Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 35
Conheço Nagini e reencontro Dolohov




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Bom seria se tivéssemos acordado felizes, apaixonados e noivos. Bom seria se tivéssemos feito mais uma rodada de sexo ao acordar. Bom seria se esse fosse simplesmente um dia bom, mas viver ao lado dele era esperar pelos mais improváveis inconvenientes.

A primeira coisa que eu fiz quando acordei, foi constatar que ele não estava mais na cama. A segunda coisa foi gritar com tudo o que eu tinha porque tinha uma serpente enorme rastejando no chão. Eu morria de medo de cobras.

— Voldemort! – eu gritei desesperada – Socorro! Me ajude!

— O que foi? – ele veio correndo do banheiro só com uma toalha na cintura. – Ah, vejo que já conheceu Nagini.

— O que? Tira esse bicho daqui! – eu gritei novamente. A cobra era enorme e era mais grossa do que a coxa dele e olha que ele estava ficando bem gostosinho...

— Ela não vai sair. É minha cobra de estimação. Ela me seguiu até aqui quando saí mais cedo. Ela é minha agora. É uma serpente mágica. – ele disse com os olhos brilhando. Então a cobra abriu a boca pra mim e eu voltei a gritar assustada, cobrindo a cabeça. Voldemort gargalhou uma gargalhada fria e aguda.

— Se acalme! Ela não vai te fazer mal, a não ser que eu queria. Ela é dócil. Você não gostou do basilisco? É quase a mesma coisa... – ele respondeu começando a acariciar a cobra gentilmente e a cobra fechou os olhos para aproveitar o carinho.

— Esse bicho me ameaçou. Não estou mais segura. Vou fazer uma horcrux. – eu disse alto demais e ele me olhou com os olhos brilhando. Então ele sussurrou algo para cobra em língua ofídia. – O que disse a ela?

— Que eu comecei a ver vantagens na vinda dela pra cá. – ele respondeu e eu acabei rindo.

Eu não estava brincando quando eu disse que faria uma horcrux. Finalmente, eu decidi fazer porque eu precisava ter uma garantia de que continuaria viva por um bom tempo, e depois a ideia de continuar jovem e bela pra sempre era tentador demais. Voldemort queria desfigurar mais o rosto dele a ponto de lhe dar feições ofídias, mas eu acabei com a festa dele. Se ele ficasse com cara de cobra, eu nunca mais iria beijá-lo, eu teria nojo. Mas os olhos vermelhos foram inevitáveis. Eu sabia que a próxima horcrux os deixaria completamente escarlate, mas eu até gostava, deixava ele mais perigoso e mais excitante.

Entao ele me levou para um lugar calmo e deserto. Ele queria que a minha primeira fosse algo especial. Me senti como se eu estivesse perdendo a virgindade. Voldemort era tão cuidadoso e pensou em todos os detalhes.

Eu escolhi o anel de compromisso que ele me deu há dez anos para transformar em horcrux porque é a coisa de mais valiosa que eu tenho no momento. Apesar de eu evitar de todas as formas a fabricação dessa barbaridade, eu era uma estudiosa na área. À essa altura eu já sabia tudo sobre horcrux e sobre milhares de outros feitiços malignos. Então apesar de haver certa relutância ainda dentro de mim, segui até o local  escolhido por  Voldemort e junto a ele para a minha fabricação da minha primeiro e espero que última horcrux.

Então estávamos lá: eu e ele, juntos para testemunhar o meu gesto. Olhei fundo nos olhos dele para conseguir a coragem necessária para começar. Sentei-me no chão, peguei o livro e comecei a murmurrar o feitiço. Pensei em uma bruxa atrevida que havia dado em cima de Voldemort e que eu matei para fabricar a minha horcrux.

Peguei o anel, segurei-o com força e comecei o ritual. À medida que eu dizia as palavras, eu sentia uma atmosfera pesada me envolver e a minha visão ficar coberta por uma fumaça negra. Eu estava completamente envolta de magia negra. Eu não podia ver mais Voldemort e eu comecei a me desesperar. Então eu terminei o feitiço, e assim que terminei senti uma dor agonizante. Parecia que eu estava tendo todos os meus tecidos internos sendo rasgados. Não havia experimentado dor maior. Então eu ouvi um grito desesperado dentro da minha cabeça. Era o som de parte da minha alma se deslocando em relação ao meu anel. 

Caí exausta. Eu não queria mais viver. Eu só queria morrer para toda aquela dor passar. Então eu senti braços me acolherem e escutei o som da voz que eu mais amava no mundo.

— Você foi muito bem. És mesmo uma bruxa poderosa. Estou feliz e orgulhoso. Vou te levar de volta. – então eu senti o toque dos lábios dele em minha testa, e segundos depois, eu estava deitada na cama do quarto de hotel.

— Só tire esse bicho nojento de perto de mim. – eu disse me referindo a Nagini.

Havia um cheiro de sangue fresco no lugar. Certamente, aquela cobra assassina havia comido alguém, mas eu não queria pensar naquilo, eu só queria recuperar as minha forças.

— Quero que descanse bastante essa noite. Amanhã seguiremos para a Dinamarca. Dolohov nos espera. – ele respondeu e eu senti uma excitação muito grande. Eu estava louca de saudades do Toni e de todo mundo. Pela primeira vez, em dez anos, eu teria notícia dele e dos outros, porque é claro que eu o encheria de perguntas sobre como vai a vida de todo mundo.

Quase não dormi de tanta expectativa, mas a horcrux me obrigou. Eu estava exausta e dolorida, mas bastou uma gostosa noite de sono para que eu recuperasse as minhas forças. Fui acordada por Voldemort daquele jeito brusco dele  quando o dia clareou, e ele não precisou insistir muito para que eu saísse da cama e aprontasse as minhas coisas para seguirmos para a Dinamarca.

Um banho demorado e um belo café da manhã reforçado foram o suficientes para me fazerem tagarelar o caminho todo até o aeroporto. Seria mais seguro se nos movimentássemos assim.

Voldemort transfigurou Nagini em um coelho para que ela viajasse conosco, e eu não preciso dizer que azarei o feitiço dele o tempo todo para que ele não conseguisse fazer, só pra deixar Nagini para trás. Então ele me estuporou, ocasionando a nossa primeira briga do dia.

O avião dos trouxas era tão tedioso que dormimos durante todas as 8 horas que tínhamos que ficar confinados lá.

Enfim, chegamos à Dinamarca! O país iluminado! A terra de Dolohov. Fomos recebido por ele no aeroporto. Como o Toni estava bonito, e ele estava com a Rachel.

— Toni, querido! Quanto tempo, quanta saudade! – eu praticamente me joguei nos braços dele, abraçando-o apertado.

— Bastante tempo mesmo! – ele disse retribuindo o abraço – Nem acredito que estão aqui! Milord... – ele disse fazendo uma respeitosa reverência para Voldemort, abraçando-o em seguida. Eu olhei pra Rachel meio sem ação, então ela veio me abraçar.

— Claire, quanto tempo, não se lembra de mim? – ela disse após me soltar.

— Claro que eu lembro. Você não foi tão legal comigo no nosso último encontro... – eu disse arqueando as sobrancelhas, apesar de já não estar mais com raiva dela.

— Me perdoe por aquilo, faz tempo... ah, eu sempre digo a Antonin o quanto eu era sortuda por te ter como amiga. Espero que possamos voltar a ficar às boas, porque quero que você e milord sejam os padrinhos do nosso filho, não é Antonin? – ela perguntou para o marido enquanto alisava a barriga. Confesso que senti uma pontada de inveja. Agora me ocorreu que que eu também queria ser mãe.

Voldemort apenas observou a cena com o cenho franzido. Era óbvio que ele não iria querer batizar ninguém. Dolohov deu um sorriso bobo.

— Meus parabéns, para os dois. – eu disse e eles agradeceram.

Então Dolohov nos levou para a casa deles, e eu pude perceber que era a mesma que eu havia estado há muitos anos atrás.

Dolohov continuava a morar com os pais por causa do filho. Eles tinham um garotinho de oito anos que parecia o Toni, mas que tinha os cabelos de Rachel, chamado Colin.

Após conhecermos o nosso quarto e tomarmos um banho demorado, descemos para tomar uma taça de vinho com os anfitriões, com exceção de Rachel que não podia beber. Os pais de Dolohov não haviam aparecido ainda, talvez para nos dar um pouco mais de privacidade.

— E então, milord, quando pensam em ter filhos? Aliança de noivado vocês já usam, basta marcar o casamento e fazer um herdeiro. – comentou Toni rindo – todos os nossos amigos já são pais.

— Não temos tempo para essas besteiras, Antonin. Claire e eu andamos muito ocupados, além do mais, não creio que eu vá precisar de um herdeiro. – ele disse e eu fiquei triste, porque ver Rachel e Dolohov sendo pais, despertou o meu instinto materno.

— Então todos já são pais? Como estão todos? – eu perguntei.

— Bom, eu mantenho contato com todos através das cartas, e bom, Malfoy tem um moleque de dez anos chamado Lucius, Cygnus tem três meninas que são a Bellatrix com dez anos, Narcisa com nove e Andrômeda com sete. Avery tem um garoto de dez chamado Avery Jr. Bom, acho que só... a nova geração está chegando! – ele comentou e eu percebi que ele havia deixado Lestrange de fora. Eu queria perguntar como ele estava, mas eu não tinha esse direito e depois Voldemort poderia não gostar e com razão. – aquela sua ex amiga, a Eileen Prince se casou com um trouxa pelo que soubemos. Eles tem um filho chamado Severo, mas não sei a idade do garoto.

— Temos um mestiço imundo para matar então. – eu disse ignorando todo o resto da conversa – então estão todos bem? Ninguém morreu?

— Que ideia, Claire, claro que ninguém morreu. Estão todos bem. – ele respondeu. Talvez Lestransge tenha ido reconstruir a vida em outro lugar então, e sumiu do jeito que eu queria sumir.

— Mudando radicalmente de assunto, fez o que eu mandei, Antonin? – Voldemort perguntou com os olhos fixos em Toni.

— Sim, milord. Amanhã teremos uma reunião aqui com todos os seus seguidores em potencial. Meu irmão os trará. Estão todos fascinados com a ideia de conhecê-lo pessoalmente. – disse o Toni.

— E já está preparado? Para receber a marca negra? Claire já tem a dela... – Voldemort disse e eu estiquei o braço esquerdo, revelando a marca de uma cobra saindo de um crânio.

— É-é claro, milord. – respondeu Toni desconfortável.

— Então me dê o seu braço. – Voldemort pediu e Dolohov esticou o braço meio nervoso. Rachel olhava a cena assustada, então eu olhei pra ela e pisquei, na intenção de assegurar que tudo ficaria bem.

No instante seguinte, Dolohov olhava assustado para a marca que Voldemort marcou no braço dele.

— Servirá para nos comunicarmos, e para eu convocá-los sempre que eu quiser. – explicou Voldemort – você é o segundo a receber a minha marca, deveria se sentir orgulhoso.

— Eu me sinto, claro que me sinto, mas fui pego desprevenido... – se apressou Dolohov em dizer.

— Ele está triste porque essa marca é horrosa, eu te falei que ninguém iria gostar dela, meu amor. – eu ccmentei na intenção de provocar Voldemort que me encarou feio. Somente eu ri.

— Antonin, trouxe uma cobra comigo e ela precisa comer. Há alguma aldeia trouxa aqui por perto?

— A alguns metros, milord...

— Ótimo. – Voldemort rapondeu – Accio gaiola.

A gaiola que tinha Nagini transfigurada, foi parar nas mãos de Voldemort, então ele a abriu, transformando o coelho em Nagini outra vez. Rachel soltou um grito, Dolohov arregalou os olhos e eu me agarrei a Voldemort. Voldemort riu da minha expressão de medo, então ele sibilou algo em língua ofídia e Nagini saiu deslizando pela porta.

— O que ela come? – perguntou Rachel assustada.

— De tudo, mas tem preferência por carne humana, mas não se preocupem, ela só ataca quem eu mando e eu a proibi de fazer mal a vocês, então ela só vai se alimentar dos trouxas que moram por aqui. – ele respondeu com naturalidade e a cor de Rachel e Dolohov sumiram do rosto.

À partir desse momento, ambos começaram a tratar Voldemort com mais respeito. Ambos o temiam, e foi aí que eu me senti orgulhosa. Era bom estar ao lado de um homem poderoso assim, até porque no fundo, eu sabia que também era poderosa.

A mesma coisa aconteceu no dia seguinte quando o irmão e os amigos de Dolohov chegaram à casa para a reunião. Todos estavam meio céticos, mas bastou algumas palavras de Voldemort para que ficassem seduzidos pela ideia, exceto um, e este um serviu de jantar para Nagini.

Com isso, já era certo contarmos com o apoio dos mais talentosos e influentes ex alunos da Durmstrang, em especial de um sujeito chamado Igor Karkaroff que me chamou bastante atenção por sua soberba, soberba essa que foi dobrada pelo simples olhar de Voldemort.

Depois de todo esse tempo com ele, eu comecei a amar a vida que eu tinha. Era bom saber que todos ali morreriam por você ao mesmo tempo que o temiam.


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