Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 17
Em meio a felicidade, também há a dificuldade


Notas iniciais do capítulo

Postando suuuper cedo hoje porque eu no estarei aqui mais tarde.



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Eu tenho o melhor namorado de todo o mundo. Sei que é cedo demais pra dizer isso porque só estamos juntos há dois dias, mas até o namoro de Druella e Cygnus que é perfeito parece cheio de defeitos perto do meu e do Lestrange.

Estou cumprindo a minha promessa de não sacaneá-lo, e faço isso sem fazer o menor esforço porque estar com o Lestrange é querer não estar com mais ninguém.

Eu só não digo que o meu namoro é perfeito e que estou cem por cento feliz o tempo todo porque existe Tom Riddle. Ainda não consigo resistir aos olhares dele, principalmente quando estou com Lestrange. Nunca consego decifrar a expressão dele quando me olha, mas é impossível eu não me perder nos olhos dele, é intenso demais.

Hoje ficarei à sós com Riddle desde que comecei a namorar Lestrange porque temos que cuidar das mandrágoras. Ainda bem que em duas semanas, o trabalho estará concluído e eu não terei mais essas pequenas torturas semanais que sempre acabarão comigo sentindo culpa por meio que estar traindo o Les com o olhar.

Como de costume, quando sai do dormitório para ir até o salão principal para o café da manhã, Lestrange já estava me esperando na sala comunal para seguirmos juntos. Ele me cumprimentou com um selinho, seguro a minha mão e perguntou se eu havia dormido bem. Eu gostava dessa forma dele de cuidar de mim.

— Então é oficial? Estão mesmo namorando? – perguntou Malfoy quando nos encontrou descendo para o salão principal.

— Mais do que oficial! – eu respondi fazendo Lestrange sorrir e apertar a minha mão num gesto de carinho.

— Então felicidades! Eu estava guardando as felicitações pra quando tivesse a certeza de que era oficial. – ele disse tentando parecer educado quando na verdade estava ressentido.

— Obrigado, Abraxas. – agradeceu Lestrange e Malfoy se afastou. Rimos em seguida.

Depois que começamos a namorar qualquer coisa era motivo para rir de tão felizes e empolgados que estamos.

Quando chegamos ao salao principal, procuramos um lugar na mesa em que desse para sentarmos lado a lado. Seria  sempre assim à partir de agora e eu não me importava, gostava do efeito que eu e o Les causávamos porque a maioria dos garotos queriam ficar comigo e metade das garotas queriam o Lestrange e eu sempre gostei de holofotes como o Riddle disse pra mim certa vez.

Falando nele, ele estava absorto em uma conversa com Malfoy, a coisa parecia tão séria que ele nem quis flertar comigo naquela manhã, mas não importava: eu estava com o meu namorado perfeito e estava feliz com isso.

Assim que terminamos o café da manhã, seguimos para a aula de feitiços. Era um saco aquela aula, assim como todas as outras, excetuando a de Dumbledore. Minha vontade era a de ficar me pegando com o Lestrange perto do lago, mas como não era possível, ocupamos o lugar no fundo da sala e ficamos fazendo tudo, menos estudar.

Entre as nossas brincadeiras e risos, eu sempre olhava Riddle quando podia, e como sempre, ele estava concentrado estudando e arrancando elogios intermináveis do professor.

Após uma eternidade, a aula acabou, então foi a vez de assistirmos a aula do Slughorn que ficou falando que agora que eu era namorada do Lestrange, eu poderia reforçá-lo em poções. Lestrange, realmente, era péssimo nessa matéria, mas eu o ajudaria com aquilo.

O dia, então, pareceu voar porque as coisas eram assim ao lado de Lestrange, então logo após o jantar, seguimos para a sala comunal para passarmos o tempo, já que eu teria que encontrar o Riddle em duas horas. Lestrange estava apreensivo por conta disso, mas ele tentava não externalizar aquilo pra mim.

Minutos depois, Cygnus e Druella se juntaram a nós. Druella não poderia estar mais feliz com a nossa união e Cygnus também estava contente pelo amigo.

— Vocês dois serão os nossos padrinhos do casamento, já decidimos, não é amor? – perguntou Druella a Cygnus e ele só mandou a cabeça em afirmação.

— Só se vocês aceitarem a ser os padrinhos do nosso! – retrucou Lestrange e eu o olhei com uma expressão curiosa no rosto.

— Nosso casamento? Vamos com calma, Les... mal começamos a namorar. – eu disse fazendo todos rirem. Ele deu de ombros.

— Sonhar não custa nada, não é verdade? – ele respondeu e eu o beijei rapidamente nos lábios.

Continuamos a conversar sobre algumas futilidades até que chegou a hora de ir encontrar Riddle nas estufas. Confesso que eu não poderia estar mais nervosa.

Eu não sabia como ele reagiria já que eu não sou legilimente como ele. Mas, eu tinha medo de ele tentar fazer algo contra mim e o Lestrange tentar me defender, e então o Riddle mandá-lo em estado grave para a enfermaria ou aleijá-lo do jeito que fez com o garoto que decidiu deixar o grupo de comensais.

Então, me despedi dos meus amigos e do Lestrange e fui andando em direção às estufas. Eu tentava ser pontual porque ele não gostava de atrasos, mas hoje, principalmente, eu tentaria ser o mais pontual possível. Quanto menos contato eu tivesse com ele, melhor seria.

Quando dei por mim, eu já estava fechando a porta da estufa onde trabalharíamos. Como sempre, ele já estava lá entre a escuridão, me olhando com os olhos negros. Dei um boa noite cordial a ele e já fui tirando as minhas anotações para conferir com as dele. Acendemos as luzes do lugar, sentamos no chão e começamos a conferir a nossa pesquisa. Eu evitava ao máximo o olhar dele porque era ali que eu me entregava.

Passado alguns minutos após começarmos a trabalhar, ele quebrou o silêncio.

— Então está levando mesmo a sério essa brincadeira. Ou melhor, essas brincadeiras. – eu escutei a sua voz calma,  controlada, mas ríspida falando.

— Que brincadeiras? – eu perguntei sem nem ao menos olhá-lo

— Ora, oclumência e esse namoro ridículo com o Lestrange. Você não gosta dele e não pode fechar a sua mente pra mim. – ele respondeu e eu continuei a não olhar pra ele

— Aham... – eu respondi tentando parecer distraída.

— Gosto que olhem pra mim quando eu falo. – agora a voz dele havia se tornado de ríspida para fria, então eu o olhei impaciente.

— Riddle, estamos aqui para estudar. Minha vida amorosa não está em questão. – eu respondi com a mesma frieza – podemos continuar ou teremos que adiar?

— Por que se esforça para ficar com alguém que não gosta? Vejo em sua mente o quanto você está se esforçando pra me evitar porque sabe o que acontece quando estamos perto demais e sozinhos. Vejo o seu conflito diário em tentar evitar o meu olhar. Me diz, Claire, como é beijá-lo pensando em mim? Como é transar com ele me desejando ali no lugar dele, porque é claro que já transaram. Até eu te levaria num lugar melhor pra isso. – ele terminou de falar com os olhos vermelhos. Sempre que ele me chamava pelo nome, é porque estava bravo. Certamente, ele viu os meus momentos com Les na casa abandonada. 

— Não seja patético, Riddle. Nunca levou um fora na vida? Você pensa que o mundo gira ao seu redor, mas não gira. Não sinto mais nada por você. – digo e me levanto indo até a mesa em que está a mandrágora para terminar de pegar as minhas coisas e ir embora, já que não teríamos condições de trabalhar mais naquele dia.

Mas então eu o sinto. Riddle era silencioso demais para se movimentar, e quando dei por mim ele estava com um corpo bem colado no meu, me abraçando por trás pela cintura com uma das mãos e pela barriga com a outra, fazendo minhas costas colarem no peito dele.

— Não preciso usar a legilimencia para perceber as reações do seu corpo quando estão em contato com o meu – ele disse com uma voz rouca, bem próximo ao meu ouvido me causando arrepios. Eu podia sentir o som da respiração dele é o vapor quente perto da minha orelha. Fechei os olhos. – até seus batimentos cardíacos aceleram... – ele completou deslizando a mão da minha barriga até o meio dos meus seios para sentir as batidas do meu coração.

— Riddle, por favor... – eu pedi, mas deixando as palavras morrerem em minha boca. Eu queria sair dali, mas eu também queria ficar.

— É inútil fugir de mim como eu de você. – ele completou com aquela voz aveludada, dando leves beijos em meu pescoço, me fazendo derreter e suspirar.

Então ele desceu a mão até a minha cintura e me virou pra ele, me pressionando contra a mesa, me forçando a olhar nos olhos dele. Fechei os meus para não me perder no olhar dele, então ele me beijou com desejo e intensidade, e eu o correspondi. Eu o amava e acabei cedendo, e tudo seria muito mais do que um beijo se eu não lembrasse de Lestrange, meu namorado que eu prometi não trair.

Então eu o empurro com todas as forças que eu tenho e ele me solta, mantendo um sorriso malicioso no rosto de como quem diz que está certo.

— Não faça mais isso, Riddle, por favor. – eu pedi – eu tenho namorado agora, eu quero ser feliz, eu quero ter alguém que se importe.

— Ainda que você não o ame? – Ele perguntou arqueando as sobrancelhas.

— O amor vem com tempo. Eu não quero machucar o Les... – eu comecei mas ele me cortou.
— Você já o machucar fazendo ele viver uma relação de mentira. Eu podia te proporcionar isso tudo, Claire, mas você não quis. – ele disse

— Não, não podia. Você é maluco e possessivo! Além do mais, o que você entende de relacionamento? – eu perguntei ele sorriu sarcástico– por favor, me deixe em paz. É tudo o que eu te peço. Se quiser eu termino esse trabalho sozinha, mas me deixe em paz. – eu completei enquanto saía das estufas.

Assim que sai da estufa, comecei a chorar por tê-lo beijado. Eu havia traído o Lestrange com menos de uma semana de namoro. Ele não merecia. Saí correndo por medo do Riddle vir atrás de mim, embora eu soubesse que ele não faria isso, mas para o meu azar, dei de cara com Lestrange assim que cheguei a sala comunal. Ele me viu chorando.

— Gatinha, o que foi? Riddle fez alguma coisa com você? – ele perguntou apreensivo.

— Não, é que quase ouvimos o grito da mandrágora, e ela já é adulta. Fiquei com medo de morrermos, aí eu me assustei e saí correndo. – menti e me surpreendi com a capacidade da minha mentira.

Lestrange acreditou e me abraçou forte, dizendo que ficaria tudo bem.

— Aconteça o que acontecer, vou ficar sempre com você. – eu disse e ele começou a acariciar os meus cabelos.


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