Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 29
Tentando salvar o que não tem salvação




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Desde o casamento de Avery, tornei-me amante do Riddle. Sei que isso era muito errado e tudo mais, mas Lestrange estava me infermizando para ter filhos que eu não queria agora além de ter começado a chegar tarde do trabalho, causando brigas diárias entre nós.

Sei que ele não estava me traindo porque investiguei no Ministério os horários que ele chegava e saía do trabalho e tudo batia. Para os meu pais, Lestrange era um santo e eu a injusta com ele. Druella pensava a mesma coisa, inclusive mal nos falávamos agora, só Rachel que parecia ficar do meu lado, inclusive me acobertava quando eu perdia a hora com o Riddle e chegava tarde demais em casa, então Lestrange não implicava quando eu dizia que estava com ela.

A verdade é que Druella estava ficando gorda, horrorosa e parecia ser estéril porque não engravidava nunca, então ela não suportava ver a minha felicidade como mulher independente, já meus pais queriam que eu fosse a mulher perfeita, dona do lar e toda essa chatice.

Sentia-me enganada por Lestrange porque quando nos casamos, ele aceitou que eu quisesse ter minha vida profissional e que só tivéssemos filhos mais tarde, mas mal completamos 6 meses de casados e ele já está me infernizando com esses pirralhos e dizendo que eu não deveria levar esse lance de Gringotes tão a sério.

Nesse caso, as únicas pessoas que me fazem felizes são Riddle, Rachel e Dumbledore que eu me correspondo por cartas. Eu ainda não contei a ele sobre a minha relação extraconjugal com o Riddle, mas eu contava das brigas que eu tinha com o Lestrange.

Eu encontrava o meu Riddle umas duas vezes por semana para não levantar suspeitas. Eu quase sempre ia com essas lingeries que só servem para serem tiradas e ele simplesmente não resistia. Então, na maioria das vezes, só transávamos o tempo inteiro, mas haviam vezes, nos curtíamos como um casal que não éramos. Mas, não importa o que fazíamos ou não, eu adorava estar com ele.

Riddle dizia que gostava do fato de eu ser casada porque isso o excitava mais, mas ele sempre ficava mal humorado quando eu tinha que voltar pra casa o quando eu mencionava Lestrange, e sempre se despedia com um beijo de me tirar o fôlego que me dava sonhos com ele à noite.

Eu estava a cada dia mais apaixonada, mas ainda não sabia o que fazer com a minha situação, se me separava ou não, eu estava confusa, mas estava sempre a pensar na possibilidade do divórcio. Então não teve jeito, fui aconselhar-me com Dumbledore.

Fui até Hogsmeade, conforme o convite feito por ele e me dirigi até o Cabeça de Javali para que pudéssemos conversar.

— Querido professor, que maravilha! – eu disse enquanto me aproximava dele para cumprimentá-lo com dois beijos no rosto – não sabe como a sua presença diária me faz falta!

— É muito bom poder revê-la, Claire. – ele respondeu – está linda! O casamento lhe fez bem, está mais madura, mais mulher.

— Em partes, professor – eu disse quando já havíamos sentado – estou em crise. Lestrange me inferniza todos os dias porque quer ter filhos. Quando ele está em casa, está trancado no escritório trabalhando, e pra completar, Riddle trabalha perto de Gringotes e as vezes eu encontro com ele pelas ruas...

— Ainda gosta dele, não é? Um grande amor é difícil de esquecer... - disse Dumbledore sonhadoramente e eu percebi que ele amava ou já amou alguém.

— Professor, a verdade é que estou tendo um caso com ele e não estou me sentindo mal por isso, mas eu deveria... – eu digo – por mais que eu o ame, eu deveria me sentir mal.

— De fato, senhorita, mas se me permite, não é de hoje que a senhorita está insatisfeita com o seu casamento, não acha injusto fazer isso com o seu marido? Apesar de tudo, sei que Lesttange ama você. – ele diz me olhando sério. Até Dumbledore me julgaria?

— Mas eu amo o Riddle, professor, e eu sei que é errado, que o Riddle não presta, mas é mais forte que eu. Eu não deveria ter me casado.– eu desabafei.

— Entendo. Deve ser uma situação difícil, mas ela precisa ser enfrentada. – ele responde e ficamos em silêncio durante alguns minutos.

— Como vai tudo em Hogwarts? E o meu irmão? Se adaptou? – eu pergunto para mudarmos de assunto.

— Ah, vai tudo muito bem. Seu irmão é uma criança adorável. Só temos de ser cuidadosos com ele porque ele vive doente... – diz o professor amavelmente.

— Ele sempre teve uma saúde frágil... – eu respondo e o professor concorda.

Então continuamos a conversar sobre assuntos que nada tinham a ver com as nossas vidas, e apesar de ser divertido, eu continuava a me sentir mal.

Então após umas duas horas de bate papo, despedi-me de Dumbledore e fui direto pra casa. Eu sabia que Lestrange não estaria ali naquele momento, mas para a minha surpresa, assim que entrei no quarto, ele estava dormindo na nossa cama ainda vestindo o terno e o sapato. Até a maleta estava jogada em cima da cama. Ele sabia que eu detestava que ele fizesse isso, mas ainda sim ele fez.

Respirei fundo, fui até o closet, peguei uma roupa confortável e entrei para o banho.

Quando saí, Lestrange estava acordado e me encarava sério. Eu tentei ignorá-lo e fui pentear os cabelos.

— Onde estava até a essa hora hora? – ele perguntou cauteloso porque sabia que eu no gostava de cobranças – sei que não estava com Rachel porque ela veio aqui te procurar.

— Eu estava com Dumbledore. Chamei-o para conversar porque não nos vemos desde o nosso casamento. Você sabe como eu gosto dele. – eu digo, e digo feliz porque é a verdade.

— Entendi, tudo bem. Mas, Claire, precisamos conversar. – ele pediu, então eu suspirei e me virei impaciente pra ele que me olhava sério. Teríamos de novo a conversa sobre filhos. – nosso casamento não tá legal, precisamos fazer algo para melhorá-lo. Eu amo muito você e não quero te fazer mal e também não quero ficar mal.

— Então pare de dar mais atenção ao seu chefe que à sua esposa. Por Merlin, Les, até na madrugada ele liga! Eu mal te vejo em casa, e para completar, você não desiste dessa ideia de sermos pais. Eu não quero ter filhos agora! – eu esbravejo com ele, mas no fundo eu sei que a culpa é minha.

— Claire, é o meu trabalho! Estamos passando por uma situação difícil no Ministério... mas as coisas vão melhorar. – o problema era que ele sempre dizia que ia melhorar, mas nunca melhorava... – não sabe como me doi ouvir isso de você todos os dias... o sonho ds minha vida é ser pai de filhos nossos, mas se você não quer, tudo bem, seremos só nós dois.

— Um trabalho que você não precisa! Nosso banco em Gringotes mal cabe mais uma moeda, você trabalha porque quer e eu até admiro, mas você deixa isso consumir você! E não é que eu não queira ter filhos, eu só não quero tê-los agora...

— Eu só queria que você se orgulhasse de mim... ser alguém importante pra você, entende? E, meu chefe me concedeu duas semanas de férias adiantada... escolha o lugar, vamos só nós dois... – ele pediu quase implorando e o meu coração doeu porque simplesmente não havia mais salvação para o nosso casamento, inclusive eu pensava em pedir o divórcio pra ele pra ficar com o Riddle.

— Mas eu me casei com você pelo que você é, Les e eu sinto falta de quem você era. – eu respondi e ele abaixou a cabeça – Eu não sei, Les... e as minhas aula? Eu não posso faltar no curso.

— Eu entendo... então vamos fazer dessas duas semanas algo especial. Podemos viajar pra algum lugar perto e ficarmos numa pousada durante os fins de semana, eu posso te ensinar a dirigir, sei lá, qualquer coisa, mas vamos salvar o nosso casamento.

— Les... você é tão bom pra min... – eu respondi e ele veio até a mim para me abraçar.

Então eu chorei nos braços dele porque eu não imaginava que ele estava sofrendo, eu pensava que ele simplesmente estava me deixando pra lá e que já não gostava mais de mim, então eu aproveitava e ficava com o Riddle, mas o Lestrange sofria e isso me doía.

O pior é que quanto mais eu chorava de culpa, mais ele pensava que eu também estava com essa sensação de estar perdendo ele e de querer voltar a ficar numa boa com ele.

Então decidimos sair para jantar fora e até que foi legal. Comemos, dançamos e voltamos pra casa pela madrugada. Era essa a vida que eu imaginava viver com o Lestrange e não a de ficar olhando pra cara dele enquanto ele trabalhava.

Assim que chegamos em casa, subimos para o quarto, e assim que fechamos a porta, ele me pegou no colo, foi me levando até a cama e me deitando suavemente enquanto começava a beijar o meu pescoço. Era excitante, mas eu não me sentia bem em fazer amor com ele sendo que eu estava transando com o Riddle sempre que eu podia, então eu o empurrei suavemente de cima de mim.

— Me perdoa, amor, mas eu tô um pouco cansada... você promete não ficar chateado? – eu perguntei já esperando uma reação negativa já que era a terceira vez na semana que eu negava sexo a ele.

— Claro que não, meu amor. De estar cansado, eu entendo. Vou preparar um banho pra você então. Depois prepararei o meu e dormimos, tudo bem? – ele me perguntou beijando minha testa com carinho e saindo de cima de mim.

Assim que ele entrou no banheiro, senti uma tristeza me arrebatar com força e tive que me segurar para não chorar outra vez. Só agora a ficha estava caindo: eu era uma mulher horrível que não merecia o marido que eu tinha. Embora eu amasse o Riddle com todas as minhas forças, ele nunca havia me falado se me amava também ou se ao menos gostava de mim. Eu estava jogando fora um casamento que teria tudo para ser feliz por uma relação incerta.

Fiquei remoendo os meus pensamentos até que Lestrange voltou para o quarto dizendo que a banheira estava cheia, então fui até o closet pegar uma camisola confortável e uma calcinha e fui para o banheiro.

Após terminar um banho sendo atormentada pelos meus pensamentos de culpa, foi a vez de Lestransge, mas ele preferiu uma chuveirada. Ele nunca gostou de banheira. Então ele vestiu uma cueca, o short do pijama e se deitou na cama comigo. Me virei de lado, ele ficou dando beijos no meu ombro enquanto se declarava pra mim até que se deitou ao meu lado, me abraçando para dormirmos de conchinha.

Fui acordada por ele com um maravilhoso café na cama, então ele prometeu que me buscaria na porta do Gringotes para almoçarmos juntos no lugar que eu quisesse e que após a minha aula, me daria aula de direção. Eu sempre sonhei em dirigir o meu próprio carro, mas nunca movi um dedo para aprender, mas com o Lestrange me ensinando, bastaria eu falsificar uma carteira de motorista para poder circular por todo lugar do mundo. Talvez, carros, sejam as únicas coisas trouxas de que gostamos.

 

— Pensando bem, gatinha, acho que vou te levar para a sua aula também. Não dará tempo de irmos dirigindo, mas podemos ir aparatando. Faz tempo desde a última vez que aparatamos juntos... – ele disse, mas eu não podia deixar porque a minha intenção era falar com o Riddle antes.

— Não, amor. Tenho que ver a Rachel antes... sabe, coisas de mulher. – eu menti. Bastava eu dizer que algo era coisa de mulher para ele não querer saber.

— Ah, nesse caso, prefiro mesmo não ir, mas vai almoçar comigo, não vai? – meu chefe indicou um restaurante trouxa francês que é excelente. Pelo menos para cozinhar eles servem. Vou te levar lá se você quiser.

— Então te espero na porta do Gringotes para almoçarmos. – eu respondi e ele deu um sorriso lindo – agora vou correndo me arrumar para eu não chegar atrasada.

Eu sabia que Riddle entrava às nove na Borgin & Burke, mas como eram sete e meia, eu teria tempo em pegá-lo ainda no Caldeirão Furado.

Então após me vestir com um vestido preto e um salto não tão alto, me despedi de Lestrange que ainda estava na cama e fui para o outro cômodo para aparatar. Tirei um lenço que eu usavava para esconder o rosto quando ia ver Tom, coloquei meus óculos escuros e entrei de cabeça baixa no Caldeirão Furado. Minha presença ali já era tão comum que o barman e dono do lugar já não ligava mais. Tampouco os que lá estavam.

Fui direto até o quarto número 13 e usei a cópia das chave que eu tjnha para abrir o quarto. Riddle já se encontrava vestido com o terno negro habitual e penteava os cabelos de modo a deixá-los no lugar, emoldurando o lindo rosto que ele tinha.

Assim que eu tranquei a porta usando um feitiço com a gente dentro do quarto, ele me olhou inexpressivo, sem esboçar reação alguma, apesar de ter inclinado a cabeça levemente para o lado. Era um sinal de curiosidade.

— Madame Lestrange, o que faz aqui a essa hora? Isso é jeito de invadir o meu quarto? – ele franze o cenho esperando uma resposta e eu suspiro antes de começar a falar.


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