Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle
Dias se passaram e a culpa por eu ter beijado Riddle ainda me perseguia. Meu relacionamento ia melhor do que nunca e meus pais e os de Lestrange estavam super de acordo. Lestrange enviou uma carta a eles explicando que havia me pedido em namoro, e eles receberam a notícia com muita alegria, além perguntarem quando seria o casamento. Meu pai havia se recuperado por completo e foi julgado por uma comissão do Ministério, mas ele alegou ter sido controlado pela maldição imperius e portanto foi absolvido das acusações, deixando o sobrenome Nott limpo outra vez.
Contei a Druella sobre o beijo e ela disse que era natural eu me sentir mal, mas que eu não deveria contar para ninguém porque o Lestrange não entenderia, e isso daria mais armas para o Riddle continuar a me importunar.
Sei que tomei a decisão certa de levar o Lestrange a sério e de deixar Riddle pra trás, mas era tudo tão difícil, principalmente nas nossas reuniões de comensais: Riddle sempre inventava que eu estava executando algum feitiço errado e segurava o meu braço para me ajudar na execução. Só o toque dele me causava arrepios e é óbvio que ele percebia, o que me fazia sentir ainda pior.
Hoje teríamos mais um Clube de Duelos. Depois da aula de Dumbledore, era a única coisa que prestava pra mim naquela escola. Hoje seria junto com a Grifinória, o que aguçou as expectativas de estuporarmos todos daquela casa estúpida. Decidi que se Charlus Potter se apresentasse, eu também me apresentaria e acabaria com ele.
Assisti todas aulas da manhã com a mão do Lestrange protetoramente sobre o meu ombro, mas era impossível não me pegar dando pequenas olhadas para onde Riddle estava.
Eu só queria que a escola terminasse logo.
O Clube dos Duelos, começaria duas horas após o almoço, então após terminarmos de almoçar, segui junto a Lestrange até a sala comunal para matarmos o tempo. Avery, Malfoy e Riddle vieram se juntar a nós.
Foi então que eu vi a primeira crise de ciúmes de Lestrange e tivemos a nossa primeira briga.
Eu estava sentada no colo dele quando Riddle nos desafiou para uma partida de xadrez bruxo e eu aceitei, afinal, era o meu jogo favorito e Lestrange não gostava de jogar comigo.
Percebi que Riddle havia mudado a tática dele comigo, tornando-se mais agradável e mais divertido, o que fez com que ficáasemos absortos em um assunto só nosso enquanto jogávamos. Riddle, quando queria, sabia ser uma excelente companhia para conversar.
— E como vão as aulas de oclumência? Ainda consigo penetrar na sua mente com muita facilidade. – ele comentou me provocando – se antes sua mente era uma porta aberta, agora é uma porta fechada que se abre com um feitiço mais simples que o alohomora.
— Mas há progresso, não há? – perguntei enquanto fazia uma jogava que poderia me ajudar a ganhar a partida.
— Claro que há, mas de certa forma, sempre conseguirei penetrar em você. – ele respondeu com um sorriso malicioso nos lábios e eu confesso que ri da piadinha de duplo sentido.
Foi o suficiente para o Les sentar no chão ao meu lado de cara feia. Tentei ignorá-lo e continuei jogando, conversando e rindo, porque do contrário, eu brigaria com o meu adorado namorado. Eu detestava ser vigiada e controlada. Riddle fez o mesmo, mas acabando a partida, com uma vitória dele sobre mim, Lestrange me confrontou.
— Sério, Claire, vai ficar rindo enquanto ele te desrespeita? – perguntou Lestrange visivelmente irritado – já é bastante ruim namorar a garota que já ficou com a escola toda, vou ter que aguentar mais essa?
— Opa, primeiro, não foi eu quem pediu pra namorar, foi você. Segundo, você sabia quem eu era quando fez isso e terceiro, você não manda no meu humor. – eu respondi – agora você sim está me desrespeitando me vigiando desse jeito. Eu não fiz nada de mais, só aceitei a jogar um jogo que você detesta e conversei com um amigo! Não é só porque você detesta xadrez bruxo e tem ciúmes do Riddle que eu vou parar de jogar e falar com ele.
— A questão não é você jogar ou falar com ele, mas dar confiança pra esse tipo de comentário. Poxa, Claire! – ele começou levantando a voz
— E não grite comigo! Se não está bom pra você, termine o nosso relacionamento. – eu completei dando as costas pra ele e me afastando, sem dar o direito de resposta a ele. Juntei-me a Avery e Dolohov, e juntos fomos para a sala de duelo, deixando ele para trás.
Assim que chegamos lá, minha irritação se foi ao ver Dumbledore acompanhando os alunos dá Grifinória. Rapidamente, fui falar com ele, ignorando o cumprimento de Charlus Potter.
Conversamos sobre bobagens, até que os duelos começaram e eu voltei para o meu lugar junto ao pessoal da Sonserina.
— Dumbledore, por que não pegamos o melhor aluno de nossa casa, fazemos com que duelem e o vencedor desafia algum outro aluno? – perguntou Slughorn
— Parece ótimo, Horácio. Nesse caso, vou escolher Charlus Potter. – disse Dumbledore com um sorriso amável no rosto.
Como eu queria ser escolhida! Mas, eu já sabia muito bem quem teria essa honra. Então eu me aproximei de Riddle e sussurrei pra ele acabar com o Charlus pra mim e ele apenas assentiu sorrindo malignamente.
— E eu escolherei o aluno modelo de Hogwarts, Tom Riddle. – anunciou o professor e todos nós o aplaudimos enquanto ele subia na plataforma para duelar à vista de todos.
Vimos Slughorn sussurrar orientações para ele. Dumbledore fazia o mesmo com Charlus.
Dado o sinal, os dois fizeram uma reverência, colocaram as varinhas na frente do rosto e deram três passos em direção opostas.
Então, Charlus tentou estuporá-lo, mas Riddle bloqueou o feitiço com um encantamento não verbal, antes de lançar o petrificus totalus, que foi bloqueado por um protego poderoso do Charlus. Então Riddle começou a investir em ataques a Charlus até que conseguiu estuporá-lo e a petrificá-lo em seguida. Teria lançado outro feitiço se os professores não tivessem se intometido.
A Sonserina foi a loucura! Todos davam vivas pela vitória do Riddle que fez uma reverência para nós em agradecimento. Neste momento nossos olhares se encontraram e eu senti o meu rosto queimar.
Tudo estaria perfeito se ele não tivesse desafiado Lestrange à seguir, e é claro que por ele já estar com raiva e com ciúmes, aceitou o desafio na hora.
— Professor, li um feitiço ontem em um livro na sessão reservada e gostaria de tentá-lo agora, eu posso? – perguntou Riddle com um ar inocente e eu sabia que aquilo não era boa coisa.
— Mas, é claro, meu rapaz! E não nos conte qual é, nos surpreenda! – disse Slughorn, mas Dumbledore o olhava desconfiado. Dumbledore parece que nunca gostou muito do Riddle e isso era notado à distância.
Lestrange olhava-o com raiva, enquanto Riddle mantinha o olhar sereno.
Após as reverências e cumprimentos, os dois começaram a dar três passos para trás, mas quando estavam no segundo, Lestrange se virou, traiçoeiramente, e gritou a maldição cruciatus em direção a Riddle, mas talvez pelo fato de Riddle ser um ótimo legilimente, ele teve a agilidade em se virar e bloquear o feitiço, deixando todos perplexos pelo lançamento da maldição imperdoável.
—*Desipiens! – Riddle bradou e o feitiço atingiu Lestrange em cheio.
Era um feitiço que eu nunca tinha ouvido falar, e eu preferia continuar não ter ouvido porque os efeitos dele eram terríveis. Lestrange caiu no chão na mesma hora e começou a gritar, a se contorcer e a falar uma língua enrolada completamente alucinado. Era uma tortura parecida com o dá maldição cruciatus, mas um pouco mais assustadora.
Apesar da cara de surpresa e de horror que Riddle fez, eu podia perceber a satisfação no olhar dele.
Dumbledore e Slughorn correram para Lestrange e começaram a murmurar contrafeitiços, até que Lestrange parou de gritar e ficou desacordado.
— Onde leu isso? – eu ouvi Slughorn perguntar aborrecido, mas também orgulhoso para Riddle. – isso é magia das trevas da pesada!
— Isso foi muito grave, sr. Riddle, providências deverão ser tomadas! – Dumbledore disse com as expressões e a voz dura. Não se parecia em nada com o Dumbledore que estávamos acostumados.
— Professor, eu não sabia... – começou Riddle numa atuação tão boa e com a voz trêmula que se eu não o conhecesse tão bem eu teria acreditado. – ele vai se recuperar?
— Ele é só um garoto que quis experimentar algo novo. Quem nunca fez bobagem aos dezessete anos? E o garoto Lestrange ficará bem, não se preocupe, Tom. – respondeu Slughorn e Riddle fingiu estar aliviado.
— Vimos dois feitiços proibidos serem lançados aqui hoje. A maldição cruciatus e esse feitiço poderoso das trevas. Que isso não se repita, porque na próxima vez, haverá responsabilidades! – respondeu Dumbledore – estão liberados.
Corri até o Riddle para saber sobre aquele feitiço e o porquê de ele nunca ter ensinado pra todos nós nas aulas na sala precisa.
— Eu estava guardando ele para uma ocasião especial. – ele respondeu sarcástico e eu percebi que ele sempre teve a intenção de usar o feitiço no Les. – mas o seu namoradinho vai ficar bem, eu ainda não sou muito bom nele... ainda.
— Às vezes você passa dos limites! – eu digo perplexa demais para brigar com ele.
— Ele me acertaria uma maldição cruciatus em cheio! Eu só me defendi. – ele disse dando de ombros – eu bem que gostaria de ficar o resto do dia discutindo as minhas motivações, mas lamento, preciso ir. – ele disse olhando para os lados e me dando um selinho rápido e roubado quando viu que ninguém estava olhando.
Fiquei olhando ele se afastar, então ocorreu-me que eu não deveria mais sair do lado do Lestrange. Corri para a enfermaria.
*Desipiens: Faz o alvo sentir dores excruciantes pelo corpo e alucinar com seus piores medos. Se não for revertido em vinte e quatro horas o alvo ficará louco definitivamente.
Lampejo: Incolor.
Tipo: Maldição.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Fico imaginando a cara do Lestrange quando anos mais tarde, a sua nora Bellatrix Lestrange também morre de amores também pelo Tom Riddle