Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 8
Recupero um amigo e conheço o paraíso




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Hoje é o pior dia da minha vida. Eu estava no meio da aula de Runas quando o zelador Filch interrompeu a professora para pedir que eu fosse até a sala do diretor Dippet. À princípio, eu pensei que havia chegado até ele a minha briga com o Riddle, mas antes fosse isso! Assim que eu entrei, o diretor veio me dar a triste notícia de que o meu pai estava no St. Mungus por comta de um combate com os aurores, então além de eu quase perder o meu pai, o nome do minha família estaria jogado na lama porque agora havia provas de que os Nott estavam trabalhando para o Grindelwald.

Não preciso dizer que o desespero tomou conta de mim, né? Estávamos eu, o diretor Dippet e o asqueroso do professor Slughorn na diretoria. Ambos não sabiam o que fazer, e como eu detestava o Slughorn, comecei a pedir pela presença de Dumbledore na sala, porque ele era o único professor que eu eu queria ver naquele momento.

Então, Slughorn se tocou e foi buscar o Dumbledore pra mim. Assim que Dumbledore chegou, eu o abracei desesperadamente e literalmente chorei no ombro dele, e ele, acariciou paternalmente os meus cabelos me deixando mais calma a cada segundo. Depois ele perguntou o que havia acontecido com o meu lábio que já estava inchado, apesar de eu ter escondido o machucado muito bem com maquiagem, as lágrimas acabaram deixando o corte em evidência, daí inventei uma desculpa idiota sobre Druella bater em mim com um anel e tio Dumb pareceu se conformar com a resposta, apesar de não acreditar em uma só palavra.

Depois que eu me acalmei, foi-me dito que eu teria que esperar alguns procedimentos a serem feitos pelo ministério para que eu pudesse vê-lo, então decidi por voltar à sala comunal, onde as minhas amigas já me esperavam de braços abertos, porque a notícia, de alguma forma, havia se espalhado pelo castelo, então chorei mais uns cinco litros ali sentada com elas.

— Calma, Claire, vai ficar tudo bem! – dizia a Druella enquanto me abraçava e a Eeilen olhava sem saber o que fazer

Aos poucos, a sala comunal da Sonserina foi se enchendo, alguns vinham me prestar solidariedade soutros apenas olhavam de longe por não saberem exatamente o que fazer ou dizer, mas para a minha surpresa, eu vi que aquela manhã não seria de total tristeza porque houve num momento em que vi Druella se afastar de mim e se levantar do sofá, sendo substituída pelo Lestrange. Meu doce e velho Lestrange! Chorei mais um litro nos braços dele enquanto inalava o seu perfume suave que sempre me ludibriou. Enquanto isso, ele murmurrava coisas na intenção de me acalmar.

— Eu senti tanto a sua falta, gatinho, não me deixe mais sozinha... – eu disse me virando para olhá-lo, que não tinha mais a expressão divertida de sempre quando estava comigo

— Não deixarei, Claire, quero que você fique bem, gatinha... – ele disse carinhosamente e preocupado, e eu me derreti toda. Por que eu fui ceder ao Riddle naquela noite? Era pra eu estar feliz com o Lestrange agora...

— Acho bom mesmo. – eu disse limpando as minhas lágrimas – só vou poder visitar o meu pai bem mais tarde, pelo menos ele não está morto, não é?

— E nem vai estar, gatinha, confie em mim, agora tirando isso, me conte o que aconteceu com esse rostinho lindo que eu tanto adoro? – ele perguntou tirando uma mecha do meu cabelo que estava grudada no meu rosto junto às lágrimas

— Foi Druella – eu disse apontando para a minha amiga que estava mais afastada conversando com o Cygnus – ela me bateu sem querer, e ela estava usando um anel... desses que são joias de família, sabe? – repeti a mesma mentira que contei ao Dumbledore, só que ao contrário do tio Dumb, o Lestrange acreditou

Fiquei mais algum tempo conversando com o Lestrange e parece que finalmente nos acertamos. Ele teria matado aula pra passar o dia inteiro comigo se o professor Slughorn não tivesse entrado na sala comunal da Sonserina para me buscar para ir ver o meu pai, e sinceramente? Quando cheguei ao St. Mungus, me senti muito mal porque a porta do leito do meu pai estava guardada por cinco aurores como se ele fosse um criminoso da pior espécie, sendo que ele tinha um dos sangues mais nobres do mundo bruxo.

Quando cheguei ao hospital junto ao professor Slughorn, fui logo abraçar a minha mãe e o meu irmão que choravam. Eu pude bancar a forte na frente deles porque eu já havia chorado tudo o que eu podia em Hogwarts. O estado do meu pai era grave, talvez ele nem voltasse a andar, e talvez ele nunca acorde e fique em coma permanente.

Ficamos ali com ele por mais algum tempo até que tivemos que sair do quarto.  Fui obrigada a voltar para Hogwarts obrigada por minha mãe, mas a fiz prometer que faria com que me deixassem  visitá-lo todos os dias. Vencida, voltei então para Hogwarts com o professor Slughorn.

Quando chegamos, o professor tentou falar algumas palavras bonitas, mas o ignorei totalmente quando vi a figura do Charlus Potter vindo em minha direção, certamente para prestar solidariedade, e sempre que vejo o Charlus, o meu mundo para pra vê-lo chegar.

— Claire, fiquei sabendo sobre o seu pai, como você está? – ele disse preocupado quando se aproximou. Minha vontade era de abraçá-lo, mas então lembrei do nosso último encontro.

— Estava ótima até você vir falar comigo. Eu não disse que era pra nunca mais você se aproximar de mim de novo? – eu disse ríspida e ele recuou. Certamente não esperava essa reação minha. – mas, obrigada, ficarei bem.

— Nossa, Claire, não precisa falar assim... me desculpa, eu não sabia que ia ficar tão chateada... – ele disse receoso. – Mas, cheguei a conhecer o seu pai e eu tenho um carinho enorme por você, mas então só saiba que pode contar sempre comigo. – ele terminou e se afastou.

Eu nunca pensei que dispensaria Charlus Potter desse jeito um dia, mas além de eu não querer me mostrar sempre disponível pra ele, dar em cima dele seria trair o fundamento número um das Harpias já que ele namora a Minerva, e eu não quero desestruturar o grupo, ainda mais agora que estou sentindo aquelas garotas mais confiantes.

Repirei fundo e fui me sentar em baixo da escada que levava ao segundo andar porque eu não queria voltar à sala comunal agora. Eu via os alunos passando ou muito felizes com seus namorados ou namoradas, ou muito apressados, ou sonhadoramente como se precisassem de um tempo à sós. Essa era Hogwarts, o lugar em que apesar de eu estar rodeada de pessoas, eu me sintia sozinha. Não vejo a hora de terminar a escola e ir morar na França para trabalhar no Gringotes de lá ou ser domadora de dragões na Romênia, mas acima de tudo, não vejo a hora de ter um novo recomeço.

— Suponho que vá querer companhia para passar por esse momento difícil. – eu escutei aquela voz mecanicamente controlada e aveludada.

Respirei fundo antes de olhar pra cima, aliás, como ele sempre me achava nos lugares mais improváveis? Sempre que eu queria estar sozinha, ele aparecia. Após apanhar coragem, eu decidi respondê-lo

— Supôs errado! E qual parte do não fale mais comigo que você não entendeu? – eu perguntei ríspida e ele sorriu

— Acho que o não.  – ele respondeu com um sorriso brincando nos lábios. Eu revirei os olhos.

— E como você sempre me acha quando eu quero evitar companhia?  – eu tornei a perguntar e ele agachou ao meu lado

— Sou ofidioglota. – ele respondeu e eu quis matá-lo porque se muito não me engano, ele estava me chamando de cobra. Mas, respirei fundo, eu só queria que ele fosse embora – mas vejo em sua mente que realmente quer ficar sozinha. Eu conheço o lugar certo pra isso e eu posso levá-la. – ele completou, tornando a ficar de pé mantendo o tom polido, mas tentando claramente ser agradável

— Vá pro inferno, Riddle! – eu explodi e ele riu com vontade – respeite a dor dos outros. Não é só porque você não tem família que eu não me importe em perder parte da minha.

— Sinto não poder atender o seu pedido tão gentil. – ele retrucou irônico – mas insisto em ter o lugar certo pra ninguém te incomodar. Venha e eu te mostro. Não é um truque e você não tem na a perder. Você vai gostar, eu prometo. – ele completou colocando as mãos para o alto sinalizando que ele estava em missão de paz.

— Mas chegando lá, você dá o fora porque para todos os efeitos ainda não estou falando com você. – eu respondi e me levantei para acompanhá-lo porque, afinal, eu estava curiosa. Riddle conhece todos os segredos desse castelo e de todo mundo.

À princípio pensei que ele estava curtindo comigo porque não paravamos de subir as escadas, até que chegamos ao sétimo andar e eu o acompanhei até o corredor em que se encontrava uma tapeçaria. Minha ira quase explodiu quando ele me fez ficar encarando a parede vazia.

— Agora feche os olhos e pense no lugar que gostaria de estar sozinha. Se concentre nele e depois abra os olhos devagar. – ele me instruiu mantendo a voz mecanicamente controlada. Riddle daria um bom professor.

Eu fiz o que ele disse e para a minha surpresa, uma porta se materializou bem na minha frente. Olhei para o Riddle e ele exibia um sorriso satisfeito, então ele disse.

— Agora abra a porta e se depare com o lugar que escolheu. Aprecie, sta. Nott – ele disse num tom de voz suave, mas antes de ir embora, acrescentou: – à propósito, sinto muito pelo seu pai!

Optei por não respondê-lo e observei ele se afastar, e quando já não era mais possível escutar o som dos passos dele, minha curiosidade ganhou sobre mim e eu abri a porta, e por Merlin e Salazar juntos, aquele lugar era o paraíso!


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Notas finais do capítulo

Lestrange ou Riddle?



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