Van andava apressado à frente de Maya. Havia um pouco de neve nos cantos da rua. O ano letivo havia passado num piscar de olhos, e nas última semanas Van estava agindo estranho, como se escondesse algo. Até que por fim decidiu chamar Maya pra uma conversa. Assim, eles foram um local mais reservado.

Logo que chegaram a uma ruela perto da faculdade, Van parou e encarou o chão por alguns segundos. Maya não percebeu sua parada repentina e trombou seu rosto contra as costas dele. Meio desorientada, ela passa a mão em seu rosto e o observa já virado de frente pra ela. Ele olhava de cima sério e calado.

— O que foi? - ela perguntou confusa.

— Preciso te dizer uma coisa! - ele disse inexpressivo.

— Sim? - houve um silêncio depois disso.

— Há meses atrás aquele cara chegou e te beijou... Eu não gostei daquilo mas parece que ele se arrependeu mesmo. Desde o ocorrido eu tenho pensado muito em uma coisa...

— O que é Van? - ele perguntou levemente assustada.

— Eu senti algo muito ruim quando vi aquilo acontecendo... Eu sei que era ciúmes... Eu não paro de pensar no quanto eu não quero que ninguém mais faça isso com você. Por isso eu quero deixar uma coisa clara. - durante alguns segundos de pausa, onde ele passou as mãos no cabelo e até ficou um pouco corado, finalmente falou - Eu te amo e quero ficar com você pelo resto da vida!

Ele parecia suavemente ruborizado ao falar isso, mas ainda assim olhava bem fundo nos olhos dela, que o encarava de volta. Foi uma pausa dramática, mas ele pôs a mão no bolso e pareceu tirar uma pequena caixa de lá. Uma caixa de veludo azul escura. Observando o objeto, ele finalmente abri e mostra o lindo anel dourado. Ele tinha uma pedra brilhante quadrada no meio, e tinha outras pequenas pedras na extensão do anel. Era um lindo anel de noivado.

Maya arregalou os olhos de surpresa e Van ficou meio corado. A cena foi fofa, ele ergueu o anel em direção a ela e ambos ficaram completamente ruborizados. Ela sorria de uma forma meiga e boba. Ele se mantinha sério, apesar do rubor.

— Você aceitaria me fazer o mais feliz dos homens? - ele finalmente disse, ao se ajoelhar discretamente.

— Nossa Van! Claro que sim! - ele se levantou e eles se abraçaram.

Ele deu uma volta e meia com ela nos braços e ambos sorriam de felicidade. Logo, eles seriam noivos e se casariam em dois anos. Mesmo casados, eles ainda faziam faculdade e se ajudam a estudar. Logo depois disso, Van conseguiu um emprego de tecnólogo numa empresa de publicidade, enquanto Maya conseguiu empregos de freelancer e trabalhava por contra própria.

Enquanto Tammy e Marco e Lucy e Tom?

Tammy e Marco namoraram até o fim da faculdade, cada um em sua casa. Depois de completarem quatro anos de namoro, decidiram oficializar. Nem chegaram a noivar, logo se casaram. Marco conseguiu um emprego numa universidade como professor, depois de terminar seu mestrado. Tammy conseguiu um emprego como analista de sistemas e trabalha em casa, cuidando de seu filho Yan.

Lucy e Tom fizeram diferente, mudaram para a cidade vizinha e conseguiram emprego numa multi-nacional. Lucy como processadora de dados, e Tom como coordenador do recursos humanos da empresa. Se casaram um pouco antes de se mudarem.

Os seis amigos estavam destinados a se encontrar e se tornarem casais de verdade. A vida de casados trouxe alguns desafios, principalmente para Lucy e Tom, que costumavam brigar muito. Mas por se amarem, eles foram capazes de superar tudo com um amor puro e verdadeiro, que nasceu em seus primeiros encontros na faculdade.

Mantiveram a amizade a pleno vapor. Se encontravam nos fins de semana, saíam juntos. Viajavam juntos nas férias, jantavam uns nas casas dos outros. A amizade deles se tornaram em um vínculo que nada, nem distância nem falta de tempo, puderam acabar.

— Eu te amo! - Van dizia a Maya.

— Eu também te amo! - ela respondia com um lindo sorriso.

— Esse aqui é o meu rebelde, eu o amo! - dizia Lucy fazendo cócegas na barriga de Tom.

— Minha pequena, eu é que te amo! - ele a abraçava de modo desengonçado.

— Minha querida, eu te amo! - Marco olhava para Tammy.

— Eu o amo também! - ela o beijava carinhosamente.

Nada iria separar esse amor! Fim!