir. –Valeria?

  -Estou Aqui! –Estava um breu mas consegui ver Valeria sentada na borda da piscina. –Desculpa. –Disse ela.

  Me aproximei e sentei-me ao seu lado. –Sem problemas, tomamos um banho e acabamos por andar metade do caminho.

  -Mesmo assim, acabamos nos separando dos outros.

  -Esquece isso, vamos atrás de sua amiga. –Dei uma olhada procurando a entrada da sala da piscina. –Ali! Se sairmos vamos estar praticamente na frente de onde ela está escondida.

  Valeira deu um leve gemido de dor ao se levantar. –Minha perna...

  Tinha um leve corte na altura da panturrilha. –Você consegue andar?

  -Consigo! Mas dói um pouco.

  -Espere aqui. Se esconda no almoxarifado! Se formos os dois e aparecer um “deles” você vai acabar correndo riscos.

  -Tem certeza Vandy?

  -Absoluta. –Peguei Valeria em meus braços e levei até o almoxarifado, tinha algumas vassouras e baldes mas ela pode ficar confortável e em segurança ali. –Logo volto. –Falei ao fechar a porta.

  Eu não acreditava no que estava fazendo, mas segui firme.

  – “Valeria falou que ela estaria no vestiário feminino” –Pensei ao espiar o corredor escuro. – “parece estar tudo bem” –Segui para a esquerda na direção do vestiário, um cheiro forte de animal morto pairava no corredor.

  SPLASH —Senti pisar em algo lizo, quando olhei para o chão. Era sangue, e pedaços de alguma coisa ou alguém. – “Que droga!” –Levei a mão direita até minha boca e segurei o vomito que ameaçou sair.

  - “Só mais um pouco” – Não consegui identificar do que ou o que eram os pedaços no chão do corredor, consegui ignorar e segui até a porta do vestiário.

  Nheac – Fez a porta ao ranger. –Tem alguém ai? –Estava tudo escuro como restante da escola. Apenas uma pequena luz vinha de um canto de armários. –Tomioka? –Acho que era esse o nome dela.

  -Tomioka? –Eu continuava a chamar e nada, nenhum barulho. “Isso não vai acabar bem”. Andei até o local de onde vinha a luz. –SO ISSO? ... –Senti raiva e frustação ao ver apenas um celular em meio a borrões de sangue que estavam a sua volta.

  ARF! –Um som parecido com a respiração de algum animal veio de traz de mim. Virei apenas o rosto para tentar ver antes de correr em disparada.

  Tinha um corpo humano, ou aparentava. A pela era retorcida com alguns espinhos espalhados pelo braço. Mas o mais aterrorizante era o rosto. Apenas uma grande massa de carne com uma boca enorme no meio. Não pensei duas vezes e sai correndo.

  BLAM! – O som da porta ecoou no corredor, passei por cima do revirado de carne de antes, e me perguntei porque “aquilo” não estava atrás de mim.

  -Valeria! –Exclamei ao entrar na área da piscina.

  Quando cheguei até a porta do almoxarifado, tive uma surpresa. Parecia que a maçaneta fora cortada por algo com garras ou laminas. –Valeria! –Tentei não pensar no obvio a o abri-la. 

Sem nenhum sinal de luta ou morte, estava tudo normal. Exceto pelo sumiço de quem deveria estar ali.


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