Alias escrita por ladyenoire


Capítulo 3
Ladybug & Chat Noir


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários, respondo assim que puder ♥
Boa Leitura!!!



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Desculpe, o atraso. - Adrien apoiou a mão nos joelhos, recuperando o fôlego que havia perdido com a corrida até o local.

— Tudo bem. - Marinette disse enquanto colocava a luva - Na verdade eu também acabei de chegar.

— Ei Adrien! - Alya correu até ele - Quer ver o vídeo que eu fiz da Ladybug e do Chat Noir?

— Ladybug e Chat Noir? - o loiro fez uma careta - Quem são esses?

— A super-heroína vermelha e um cara que estava com ela. - a mestiça respondeu, parecendo desinteressada. Alya mostrou o vídeo que havia feito enquanto Marinette recolhia tudo que precisava. - Ahá! - deu um grito, fazendo os dois se assustarem - Eu sabia que era uma 44 Magnum Desert Eagle.

— É, você é boa amiga. - a morena cruzou os braços. Adrien foi até a azulada.

— Como vamos tirar o akuma desse cara? Digo, ele foi akumatizado, mas como ele fica normal?

— Ninguém sabe. - Marinette ficou de pé - Depois de um tempo as vítimas acordam sem se lembrar de nada, como você deve ter visto no relatório.

— E eu também li que nunca prenderam um vilão enquanto ele estava akumatizado. - lançou um olhar sugestivo.

— Verdade. - ela pareceu pegar a dica - Precisamos levar ele para o laboratório o mais rápido possível e retirar algumas amostras.

*

Marinette chegou cedo no departamento, passando direto para seu laboratório para analisar as amostras retiradas de Henry Davis, o Deadshot.

— Bom dia! - Adrien entrou na sala, fazendo Marinette se assustar - Me desculpe pelo susto. - ele riu de leve.

— Bom dia para você também.

— Imaginei que fosse chegar cedo. - ele sentou ao lado dela e colocou duas xícaras na mesa, ao lado de um prato com dois donuts. - Então pensei que a gente pudesse tomar café da manhã aqui, o que acha? - os olhos de Marinette brilharam enquanto seu coração pulava dentro do peito.

— Ótima ideia. - sorriu em agradecimento.

— Bem, eu queria trazer mais donuts, mas eu só consegui roubar dois sem que o Nino visse. - a mestiça começou a rir.

— Que tipo de policial rouba donuts de outro policial? - ele riu.

— Depois eu compro mais para ele. Na verdade eu estava com preguiça de ir até a padaria. - deu de ombros.

— Certo então. - disse e tomou um gole de café.

— Eu estive pensando, a tal da Ladybug e de Chat Noir estavam na cena do crime ontem. Será que não deixaram impressões digitais em algum lugar? - a mestiça quase cuspiu o café fora, porém ao invés disso, se engasgou de leve. - Marinette, você está bem? - Adrien colocou a mão sobre o ombro dela, piorando a situação de nervosismo da mesma.

— S-Sim, eu e-estou bem. - se recompôs.

— Mesmo? - ela assentiu.

— Ér... eu p-posso analisar e ver se a-acho algo. - Adrien sorriu.

— Me avise, certo?

— Aham. - colocou um pedaço de donut na boca, antes que falasse mais alguma bobagem.

Marinette sempre foi cuidadosa, então esperava não ter deixado nenhuma impressão digital, porém estava preocupada com o tal Chat Noir. Será que ele havia sido tão cuidadoso quanto ela? Assim que Adrien sair, ela pretende checar.

— Bem, e eu acho que nós não precisamos mais investigar lá perto do Museu de Orsay, já que Ladybug e Chat Noir fizeram o trabalho por nós. Não é mesmo? - a mestiça riu tentando esconder o nervosismo.

— Agreste, Cheng! O capitão está chamando. - um policial apareceu na porta do laboratório.

— Já estamos indo, Ivan. - a azulada respondeu. Os dois ficaram de pé e saíram lado a lado para a sala do chefe.

Quando chegaram em frente a porta, Marinette deu três batidas até ouvirem que podiam entrar.

— O que o senhor queria com a gente? - Adrien perguntou enquanto se sentava ao lado de Marinette e de frente para o seu pai.

— Sentem-se por favor. - Gabriel indicou com a mão as cadeiras em sua frente. Os dois se entreolharam e sentaram devagar.

— Primeiramente eu gostaria de perguntar, Marinette, você tem algo sobre essa tal de Ladybug e o tal de Chat Noir? - a mestiça negou com a cabeça. - Nada mesmo?

— Não. Quero dizer, eu não verifiquei tudo, então posso ver o que acho. - sugeriu.

— Excelente!

— Porque quer informações sobre eles, pai... Digo, capitão? - o loiro questionou.

— Porque caso não saibam, é proibido fazer justiça com as próprias mãos aqui em Paris. - respondeu simples.

— Quer dizer que está os procurando para prendê-los? - Marinette perguntou receosa.

— Exatamente.

— Mas eles são heróis! - Adrien rebateu - Ajudaram, e muito no caso do Deadshot.

— No entanto, usam máscaras. Não são heróis, são vigilantes.

— Não deixam de ter ajudado. - disse o loiro.

— Quem resolve os casos são os policiais e não os vigilantes. Eles estão usando um poder que não tem. - explicou - Não cabe a eles decidir quem deve ser preso, morto ou sei lá. Cabe às autoridades como eu e vocês. Alguma dúvida? - os dois negaram com a cabeça - Certo. Então podem voltar ao trabalho. 

Marinette e Adrien começaram a trabalhar no laboratório e um clima estranho havia se formado depois que saíram da sala do capitão.

A azulada suspirou derrotada. Sabia que se acabasse se expondo demais, não daria em boa coisa. Ela só queria justiça e fazia tudo ao seu alcance para consegui-la.

— Que chato, não acha? - o silêncio foi quebrado pela fala de Adrien e só agora ela notou que ele estava sentado ao lado dela, enquanto encarava a janela com a cabeça apoiada nas mãos.

— S-Sim. - disse sem ter certeza do que ele falava.

— Ladybug e Chat Noir seriam bem úteis contra esses akumas.

— Concordo. - e de fato concordava, só estava curiosa em saber de onde surgiu Chat Noir. Era fato que ele é muito habilidoso, porém Marinette nunca viu ninguém como ela desde seu treinamento. Seria possível suas habilidades terem vindo da mesma fonte que as de Marinette?

— Encontrou alguma coisa?

— Hã? - o loiro aproximou o rosto do dela, a deixando desconcertada.

 - Nos exames do Deadshot, ou melhor, Henry Davis.

— Ah sim. Por enquanto não há registros de substâncias estranhas. - continuou a ler atentamente - Espera!

— O que foi? - Adrien se aproximou mais e ela teve que respirar fundo para não se atrapalhar, o que piorou mais a situação, já que o perfume do garoto invadiu as suas narinas, a deixando extasiada por um momento.

— H-Há registros de um e-estímulo na região d-do pescoço.

— Como assim?

— Parece que a influência do akuma veio dali.

— E como isso seria possível? - Marinette levou a mão até o queixo, pensativa.

— Bem, eu não sei. Acredito que só seria possível se ele estivesse preso a algum tipo de coleira.

— Pode ser isso, então. - Adrien começou a folhar os relatórios de casos sobre Hawk Moth - Esse tempo todo procuraram por algum tipo de soro ou droga no corpo das vítimas do akuma, mas não pensaram que talvez o estímulo que leva elas a fazer o crime pode ter vindo de fora. Como uma coleira.

— Mas essa tecnologia é muito avançada. Quero dizer, é algo que influencia tanto que a pessoa não sabe mais quem é e segue as ordens de Hawk Moth cegamente.

— Portanto ou Hawk Moth é alguém que tem acesso a esse tipo de tecnologia, ou ele conhece alguém que tem.

— Então precisamos achar a pessoa que tem acesso e assim achamos Hawk Moth.

— Exato.

— Espera um pouco. Aqui não diz que a vítima foi encontrada com algum tipo de coleira ou objeto que pudesse mandar os estímulos.

— Talvez Hawk Moth tenha conseguido tirar antes de verificarem. - Adrien bateu de leve na mesa, frustrado.

 - Como? Ele veio direto pra cá para análises. Não tinha como ele tirar, a não ser...

— A não quer que ele tenha alguém trabalhando infiltrado. - arregalaram os olhos de leve. Seria uma possibilidade? - Não, não, não. É impossível, meu pai saberia. - Marinette permaneceu quieta e pensativa, enquanto Adrien levantava e andava de um lado para o outro. - Sabe o quão sério é isso? Tipo, muito!

— Calma! Ficar nervoso não vai dar em nada. - a azulada ficou de pé e parou na frente dele.

— É, você tem razão. Não adianta surtar.

— Certo. O que vamos fazer com essa informação?

— Por enquanto, nada. Ninguém além de você e eu pode saber disso. Entendido? - Adrien se aproximou, fazendo Marinette ficar desconcertada.

— E o seu pai?

— Ninguém.

*

— Eu preciso visitar um detento. - Marinette falou para o policial, que levantou os olhos sem vontade e a encarou. - O nome dele é Henry Davis.

— É da família ou advogada?

— Policial do departamento forense. Preciso conversar com ele a respeito do...

— Assina aqui e vê se para de me encher. - a mestiça arregalou os olhos com corte que havia recebido e tratou de assinar.

— Tratar pessoas dessa maneira pode te levar a ser demitido. - uma voz foi ouvida atrás de Marinette.

— E quem vai me demitir? Você? - perguntou debochado. Adrien deu um sorriso de canto enquanto assinava o papel.

— Eu não, mas o seu chefe sim, que por acaso é muito amigo do meu pai. Então pense duas vezes antes de falar assim com alguém e principalmente com a minha parceira. - o loiro colocou a mão no ombro da azulada, enquanto o policial os encarava incrédulo - Vamos, Marinette.

Os dois caminharam até a sala e Adrien puxou a cadeira para sua parceira, que cada vez se derretia mais com as ações do parceiro. Ele sentou ao lado dela e logo Henry entrou na sala, acompanhado de um policial.

— Vocês são meus advogados? - perguntou com a voz trêmula - Porque eu já disse que não fiz isso. Eu não...

— Na verdade somos policiais. - Adrien tomou a frente - Eu sou o detetive Agreste e essa é a minha parceira, detetive Cheng. Estamos aqui pra pegar o seu depoimento para ser usado no caso de Hawk Moth.

— Certo. Farei de tudo para ver aquele homem pagar pelo que fez.

— Vamos começar com as perguntas, então. - juntou as mãos.

— O que o senhor se lembra de antes de ser akumatizado? - Marinette questionou ao ler a pergunta no caderno.

— Eu me lembro que eu estava no trabalho. Com meu amigo Xavier.

— Trabalha no quê?

— Em uma loja de ferramentas. Ou melhor, trabalhava. - se lamentou - Xavier pediu para que eu pegasse um alicate no depósito, já que um cliente queria. Aí eu peguei, era o último da caixa, e depois disso, não me lembro de nada.

— Lembra que tipo de alicate era? - a azulada perguntou.

— Como isso vai ajudar? - Adrien indagou e ela apenas lançou um olhar de "confie em mim".

— Acho que era um alicate universal gedore, azul.

— Entendi. - a dupla fez mais algumas perguntas e em seguida foram embora.

— O que temos que pode ajudar? - Adrien perguntou segurando a direção, porém o carro ainda estava desligado.

— Quase nada. - Marinette respondeu - O depoimento dele descreve tudo do jeito que as outras vítimas descreveram. Mas temos o modelo do alicate.

— De novo, como isso vai ajudar?

— Eu não tenho certeza, mas é um diferencial. Por exemplo, um funcionário da loja disse que depois que Henry entrou no depósito, não viu ele sair. Achou que ele tinha se escondido do chefe ou sei lá, por mais que ele não fosse disso. E quem deu esse depoimento foi Xavier Ramier.

— O amigo de Henry que pediu para ele ir lá.

— Exato. E aqui também diz que nada foi encontrado no local que Henry desapareceu. Podemos encontrar o alicate, checar as digitais e ver o que encontramos. Não estou dizendo que isso vá revelar quem é Hawk Moth, mas pode significar algo. É um tiro no escuro, mas podemos tentar.

— Vamos para a loja de ferramentas então.


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Notas finais do capítulo

TYB será terminado em breve :)
Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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