— Adivinha quem ajudou a super-heroína de Paris? – Alya adentrou o laboratório toda animada – Euzinha!

— Como passou pelo Nino?

— Nossa, Marinette! Achei que fosse ficar mais feliz por mim. – a azulada riu da mudança de humor da amiga ilustrada por caretas.

— Eu fiquei feliz sim, mas é que você não poderia ter entrado aqui, principalmente hoje. Não que eu queria que você vá embora, mas...

— Eu entendi. – Alya fez sinal com a mão para que ela parasse de falar, pois conhecia a amiga muito bem e sempre que ela começava a se enrolar, não parava mais. – Estou super curiosa para saber o porquê, mas antes, preciso te contar como ajudei a Ladybug. – Marinette abriu a boca para falar, porém antes que o fizesse foi interrompida - Ela tinha levado uma flechada na perna do Dark Cupid, e mesmo assim ela conseguiu derrubar o cara! – disse impressionada - Depois disso eu fui até ela e estanquei o sangue da perna dela com meu cachecol. A Ladybug me agradeceu e simplesmente saiu correndo, como se não estivesse machucada. E ainda, ela sabia o meu nome!

— Como ela sabia seu nome?

— Ela disse que leu no jornal! Sou demais, ou não sou?

— Sim você é. – Marinette ria da reação exagerada da amiga. Mal sabia ela que estava na frente da Ladybug.

— A maior heroína de Paris sabe o meu nome, é claro que eu sou demais! – as duas começaram a rir e logo Adrien entra na sala.

— Alya? Como conseguiu entrar?

— O que tem de tão importante para vocês ficarem me perguntando isso? E respondendo à sua pergunta, subornei o Nino.

— Com donuts? – o loiro questionou.

— Na verdade não, foi com outra coisa. Mas não cabe falar agora. – Marinette e Adrien trocaram olhares cúmplices. – Enfim, podem responder a minha pergunta agora?

— Estamos estudando uma das coleiras que Hawk Moth usa para controlar os akumas. – a azulada respondeu.

— Como conseguiram? – a morena chegou mais perto.

— Darkblade.

— Sim, mas as coisas não sempre “sumiam” antes que vocês conseguissem pegar?

— Dessa vez foi diferente. Acho que estamos chegando perto. – Adrien colocou na frente de Alya a folha com os nomes dos laboratórios cujos logotipos batiam com a descrição dada por Armand. – Temos uma missão para você.

— Missão para mim?

— É, Marinette disse que confia muito em você. Então se ela confia, eu também confio. – a morena pensou em fazer um olhar malicioso para a amiga, porém hesitou pois estavam falando sobre coisas sérias agora – Esses três laboratórios têm logotipo circular e predominantemente azulados, que batem com a descrição dada por Armand D'Argencourt, mais conhecido como Darkblade. Ele disse que se lembra de injetarem o akuma nele em um laboratório com esse tipo de logo. Queremos que você verifique esses laboratórios e veja se encontra algo.

— Não podemos fazer nada sem mandado, mas você não é policial e é boa em conseguir informações. Só precisamos que isso seja sigilo total, confie somente em nós dois para falar sobre isso.

— Isso é um desperdício de material! Se eu não te amasse o suficiente, sairia correndo agora mesmo e publicava tudo isso. – disse Alya.

— Não se preocupe, quando tudo puder ser divulgado, daremos exclusivamente para você com todos os detalhes. – Adrien garantiu – E aí, tá dentro? – Alya respirou fundo e levantou a cabeça com uma expressão de determinação.

— Eu amo vocês!

*

Logo depois que Alya foi embora, Adrien preencheu alguns papéis e veio ajudar Marinette com a coleira.

— Descobriu algo?

— Olha, eu não sou especialista em engenharia. Mas sei que tem um composto químico aqui dentro que age juntamente com os impulsos. Estou coletando amostras.

— É bem complexa então.

— Sim. É uma tecnologia muito avançada. – a azulada disse enquanto se concentrava em coletar uma amostra do líquido roxo.

— Adrien, tem um akuma atacando no centro. – Nino avisou.

— Certo, vou ver o que posso fazer. – o loiro olhou para Marinette – Se importa que eu vá? – ela negou.

— Só... Tome cuidado! – ele assentiu e logo que ela teve certeza que ele saiu, vestiu o traje da Ladybug, juntamente com os protótipos de luvas que havia feito à noite, saiu pela janela e foi até ao telhado. – Agora, eu espero que funcionem. – disse olhando para as luvas. – Porque se não funcionarem, eu posso me machucar um pouquinho. Talvez muito.

Marinette mirou no poste e disparou o pequeno objeto circular que lembrava um ioiô e o mesmo se enroscou no poste. Ela deu alguma puxadinhas para se certificar que estava bem preso. Logo depois tomou distância, respirou fundo e correu se deixando levar.

Quando estava próxima ao poste, lançou o pequeno ioiô com a luva da outra mão e foi indo enquanto o outro ioiô voltava para o lugar.

— Definitivamente é mais rápido desse jeito. – não demorou muito e Ladybug havia chegado na cena do crime.

Um garoto trajado de preto com alguns detalhes verdes e roxos e com uma cartola, gritava que ia atirar nos policiais se eles não saíssem. Obviamente a heroína não podia deixar isso acontecer, então a mesma correu e antes que um projétil verde acertasse os policiais, Ladybug lançou o ioiô e o desviou de volta para o garoto, que rolou para o lado antes que o negócio o atingisse e explodisse.

— Ladybug, que prazer ter você por aqui.

— Pena que não posso dizer o mesmo... Eu nem sei o seu nome, mas sei que não é um prazer te ver por aqui.

— Pode me chamar de Wizard.

— Ótimo nome. Mas fiquei curiosa para saber porque o escolheu.

— Bem, então você vai descobrir. – Wizard lançou mais um projétil, porém um bastão metálico rapidamente o desviou.

— Atrasado, mas cheguei. – disse Chat Noir com o típico sorriso pretensioso.

— Fico feliz que tenha se juntando a nós, Chat Noir. Agora se me dão licença, não tenho todo o tempo do mundo. – ele jogou algo no chão que logo se desfez em uma nuvem de fumaça.

— Parece que esse mágico não é tão mágico assim. – Ladybug apontou para o mesmo correndo por um beco.

— Claro que ele não é. – Chat pontuou – Um mago nunca revela seus truques.