Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 4
Clube de Mulheres e Beijo Repentino


Notas iniciais do capítulo

Capítulo trazendo uma pequena reflexão :P



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Estou me sentindo a garota mais genial do século, e por quê? Tive a fantástica ideia de fundar um clube só para garotas aqui em Hogwarts. Antes de explicar como seria esse clube, eu explicarei como surgiu essa ideia.

Após o meu duelo com Tom Riddle, o professor Slughorn me chamou para conversar e me convidou para fazer parte do Clube do Slugh, que é um grupo seleto para os melhores alunos de Hogwarts. Eu pensava que o meu mau comportamento era a causa para ele nunca ter me convidado para participar, mas então, ele mesmo me disse que se caso eu aceitasse, eu seria a primeira mulher a fazer parte do clube.

Fiquei perplexa com esse convite e com esse fato. Será então que ele julgava nós mulheres inferiores e só me convidou porque eu atingi um feitiço, ainda que de raspão, no queridinho dele? Não, isso está muito errado! Eu não só recusei como disse umas boas verdades pra ele, e o resultado? Peguei uma  bela detenção no próximo sábado à noite, ou seja, adeus encontro com o Lestrange. 

Mas voltando ao propósito do meu clube só de mulheres, eu estava discutindo-o com as minhas amigas Druella e Eeilen na aula de Dumbledore quando fomos interrompidas pelo próprio professor:

— O que tanto conversam, senhoritas? Espero que seja mais importante que a minha aula. – disse Dumbledore que apesar de nos estar repreendendo, possuía serenidade no tom de voz. Tio Dumb (maneira como o chamo quando converso comigo mesma) é o meu professor favorito porque ele realmente parece me entender, sem falar que é um dos bruxos mais poderosos que já existiu.

— Talvez não mais importante, professor, mas ainda sim possui uma grande importância! O senhor sabia que nós, mulheres, somos discriminadas aqui em Hogwarts e em todo o mundo? – eu disse para o professor e todos se viraram para me olhar.

— O que está dizendo, senhorita? Onde há a discriminação? – perguntou Dumbledore levemente confuso. Certamente, não era isso que ele esperava que eu fosse dizer.

— Ora, ontem mesmo o professor Slughorn me convidou para fazer parte do clube idiota dele, e sabe o que eu descobri? Descobri que eu seria a primeira mulher a integrar o grupo caso eu tivesse aceitado! Será que ele acredita que nós, mulheres, temos menos talento que os homens? – perguntei indignada e juro que vi um quase um sorriso se formar no rosto do professor

— O fato de apenas homens integrarem o clube do Slugh não quer dizer que ele discrimine vocês, sta. Nott, visto que devemos considerar quais são os critérios que o professor utiliza para convocar os alunos. Eu, particularmente, não os conheço, mas, ainda sim, isso não significa que ele discrimine as senhoritas aqui. – disse o professor tentando defender o professor Slugh

— Professor, eu quase estuporei o Riddle ontem e foi por isso que ele me convidou! – eu disse ainda mais alto com a intenção de provocar o Riddle – todo mundo sabe que o Riddle é o aluno mais brilhante que essa escola já viu depois do senhor, então acho que ele me julga acima da média por esse feito, e sabe  o que é pior, senhor? Essa discriminação vai continuar após sairmos da escola. Quase não há mercado de trabalho para as mulheres cujo destino é ser dona de casa! Eu nem ao menos posso decidir qual é a altura da saia que eu tenho que usar aqui e não posso ter vários namorados porque ficarei mal falada! – eu completei

— Certos valores não mudam embora o tempo passe, senhorita, e fico realmente feliz que tenha levantado essa questão. O mundo lá fora, realmente, trata com diferença os homens e as mulheres, mas lhe asseguro que não aqui em Hogwarts... – disse o professor, mas eu o interrompi

— Professor, em Hogwarts a discriminação também ocorre! Meu clube vai dar o direito das mulheres se sentirem importantes, debaterem e se tornarem mais fortes para enfrentar o mundo lá fora. Queremos libertar a guerreira que vive dentro de cada uma de nós! Não queremos mais ser oprimidas! Vou pedir autorização para o professor Dippet para criar o clube e pedir para a professora Merrythought nos supervisionar igual ao Slugh faz naquele clubinho idiota dele! – eu disse e o professor sorriu verdadeiramente

— Falarei com o diretor Dippet para assegurar a criação desse clube. De fato, o assunto é tão ou mais importante que a minha aula. 10 pontos para a Sonserina pela importante reflexão feita pela senhorita. – disse o professor e eu dei um gritinho de comemoração

Todos os alunos olharam-me com descrença por acharem absurdo o professor me dar apoio nessa ideia, mas eu percebi que algumas meninas ficaram animadas. Então, escutei o melhor comentário do dia.

— É uma ideia muito boa, Claire, mas aí você estará discrimando os garotos que podem querer fazer parte do seu clube para ajudar, mas que não poderão entrar por serem homens. – disse Charlus Potter com um sorriso sincero no rosto, meu Merlinzinho, estou sentindo diabretes saltitantes no estômago

— Se gostarem mesmo dessa minha proposta, poderão contribuir não nos discriminando por sermos mulheres, ou por sermos como somos e deixando que participemos das mesmas atividades que vocês. Podem inclusive levantar essa questão para o professor Slughorn que me deu uma detenção por isso. – eu respondi e ele sorriu ainda mais pra mim.

O professor Dumbledore realmente pareceu contente com a minha ideia, inclusive debati um pouco mais com ele, após a aula,  sobre a direção que o meu clube pode tomar.

Saí me sentindo genial da sala de aula, mas imagine a minha expressão de susto ao sentir alguém me puxando pelo braço quando eu saí da sala. Era ele, o bruto e ignorante do Tom Riddle.

— Está se divertindo, não é? Repetindo para todos que quase me estuporou. E que ideiazinha ridícula essa sua, de onde tirou que sofrem discriminação? Você está é querendo aparecer. – Disse Riddle em quase um sussurro repleto de rispidez e desprezo.

— Não ando dizendo aos quatro ventos o que todos já viram e já repetiram por mim! Ao invés de me importunar, deveria tomar cuidado para não tropeçar nos próprios pés! Aliás, na sua gangue ridícula, quantas mulheres fazem parte? – eu perguntei no mesmo tom  de sussurro porque apesar de tudo, eu não queria encrencá-lo já que eu gostava do trabalho que ele desenvolvia aqui na escola.

— E te interessa? – perguntou Riddle ainda ríspido – vai se dar mal, sta. Nott, vai se dar mal. Não sei se ainda não percebeu, mas eu não sou como os meus amigos que caem de quatro por você! Pra mim você não passa de uma qualquer que implora por holofortes o tempo todo e que só serve para satisfazer metade dos alunos dessa escola, porque a outra metade, como eu, sente nojo de você.

— Metade da escola e um professor. – acrescentei sarcástica – e é uma pena que não caia de quatro de mim como os seus amigos e que sinta nojo porque poderíamos ter momentos realmente prazerosos juntos, mas também, sei que não posso competir com os cabelos loiros do Malfoy, que alías, quem come quem ali, falando nisso? Aii – gemi quando ele apertou o meu braço com ainda mais força, parecendo que ia esmagá-lo. Os olhos dele estavam completamente vermelhos e eu confesso que fiquei apreensiva. Não tenho medo do Riddle, mas eu nunca tinha visto algo assim na minha vida.

— Cuidado com o que fala! Seria uma pena ver seu sangue mágico e puro sendo derramado pelo chão após eu abrir o seu pescoço e pendurá-la de cabeça para baixo para ver o seu sangue drenar enquanto a sua vida se esvai aos poucos. Se gosta mesmo de viver, é melhor que cale a sua maldita boca, meça suas palavras comigo e não se meta no meu caminho. – ele disse intimidador, me encarando com aqueles olhos vermelhos e deixando o rosto bem próximo do meu.

 Confesso que senti vontade de chorar com aquela ameaça dele, mas não daria esse gostinho a ele, mas então o inesperado aconteceu: ele me beijou! Foi muito rápido e eu mal tive tempo de reagir, mas senti os lábios frios dele sobre os meus e o gosto do beijo dele quando ele invadiu a minha boca com a língua. Ele continuou a apertar o meu braço com uma das mãos, e com a outra, ele segurou firme em minha cintura. Quando eu pensei em aprofundar o beijo, ele se afastou, mas antes de partir disse: - é melhor ficar longe.

Fiquei em estado de choque depois que ele se afastou. Eu sempre quis saber como era ficar com ele, mas agora que tinha experimentado o beijo dele, senti-me confusa. É óbvio que eu havia adorado o beijo e queria mais, porque foi algo selvagem e repentino, mas ao mesmo tempo, eu estava receosa em relação a ele. Eu sempre soube o que fazer com um menino, mas Tom Riddle era diferente. Então, optei por acatar o que ele disse e sair do caminho dele. O único contato que eu teria com ele seria quando fossemos começar o estudo das mandrágoras na próxima semana, mas fora isso, eu decidi me manter fora do caminho dele.


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Notas finais do capítulo

À pedido, olha o beijo aí! haha



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