Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 13
A festinha que acabou de forma trágica


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, obrigada pelos comentários de vocês! Certamente eu teria parado se não fosse por esse incentivo! ♥



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Estou apaixonada por Tom Riddle e não posso mais negar. Hoje é aniversário dele e eu queria enchê-lo de beijos, mas não sei se eu deveria.

Recusei dois encontros em Hogsmeade com caras maravilhosos por conta desse sentimento, sem falar no fato de eu não precisar de mais nada porque Tom Riddle já me satisfaz por completa. Ele tem o melhor beijo, o melhor sexo, o melhor papo, enfim, o melhor tudo, mas eu sabia que eu não era correspondida e que dificilmente iria ser. 

Dizem que o amor é algo que dá e passa então vou esperar que ele passe. Já me apaixonei perdidamente uma vez por Charlus Potter e o esqueci, por que não esqueceria o Riddle? 

Acordei por volta das nove da manhã, e hoje é sábado, o que significa que eu não terei aula. 

Mas, se pensam que eu estou livre para fazer o que quiser, estão muito enganados: prometi ao Malfoy ajudá-lo a organizar a festa do Riddle e por esse motivo eu tenho procurado evitá-lo por medo de ele ler a minha mente e descobrir sobre a festa surpresa.

É claro que ele não está reagindo muito bem nesses quatro dias sem mim. Malfoy diz que ele anda mal humorado além de ele já ter me encurralado umas três vezes nos corredores para perguntar o que aconteceu, inclusive, pedi para revezarmos nos cuidados com a nossa filha mandrágora porque eu não quero ficar no mesmo ambiente que ele. 

É lindo vê-lo assim porque significa que ao menos um pouco ele gosta de mim, ou só está se sentindo mal por estar sendo rejeitado, ou só está necessitado de sexo, mas é bom pra ele ver que eu não estou sempre disponível.

Lestrange tem me ajudado a separar e a colocar as bebidas para gelar porque elas chegaram aos poucos devido a dificuldade de trazer todas de uma vez e levantar suspeitas, então meu ajudante nesta tarefa é o Lestrange que eu duvido muito que esteja fazendo de boa vontade. Aliás, nem sei o porquê do Les estar me ajudando. Talvez para ficar perto de mim ou pra dar algum conselho idiota que eu não pedi.

— Claire, fala com o Riddle que você não quer mais. Isso é perigoso, não é brincadeira o que fazemos... – pedia o Lestrange sobre eu ter me juntado ao comensais da morte – Eu estava como você quando entrei, agora queria sair, mas não dá. Lembra do Madson que saiu da escola paraplégico e não se lembra do que aconteceu? Não foi um acidente.

— Quer dizer então que o Riddle aleijou o garoto? Mas ele era um saco mesmo... – eu disse para quebrar as armas do Lestrange, mas na verdade eu fiquei abalada com essa notícia. Eu não esperava. 

— Claire, isso é muito sério! – Lestrange segurou o meu braço enquanto falava – ele parece encantador agora, mas as coisas que ele já fez e nos obriga a fazer, faz a maldição cruciatus parecer brincadeira de criança!

— Desde quando se preocupa com os sangue ruins? 

— Não me preocupo com eles, me preocupo com você! – ele suspirou triste e eu confesso que senti vontade de abraçá-lo. Lestrange não estava com ciúmes, estava realmente preocupado comigo. Então eu só sorri e disse que pensaria no assunto.

Conseguimos terminar a tarefa antes do almoço, e só então eu vi o estrago que aquela noite seria. Malfoy conseguiu dois tonéis de vinho de 5 litros cada, um tonél de hidromel também de cinco litros,  três fardos de cerveja amanteigada, cinco garrafas de whisky de fogo e três garrafas de vodka da mais vagabunda possível para o nosso jogo da bebida. 

Procurei sentar o mais longe possível do Riddle na mesa e fixei meu pensamento no meu pai que havia acordado na noite passada com grandes chances de se recuperar totalmente, o que era um milagre, assim Riddle dificilmente poderia ler a minha mente. Li sobre isso em algum lugar. 

Após o almoço, segui com o Malfoy junto a sala precisa para imaginarmos o lugar, então tentamos criar um pub lá dentro: puffs, sofás, pista de dança, bar e um rádio para colocarmos música. 

Estava tudo perfeito, então eu só tive que procurar evitar o Riddle para ele não descobrir enquanto o tempo passava. Marcamos a festinha para começar às oito dá noite, mas eu comecei me arrumar às seis. Foi exigido no convite que era proibido usar vestido porque iríamos jogar o jogo da bebida, então vesti um shortinho curto branco e uma blusa meia manga bem decotada e justa no corpo com um salto alto vermelho para combinar com a cor dos meus cabelos que eu optei por deixar solto e com o meu batom vermelho. Eu estava muito provocativa, então coloquei um sobretudo por cima, e dada a hora fui procurar Riddle para levá-lo para a festinha.

Não foi difícil achá-lo, porque assim como os outros alunos ele estava no salão principal, e par a minha surpresa, estava todo de preto. Véspera de ano novo e aquele garoto estava de preto. Tentei segurar o riso e me aproximei dele.

— Surpresa! – eu disse animada e ele me olhou surpreso  – feliz aniversário! 

— Eu não comemoro aniversário. – ele disse ríspido e monótono.

— Dane-se, eu comemoro por você, eu não pude vir falar antes porque eu estava fugindo de você... – eu confessei. 

— E...

— E eu fiz besteira. Tá lá na sala Precisa, você precisa me ajudar. Não fique bravo, por favor. – eu ensaiei tão bem aquela mentira e me concentrei tanto nela que acho que ele acreditou.

Sem dizer uma palavra, ele foi ao meu lado, em silêncio, até a sala precisa. Assim que ele abriu a porta, ouvi Malfoy gritar “surpresa” e o Dolohov apitar com um apito de quadribol, conforme o ensaiado. 

Tive que me segurar para não rir da cara do Riddle: era um misto de raiva com surpresa. Ele tentou voltar, mas então eu segurei o braço dele, nos olhamos brevemente e ele entrou. Logo após fechei a porta.

Todos já estavam lá: Eu, Riddle, Malfoy, Black, Druella, Eileen, Dolohov, Lestrange, Mulciber, Avery, Flint, Rebecca Marshal, Laurel Rowle e Diana Selwyn. Todos da Sonserina. 

— O que significa isso? Sabem que eu detesto festa! – eu ouvi Riddle dizer e todos se encolheram, menos eu.

— Seja mais bem agradecido! Fizemos isso pra você, mas se não quiser ficar, pode dar o fora que comemos e bebemos sozinhos! – eu disss e todos me olharem espantados – mas se ficar, vai ter uma festa memorável! 

Minha resposta surtiu o efeito esperado e ele foi se sentar em um dos puffs mais ao canto. Arrumei um pratinho com um pouco de cada das poções de petiscos que pedimos ao elfos domésticos, peguei uma garrafa de cerveja amanteigada e fui até ele. 

— Anime-se Riddle, é o seu aniversário. Não fazemos 17 anos todos os dias! – eu disse conjurando uma mesinha para apoiar as coisas e dois copos. Riddle abriu a garrafa e apenas assentiu – gostou dos presentes? – eu perguntei com um sorriso malicioso nos lábios 

Eu havia comprado uma cueca vermelha pra ele usar comigo, uma caixa de sapos de chocolate é um livro de magia avançada pra ele. 

— Obrigado. – ele disse com a voz monótona de sempre, o que me causou raiva. – foi por isso que se afastou de mim? Para que eu não soubesse? 

— Sim. – eu respondi – e não sabe como me doeu! Senti saudades.

— Eu sei, você está apaixonada por mim. Acabei de ver na sua mente. – ele disse com um sorriso debochado – mas nunca será correspondida.

— Que se dane o seu amor, desde que eu te tenha na cama. – eu respondi e ele riu.

— Ah, venham pra cá! – dizia Malfoy olhando pra nós porque havíamos nos isolado de todos –  vamos começar a jogar.

— Vamos jogar? O jogo da bebida? – eu perguntei e ele fez que sim para a minha surpresa,  se levantando comigo e indo até o grupo que já se encontrava sentado em círculos. Cada um em uma cadeira com uma mesa no centro.

— Vai funcionar dá seguinte maneira – eu comecei explicando quando cheguei – esta garrafa – levantei a garrafa vazia que eu bebia com Riddle – vai girar. A boca é sinal de pergunta e o fundo de resposta, então haverão duas opções: verdade ou desafio. Essa poção com veritasserum diluída vai assegurar que digam a verdade. Mas, caso não queriam fazer ou responder o que for perguntado, terão a opção de virar um shot de vodca ou tirar uma peça de roupa, não podendo escolher a mesma opção duas vezes seguidas. Entendido? Agora todos assinem essa lista para assegurar que nada que seja dito ou feito aqui sairá daqui. – eu disse passando uma lista  enfeitiçada que Avery me ajudou a preparar 

— Claire, eu e Cygnus não participaremos. – disse Druella

— E por que? Aproveitem para pegar outras pessoas agora, porque se eu souber que algum dia vocês foi infiel durante o casamento, eu vou contar pra todo mundo. – eu respondi. No fim, concordaram em brincar também. 

Quando a garrafa deu seu primeiro giro, Lestrange deveria perguntar ou me desafiar a alguma coisa. Escolhi a pergunta.

— Onde dormiu na noite do baile? – Ele perguntou. E eu preferi virar um shot de vodca.

Então foi a vez de Laurel desafiar ou perguntar algo a Eileen, e a minha amiga pediu desafio.

— Desafio você a beijar o cara mais gato daqui hoje. – disse Laurel, e para a minha surpresa, Eileen se levantou e beijou Riddle que a correspondeu.

Senti um mal estar terrível na boca do estômago: eu estava morrendo de ciúmes e de raiva dos dois. Eileen deveria beber ou tirar a roupa porque ela sabia que eu estava me encontrando com ele, e Riddle deveria recusar o beijo já que eu praticamente confessei estar apaixonada por ele. Nenhum dos dois pensou em mim e eu quis matá-los ali.

Então Eileen girou a garrafa e Malfoy deveria me perguntar ou desafiar. Escolhi desafio. Malfoy me desafiou a beijá-lo. Não pensei duas vezes e vi ali a minha chance de me vingar. Fui até ele, me sentei no colo dele e o beijei o mais intensamente possível. Malfoy me correspondeu com a mesma intensidade e foi bom relembrar o beijo dele que já me levou à loucura tantas vezes em outros tempos. Levei então uma mão até a nuca dele arranhando-o de leve e senti-o apertar a minha coxa com uma das mãos. Ficaríamos assim por um bom tempo se Lestrange não tivesse nos interrompidos. Quando voltei para o meu lugar, dei uma olhada em Riddle que me encarava sem expressão.

O jogo continuou e eu vi Dolohov confessar que já havia beijado alguém do mesmo sexo,Riddle disse que já havia cuspido na água de Dumbledore e Druella beijou Avery sob o olhar de censura de Cygnus. E eu confessei que traí Malfoy com o Lestrange, quase causando uma briga entre os dois e deixei uma marca de chupão no pescoço de Avery. 

  No fim do jogo, eu estava completamente bêbada, de lingerie e sentada no colo de Malfoy que havia ficado só de cueca. Depois resolvemos dançar.

Lestrange bebeu tanto que dormiu no sofá, então podia me censurar com Malfoy. Riddle que estava apenas sem camisa estava num puff bebendo sozinho, Avery transava com uma das garotas m um canto da sala e eu dançava sensualmente com Malfoy que aproveitava pra me beijar sempre que podia.

A noite se estendeu até altas horas, e quando já era muito tarde, as pessoas começaram a sair.

— Vem, Claire, vamos relembrar nossos tempos de namoro! Arrumamos um cantinho para passarmos a noite. – dizia Malfoy

— Não, Abrax, ficou maluco? Se a Mandy descobre... já fiz muito mal em ficar com você a festa inteira... – eu disse e ele pareceu compreender.

Depois que as últimas pessoas foram saindo, sem que eu percebesse, fiquei sozinha com o Riddle, e antes que eu pudesse sair, senti ele segurar forte em meu pescoço e me jogar contra a parede, fazendo as minhas costas bater contra ela com força.

— O que você acha que eu sou, Claire? Algum tipo de palhaço? – ele perguntou enfurecido e eu sabia que era pelo fato de eu ter ficado com Abraxas Malfoy na frente dele.

Ele continuou a apertar o meu pescoço e o ar me fazia muita falta. Para ele não me matar ou me fazer desmaiar, ele me soltou. Levei uma das maõs até o pescoço que doía e respondi ofegante.

— Você que começou! Beijou a Eileen sabendo que eu te amava! Vocês dois não prestam! – eu disse enquanto ofegava.

— Eu sou o seu Lord e você deve me respeitar! – vociferou ele.

— Lord de bosta é o que você é. – eu respondi com raiva – prega a pureza de sangue e é filho de um aborto com um trouxa! – cuspi aquelas palavras na cara dele e me arrependi. Ele segurou meu braço com força, quase o esmagando, e me jogou no chão.

Crucio!— ele disse apontando a varinha pra mim.

Senti uma dor insuportável, como se facas perfurassem a minha pele ou como se eu estivesse sendo queimada viva por dentro. Mordi o lábio com força, fazendo-o sangrar para não gritar e dar esse gostinho a ele. Quando o efeito da maldição foi acabando, ele me lançou mais uma, e mais uma, e mais uma até eu não sentir mais nada, acho que a última coisa que eu vi foram os olhos vermelhos dele me observando.


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