Tenebrous: Flower of Death escrita por Mr B


Capítulo 3
Tenebrous: Flower of Death 03# OBSCURE


Notas iniciais do capítulo

Na tentativa de fugir e se abrigar, um de nossos sobreviventes acaba se ferindo. E logo em seguida, o grupo de sobreviventes se vê diante de um monstro terrível.



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WILLPHORD:

  Quando notei que Valeria estava à beira da morte, tomei em minhas mão o baixo de Vandy e desferi um golpe na criatura que foi rebatida em direção a multidão histérica. –Morreu!

  -Will... –Valeria ainda estava pálida, e alguns respingos roxos estavam em seu rosto. - ...Você.

  Todos estavam me encarando como se não me conhecessem. –Isso não foi nada... –Essas não eram as palavras corretas.

  -Como assim “não foi nada”? –Vanderson veio até mim. –Você arrebentou o rosto de um aluno!

  -Não era um aluno! Era um mostro!

  -Você fala como se isso fosse normal!

  -Não é hora para discussões! Se quiserem sobreviver temos que sair daqui!

  Mesmo assustados com a confusão, todos me seguirão quando saímos pela porta dos fundos do ginásio. E os gritos dos alunos que ficarão no interior eram assustadores mas completamente comuns em situações assim.

  -O que foi aquilo no palco? – Braw me ergueu pela gola da blusa. –Você matou um aluno! Sabe o que isso significa?

  Eu tinha que me defender. –E você! Sabe o que é matar alguém? –Vi o medo em seu olhar e logo eu estava no chão novamente.

  -Não faça mais coisas desse tipo! –Braw apenas retrucou e limpou o suor de sua desta.

  -Esses gritos abafados. –Andressa estava encostada na parede do ginásio e visivelmente chocada. –São horríveis!

  -Não podemos ficar aqui parados! Temos que fugir para algum lugar. –Valeria falava rapidamente e sua voz soava meio tremula.

  De repente a porta do ginásio se abriu bruscamente, uma aluna, sem um braço e que era notável que estava agonizando! Conseguiu fugir. –Ajudem... –Ela gemeu e desmaiou.

  -Veja isso! Não posso ficar aqui escondida com um corpo! –Josiane tentou sair andando mas Vanderson a deteve.

  -Você acha que é seguro? –Disse ele.

  -Vocês estão dispostos a arriscar suas vidas? –Novamente todos ficarão pálidos ao me encarar. –Se a resposta é sim. Então devemos voltar para a escola, pelo caminho mais direto! A pequena estrada de terra que liga o ginásio a ela.

  -Não fode! Você ta escutando esse gritos e estrondos? –Braw pegou a mão de Andressa e a levantou. –A porta principal está aberta! Se irmos pelo caminho principal vamos acabar morrendo!

  -Prefere morrer inutilmente ou morrer de tentando?

  -Para de falar de morte! Você está passando do limite Will!

  Depois que Vanderson me repreendeu com tal frase, acabei ligando pontos e notei que nenhum deles é familiarizado com a palavra “Morte” no seu sentido literal. –Desculpe. Mas é nadar até a praia ou morrer afogado.

  -Morte-morte-morte! Como pode repedir essa palavra tão tranquilamente! –Mesmo apenas com o brilho da lua, eu podia ver as feições irritadas de Andressa. –Não quero morrer aqui! Esse essa é a única maneira...

  -Qual é a hora nesse momento! –Josi remexia uma das mechas de seu cabelo.

  -Não exatamente, mas acho que são 21:47! –Andressa chutou um horário logo após observar a lua. Não sei se isso e possível, mas foi um bom chute.

  -Então vamos correr para a escola! Mas existem grandes chances de estar um caos por lá. –Andei até o canto esquerdo da parede e dei uma olhada no caminho entre as flores-Branca-roxas que estava pouco iluminado pelos poucos postes espelhados. –Então?

  -Depois de chegar na escola, vamos para a sala de professores procurar por ajuda! –Todos assentirão à favor da ideia de Josi, Então não retruquei.

  -Então vamos! –Afirmei e saímos das sombras e caminhamos com cuidado até a beira do caminho.

  -Não escuto mais gritos! –Valeria estava escondida junto de todos nós atrás de um arbusto de flores.

  -Parece estar tudo bem... –Um som de folhas remexendo veio de algum lugar. -...Vamos logo! –Braw sussurrou e saímos dos arbustos e começamos a correr.

  Correu tudo bem até alguns metros antes de chegarmos a porta de entrada da escola. –A-AH... –Uma voz enfraquecida e tremula vinha de algum lugar, o medo fez todos paralisarem.

  -AH!—Valeria gritou desesperada quando alguma coisa agarrou seu pé. Era mais um aluno moribundo que tinha a pele meio branca com alguns espinhos verdes em seu braço que lembravam os de uma rosa. –Ti-tira isso daqui!  

  O rosto do garoto era pálido, de sua boca escorria um tipo de sangue arroxado e seus olhos eram brancos com veias na superfície. Por fim o garoto apenas largou a canela de Valeria e desmaiou.

  -Foi só um susto! –Vanderson consolou valeria á puxando para dentro da escola.

  -Meio caminho andando. –Disse eu. –Vamos seguir o plano da Josi e subirmos até a sala dos professores! –Sinceramente não gosto do plano da Josi.

  A forma como nenhuma criatura nos atacou até chegarmos em frente a porta da sala dos professores foi e incrível. Mesmo passando por corredores escuros e subindo alguns lances de escada com alguns alunos mortos e cheiro de sangues.

  -Estão mortos! –Josi despencou em uma cadeira levando as mãos ao rosto em sinal de pavor.

  Os três professores estavam inertes no chão com alguns arranhões e pedaços de pele faltando ali e acolá. Vi alguma coisa reluzir embaixo do corpo velho do professor de português. –ISSO! –Exclamei.

  -O que foi?

  Virei-me e respondi a pergunta de Vanderson. –Uma pistola! –Não preciso explicar qual modelo, tenho certeza que para meus amigos toda pistola e igual.

  -Solta isso cara!

  -Não! Caso não tenha notado Vandy! Uma arma de fogo agora é de grande ajuda! –Verifiquei a munição e por sorte ela estava totalmente carregada.

  -Você não planeja atirar nesse monstros com essa arma não é mesmo?!

  -Seguindo seu raciocínio de “Monstro”. Acho que é a única opção.

 Valeria se apoiou na porta da sala. –Temos que procurar por um local seguro! Aqui não é um bom refúgio.

  -Certo. –Braw e Andressa seguirão até a porta. –Vamos subir até a cobertura! La deve ser seguro.

  -Pode até ser, mas se ficarmos encurralados não teremos para onde fugir. –Eu não gostaria de perder todos meus amigos como da última vez –Eu torno a deixar perguntar: Estão dispostos a correr esse risco?

  -Eu não! –Afirmou Josi ao serrar os punhos. –Podem ir para onde for. Mas eu não vou correr o risco e ser devorada por essas coisas em algum corredor da escola.

  -Josi, você não pode ficar aqui sozinha! –O olhar de Josiane era desafiador e por isso Vanderson compreendeu que sua frase não surtira o menor efeito sobre ela.

  -Ela tomou sua decisão! –Eu sai pela porta e avistei no corredor mais um daqueles monstros parecidos com um grilo que havia atacado Valeria. –Tem um deles aqui no corredor. –Mal terminei de falar e aquilo voltou o rosto torcido asqueroso para mim.

  -Vão logo! Eu tranco a porta! –Josiane falava alto, eu podia sentir medo e raiva em sua voz.

  Quando aquele monstro correu até mim, vi um flash dos maus momentos que vivi no Halloween de cinco anos atrás. Quando disparei, o lado esquerdo do rosto dele explodiu e miolos que alteravam de vermelho e roxo respingarão pelas paredes.

  Todos com exceção de Josi, sairão nervosos para o corredor. –Boa sorte! –Disse ela ao fechar e trancar a porta.

  -Estou com medo de você Will! Nunca cogitei a ideia de você chegar a esse ponto.

  -Só estou protegendo a vida de meus amigos Andressa! –Passamos por cima do cadáver estendido da criatura. –Vamos! Temos que subir muita escada.

  Barulhos de vidros quebrando e alguns gritos abafados assustavam o restante de meus amigos. –Que Josi esteja bem! –Valeria exclamou em um suspiro.

  -Falta pouco! –Depois de subir vários lances de escadas que rodeavam de forma quadriculada, finalmente estávamos perto de sair. –Só mais um pouco...

  Um som de ferro batendo veio do alto das escadas, parecia que algo caia descoordenadamente e ricocheteando entre as grades de metal.

  -Calma. –Disse Braw. –Eu dou uma olhada!

  Dei um leve tapa no peito de Braw e assenti que não. –Deixa que eu verifico.

  Me inclinei sobre o corrimão da escada e olhei em direção ao topo, que por acaso estava obscuro devido à noite. O som de algo caindo avia cessado –Acho que não foi nada! –Afirmei, porem quando me descuidei, algo que pesava como uma criança caiu sobre meu braço. –MERDA!

  Outro aluno infectado, mas com somente metade do corpo estava se segurando em meu braço. Igualmente aos outros, tinha o rosto torcido e olhos brancos, de seu olho esquerdo saiam pequenos brotos de alguma coisa.

  Eu estava sentado na escada, não sabia onde estava a pistola e aquela coisa não queria me soltar, esmurrei o rosto dele algumas vezes e por algum motivo apenas amassou nos pontos onde acertei. –Me solta seu MERDA!—Para minha surpresa aquela coisa mordeu meu antebraço, soltei um gemido de dor e nesse momento me perguntei o que meus amigos estavam fazendo? –Alguém...

  BANG!—Um furo surgiu no rosto do mostro e ele finalmente parou de me morder. Mas o som do disparo ecoou de forma ensurdecedora.

  Eu apenas me levantei, e meu braço formigava e estava ensanguentado. –Pessoal. –A dor era imensa e me impedia de falar.

  -WILL! Você está bem? –Quando virei-me, vi Valeria empunhando a arma, ela estava tremula.

  Vários sons de grunhidos e berros vieram da base escura da escada.

  -Vem Will! –Vandy passou meu braço ensanguentado por cima de seu ombro.

  Eu sentia um formigamento e uma ardência por todo o meu interior, parecia que eu estava prestes a derreter. Para ajudar, quando eu tentava falar qualquer coisa, eu acabava por distorcer ou apenas gemer sons que lembravam algumas palavras.

  -Pronto, chegamos. –Após chegarmos na cobertura, Braw fez questão de trancar a porta.

  Vandy me escorou na parede ao lado da porta. –Will... –A expressão dele era péssima. Más nesse momento acho que a palavra “péssima” se aplica somente a mim.

  -Va-Valer-ia... –Senti sangue respingar pela minha boca, meus pensamentos estavam confusos e senti uma sensação tão ardente que literalmente senti meus órgãos se liquefazerem. –Mas-Mal-Mat ...-Eu não tinha mais forças para nada, meu suor era tão quente que as gotas escorrendo pelo meu rosto pareciam ácido me corroendo.

  -Will! Nem pense nisso! –Afirmou Vanderson. –Não vou perder meu melhor amigo!

  Dei um sorriso forçado para Vanderson, e usei minha última “gota de força” para apontar para a pistola que Valeria empunhava. Logo após isso... apenas fechei meus olhos...


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