Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 30
Reencontrando os amigos


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo hoje porque sim!



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— Riddle, preciso falar sobre nós! – eu começo já alterada.

— Agora não posso, tenho que estar na loja daqui a pouco. – ele respondeu seco.

— Vamos falar agora! – eu respondo mais enérgica – eu falo para o Burke que eu encontrei você por acaso e o convidei  para tomar café, porque tenho interesse em presentear uma amiga com um quadro e queria a sua opinião de vendedor. Depois é só você me vender qualquer um na loja. – eu retruquei fazendo ele me avaliar por alguns segundos, como se considerasse a ideia. Vejo que venci quando ele se senta na única cadeira do quarto e me olha com aquele olhar frio e impaciente. Sorrio vitoriosa e conjurei uma cadeira igual pra mim.

— Fale.

— Quero saber o que sente por mim. Nunca falamos sobre isso. Sempre que eu digo que te amo, você fica quieto ou me beija. – nos encaramos por um breve tempo, e então ele suspira pesadamente.

— Sinto tesão por você... – ele responde como se fosse só isso que eu estivesse perguntando.

— Só isso? Então não gosta de mim? – pergunto sentindo a garganta começar a queimar porque eu não queria acreditar que eu não passava de um passatempo pra ele.

— Claro que gosto, do contrário, não arriscaria a me indispor com alguém que me será útil no futuro por sua causa. – ele responde – antes de você, eu e seu marido éramos muito bons amigos.

— Você não tem amigos, Riddle, pelo menos não considera nenhum! – eu digo e ele sorri estranhamente – então você gosta? Estou pensando em divorciar...

— E então vaí querer que eu te peça em casamento em seguida, depois vai querer filhos além de pedir pra eu implorar pro Slughorn pelo cargo prometido no ministério, até eu me tornar o ministro da magia e você ser a primeira dama do mundo bruxo só para sair nas colunas sociais toda semana. – ele me corta e diz tudo isso com sarcasmo – isso é ridículo! Não esperava isso de você, Claire. Estou decepcionado.

— E você é um babaca! Em momento algum eu disse que queria tudo isso, eu só perguntei se gosta de mim pra ver se há a possibilidade de vivermos juntos ou termos algo sério depois do meu divórcio, só pra eu não trocar uma pessoa que me ama por um vagabundo, mestiço e imundo que trabalha em uma lojinha ridícula, não tem um sobrenome forte e que nem ao menos gosta de mim. – eu respondo buscando ofendê-lo e ele me sorri com desprezo.

— Um babaca, mestiço e imundo que você adora trepar. – ele responde tornando o tom de voz frio e eu aponto a minha varinha pra ele – nem pense ou garanto que vai se arrepender. Aqui não tem Dumbledore pra te proteger. Contudo, - nesse momento ele suaviza o tom de voz – tenho planos pra você e com você para um futuro próximo, mas não sei se aceitaria a minha proposta porque você teria que renunciar a todos que conhece.

— Não acredito que depois de todo esse tempo você continua o mesmo babaca possessivo de sempre. – eu digo abaixando a varinha, mas ele me interrompe.

— Você vai entender quando chegar a hora, eu não posso explicar agora, mas respondendo a sua pergunta: sim, Claire, eu gosto de você. Gosto de estar com você, passo noites agradáveis quando você vem e eu não me sinto bem em ficar com você por pouco tempo e nas sombras. Eu queria ter você o tempo todo comigo. – ele diz se levantando e vindo em minha direção, fazendo o meu coração disparar – e se você se divorciar, eu não deixarei que te tirem de mim de novo.

Nesse momento, ele já está muito perto então eu me levanto e pulo no pescoço dele, já iniciando um beijo rápido e intenso. Bagunço os fios negros dele que já estavam cuidadosamente penteados e arranho levemente a nuca dele. Em resposta, ele me segura pela cintura com firmeza com uma das mãos e desce a outra até a minha bunda e a aperta. Nos separamos por falta de ar, então ele segura o meu queixo me fazendo olhar nos olhos dele.

— Se eu pudesse, transaria com você pela manhã toda. – ele diz com uma voz rouca e me dá um selinho demorado – mas agora, tenho que ir trabalhar.

— Lestrange tirou duas semanas de folga. Vai ser difícil nos vermos... mas eu dou um jeito de ir até a loja. – eu digo voltando a colocar o meu disfarce para sairmos do quarto juntos.

— Tudo bem. Pressa é o que não temos. – ele responde e saímos do quarto.

Seguimos juntos em direção à Travessa do Tranco, caminhando lado a lado, mas mantendo certa distância para não levantarmos suspeitas. Riddle falava animadamente sobre o quadro que eu deveria comprar porque além de disfarçar o fato de termos algo, isso me daria ideia do que eu poderia comprar na loja. Ali eu vi como ele conseguia fazer qualquer pessoa decidir que precisa comprar qualquer coisa. Ele tinha o dom do convencimento.

Quando chegamos à loja, eu expliquei ao Burke o motivo do atraso de Riddle, e para confirmar a minha história, comprei um quadro por cinco mil galeões e mandei entregar na casa do Rachel com um cartão rabiscado dizendo ser um presente e segui para a minha aula no Gringotes.

A aula foi muito tediosa e eu não consegui me concentrar nem um pouco, mas quando saí, dei de cara com o Lestrange que estava me esperando para me levar para almoçar. Ele vestia um jeans estudos, uma camisa cinza muito simples, um tênis preto e mantinha os cabelos ao natural, sem puxá-lo para trás como de costume. Agora sim ele estava parecido com o Lestrange que eu namorava na escola.

Então ele me contou sobre a manhã preguiçosa dele e do quanto ele não se lembrava do que era dormir por horas. Contei a ele sobre minha manhã tediosa e ele tentou me persuadir a faltar o turno da tarde para ficar com ele.

— Quem é você e o que você fez com o meu marido? – eu perguntei olhando-o divertida e ele riu – melhor beber mais dessa poção polissuco. Nunca iria imaginar você me pedindo pra faltar aula.

— É que eu estou muito apaixonado e com muita saudade da minha mulher. – ele respondeu enquanto puxava uma cadeira da mesa que ele reservou pra nós no restaurante para que eu me sentasse e se sentando na dele em seguida. – Malfoy fará uma reunião na casa dele, essa noite, para reunir a nossa turma. Você tem interesse em ir?

— Claro, assim posso contar à Mandy o que ele anda fazendo na ausência dela... nas amigas interessantes que ele tem... Se ele ao menos fosse apaixonado pela amante, mas não, ele é um safado! Sempre foi. – eu digo irritada.

— Não, nem pense! Isso é coisas deles, Claire! – Lestrange respondeu nervoso – mas, vai ser às oito... chegou uma coruja um pouco antes de eu sair. Até o Dolohov vai.

— Eu não entendo o que o Dolohov faz aqui até hoje. Ele tá na Dinamarca agora, por que voltar e ficar hospedado na casa dos outros? Aí tem! – eu retruquei e Lestrange só confirmou, mas não levantou nenhuma teoria comigo.

Eu detestava isso porque Lestrange não dava asas à minha imaginação fértil e não me ajudava a bolar teorias, então as bolei sozinha e cheguei a conclusao de que essa social de hoje no Malfoy tinha a ver com a estadia do Dolohov aqui até hoje.

Então a noite caiu, e eu não podia estar mais ansiosa para confirmar a minha teoria. Eu optei por um vestido longo, negro e decotado. Prendi o meu cabelo em um coque e fiz uma linda maquiagem de noite. Lestrange estava até simples pois vestia um jeans e uma camisa de longas mangas na cor preta.

— Nossa, amor, só vamos aos Malfoy... não precisa essa produção toda! Mas, você está perfeita! – disse Lestrange ao percorrer meu corpo com os olhos. Eu sorri.

— Quero estar magnífica! Aliás, é o reencontro da nossa turma! – eu respondi enquanto me perfumava. Então senti Lestrange me abraçar de leve por trás e a beijar suavemente o meu pescoço.

— Você é tão maravilhosa... ainda não acredito em como posso ter conseguido me casar com você... – ele disse com uma boa rouca próximo ao meu ouvido e eu suspirei, me desvencilhando dele em seguida.

— Melhor a gente ir! Já estamos atrasados. – eu respondo e ele suspira frustrado. Então aparatamos.

Chegamos à porta da Mansão dos Malfoy e nos fazemos anunciar, sendo recebidos por um elfo doméstico muito estranho. Blink era mais bonitinho. Assim que entramos no salão de festas do Abraxas, percebemos que todos já estão reunidos: Abraxas e a sua esposa, Druella que eu não via há tempos com Cygnus, Avery com a francesinha dele, Mulciber e Flint com suas respectivas esposas.

— Abraxas! Sua casa é belíssima! Não esperava menos de você! – eu disse enquanto me aproximava para cumprimentá-lo com dois beijos no rosto. – Mandy, querida, como vai? – eu continuei me aproximando da anfitriã. Lestrange fazia tudo o que eu fazia.

— Tínhamos que manter o padrão Malfoy, não é? – respondeu Abraxas enquanto eu ia cumprimentando as outras pessoas presentes da mesma maneira, seguida por Lestrange.

— Naturalmente. E Dolohov? Não vai dizer que ele já foi... – eu perguntei enquanto terminava de cumprimentar a última pessoa presente no salão. Enquanto eu me abaixava para beijar cada um no rosto, pude sentir os olhares cobiçosos dos homens sobre mim e os olhares invejosos das mulheres por terem seus maridos me olhando . De fato, eu era a mais bonita dá festa.

— Virá com Voldemort. – Malfoy respondeu e meu coração acelerou. Não esperava que ele também viesse – Sabe como é... Borgin & Burkes.

— Fazem ele trabalhar demais lá... – eu retruco e Lestrange me olha sério – e voltamos a usar esse nome? Hoje é uma reunião de comensais? – pergunto animada e percebo que eu era a única mulher que sabia sobre aquilo. Sorri vitoriosa.

— Você verá. – foi tudo o que Malfoy respondeu.

Então começamos a falar sobre nossas vidas após o casamento e sobre as nossas conquistas pessoais. E, novamente, eu percebi que era a única mulher que estava buscando sucesso profissional. Todas as outras só queriam viver para os maridos e terem filhos. Todas me olhavam com um misto de inveja é desdém, enquanto os homens me olhavam orgulhosos, principalmente o meu marido.

Então, os rapazes começaram a falar deles mesmos, e a maioria estava no Ministério. Ouvimos histórias tão chatas quanto às que Lestrange me contava diariamente sobre coisas que aconteciam no trabalho.

Então após uma hora de conversa, o elfo doméstico voltou anunciando a chegada de Riddle e Dolohov, e eu tive que me segurar para não desmaiar: Riddle estava maravilhosamente lindo! Mais lindo do que nunca! Ele usava uma camisa social preta dobrada até a metade do braço e com os dois primeiros botões abertos que realçava toda a masculinidade que o corpo dele possuía e que eu conhecia muito bem, combinado com um jeans preto e sepatos pretos. Mantendo os cabelos milimetricamente arrumados e caindo pelo rosto. Tive que conter um suspiro e desejei beijá-lo naquele mesmo instante. 

Dolohov foi o primeiro a vir me cumprimentar.

— Claire, ainda bem que sou um homem livre! – ele disse me beijando no rosto e me dando um abraço rápido, aproveitando para alisar as minhas costas nuas pelo vestido. – porque se eu fosse comprometido, eu não poderia dizer o quanto você está linda nesta noite. Aliás, todas estão lindas, mas você sabe que eu sempre tive um fraco por você. Me desculpe, Lestrange. – ele continuou indo apertar a mão do Les que deu um tapinha nas costas do Toni.

— É, mas eu sou uma mulher casada e meu marido é alguém importante! – eu retruco e ele sorri.

 

— Ainda que ele não fosse, eu nunca desrespeitaria você. – ele terminou se afastando para cumprimentar as outras pessoas. Riddle fazia o mesmo e estava naturalmente simpático. Cumprimentava as mulheres com um beijo no dorso da mão de cada uma delas e os rapazes com um rápido abraço, mas quando chegou a minha vez, ele beijou a minha mão, me abraçou e me deu um beijo na testa antes de se afastar. Lestrange o fuzilou com o olhar mas aceitou o abraço do Riddle.

— Bom, meus amigos. Sinto em ter que pegar a casa do nosso amigo Abraxas para isso, mas eu senti que deveríamos voltar a nos reunir porque além de compartilharmos uma ideologia em comum, somos todos amigos. Fico feliz em ver que todos, realmente, encontraram o par perfeito para passarem o resto das vidas porque eu não imaginaria nenhum de vocês com uma senhora diferente ao lado. – ele dizia caminhando pela sala, entre nós como se fosse um lord, nosso Lord, meu Lord. – contudo, me preocupo com o fato de vocês esquecerem tudo o que sonhamos juntos e que parem de lutar por um mundo melhor, pela nossa liberdade. Quero pedir a vocês que aconteça o que acontecer, estaremos juntos e lutaremos contra tudo e contra todos em prol das nossas ambições.

Ele continuou a discursar, falando da importância da pureza de sangue e do quão ruim era termos nossa magia roubada, e era incrível como ninguém piscava, estávamos todos hipnotizados pelas palavras deles e faríamos tudo o que ele mandasse. Ele era fascinante. Por último, ele pediu que sempre o chamássemos de Voldemort e nos decidimos acatar o pedido dele.

Ao fim de tudo, começamos a beber e a conversar sobre banalidades. O discurso do Riddle foi suficiente para deixar todos à vontade e devolver o clima gostoso que rolava na nossa época de escola. Ele estava incrivelmente simpático naquela noite e sorria bastante. Era o centro das atenções.

O único que parecia não se encantar era Lestrange que certamente percebeu o meu olhar fascinado pra ele e a nossa sutil troca de olhares. Até o timbre da minha e voz e de todas as mulheres presentes parecia mudar quando nos dirigíamos a eles.

Então os grupos se separaram: de um lado da sala, mulheres falando sobre coisas chatas de mulheres e do outro, eu e os garotos conversando sobre a guerra de Grindewald e de como continuar nossos planos de exterminar os sangue ruins. Lestrange mantinha uma mão em meu ombro, mas nada seria capaz de afastar os meus pensamentos e o olhar apaixonado que eu lançava a Riddle sempre que podia.
Então a festa acabou, e assim que cheguei em casa com o meu marido, percebi ele mais distadnte de mim. Certamente ele iria querer conversar no dia seguinte comigo.


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