Alias escrita por ladyenoire


Capítulo 4
Work Without Mask


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora :s Arrumei uma solução temporária para a situação que comentei nas notas de "Honey, I'm Queen Bee", então a fic vai voltando aos poucos.
Boa Leitura!!!



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Marinette e Adrien entraram na loja e o olhar de Xavier rapidamente foi parar nos policiais.

— Em que posso ajudar?

— Bem, nós só... – Marinette não conseguia falar, achava que poderia ser pega na mentira há qualquer momento. Então olhou para Adrien como um pedido de ajuda, fazendo uma coisa totalmente diferente do que faria se estivesse trajada de Ladybug.

— Viemos comprar um alicate.

— Pra quê exatamente você precisam? Existem vários tipos.

— Queremos um ged...

— Comum. Para cortar fios, cabos, arames e etc. – disse a azulada ao se dar conta de que se dissessem o modelo exatamente, ele poderia desconfiar.

— Certo, vou ver se tem.

— Ah, eu gostaria que fosse azul para... Combinar com... As outras ferramentas. – Xavier a encarou e depois deu de ombros, entrando no depósito.

— Então as ferramentas da sua casa são azuis? – ela revirou os olhos e riu por conta da pergunta do loiro.

— Infelizmente os azuis acabaram. Só temos verde.

— Ah... Eu queria muito o azul.

— Sinto muito, mas uma de suas ferramentas não vai combinar. – Xavier riu ironicamente.

— É uma pena. – Marinette fingiu lamentar, tomou coragem e se aproximou do balcão. – Mas eu queria saber onde foi parar o alicate universal gedore azul que pediu para Henry Davis buscar no estoque antes de ele ser akumatizado? – o homem ficou sem reação durante alguns segundos, depois empurrou a torre de mangueiras por cima de Marinette e saiu correndo da loja.

— Meu Deus! Você está bem? – Adrien tirou algumas mangueiras de cima da parceira.

— Estou sim, agora corre! Eu me viro, mas não deixe ele fugir! – o loiro assentiu e saiu correndo atrás de Xavier. Marinette então conseguiu se livrar das mangueiras e saiu correndo da loja também.

A garota conseguiu avistar o parceiro correndo pelas ruas e foi atrás. Marinette teve que pular por cima de um carrinho de cachorro-quente e deslizar por baixo de uma mesa com frutas à venda. Depois que desviou de mais pessoas e bateu em outras sem querer, rapidamente se enfiou em um beco e subiu pelas escadas de incêndio. Assim, Adrien o perseguia pelas ruas e Marinette pelos telhados.

Marinette pulou do telhado do prédio para o toldo de uma loja e deslizou chegando no chão. Aquilo tudo era fácil para Ladybug, então nem estava preocupada. A mestiça virou a esquina dando de cara com Xavier.

— Você vai se arrepender de ter chamado a atenção dele! - Marinette não entendeu de primeira, mas rapidamente pulou para trás antes que Xavier a atacasse. Logo, segurou seu braço, chutou sua barriga e torceu o membro superior para trás, deixando o fugitivo ajoelhado.

— Você é quem vai se arrepender de ter chamado minha atenção. - por fim derrubou ele no chão e o algemou.

— O quê? Mas como... Você... Você não estava atrás de mim? - Adrien chegou sem entender nada. Marinette estranhou ele não estar ofegante com a corrida, que não foi curta, mas deixou de lado. Ele só deve ser um bom atleta.

— Peguei um atalho. - o loiro riu e levantou Xavier, que estava coberto por pombos no chão.

— Vamos logo Sr. Pombo, você tem muito o que explicar..
*

— A boa notícia é que Xavier é uma peça a mais pra esse quebra-cabeças do Hawk Moth e a má notícia é que temos muito que estudar ainda. - Adrien disse entrando no laboratório de Marinette.

— Verdade. Ele é como um fantasma, não deixa rastros nem testemunhas. - o loiro arregalou os olhos.

— Se ele não deixa testemunhas...

— Xavier e Henry devem estar em perigo. - a azulada entendeu a linha de raciocínio do parceiro - Precisamos avisar seu pai.

— Não! Lembra que não podemos confiar em ninguém? Vamos ver primeiro o Henry e depois...

— Não dá tempo. Você vai ver o Xavier, que deve estar em interrogatório e eu cuido do Henry. - a garota correu para sua mesa, abriu a gaveta e começou a procurar algo.

— Tem certeza? Não é melhor... - Marinette puxou uma Glock 17 e recarregou.

— Não temos muito tempo!

— Tá legal, usa meu carro! - o loiro jogou a chave, a mestiça assentiu e saiu correndo do departamento. Assim que entrou no carro, dirigiu rapidamente até a prisão onde Henry Davis estava sendo mantido até o fim do caso.

— Preciso visitar Henry Davis.- pediu assim que chegou ao balcão.

— Você de novo? Acha que aqui é um tipo de hotel ou...

— Escuta aqui, esse homem corre perigo, abre a droga dessa porta de uma vez!

— Como assim corre perigo? - o homem perguntou sem mover um músculo, quase como se não se importasse com que estava acontecendo.

— Hawk Moth não deixa testemunhas. - ele deu um sorriso de canto.

— Exatamente. - Marinette não entendeu de primeira, porém logo o homem se levantou e apontou uma arma para ela. - Você mesma disse: Sem testemunhas! - antes que ele atirasse, a azulada deu um soco e quebrou o vidro que separava os dois, em seguida apertou o botão e abriu a porta para entrar. O homem saiu atrás dela, mas a mesma bateu a porta com tudo em seu rosto, o deixando desmaiado.

— Onde está Henry Davis? - perguntou ao primeiro policial que encontrou.

— Como entrou? Você não devia...

— Também sou policial. - mostrou o distintivo - Ele corre perigo e é uma das únicas pistas que temos sobre Hawk Moth. - o homem assentiu entendendo tudo e levando Marinette até a cela.

— Detetive Cheng? - Henry ficou de pé - Mas o quê...

— Não temos tempo, preciso que venha comigo até a sala de depoimentos.

— O que está acontecendo?

— Hawk Moth está atrás de você, porque você sobreviveu ao akuma e ele não deixa testemunhas.

— Se não queria o matar, porque já não o fez? - o policial questionou e a azulada começou a pensar.

— Porque talvez precise dele.

— Como assim? - os dois olharam na direção de Henry que tinha uma arma apontada para eles.

— Vocês são muito espertos. Pena que Hawk Moth não gosta desse tipo de comportamento. - Marinette puxou sua pistola e apontou para ele.

— Não se mexe!

— Ah, o que vai fazer? Atirar em mim? Lembre-se que posso fazer o mesmo antes de você piscar. - Marinette ainda estava em choque, porém precisava deixar isso de lado e pensar rápido. - Já chega disso. - Marinette agiu rapidamente e atirou na mão que ele segurava sua pistola, pegando apenas de raspão, no entanto foi o suficiente para que Henry largasse a mesma no chão.
Marinette correu, segurou o braço dele, chutou seu joelho e bateu a cabeça dele na mesa de metal com força o suficiente para o deixar desacordado porém não morto.

— Ele está sob efeito do akuma. - a garota disse após verificar que havia uma coleira de metal ao redor do pescoço dele, com o desenho de uma borboleta negra.

— Como? Ele não estava quando chegou aqui, estava? - ela largou Henry e ficou de pé, ainda pensativa.

— Não.
*

— Xavier está morto? Mas como? - Marinette estava eufórica - Ele estava no departamento e...

— Eu sei, eu sei. Tiveram que liberar ele por falta de provas. Assim que ele saiu foi assassinado. - Adrien explicou e deu um longo suspiro.

— Como assim falta de provas?

— Acontece que a fuga dele não quer dizer nada, o que você me disse que ele te falou sobre Hawk Moth não há como provar e agora que Henry foi visto sob efeito do akuma, seu depoimento não é mais válido. - falou baixo enquanto outros policiais se locomoviam pela cena do crime.

— Mas ele não estava sob efeito do akuma quando deu os depoimentos.

— Não temos como provar isso. - ela respirou fundo. Sua paciência com esse caso estava acabando.

— Credo, hoje o dia tá agitado hein! - Nino se aproximou deles.

— Infelizmente. - disse o loiro.

— Soube que você prendeu um policial que era capanga de Hawk Moth. Era um akuma?

— Não, só capanga mesmo.

— Agreste, Cheng! Tem algo pra mim? - Gabriel Agreste se aproximou e Nino se afastou com pressa - Porque se não tiverem, preciso dizer que tem um corpo bem ali. - apontou.

— Xavier Ramier. - disse a azulada - Vendedor da loja de ferramentas onde Henry Davis, o Deadshot, trabalhava. Era um possível suspeito, mas agora não temos nada. De novo. - Marinette bufou - Se me der licença, preciso fazer algumas análises forenses antes de ensacar o corpo.

— Certo, mas depois vou precisar do seu depoimento sobre os problemas lá na cadeira. - a garota assentiu e se retirou. - Adrien, está tudo bem?

— Sim. Tudo perfeitamente bem.
*

Marinette estava parada em frente ao painel com possíveis pistas de Hawk Moth. Nada do que tinha ali podia ser seguido fielmente, o que a deixava maluca.

— Henry Davis não tinha nenhuma coleira com ele. - disse Adrien entrando no local.

— Como assim? Eu vi!

— Eu sei, mas isso só reforça a ideia de que tem alguém trabalhando infiltrado.

— É bem possível. Aquele policial arrogante trabalhava para Hawk Moth. Provavelmente foi ele quem facilitou para que colocassem o akuma novamente em Henry.

— Certo, por enquanto não podemos contar com o depoimento de Henry, o policial se recusa a dizer qualquer coisa e Xavier está morto. - o loiro se aproximou do painel e ficou ao lado de Marinette - O que temos para estudar o caso por fora?

— Nada. - ele desanimou - Hawk Moth vem cometendo crimes há um bom tempo e a única coisa que sabemos é que ele existe.

— Esse é um caso impossível. - os dois sentaram. Marinette estava exausta. Não que a ação teria a cansado, mas sim a situação e os acontecimentos. - Precisamos descansar e amanhã voltaremos e pensamos melhor nisso tudo.

— Concordo.

— Boa noite, Marinette.

— Boa noite. - Adrien saiu, logo Marinette pegou suas coisas e saiu.

Sua intenção era chegar em casa e tomar um bom banho quente, porém dormir cedo não estava nos seus planos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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