Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 22
O dia mais aguardado por mim e a nostalgia sem fim


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo fofo :P



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Nunca pensei que sentiria tristeza quando chegasse o dia  mais aguardado por mim em Hogwarts: o dia da minha formatura . O dia em que eu deixaria tudo para trás. Deixaria a escola, os amigos que eu não voltaria a ver e Tom Riddle.

Desde o dia em que ficamos juntos no lago, eu consegui resistir a ele em todas as outras vezes que ficamos à sós. Doía dizer não a ele, mas eu estaria casada em alguns meses e era isso o que eu queria.

Riddle certamente sumiria no mundo porque ele recusou todas as oportunidades que foram dadas a ele para trabalhar no Ministério da Magia ou em qualquer outro lugar. No fundo, ele deveria ser tão aventureiro quanto eu. Isso me fazia sorrir.

Eu usava um vestido verde do tom sonserino. Nada muito provocante. Dessa  vez optei por algo mais comportado porque agora eu estava noiva. Lestrange vestia um terno negro muito bonito, assim como todos os garotos e segurava a minha mão enquanto eu batia um papo com Dumbledore.

— Em uma semana eu vou partir, professor. Lestrange não pode ir por causa do trabalho no ministério que ele conseguiu, mas, eu quero assegurar que eu terei um pedacinho de cada lugar no mundo dentro da nossa casa quando casarmos, não é amor? – perguntei me virando para Lestrange.

— Não tem jeito... ela iria de qualquer maneira... – ele responde desanimado fazendo eu e Dumbledore rirmos.

— Fico realmente feliz em saber, senhorita, mas peço que não se esqueça desse velho e que me escreva de vez e quando. – pediu Dumbledore com um sorriso amável.

— Jamais, professor, e espero vê-lo em nosso casamento! Tomarei como a maior desfeita do mundo se eu não o vir lá, hein? – eu falei e o professor deu uma risadinha.

Era costume de Hogwarts fazer um baile para os formandos, então o salão principal estava decorado com as cores de todas as casas para que todos nos sentíssemos confortáveis.

Meus pais se encontravam sentados em uma mesa junto aos pais de Lestrange e com certeza estavam falando sobre os preparativos do casamento que seria na minha casa dali a quatro meses.

Lestrange estava animado, exceto pelo fato de que eu passaria esse tempo até o casamento praticamente viajando com a intenção de comprar artigos e enxoval para a casa que eu moraria com ele, além de aproveitar para conhecer o mundo.

É claro que tivemos uma briga feia quando eu disse que viajaria, mas no fim, ele acabou concordando porque sabia que não tinha jeito e que se opor só causaria mais discórdia entre nós.

Eu disse a ele que o motivo da minha viagem era a compra desses artigos quando na verdade, tudo o que eu queria era ter um tempo longe de tudo, refletir a minha vida, me reinventar e esquecer o Riddle porque seria impossível começar um casamento ainda gostando dele da forma que eu gostava.

Falando nele, senti uma profunda tristeza ao perceber que ele era o único aluno que não tinha família presente ali, então o professor Slughorn que era uma espécie de pai pra ele na escola lhe fazia companhia, mas Riddle parecia cada vez mais entediado.

Dancei todas as músicas do baile com o Lestrange e tirei muitas fotos com ele.

Eu realmente, estava feliz apesar da tristeza em não ser mais aluna, mas a expectativa em conhecer o mundo era grande e eu não via a hora de partir. 

No fim da festa, pedi a Lestrange para ficar sozinha, porque eu queria dar a minha última volta pelo castelo para eu me despedir. Eu estava no segundo andar quando encontrei o Riddle fazendo o mesmo. Paramos por uns segundos e nos olhamos, então ele sacudiu os ombros e disse:

— Que se dane! Vem comigo! – ele me convidou e eu não saí do lugar – quero te mostrar um lugar secreto, se não vier, nunca mais terá essa oportunidade.

Foi o suficiente para me convencer e eu fui caminhando ao lado dele em silêncio. Então, ele me levou até o banheiro feminino e eu franzi o cenho.

— Aqui, Riddle? É mais fácil eu te apresentar o banheiro feminino do que ser você a fazer isso. – eu comentei e ele sorriu.

— Então vou te fazer olhar o banheiro feminino com outros olhos. – ele disse se aproximando de uma escultura no banheiro e começando a falar em uma lingua que eu desconfiava ser a língua ofídia. Fiquei fascinada ao ver a escultura se levantar revelando um túnel muito profundo.

— Merlin, essa é a Câmara Secreta! – eu disse fascinada – fantástico!

— Você vai primeiro, ou vou eu? – ele perguntou com um sorriso no rosto.

— Vá você! – eu disse e ele pulou lá dentro, me dando coragem de pular também.

Me surpreendi ao perceber um chão vazio ao cair lá embaixo e percebi também uma escada na lateral da parede, o que significava que podíamos descer pelas escadas ao invés de pularmos feito loucos.

— Vejo que melhorou em oclumência. Está tão difícil de ler a sua mente ultimamente, que às vezes, desisto de fazer isso. – ele diz meio chateado e eu ri.

— Agradeça a Dumbledore. – eu respondi e ele revirou os olhos naquele local mal iluminado me fazendo rir de novo.

— Vamos avançar então? – ele perguntou meio irritado por eu mencionar o professor que ele menos gostava e eu o segui.

Caminhavamos por um corredor escuro, úmido e mal iluminado por luzes verdes. Seria sinistro se eu não estivesse encantada com o lugar. Eu tentava gravar cada pedacinho daquele túnel em minha mente.

— Está gostando do passeio? – ele perguntou divertido me olhando com aqueles olhos penetrantes na escuridão. Eu fiz que sim com a cabeça e ele sorriu.

— Então é aqui que mora a acromântula? – eu perguntei.

— Óbvio que não! Salazar Slytherin não teria um bicho patético escondido aqui. O monstro é um basilisco! – ele respondeu e eu parei fechando os olhos em pânico. Ouvi a gargalhada dele enquanto eu me desesperava – Ele só vem se for chamado, e se vai ficar desse jeito, é melhor eu nem te mostrar então...

— Tem como eu vê-lo de costas, quer dizer, é seguro? – eu perguntei porque por Merlin, quando eu viria um basilisco outra vez?

— Claro que é seguro, eu não te colocaria em perigo. Quero que feche os olhos e só os abra quando eu mandar, está bem? – ele me instruiu enquanto avançávamos e eu obedeci quando paramos. 

Então, ouvi os passos de Riddle se afastando de mim e a voz dele em língua ofídia em seguida. Depois escutei um barulho de algo se movendo e um sibilar de cobra. Senti meu corpo inteiro tremer.

Escutei Riddle dizer mais alguma coisa em língua de cobra, e em seguida ele disse que eu podia abrir os olhos.

Dei de cara com uma enorme serpente que estava de costas pra mim. Riddle a acariciava com carinho e me olhava com um sorriso convencido no rosto.

— Não é fantástica? Toque-a. – ele pediu em um tom que mais parecia uma ordem e eu obedeci.
O basilisco tinha a pele escorregadia, úmida e fria. Era assustador, mas eu conseguia entender o fascínio dele por tal criatura. Era incrível como podia existir algo assim, tão majestoso e tão letal, e ele não precisou ler a minha mente para entender que eu havia gostado. Ele me olhava com um sorriso verdadeiro e os olhos brilhando. Ele ficava incrivelmente lindo quando me olhava assim, e eu ficava hipnotizada por ele.

— O que foi? – eu perguntei ao vê-lo me olhar daquele jeito.

— Nada. – ele respondeu enquanto acariciavamos o basilisco. – acho melhor voltarmos. – ele completou e eu me afastei.

Então Riddle sussurrou mais alguma coisa na lingua das cobrar fazendo o basilisco voltar pro buraco de onde saiu e fazendo a entrada se fechar em seguida.

— Uau! Obrigada por me mostrar! – eu disse animada – queria ter te conhecido melhor na época porque eu poderia te ajudar a atiçar a fera contra os sangues ruins!

Ele sorriu um belo sorriso e respondeu:

— Provavelmente, eu não confiaria em você, mas é bom saber que existe alguém que também ache graça nesse pobre basilisco. Você é uma garota diferente, realmente. – ele disse e eu sorri.

Então, ficamos nos olhando por alguns segundos até que num impulso, eu corri até ele e o abracei forte. Eu tive vontade de chorar porque eu sabia que aquela seria a última vez que eu o veria e o abraçaria assim, mas ao invés disso, eu fiquei sentindo o aroma do perfume dele, aquele cheiro que eu reconheceria em qualquer lugar do planeta. Ele correspondia ao meu abraço me abraçando pela cintura, embora estivesse meio hesitante no início.

Ficamos escutando o som da respiração um do outro até que nos separamos.

— Vou sentir saudades, Tom. – eu disse chamando-o pelo nome pela primeira vez, fazendo ele me olhar surpreso.

—Eu tambem. – ele respondeu quase que automaticamente, mas logo se arrependendo depois porque passou uma mão pelos cabelos como se estivesse nervoso e eu ri enquanto ele me olhava atentamente.

— Mesmo? – perguntei só pra ter certeza e ele balançou a cabeça negativamente e eu ri mais ainda.

Então resolvemos voltar, mas assim que voltamos ao banheiro feminino e ele fechou a entrada da câmara secreta, eu  me enchi de coragem.

— Tom... – eu o chamei e ele me olhou – eu amo você.

Ele apenas continuou a me olhar sério com uma expressão indecifrável e eu me virei para ir embora. Aquela seria a última vez que eu o veria, e no fundo eu torcia para que fosse assim. Eu queria ter uma vida tranquila com Lestrange e trabalhar no Gringotes, apenas isso.

Voltei para o salão principal e fui direto abraçar Lestrange para ficarmos juntos até o fim da festa.

Dançamos mais algumas músicas juntos ao nossos amigos e tiramos milhares de fotografia que fariam parte do álbum que mostraríamos aos nossos filhos e netos. Eu me sentia leve e feliz, e certamente, aquela foi a última vez que eu vi Tom Riddle porque ele não voltou pra festa. Ele havia, enfim, deixado Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Sei que parece final de Malhação, mas a fic ainda não acabou. Amanhã voltamos.



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