Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 41
Meu casamento e a escolha de nomes




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/720322/chapter/41

Os dias voaram, e quando dei por mim, o dia do meu casamento, finalmente, havia chegado. Minha barriga já estava consideravelmente visível, por isso minha mãe e Druella sofreram para encontrar um vestido que disfarçasse a gravidez, embora eu quisesse mais é que as pessoas soubessem mesmo que eu e Voldemort teríamos filhos, os nossos filhos.

Minha mãe quase surtou quando eu disse que queria um vestido preto para casar porque já que eu era a Lady das Trevas, nada mais justo do que eu me casar como uma. Voldemort aprovou a decisão. 

Por fim, elas apareceram com um vestido preto belíssimo que deixava as minhas costas nuas e possuía um decote comportado, mas muito sensual. O vestido era todo brilhoso, e com certeza atrairia muito a atenção quando eu o usasse, e essa era exatamente a intenção.

Eu estava mais nervosa do que o dia que me casei com Lestrange. Rachel me ajudava com a maquiagem e Nick, o filhinho mais novo dela e de Dolohov nos observava, e eu só queria morder as bochechas rosadas dele. Colin, infelizmente não pode vir. Ah, como eu queria que meus gêmeos nascessem logo....

Por outro lado, Voldemort quase não parava em casa. Ele continuava a persuadir pessoas e a espalhar o terror. À essa altura, as pessoas já estavam começando a evitar pronunciar o nome dele.

— Minha filha, você está perfeita! – Minha mãe disse após terminar de me ajudar com o vestido. – Faltam dez minutos para o início da cerimônia, quantos você pretende atrasar?

— Nenhum! Voldemort disse que dará Blink a Nagini se eu atrasasse um minuto sequer, e eu não quero brigar com ele hoje, não no dia do nosso casamento... – eu respondi e minha mãe balançou a cabeça de forma divertida. Ela aprendeu a gostar de Voldemort porque ele era o único que discutia comigo à altura.

Quando desci as escadas da mansão, todos pararam para me olhar, então meu pai pegou o meu braço e me guiou até Voldemort que me aguardava com o rosto impenetrável. A cerimônia foi estupidamente rápida, é diferente dos outros casais, trocamos alianças negras. Assim que fomos declarados marido e mulher, ele me deu um beijo de tirar o fôlego e  se afastou de mim. Obviamente, ele não iria cumprimentar os convidados e eu também estava cansada para isso. Observei ele se aproximar de meu irmão Teodore, certamente para atraí-lo para a nossa causa.

Já eu, fui me sentar com Rachel e Dolohov. O problema foi que Lestrange também estava na mesma mesa com a mulher Olívia Hornsby, a garota que contribuiu, ainda que indiretamente, pada Murta ser morta pelo basilisco de Voldemort. Lembro-me que na época, a fantasma de Murta a perseguia por todo o lugar, e eu era a primeira a sugerir coisas para Murta fazer e assustar ainda mais Olívia.

Eu não gostava de Olívia porque ela sempre queria competir comigo. Ela era até muito bonita, mas todos os caras que ela gostava, se apaixonavam por mim. Era óbvio que ela estava detestando que eu estivesse ali porque além de não gostar de mim, eu já fui casada com o marido dela, mas Voldemort exigiu que Lestrange a levasse, talvez pra mexer comigo.

— Sei que a maioria dos bruxos acham que o trabalho no Ministério é tedioso, e talvez seja, mas é revoltante não ver a gratidão de todos pelo que fazemos. - Olivia disse jogando uma indireta pra mim porque minutos antes eu havia dito que não conseguiria ficar trancada em um lugar resolvendo o problema dos outros. 

— Mas quem disse que não somos gratos? Talvez, esquecemos de agradecer porque algumas pessoas, como eu, nunca precisaram de nenhum favor do Ministério. Talvez se eu tivesse uma Murta me perseguindo, talvez eu mudasse de postura... - eu retruquei e vi Dolohov virar o rosto para não rir. Lestrange achou melhor não se meter. 

— Ainda bem que as leis do Ministério são eficazes, não é meu amor? - ela perguntou para Lestrange que apenas concordou - Você deveria fazer alguma que punisse aqueles que atiçam expectros que não pertencem a esse mundo contra os vivos. 

— Ótima ideia! Quer dizer... se o meu marido concordar, não é mesmo? Acho que ele gosta de ver a cara de pessoas tolas demais que se deixam atormentar por meros fantasmas. - eu retruquei e vi a mulher ficar vermelha de raiva. Dolohov até saiu de perto.

O clima estava tenso, tanto que Lestrange tentou mudar de assunto, mas então Druella veio me salvar e me chamou pra sentar junto à ela e Mandy. Era incrível que bastou eu engravidar pra começar a me dar bem com elas. Falávamos sobre bebês e gravidez, elas me contavam do casamento delas e eu falava como era a minha vida com o Voldemort e o que eu esperava com o casamento.

No fim, o meu, agora, marido conseguiu convencer Teodore a vir para o nosso lado e o meu irmão já estava venerando Voldemort, se dependesse dele, ele receberia a marca negra ali mesmo.

Voldemort teve dificuldade para se livrar dele, mas assim que conseguiu, veio me tirar para dançar, e eu confesso que foi um dos momentos mais lindos da minha vida. Ele sabia me fazer sentir especial quando ele queria. Ele me beijava lentamente e me abraçava na frente de todos. Quem nos visse, acharia que éramos um perfeito casal apaixonado, e tudo bem que pensassem isso.

No final da festa, Voldemort me convenceu a subir para o quarto, deixando todos lá em baixo. Tomamos um banho juntos e eu tive que abrir mais uma exceção pra ele, afinal precisávamos consumar o casamento e eu não conseguia mais enxergar o sexo como uma ameaça aos meus bebês, se fizéssemos com calma, por isso pedi pra ele ir devagar, mas assim que terminamos, ele ia se virar de lado pra dormir, mas então eu o chamei.

— Dorme ainda não, fica com a gente... – eu pedi, ele me olhou impaciente e eu alisei a barriga – eu amo tanto você, meu amor...

— Não sabe como me deixar enojado quando fala de amor. – ele diz ríspido, mas se apoia em um dos cotovelos, ficando de lado e olhando pra mim.

— Temos que escolher os nomes para os nossos gêmeos. – eu respondo ignorando o comentário dele – Se houver um menino, quero que ele se chame Millard, mas não tenho nome de menina em mente... o que me diz?

— O que você quiser, pra mim, está ótimo. Coloca qualquer um se for menina – ele retruca com insensibilidade e eu me irrito.

— Não, você vai me ajudar! Fale um nome de menina! Você terá tempo pra pensar, se quiser...

— Mérope. – ele me cortou, dizendo rápido demais – era o nome da minha mãe. – ele fala como se não fosse nada, mas eu sei que no fundo, ele guarda mágoa da mãe.

— Um nome incomum, mas gosto. Combina com Millard... – eu digo mais pra mim mesma que pra ele – você nunca me contou sobre a sua mãe...

— E nunca vou contar! – Ele disse friamente.

— Por favor, queremos ouvir... – eu respondo suavemente, voltando a alisar a barriga.

— Bom, você já sabe... Em resumo, ela era um aborto que vivia sendo maltratada pelo meu tio Morfino e meu avô Marvolo. Ela deu amortentia pro meu pai e assim que ele ficou sóbrio, ele foi embora, nos abandonando. Assim que eu nasci, ela morreu. Ela não quis viver por mim e me deixou naquele orfanato idiota com aquelas crianças idiotas. – ele diz rispidamente e com desprezo. 

— Não julgue a dor que ela estava sentindo... imagine, grávida e abandonada pelo amor da vida dela? Vocês homens fazem coisas idiotas. Eu não sei o que faria se você me abandonasse, mas eu sofreria muito! Sinceramente, tenho muito medo de que isso aconteça...

— Nunca vou te abandonar! – ele me corta e eu sorrio.

— Como posso saber?

— Não desperdicei meus anos com você por nada, e depois você tem sido muito útil. – ele responde seco.

— Só por isso? Ou será que também gosta de mim? Não sei como casar e ter filhos pode ser útil para a nossa causa...

— A família também é um meio de dominação. Podemos criar um exército. E depois, posso ensiná-los a liderar as minhas tropas quando eu estiver ocupado com outras coisas. – ele explica dando essa desculpa e eu rio. – Mas não posso negar que também gosto de você.

— Sente! – eu pego a mão dele e coloco sobre a minha barriga. Os bebês são novos demais pra fazer qualquer coisa, mas eu vejo um quase sorriso se formar nos lábios dele. Sei que ele nem que seja um pouco, ele gosta dos nossos filhos, mas logo ele retira a mão e diz que precisa mesmo dormir.

Deixo-o se virar e começo a imaginar como seria bom se tivéssemos um casal: Millard e Mérope. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lady de Hogwarts (hiatus)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.