Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 19
Quase que a minha vida muda pra sempre




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Levaram cinco dias para o Lestrange se recuperar e acordar e eu não saí do lado dele um minuto sequer, tanto que eu fui a primeira coisa que ele viu quando abriu os olhos, então ele se desculpou comigo pelas coisas que me disse e eu me desculpei também pela briga. Estávamos bem outra vez, mas eu sentia medo.

Minha menstruação estava atrasada, e isso significava que provavelmente eu e Riddle seríamos pais porque não teria dado tempo do filho ser do Lestrange além do que eu sempre me cuidei com o Les, mas nem sempre com o Riddle por conta do calor do momento. Eu não queria ser mãe de um filho dele, e além do mais, isso deixaria as coisas ruins com o Lestrange.

Fui me aconselhar com Druella sobre o que fazer e ela brigou comigo.

— Poxa, Claire! Você tem que ser mais responsável! Você sempre se cuidou com os outros, por que não fez o mesmo com o Riddle? – ela perguntou indignada.

— Simplesmente aconteceu! Eu não, sei, mas a gente não pensa muito, eu e Riddle éramos sempre tão intensos que eu me esquecia de me proteger. Se isso for verdade, eu não sei o que eu faço! Agora que ferrou tudo de vez! – eu falei nervosa – ele vai ser um pai horrível! Não quero ter um filho com ele, Ella... devo falar com o Les?

— Ainda não. Vá até a enfermaria e peça um teste, sei lá. Deve ser comum as meninas fazerem isso. – ela aconselhou.

Mas eu não queria ir. Por incrível que pareça, eu tinha vergonha. Então eu fui me aconselhar com a única pessoa que me entendia naquela escola. Cheguei até a sala de Dumbledore, e nem bati, entrei direto.

— Professor, preciso muito da sua ajuda! Estou desesperada! – eu disse após fechar a porta. Dumbledore que estava ocupado fazendo algumas anotações, parou e começou a me olhar intensamente com aqueles olhos azuis acalentadores. Ele estava preocupado com a minha entrada repentina naquela hora dá manhã.

— Diga, minha querida. Sente-se. – ele disse indicando uma cadeira a frente dele com a cabeça – e então?

— Professor, não me julgue.Aconteceu, mas acho que eu vou ser mãe e o Riddle será o pai. – eu digo ruborizando. Alguma coisa em mim dizia que Dumbledore não me veria mais como uma menininha fofa como ele sempre via.

— Não cabe a mim julgá-la, mas a maternidade é uma dádiva, uma das coisas mais bonitas desse mundo, mas entendo a sua preocupação, é compreensível. Vocês ainda são muito jovens para tal responsabilidade. – disse o professor e eu suspirei melancólica.

— O que a minha família vai dizer? E o Lestrange? Eu não quero ter esse filho, professor. – eu disse quase às lágrimas.

— Mas você já tem certeza? - ele perguntou me olhando com atenção.

— Não, mas estou com muito medo de fazer o teste. Riddle é legilimente e vai descobrir, por mais que eu me esforce, não consigo ser boa em oclumência. Não quero que ele saiba ainda. – eu me queixo. Capaz de Riddle fazer mal ao nosso filho só pra não ser pai, e essa ideia me horrorizava.

— Então faça o teste. Posso acompanhá-la. Viver com a dúvida é pior. Quanto à oclumência, posso lhe dar aulas se a senhorita quiser. Fazemos encontros semanais. – propõe o professor.

— Professor, estou com vergonha! E eu aceito a ajuda, quando começamos? – eu pergunto. Até que enfim uma notícia boa, agora eu aprenderia oclumência pra valer.

— Vamos resolver essa situação primeiro e então marcamos a nossa primeira aula. A senhorita quer ir lá agora? – ele perguntou todo prestativo.

— Ai, que vergonha! Devo contar ao Les? – perguntei

— Vamos fazer o teste primeiro, então, dependendo do resultado, você conversa com o senhor Lestrange e com o senhor Riddle.

— Riddle não, professor! Ele seria um pai horrível para o meu filho. – eu digo e Dumbledore riu pela primeira vez, mas por fim conseguiu me acalmar.

Fomos então até a enfermaria, e quando chegamos lá, Dumbledore foi sozinho falar com a enfermeira enquanto eu ficava mais afastada encarando um pontinho na parede. Eu só queria pensar em nunca mais precisar ir a enfermaria de tanta vergonha que eu estava sentindo.

Então a enfermeira se aproximou, abriu um sorriso gentil e me entregou um frasquinho contendo um líquido para que eu bebesse.

— Não fique assim, senhorita. Esse tipo de coisa é mais comum aqui em Hogwarts do que se imagina. Preciso que beba o conteúdo desse frasco e vá imediatamente ao banheiro. Então você colherá a sua urina, e não se assuste porque ela estará colorida. – me instruiu a enfermeira.

Escutei cada palavra que ela disse com atenção e virei o frasco de uma vez só. Quase que instantaneamente, senti vontade de ir ao banheiro, então fiz tudo o que me foi recomendado e eu mijei azul. Era a coisa mais esquisita do mundo, então levei o conteúdo do potinho até a enfermeira que o olhou com atenção, então ela diluiu a minha urina num líquido dourado e pediu para eu voltar a noite para saber o resultado.

— O senhor vem comigo, professor? – eu pedi apreensiva.

— Claro, senhorita. Após o jantar passaremos aqui. Agora, volte para as aulas e tente se acalmar. Nervosismo não vai ajudar em nada. – eu ouvi Dumbledore me aconselhar. – venha, vou te levar para a aula pra você não ter problemas. Aula de quê agora?

— Porções...

— Certo. Vamos então? Digo ao Horácio que você estava comigo e por isso se atrasou. – ele respondeu e eu o agradeci por isso.

Fizemos o trajeto em silêncio, como se falar sobre o assunto me denunciasse. Eu estava muito nervosa porque eu tinha medo do Riddle descobrir pela legilimência e eu não queria que ele descobrisse, não desse jeito.

Eu nunca tinha pedido intervenção divina em nada na minha vida, mas agora eu implorava por ela. Eu não queria e não podia estar grávida.

Chegando a aula, Dumbledore interrompeu Slughorn e se desculpou pelo meu atraso. Slughorn disse que não se importava e eu fui, em silêncio, ocupar o meu lugar ao lado de Lestrange. Fiquei quieta durante toda a aula, sendo monossilábica para responder as coisas que o Lestrange me perguntava. Ao final da aula, ele não se aguentou.

— Vai me dizer o que está acontecendo ou não? – ele me perguntou com um quê de irritação e de de preocupação.

— Não tem nada acontecendo. Acontece que não me sinto bem. – eu disse – passei mal perto de Dumbledore e ele teve a delicadeza para me levar até a enfermaria.

— O que você tem? - ele me perguntou como se acreditasse, mas era óbvio que não acreditava.

— Gripe, talvez, me deram uma poção. Devo estar melhor amanhã. – eu menti. Eu estava me descobrindo uma mestre na arte das mentiras. – mas acho melhor não ficarmos muito perto, não quero te deixar doente...

— Não me importo, porque se eu ficar doente, aí não terei nenhuma restrição pra estar ao seu lado! – ele disse e eu achei fofo. Então eu o abracei.

Seguimos juntos para a próxima aula, mas como era de Herbologia, eu tive que sentar ao lado do Riddle porque ele era o meu parceiro no trabalho daquele ano.

O bom de ficar perto do Riddle durante as aulas, é que ele é muito concentrado, então quase não não me perturba, mas é óbvio que eu muito menos enganei se pensei que essa concentração dele na aula o deixaria fora da minha mente porque assim que começamos a guardar as coisas para irmos embora após a aula, eu o escutei dizer:

— Me conte depois se der positivo. - disse se afastando em seguida.

Fiquei perplexa e desejei com mais vigor as aulas de Dumbledore.

A noite não tardou a cair, embora para mim tenha demorado uma eternidade. Lestrange estava ao meu lado, como sempre, e não parou de me perguntar um só minuto o que estava acontecendo comigo porque ele tinha certeza que não era só gripe, e tudo porque eu passei o intervalo entre a última aula até a hora do jantar no banheiro feminino chorando.

Sentada no chão, sozinha, chorando e rezando. Eu nunca mais faria sexo sem me proteger! Eu jurei pra mim mesma. 

Insisti na história da gripe para o Lestrange que por fim fechou a cara. Segundo ele, eu não confiava nele o suficiente para dividir as minhas frustrações, mas como chegar pro seu namorado e dizer que você está grávida de outro?

Pelo menos, eu tinha quase certeza de que estava, porque sempre que passo a mão pela minha barriga, é como se eu sentisse a gestação.

Então o jantar acabou, e sem me despedir de Lestrange, fui correndo até Dumbledore e juntos fomos a passos rápidos até a enfermaria. Acho que no fundo, Dumbledore também estava ansioso pelo resultado.

— E então? – perguntou Dumbledore para a enfermeira.

— Negativo. Pode ficar tranquila, doce menina. – disse a enfermeira com um sorriso no rosto e eu gritei de alegria, então ela me mandou calar a boca porque, segundo ela, eu não estava em casa.

Até Dumbledore suspirou aliviado dando uma gostosa risadinha quando eu o beijei no rosto e o abracei forte.

— Professor, vou subir as escadas da torre da Astronomia de joelhos agora! – eu disse e o professor riu.

— Não precisa tanto, Claire, mas veja: seja mais cuidadosa agora. Se não quer filhos, evite-os. E quanto ao sr. Riddle, sugiro que tenha cuidado. Ele não é um garoto comum. Sofreu bastante durante a vida. Nunca conheceu os pais e Hogwarts é o único lugar que eu tenho certeza de que ele é feliz. – começou Dumbledore me alertando, mas eu já sabia de tudo aquilo.

— Vou me cuidar, professor. E sobre o Riddle, eu não tenho muito contato mais com ele além do necessário, e eu sei que ele não é como os outros, porque se fosse, eu não teria me apaixonado por ele... e falando nele, vou dar a notícia de que ele não vai ser mais pai! Obrigada, professor. – eu disse me despedindo apressada por medo de perdê-lo de vista.

— Compreendo, Claire. Terça às sete dá noite é bom pra você para estudarmos oclumência? – els perguntou.

— Parece ótimo! – eu respondi e me afastei correndo em direção ao Riddle.

Ele percebeu a minha presença e parou.

— Não é dessa vez que seremos pais. – eu disse e ele sorriu.

— uma pena, seríamos quase uma família. – ele diz debochado e eu concordo sonhadoramente, mas logo me corrijo e ele ri.

— Melhor eu voltar para a sala comunal. – me despeço e me viro para sair correndo, mas sem antes ver um Dumbledore sorridente nos observando.


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Notas finais do capítulo

Pegadinha do malandro! Kkkkkk



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