Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 21
A noite em que eu tracei o meu destino


Notas iniciais do capítulo

Acho que o capítulo mais emocionante que eu escrevi kkkk



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Hoje seria o melhor dia da minha vida se não fosse a reunião de comensais em que eu teria que “mostrar o meu valor” conforme o Riddle disse.

Depois das últimas semanas, eu me sinto, finalmente, feliz. Hoje completo 17 anos, estou ótima em oclumência, segundo Dumbledore, meu trabalho com as mandrágoras está concluído e defendido com sucesso, meu relacionamento com Lestrange vai a mil maravilhas e nenhum Riddlezinho está a caminho.

Ganhei todo tipo de presente de aniversário, desde doces e vestidos a livros. Não ganhei nada de Riddle e Lestrange disse que me dará o presente pessoalmente.

Como ainda é quinta, temos aula praticamente o dia todo, então os únicos momentos de lazer foram os intervalos que passei à beira do lago com Lestrange e a hora das refeições. Não preciso comentar que todas as mesas se uniram para cantar "parabéns pra você pra mim". Foi realmente, emocionante.

Dumbledore também fez questão de me abraçar e desejar felicidades, e fiquei um bom tempo conversando com ele antes de ir para a sala comunal, encontrar todo mundo e seguir para a sala precisa para conhecer qual seria a minha tarefa.

Então Lestrange veio me buscar, forçando Dumbledore se despedir de mim.

— Ainda não te dei o seu presente, gatinha. – disse o Lestrange após me abraçar apertado. – entra nessa sala aqui comigo. Quero que estejamos à sós.

Confesso que parte de mim pensou em uma rapidinha excitante ali dentro com o Lestrange, mas desde que começamos a namorar, parece que ele deu uma "esfriada" porque não conseguia mais ser agressivo na hora do sexo, então eu logo descartei essa hipótese.

Assim que a porta se fechou atrás de nós, ele começou:

— Claire, sei que estamos há pouco tempo juntos para decidir isso agora, mas acho que temos uma sintonia boa pra isso. Eu te amo desde há muito tempo e você sabe, e você também percebe o quanto nos damos bem. Eu não sou muito bom em palavras, e também não temos muito tempo pra isso. Temos que estar na sala precisa em 20 minutos. Claire... – ele começo se ajoelhando aos meus pés e me fazendo olhá-lo espantada e com os olhos arregalados  – você aceita casar comigo? – ele disse após revelar uma caixinha com um outro anel, mas dessa vez um de pedra negra com o brasão da família Lestrange gravado nele.

Fiquei em estado de choque. Não sabia realmente o que fazer. Namorar o Lestrange era legal, mas o meu amor ainda pertencia ao Riddle, mas o Riddle ficaria para trás após Hogwarts e eu tinha certeza que passaria a amar o Les se eu aceitasse, então fiquei indecisa, pensando.

— Claire, meu joelho dói... – disse o Lestrange procurando quebrar o clima tenso que havia se fornado e também preocupado com a minha demora em responder.

— Les... minha resposta vai ser a mais clichê possível: quero tempo para pensar. – eu respondi e eu vi ele se encolher como se eu tivesse dado um tapa na cara dele.

— Bom, se é assim... – ele disse e guardou o anel. – eu espero então pela sua resposta. – ele respondeu vermelho e sem jeito.

Dei um beijo nele, o abracei forte e prometi que a minha reação tinha sido aquela por eu ter sido pega de surpresa, mas que eu eu realmente iria refletir o assunto com carinho.

Ficamos ambos constrangidos e seguimos até a sala precisa separados, sem nos dar as mãos.

Certamente, aquele não era o tipo de presente que eu gostaria de ganhar de aniversário, mas eu via a beleza naquele ato, eu só não sabia se estava preparada para aceitar ou não.

Fomos pontuais ao chegar na sala precisa. Todos já estavam reunidos e Riddle girava a varinha entre os dedos longos e finos, aqueles dedos... ele ficava tão sexy fazendo aquilo, mas eu tentei não transparecer a minha reação.

— Amigos, essa noite veremos a nossa nova recruta provar o seu valor. Tem medo de ir a Floresta Proibida, srta. Nott? – Riddle começou a falar, mas dirigiu a pergunta a mim.

— Mas é claro que não! – eu respondi, o que era verdade.

— Ótimo, isso torna as coisas um pouco mais fáceis. Você gostou de matar aquele dia, não gostou? Talvez, hoje você volte a fazer isso de novo. Tudo dependerá da sua coragem. – ele continuou, me olhando com as sobrancelhas erguidas. Lestrange me abraçou por reflexo.

— Então, chegou a hora de eu cometer o meu primeiro assassinato? Quem devo matar? – eu perguntei. É claro que eu nunca pensei que faria isso um dia, mas eu não me importaria se fosse um maldito sangue ruim.

— Não alguém, mas uma coisa. Algo pior do que matar uma pessoa, pelo menos será para você. – ele continuou – você pode não fazer, se  nãoquiser, mas isso só me dará a certeza de que você é fraca.

 

— Eu não sou fraca! O que eu devo matar? – perguntei com uma leve irritação na voz. Eu não gostava que falassem assim comigo o que duvidassem da minha coragem. Dumbledore dizia que eu tinha alguns traços grifinórios.

— Um unicórnio. – ele disse enfim e eu me calei horrorizada. Todos na sala tinham a mesma expressão.

— Milord, um unicórnio... isso pode trazer consequências terríveis para quem machuca tais criaturas. – começou Malfoy – não é um pouco exagerado?

— Exagerado? Está dizendo que eu sou exagerado? – perguntou Riddle se virando ameaçadoramente para Malfoy, fazendo o loiro se encolher, e isso porque os dois eram amigos...

— Não, milord, eu só... – Abraxas começou, mas deixou a voz morrer.

— E então? – perguntou Riddle se virando pra mim.

— Eu faço. – respondi convicta, embora Lestrange me apertasse em seus braços como se quisesse me proteger.

Riddle abriu um sorriso sinistro, mas eu via os olhos dele brilharem. Acho que ele pensou que eu daria pra trás. Soltei-me então dos braços de Lestrange para melhor ouvir as orientações de Voldemort.

— Seria muito simples se para matar tal criatura você utilizasse a maldição da morte e é evidente que eu não quero que a coisa seja simples. Você terá o privilégio de utilizar um feitiço novo, diferente pra isso. – disse Riddle se aproximando de mim e começando a andar ao meu redor enquanto falava, como se eu fosse a sua presa. Ele realmente parecia um Lord.

— E qual feitiço seria, milord? – Eu perguntei interessada e ele tornou a sorrir daquele jeito sinistro.

— Ele se chama arteriuns*, mas saiba que está proibida, ou melhor, proibidos de utilizarem esse feitiço aqui na escola porque isso entregaria o nosso movimento e eu os mataria. – ele disse ameaçadoramente – esse feitiço é capaz de ferir tão fundo a ponto de cortar uma artéria ou os próprios membros de um corpo. É ideal para esconder um cadáver inconveniente. – ele continuou a explicar enquanto caminhava a minha volta.

Senti meu coração disparar e o meu peito doer. Aquilo seria horrível, e eu não queria fazer, mas eu precisava. No fim, aceitei a fazer e Voldemort me olhou satisfeito.

Iríamos naquela hora para a floresta proibida. Para não chamar a atenção, fomos apenas eu, Lestrange, Riddle, Avery e Dolohov. Black e Malfoy não quiseram ir e Riddle disse que estava tudo bem.

Lestrange ia com as mãos no meu ombro. Ele também não queria ir e não queria que eu fizesse aquilo, mas eu queria mostrar que podia, e eu gostava dessas reuniões, das artes das trevas e, lá no meu íntimo, eu não queria decepcionar o Riddle.

Ao chegarmos na entrada da floresta, Riddle me puxou pra ele e sussurrou algumas orientações para que desse tudo certo, então entramos. Riddle ao meu lado e os meninos um pouco atrás. Tínhamos as luzes na ponta da varinha acesas para que encontrássemos um unicórnio.

Encontramos um comendo umas folhagens entre as árvores e Riddle me ajudou a apontar a varinha pra ele porque as minhas mãos tremiam.

— Você consegue, acredito em você. – ele sussurrou tão baixinho que eu acredito que só eu mesma ouvi.

Então, eu senti a mão dele apertar a minha cintura. Senti-me segura e confiante nesse momento é acabei lançando a maldição.

Arteriuns! – eu gritei e para o meu horror, acabei decapitando o unicórnio que apesar de estar sem cabeça, se debatia no chão.

Riddle percebeu que eu não estava bem porque o meu corpo tremia, então ele me abraçou e eu chorei no ombro dele, enquanto o abraçava com força.

— Calma, vai ficar tudo bem. Você foi corajosa. – ele disse enquanto alisava os meus cabelos. Lestrange deveria estar perplexo e talvez com raiva de mim porque ele não se moveu. Eu era, de fato, pessoa horrível.

Então escutamos barulhos de cascos e sentimos o chão tremer. Fiquei desesperada, mas Riddle tentou manter a calma.

— Hora de voltar. Os centauros se aproximam e não vão gostar nada de ver sangue de unicórnio derramado. – ele disse monótono, mas alto o suficiente, então todos se viraram para voltar correndo, mas eu fiquei imóvel, em estado de choque.

Os barulhos dos cascos estavam cada vez mais alto, então Riddle vendo que não daria tempo de voltarmos a salvo, me puxou para um canto. Ficando escondido atrás de uma árvore comigo.

Os outros, como estavam mais a frente, conseguiriam voltar. Um terror me invadiu e eu senti medo por morrer nas mãos dos centauros porque foi eu quem matou o unicórnio.

Ficamos durante mais alguns minutos ali até que vimos um dos centauros passar por nós correndo. Quase gritei, mas Riddle tapou a minha boca na hora, até que fosse seguro sairmos, mas quando o fizemos, eu torci o pé, o que fez com que Riddle me pegasse no colo para podermos, enfim, sairmos de lá.

Ao invés de irmos para o castelo, Riddle me levou até a beira do lago negro, colocou-me no chão e murmurou alguns feitiços curativos fazendo o meu pé parar doer, melhorando a torção naquele exato momento.

— Obrigada. – eu disse cansada e abalada e ele nada disse.

Ficamos um tempinho juntos, sentados no gramado, então ele me beijou calmo e suave, e eu o correspondi, abraçando-o pelo pescoço, mas logo o soltando.

— Não posso, Les me pediu em casamento...

— Eu sei. – ele respondeu voltando a me beijar.

Não sei se pela tensão que eu passei ou pelo que eu sentia, mas ali eu não consegui resistir e acabei me entregando aos poucos a ele ali, à beira do lago.

Fizemos amor pela segunda vez porque ele foi gentil e carinhoso durante todo o ato, mas era errado. Tão errado que quando terminamos, eu me levantei às pressas e saí correndo de volta para o castelo sem ao menos me despedir dele. 

Quando cheguei à sala comunal da Sonserina, Lestrange me aguardava lá, cochilando no sofá. O maior sentimento de culpa que eu havia sentido, me arrebatou, então fui até ele e o acordei para dizer as palavras que eu me arrependeria depois.

— Les, eu aceito me casar com você.

Ele me olhou nos com um misto de surpresa e alegria, mas por fim me abraçou e colocou o anel em meu dedo.

Naquela noite, eu havia traçado o meu destino.

 

—----

Artériuns*: Uma única lâmina negra é lançada, capazde dicipar artérias e cortar membros do corpo. 

Lampejo: Não possui. 

Tipo: Maldição. 

 

 


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