2 meses após a morte de Bill:

Eu sentia um cansaço constante, não conseguia dormir, desde o dia que Bill morreu...

Nunca mais minha vida foi à mesma...

Alguns dias se passaram e eu sentia enjôos freqüentes, comecei a suspeitar de uma possível gravidez.

 Não é possível, agora que ele partiu fiquei grávida! Ele me deixou um pedaço dele, e eu não poderei compartilhar esse momento.- Pensei comigo mesma

Fui à farmácia, comprei o teste de gravidez... Esperei o resultado aflita.

30 minutos depois

Voltei ao banheiro, olhei o teste... Positivo.

Não conseguia acreditar que eu poderia ter um serzinho dentro de mim, e essa criança seria fruto do amor de duas pessoas que viveram suas vidas intensamente... E que acabou, sem pés, nem cabeça.

Comecei a pensar em varias coisas, até que decidi ligar para Dona Simone mãe do Bill. Ela não gostava de mim, falava que eu era má influencia pra seu filho.

Porém eu tinha a ‘’obrigação’’ de ligar para ela, pois neste momento ela seria avó e não poderia negar o próprio neto.

Ligação para D.Simone:

- Alô?Dona Simone?

-Sim é ela, quem deseja?

- Sou eu Victória, esposa de seu filho.

Bill era filho único de Simone, então era muito difícil tocar no nome dele.

- O que você ainda quer depois de destruir a vida do meu filho?

- Er... Desculpas por ter ligado, e eu não tenho culpa pelo que aconteceu com Bill, eu também sofro muito com a morte dele.

- Pare de enrolar e fale logo o que você quer.

- Eu só queria avisar à senhora que eu...  estou grávida do seu filho.

-Er... O que? Grávida do meu Bill?

- Sim D. Simone, eu estou esperando um filho dele...

Nesse momento o telefone fica mudo, e uma voz de homem fala:

- Victória?

- Sim, quem fala?

- Aqui é o Gordon, pai do Bill.

Eu não conhecera o pai de Bill, pois ele viajava muito.

- Oi, Sr Gordon!

-O que você falou que Simone ficou palida deixando o telefone cair?

- Ah Sr Gordon, eu disse que ela seria avó.

Gordon dá um grito!

- Nossa eu vou ser avô! Nem acredito!

- É Sr Gordon, você vai ser avô! Agora terei que desligar. Até mais, abraços!

A euforia de Gordon era tanta que ele desligou o telefone, sem ao menos se despedir.

Sentei no sofá e comecei a alisar a barriga que nem tinha... Comecei a imaginar a carinha de nosso filho.

À noite...

Fui dormir aquela noite eu estava feliz, mas triste ao mesmo tempo.

Feliz, pois estava esperando o filho da pessoa que eu mais amei na minha vida. E triste, pois eu não poderia compartilhar essa alegria com ele.

1 mês se passou...

Fui fazer a primeira ultra-sonografia, como já estava com quatro meses, já pude ver o sexo do bebê...