Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 37
De volta a Londres




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Antes de voltarmos para Londres, fiz Voldemort parar na França comigo porque eu queria esconder a minha horcrux lá. É obvio que eu não deixei ele ver o lugar por questão de segurança, ainda que ele tivesse protestado muito. Eu o amava mais que tudo, mas o conhecia bastante bem pra ser cautelosa.

Mas, assim que cumpri a minha missão, voltamos quase que imediatamente para Londres. Eu tinha um friozinho na barriga muito forte. Voltamos também de avião por conta do perigo de aparatar a longa distância. Eu estava tão nervosa que eu já estava completamente enjoada e tonta quando chegamos ao aeroporto de Londres. Tive que me segurar nele para não cair.

— Você está bem? – ele me perguntou enquanto eu me apoiava nele.

— Não, estou me sentindo mal, mas vai passar, é só o nervosismo por ter voltado após tanto tempo... – eu respondi e ele apenas me olhou com atenção.

Então, seguimos até um lugar seguro, longe dos olhares dos trouxas e aparatamos. Ele me levou a um lugar que eu nunca havia ido. Estávamos diante de uma mansão muito bonita, mas um pouco desleixada.

— Acreditaria se eu dissesse que essa casa é minha? – ele me perguntou e eu o olhei confusa – era do meu pai, mas como eu o matei, ela agora é minha.

— Que ótimo, uma casa habitada por fantasmas! – eu respondi ironicamente e ele riu.

— Será por pouco tempo, até conseguirmos um lugar melhor, prometo. – ele retrucou com um sorriso maravilhoso no rosto que me convenceu.

Assim que entramos na casa, eu ainda apoiada nele, encontramos um velho que nos olhou assustado, principalmente para Voldemort.

— Os seus olhos... Você.... – começou o velho ao se deparar com os olhos vermelhos de Voldemort.

— Avada Kedavra! – bradou Voldemort antes que o velho pudesse dizer algo. – ele era empregado do meu pai, lembro dele quando vim aqui matar aquele miserável. Mas não faz mal, agora ele será de Nagini. Jantar, Nagini. – ele chamou a cobra e ela foi direto com a boca aberta para cima do homem. Ela fincava as presas no velho, envenenando o cadáver para depois digeri-lo.

Voldemort assistia a cena maravilhado, ele dizia que gostava de ver Nagini brincando com a comida. Pra mim, aquilo era nojento, e hoje estava me causando ânsia de vomito. Me virei rápido para o outro lado.

— Claire, melhor você descansar. Se não melhorar, vou buscar um medbruxo pra você. – ele disse aparentemente preocupado, enquanto me guiava até o quarto que ficaríamos. – terei que dar uma saída, você consegue ficar aí sozinha sem morrer até o meu retorno?

— Que ideia, amor! Algumas horas de sono devem bastar. – eu respondi indignada e ele concordou. Então pedi um beijo a ele e ele me beijou antes de aparatar.

Tentei me deitar na cama, mas o enjoo veio forte dessa vez, então eu corri para o banheiro para vomitar até às tripas.

Era estranho porque eu já havia observado Nagini comer muitas vezes e já tinha viajado muitas vezes também, e nunca fiquei enjoada desse jeito.

Após o vomito, tomei um banho gostoso e demorado e fui dormir. E eu até teria tido uma boa noite de sono se eu não tivesse levado um baita susto. Alguém estava me cutucando para me acordar. Voldemort não era porque ele perdia a paciência fácil e me sacudia até eu jurar matá-lo, mas aquele ser me cutucava devagar.

Então eu abri os olhos, e para a minha surpresa, Blink estava ali me avaliando.

— Pelas barbas de Merlin, Blink! O que faz aqui? Como me achou? – eu perguntei perplexa. Meu pai sempre dizia que os elfos domésticos eram criaturas muito mágicas, mas Blink tinha se superando. Mal tínhamos voltado à Londres. – Estou tão feliz em te ver! Mas cuidado, tem uma cobra solta dentro de casa!

— A senhora disse que Blink podia procurá-la quando voltasse. Blink não se deixou pertencer a ninguém para voltar para a minha senhora. Blink sabe da cobra, Blink tem medo, mas Blink não vai embora. – ele me respondeu e eu quase ri. Era tão bom tê-lo ali. Eu viveria em guerra com Voldemort se ele não quisesse Blink ali.

— Então seja bem vindo de volta! Nagini não lhe fará mal porque se ela fizer algo com você, eu a mato! Ouviu, Nagini? – eu falei quando ouvi a cobra entrar sibilando no quarto – Blink não é comida. Se comê-lo, eu como você. – eu respondi e a cobra saiu do quarto. Nagini era como criança e era o mais perto de filho que eu tinha com Voldemort. Seria engraçado se não fosse triste.

— Blink vai preparar algo pra minha senhora. Está tão pálida. Minha senhora precisa comer para alimentar o bebê que espera. – ele falou com a maior naturalidade e eu gargalhei.

— Blink, tudo bem que eu tô um pouquinho barriguda, mas é porque estive sedentária nas últimas semanas. Não precisa me chamar de gorda assim, vá para a cozinha. – eu falei e o elfo obedeceu.

Então chamei Nagini para deitar comigo na cama. Ela deitou em cima da minha barriga e eu fiquei fazendo carinho nela até voltar a adormecer.

Dessa vez acordei com Voldemort entrando no quarto. Abro os olhos em tempo o suficiente para vê-lo rir ao me ver deitada com Nagini porque eu odiava ela quando a conheci. 

— Chegou agora? – eu disse cheia de sono enquanto esfregava os olhos – meu elfo doméstico voltou pra mim. Quero que proíba Nagini de comê-lo ou haverá consequência pra vocês dois.

— Desde quando você me ameaça? – ele perguntou com uma expressão divertida no rosto. – Escutou, não é Nagini? Não é esse elfo doméstico que você vai comer, e que maldade, Claire, Nagini nunca experimentou carne de elfo!

— E nunca irá no que depender de mim. Blink, o meu elfo está cozinhando pra nós. Vá para o banho. – eu falei e ele riu antes de fazer o que eu pedi. Assim que ele se levantou, eu fui arrumar as nossas coisas no closet e eu tive que conter o riso ao perceber que todas as nossas roupas e vestes eram negras. Fomos fazendo essas escolhas sem ao menos perceber. Fiz uma nota mental em colorir o meu guarda roupa no dia seguinte.

Quando ele voltou, foi a minha vez de tomar banho e para a minha alegria, o meu enjoo havia passado. Na hora do jantar, aconteceu algo muito estranho e ao mesmo tempo engraçado. Eu estava sentada na mesa de jantar junto a Voldemort, e Blink veio trazendo o jantar, mas assim que ela parou os olhos nele, ele deixou tudo cair no chão e começou a tremer de medo.

— O que esse elfo incompetente pensa que está fazendo? Eu deveria dá-lo de jantar a Nagini! Podemos ter um melhor, Claire. – ele disse enquanto encarava Blink que começou a chorar após a bronca.

— Você não vai dar nada a Nagini! – eu respondo olhando feio pra ele – o que foi, Blink?

— Bruxo mau, minha senhora corre perigo, Blink precisa salvar minha senhora! – o elfo dizia desesperado.

— Se acalme, Blink! Este é Vodemort, meu futuro marido, ele não vai me fazer mal. Fiquei todo esse tempo com ele...

— Blink tem medo... – o elfo continuou na tremer.

— Ao menos, é sensato. Limpe essa porcaria e sirva-nos algo ou servirá de degustação para Nagini! – Voldemort disse e Blink se apressou a fazer o que foi mandado.

— Pare de ameaçá-lo, Blink é meu! – eu disse cruzando os braços

— Ainda sim, darei a Nagini se me irritar. Sobre eu ser o seu futuro marido, nos casaremos no fim do mês. – ele respondeu e eu apenas concordei.

— Ótimo, vou querer uma festa! – eu respondi e ele amarrou a cara.

Os anos que passei com ele me ensinaram a não esperar uma festa magnífica e nada muito romântico porque ele iria me frustrar, mas eu também aprendi que bater de frente com ele garantia que eu conseguisse o que eu queria.

Então, naquela noite, comemos o que Blink nos serviu apesar de eu voltar a sentir o enjoo de mais cedo. Talvez pelo fato de essa comida me lembrar do meu tempo de casada com Lestrange. Como será que eu estaria se tivesse ficado com ele? Melhor afastar esses pensamentos, eu era muito feliz ao lado do meu Lord.

Após o jantar, fomos direto dormir. Estávamos cansados demais para qualquer qualquer coisa. Naquela madrugada, fui parar no banheiro outra vez. Algo não estava me fazendo bem porque eu havia voltado a vomitar. Fiz de tudo para Voldemort não perceber porque protetor do jeito que ele era, ia me obrigar a ir em um hospital ou sequestraria uma medbruxa para me examinar.

Na manhã seguinte, tudo voltou a ficar bem. Voldemort me acordou indelicadamente, como sempre, e pediu para que eu me arrumasse logo porque ele havia tido a ideia genial de matarmos o Primeiro Ministro Trouxa para chamarmos a atenção do Ministério Bruxo. Seria uma forma de anunciarmos a nossa chegada. O engraçado é que eu passei a minha vida inteira escutando que mulheres deviam ser boas esposas e boas mães, e que nunca deviam se envolver na guerra. Os homens protegiam a casa e as mulheres criavam os filhos, mas com Voldemort isso não funcionava. Apesar de ele ser um tanto egoísta nas ambições dele, ele me tratava como uma igual. Ele avaliava as minhas habilidades como bruxa, levava em conta as minhas ideias e a minha inteligência. Ele fazia eu me sentir importante.

Estranhei o fato de eu ainda não querer ver ninguém que pertencia ao meu passado, exceto Dumbledore, mas eu sentia vergonha de quem eu havia me tornado. Não me sentia digna de estar na presença de alguém tão puro como tio Dumb, inclusive eu sentia medo da rejeição dele.

Mas, parece que não vou conseguir evitar os meus pais por muito tempo, porque o meu pai é um homem muito bem relacionado e esses contatos interessavam a Voldemort.

— Claire, veremos os seus pais o quanto antes. Parece que o velho Nott me será útil nos meus planos. – ele disse.

— Oh, vai aproveitar e pedir a minha mão em casamento pra ele? – Eu provoquei.

— Vou me casar com você, não com ele, então não tenho que pedir nada a ele, até porque quem se oporia ao casamento da filha com Lord Voldemort. O que mais você pode querer? – ele pergunta convencido e eu reviro os olhos, rindo em seguida. - Bom, chega de conversa. Temos trabalho a fazer! – ele continuou e eu sorri.

Seria o nosso primeiro ataque em Londres.

Então aparatamos onde seria, aparentemente, o lugar onde os políticos trouxas se reuniam. Invadimos o parlamento e assassinamos todos com a maldição da morte, e no final, Voldemort me levou para fora da sede do parlamento e aprontou a varinha para o céu.

— Morsmordre! – ele bradou fazendo surgir a marca negra, a mesma que eu tinha no braço, no céu. – agora nossos ataques terão identificação. – ele me disse sorrindo e eu o beijei.

Era meio sádico, mas era legal. Nos beijamos tendo os cadáveres como testemunhas e a marca da morte anunciando a chegada das nova era.


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