Lady de Hogwarts (hiatus) escrita por Lady Riddle


Capítulo 12
Entro para uma sociedade secreta e me sinto bem




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/720322/chapter/12


A noite de ontem foi uma das melhores que eu passei em Hogwarts desde quando eu namorava Charlus Potter. Já fazia algum tempo que eu não pensava nele, desde quando ele me perguntou se a Minerva falava dele nas reuniões das Harpias. Pensar nas Harpias doía porque se elas realmente estavam contra mim, possivelmente eu não poderia mais fazer parte delas. Sorri triste enquanto acariciava o peito nu do Riddle que dormia ao meu lado.

Depois que nos amamos, porque sim, fizemos amor, ficamos um tempão conversando e nos beijando com a mesma leveza, só parando pra eu tomar minha poção que ele não me deixava esquecer. Pela primeira vez Tom Riddle era somente Tom Riddle, e ele era encantador, mas eu tentava não me iludir porque eu sabia que as coisas não seriam diferentes: ele acordaria, continuaria a ser sarcástico e falaria num tom controlado e sem emoção.

Entao mais uma vez, eu dei de cara com o diário dele em cima de uma mesinha e eu não resisti a tentação. Levantei, peguei o diário, sentei no chão e comecei a ler as páginas anteriores. Quanto mais eu lia, mais chocada eu ficava. Descobri que ele matou o pai e os avós, roubou o tio e odiava o próprio nome. Ele tinha um clube de arte das trevas, conforme eu previra, e  ele atendia pelo nome de Lord Voldemort. O voo da morte...

Senti arrepios, mas quando menos esperei, escutei a voz fria dele

— A curiosidade pode lhe ser prejudicial, sta. Nott. – ele disse ríspido

— Desculpe, Riddle. – eu disse levantando e fechando o diário – fique tranquilo que nada sairá daqui. Sei guardar segredo e vou aprender oclumência...

— Sei que não, aprendi a confiar em você. – ele disse ainda mantendo o tom de voz controlado – do contrário, posso ser perigoso, e eu odiaria ter que te machucar ou te matar.

— E com razão. Isso não vai mais se repetir, me desculpe! – eu disse me sentindo mal porque eu sabia que ele cumpriria a promessa de me machucar ou pior.

— Tudo bem, já li o seu também. Achei bonitinho a parte em que diz que eu faço o seu coração disparar, apesar de já saber disso entrando em sua cabeça. – ele se levantou da cama vestindo somente uma cueca boxer. Como ele estava gostoso!

— Isso é jogo baixo! Vou começar a estudar oclumência hoje! – eu falei enquanto ele se aproximava de mim

— Hoje não. Hoje vou te levar a uma reunião de um grupo seleto de amigos. – ele falou enquanto voltava a acariciar o meu rosto e eu fechava os olhos – e que isso não se repita, não quero pegar você mexendo nas minhas coisas outra vez.

— Não precisa pedir duas vezes! – eu disse enquanto abria os olhos – e onde vai ser essa reunião?

— Me espere às nove na sala comunal e verá. Agora vá para o banheiro e me espere nua, preciso proteger melhor essas páginas. – ele disse me beijando em seguida quando eu ia contestar que ele não mandava em mim, mas o beijo me fez desistir e eu fui.

Tomamos um banho maravilhoso juntos, depois nos vestimos, eu dei o nó dá gravata dele  eu saí na frente dele do quarto para que pessoas não nos vissem juntos e recomeçassem comentários à meu respeito, sendo que eu já não estava mais com a moral tão alta.

Encontrei Druella e Eileen já no salão principal que me olhavam desconfiadamente porque sabiam que eu havia passado a noite fora, mas é óbvio que elas esperariam até a aula de feitiços para colherem detalhes que eu não falharia em dar.

— E elas falaram mais alguma coisa sobre mim? – perguntei me referindo a Lisa e às garotas que ficaram contra mim.

— Lisa parece ter se arrependido, ainda mais depois das detenções que Riddle conseguiu pra ela. – explicou Druella que dava uma rápida olhada em Cygnus que piscou pra ela – porque o jeito que ele te defendeu pareceu que vocês têm alguma coisa a mais do que uma simples amizade. Ele deve ter feito alguma coisa com o Lestrange também porque ele estava fraco no sofá da sala comunal e depois foi dormir cedo.

Sorri por dentro porque isso significa que pelo menos um pouco o Riddle se importava comigo, mas o fato de ele ter machucado o Lestrange me incomodava. Senti vontade de perguntar para o Les como ele estava, mas não achei que isso seria bem visto, então me calei.

Lestrange estava sentado a quatro lugares de mim do outro lado da mesa, e sempre me lançava olhares para ver se eu correspondia e assim  falar comigo, mas eu tentava ignorá-lo.

Minutos depois, Riddle chegou e se sentou ao lado de Malfoy. Acho que de todos os meninos, Malfoy era o amigo mais chegado dele, o que era legal e ao mesmo tempo estranho. Legal porque o Malfoy era o mais divertido dos meninos e estranho porque era o meu ex namorado além de eu ter sido a primeira mulher da vida dele e ele nunca ter se conformado direito com o término. Mas, se fosse pra pensar assim, não seria legal o Riddle ser amigo de quase ninguém na escola já que eu já tinha me envolvido com a maioria. 

Após o café, seguimos para as nossas aulas, mas eu não conseguia me concentrar em nenhuma delas pensando na reunião do Riddle e em como seria.

Dada a hora do jantar, segui abraçada com Avery para o salão principal.

— Riddle falou que você agora vai fazer parte de nós. Seja bem vinda, Clairezinha. – ele disse dando um beijo no topo das minha na cabeça.

— E o que vocês fazem lá, Averyzinho? – eu perguntei enquanto nos sentávamos à mesa

— Você vai descobrir. Ele me mata se eu contar antes. – ele falou meio amedrontado. Deve ser por isso então que eles têm tanto medo do Riddle...

Terminamos de jantar em silêncio e segui para a sala comunal ainda com Avery. Sentamos no sofá que eu mais gostava e começamos a conversar para matar o tempo, até que Malfoy chegou feliz da vida.

— Tenho 3 palavras pra vocês: Aniversário. Riddle. Festa. Vai ser na sala precisa. Já estou providenciando muita bebida e pedi pros elfos domésticos fazerem uns petiscos. Todos vão estar lá em baixo comemorando o ano novo e nós estaremos bêbados e felizes.

— E ele já sabe das suas intenções, Abrax? – eu perguntei com a sobrancelha erguida. Até onde eu conhecia o Riddle, ele destestava festinhas.

— Não sabe, é surpresa. Você está encarregada de levá-lo pra lá. Sei que estão juntos agora. – disse o Malfoy e eu gargalhei

— Então estão mesmo namorando? – perguntou Avery – pobre Lestrange...

— Não, claro que não! – eu me apressei a negar – é claro que a gente já se pegou, mas não passou disso. Eu não estou com ninguém, sou uma mulher livre. E eu só o levo lá se fizermos o jogo da bebida!

— Mas aí você terá que levar algumas gatinhas! – disse Malfoy com um sorriso malicioso

— Você é noivo, para! – disse rindo

— Mas, a futura senhora Malfoy não precisa saber – ele respondeu fazendo eu e Avery rirmos – e depois, quem sabe eu ganhe um beijo seu? Ou volte a te ver só de lingerie? Ou melhor: beijo você enquanto você está de lingerie!

— Ou melhor ainda: Mandy descobre e acaba com a minha raça! – eu completei, fazendo o sorriso de Malfoy vacilar – eu não entendo essas garotas! Quem são comprometidos são vocês e não eu! Eu só fico no me cantinho... eu não tenho culpa de ser assim tão irresistível!

— Ah, você é irresistível mesmo! – disse Avery – mas depois que você ficou com o Lord das Trevas, nos sentimos até...

— Com quem? – eu interrompi rindo enquanto o Malfoy olhava feio para o Avery – assim que vocês o chamam? 

— Ela vai saber, Abrax. Riddle convidou ela. – ele disse dando de ombros e Malfoy relaxou no sofá.

Quando faltavam dez minutos para às nove, segui para a sala precisa junto ao Avery e ao Abrax porque Riddle não iria mais, e vocês não imaginam a surpresa que eu tive ao ver Riddle, Lestrange, Milciber, Dolohov e o Black parados com a varinha nas mãos enquanto um sextanista dá Grifinória que atendia pelo nome de Daniel e era amigo de Charlus se encontrava amarrado.

— Apresento a vocês a nossa convidada especial da noite, embora todos nós já a conheçamos muito mais do que deveríamos. – ouvi Riddle dizer com um sorriso malicioso nos lábios o que me causou raiva – peguei esse sangue ruim porque imaginei que você queria dar um recado a Charlus Potter.

— Estou me lixando para Charlus Potter. – eu respondi em tom de desafio – então esse é o grupo dos meninos? O que fazem? Ficam sarrando uns aos  outros?

— Não, senhorita, Nott, eu ensino magia negra a eles. Sei que você também se interessou em aprender, por isso a chamei aqui. Mas, se não quiser, pode sair obliviada que não fará nenhuma falta! – ele respondeu baixo, mecânico e ríspido.

— Eu estava brincando, Riddle, desculpe. – eu me desculpei porque não queria ir embora.

— Voldemort. Se quiser ficar terá que entender que aqui sou Voldemort, seu lord. – ele respondeu se aproximando de mim e me olhando nos olhos.

— Como desejar, milord. – eu respondi fazendo uma reverência e ele sorriu, ao contrário de Lestrange que eu vi crispar os lábios 

— Sendo assim – Voldemort continuou, vou chamá-lo assim para não esquecer – imagino que nunca tenha lançado uma maldição imperdoável na vida. Eu vou ensiná-la. Nosso ritual de iniciação é torturar alguém e pense bem se é isso que quer porque uma vez dentro, nunca poderá sair.

— Eu quero ficar! – respondi com firmeza.

— Claire... – eu ouvi Lestrange dizer

Crucio! – Riddle disse apontando a varinha para Lestrange que começava a se contorcer de dor.

Eu quis salvá-lo, mas algo dizia que se eu fizesse algo, eu seria a próxima.

— não me interrompa quando eu estiver falando! – eu ouvi Voldemort completar com a voz fria – agora, senhorita, Nott, pegue a sua varinha. Isso, agora você vai apontá-la para esse sangue ruim e dirá as palavrinhas mágicas. Crucio. Mas você deve ter vontade de feri-lo porque se assim não for, eu fetirei você!

Ouvir aquelas ameaças era um tanto excitante porque pela primeira vez eu estava tendo aula de feitiços de verdade. Fechei os e pensei em Charlus Potter, então apontei a varinha para o Daniel que me olhava amedrontado e bradei em alto e e bom som: - Crucio!

Vi um lampejo verde sair dali minha varinha e acertar o Daniel, fazendo ele se contorcer em dor. Não durou muito, mas eu senti um prazer imenso naquilo. Era como se eu estivesse fazendo algo para livrar o mundo dos sangue ruins. Eu, finalmente, estava fazendo um bem para todos e para mim mesma.

Olhei satisfeita para Voldemort que me sorriu encantadoramente fazendo os diabretes na minha barriga se agitarem outra vez. Então “cruciei” Daniel mais duas vezes, e “cruciaria” três se Voldemort não tivesse me interrompido.

— É o suficiente! – ele disse próximo ao meu ouvido após chegar por trás e abaixar a minha mão – obliviarei esse sangue ruim. Bem vinda aos comensais da morte, sta. Nott. Estou orgulhoso de você! – ele continuou

— Isso é fantástico, Riddle!Ai... – soltei uma exclamação de dor após ele abrir um corte pequeno em meu braço com a varinha.

— Milord, senhorita, milord. – eu o escutei ainda falando

Eu queria transar com ele ali e agora, mas não podia, então eu sorri porque sabia que ele havia me escutado através da Legilimencia. Olhei para Lestrange e vi uma expressão de tristeza e decepção se formar no rosto dele, mas a única coisa que eu queria era esperar por um momento à sós com o Riddle.

Depois que ele obliviou o garoto e todos se retiraram, só restando nós dois, tivemos a melhor noite de sexo possível da minha vida na sala precisa. Ali, com ele, tudo era permitido.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acho que não esperavam por isso :P



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lady de Hogwarts (hiatus)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.