Gina ainda ficou por um tempo no salão comunal da Grifinória sentada no sofá em frente a lareira, Hermione se aproximou dela e sentou-se ao seu lado.

— Ainda não tivemos a oportunidade de nos conhecer direito. – Hermione lhe estendeu a mão. – Sou Hermione Granger, seja bem-vinda a Hogwarts e a casa de Grifinória, Gina.

— Muito obrigada, Hermione, meu irmão e Harry me falaram sobre você então pode-se dizer que eu te conheço um pouquinho. – Gina respondeu apertando a mão que lhe era estendida.

— Gostaria de dizer o mesmo, Rony não falou muito de você, mas não importa, assim posso conhecê-la de verdade. – Hermione disse animada, enfatizando a última palavra do que disse. Gina ficou um pouco desapontada em saber que nem Rony e nem Harry falavam dela o bastante para Hermione como eles falavam da garota para ela.

Mas deixou aquilo de lado quando começaram uma animada conversa, falavam sobre elas mesmas, conhecendo uma a outra.

Um pouco mais tarde, Gina se despediu de Hermione e subiu para seu dormitório, estava cansada do dia cheio de emoções que teve, então ela se arrumou para dormir e se dirigiu para cama que escolheu para ser sua no dormitório, porém, antes de dormir Gina tinha que contar tudo a Tom, sendo assim, ela pegou o velho diário embaixo de seu travesseiro e uma pena e tinteiro em sua escrivaninha e já ia começar a escrever quando percebeu que não tinha mais a privacidade de seu quarto. Suas companheiras de quarto poderiam chegar a qualquer momento, então para ter mais privacidade, ela fechou as cortinas em volta de sua cama, acendeu uma lamparina, se posicionou confortavelmente em sua cama, preparou sua pena e começou a escrever.

“Querido, Tom, hoje realmente foi uma bagunça, quase não consegui embarcar de tanta coisa que aconteceu ao mesmo tempo. Como já sabe, tenho muitos irmãos e quase nos atrasamos por que todos precisávamos nos arrumar a tempo para o mesmo compromisso.”

“Que bom que deu tudo certo, Gina, fico muito feliz que tenha chegado em segurança. O que está achando do castelo? ”

“Tudo que vi até agora é tão maravilhoso, Tom! O lago negro com o castelo inteiro sendo espelhado, o grande salão com aquele teto enfeitiçado, que me disseram que vai mudando com o clima lá fora, estava simplesmente lindo essa noite, até agora não sei em como consegui me concentrar em toda a magia e beleza a minha volta de tão preocupada que estava com Rony e Harry e nossa eu também estava muito nervosa com a seleção das casas. ”

“Hogwarts é o lugar mais bonito em que vivi, me lembro claramente de cada detalhe que relatou, Gina. O que aconteceu a Rony e Harry? Por que estava tão preocupada com eles? ”

“Rony e Harry não embarcaram com o resto de nós. Harry ainda me deve uma explicação, eu ainda não sei como isso aconteceu, mas eles vieram para a escola no carro voador de papai, tiveram sorte que não foram expulsos, me disseram que foram vistos por trouxas. ”

“ Oh, entendo, agora me diga como foi a seleção? ”

“Consegui entrar para a Grifinória, assim como todos da minha família! Luna infelizmente entrou para Corvinal..., fiquei um pouco triste de não a ter por perto, mas Luna está feliz e eu fiz novos amigos, Neville Longbottom e Colin Creevey, eles são ótimos e estão na Grifinória também e conheci Hermione Granger, tudo o que Rony e Harry falaram sobre ela é verdade ela é muito legal e inteligente.”

Gina bocejou estava começando a ficar muito mais cansada.

“Que bom que está conhecendo pessoas novas, Gina, fico feliz que tenha entrado para a casa que tanto desejava. ”

“Amanhã de manhã começam as aulas, estou ansiosa, não pensei que estaria tão cansada, preciso ir, Tom, amanhã conto tudo o que aconteceu.”

“Sim, amanhã terá um grande dia, Gina. Boa noite. ”

“Boa noite, Tom”.

Gina apagou a lamparina, guardou a pena e o tinteiro em sua cabeceira, fechou o diário e guardou-o embaixo do travesseiro, se ajeitou nas cobertas, depositou a cabeça no travesseiro, esperando encontrar Harry para ele lhe explicar o que aconteceu, logo Gina adormeceu.

Naquela noite, porém, Gina não se encontrou com Harry.

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No dia seguinte...

Gina acordou cedo, estava animada para o seu primeiro dia de aula. Inicialmente, ela estranhou acordar em um lugar totalmente diferente do que estava acostumada, mas bem rápido percebeu onde estava e se levantou da cama em um pulo e percebeu também que algumas de suas companheiras de quarto já estavam de pé e quase prontas. Por sorte, Gina encontrou o banheiro de seu dormitório vazio, logo já estava pronta. Gina se sentiu ótima no uniforme de Grifinória, ele era de segunda mão, mas naquele momento aquilo não importava muito. Ao ver suas companheiras de quarto saindo ela as seguiu, ainda não tinha decorado o caminho até o grande salão... ou qualquer outro lugar do castelo. Isso a fez murchar um pouco até que viu Fred e Jorge no salão comunal e logo se aproximou deles, eles poderiam ajuda-la.

— Oi Fred, oi Jorge. – Gina os cumprimentou se aproximando animada deles.

— Olá, maninha. – Os dois, juntos, a cumprimentaram de volta.

— Será que vocês podem... – Gina foi interrompida por um garoto chamando pelos gêmeos, eles se despediram rapidamente e saíram em direção ao garoto. Gina ia segui-los, porém ouviu Percy a chamando.

— Vamos, Gina, eu levarei vocês para o grande salão. – Ele se aproximava dela agora. Aquela não era pessoa a quem ela pediu ajuda, mas achou que seria melhor que apenas seguir Fred e Jorge.

Ela seguiu o irmão de perto, os outros alunos do primeiro ano estavam logo atrás deles, enquanto passavam pelas escadas que se mexiam sozinhas, Gina observava os quadros de bruxos e bruxas famosos que lhe acenavam e sorriam, alguns lhes desejavam boas vindas e que tivessem um bom ano, Gina e os outros alunos primeiranistas da Grifinória respondiam aos cumprimentos. O salão principal não era tão longe das escadarias, Gina tinha certeza que se tentasse voltar a sala comunal sozinha mesmo com as escadas que se moviam que ela conseguiria sem problemas.

Pela manhã, o grande salão estava diferente, as grandes janelas em todo o salão iluminavam o local inteiro e as velas flutuantes estavam apagadas, Gina analisou o teto enfeitiçado e soltou um suspiro, o teto aquela manha não estava tão belo como na noite anterior, estava agora com nuvens cinzentas.

Eles se aproximaram da mesa de Grifinória.

— Como devem se lembrar, essa é a mesa da Grifinória, vocês podem se sentar em qualquer lugar, daqui a pouco o correio- coruja chegará, logo após as corujas, a professora Mcgonagall irá lhes distribuir os horários. – Percy os informou.

— Percy, um pouco menos, está parecendo um guia turístico. – Gina disse para que somente ele escutasse.

— Estou fazendo o meu trabalho, Gina, agora tome o seu café da manhã. – Percy respondeu e se retirou enquanto Gina revirava os olhos e escolhia o seu lugar a mesa.

Toda a comida estava com uma cara ótima e Gina podia escolher o que pegar à mesa e pôr em seu prato, sendo assim, colocou algumas torradas, ovos e bacon e começou a comer.

As pessoas ao seu redor conversavam umas com as outras, Gina procurou por alguém que conhecesse e encontrou Luna na mesa de Corvinal – que lhe acenou animada, e Gina acenou de volta com um sorriso – viu também Fred e Jorge junto ao menino que havia chamado eles, além de Percy que se mantinha em outro canto da mesa, com todos ocupados em suas próprias conversas e grupos. Gina estava sozinha na mesa pois percebeu que seus novos amigos não estavam por perto..., mas foi por pouco tempo, Gina quase suspirou aliviada quando Colin sentou afobado a sua frente com uma câmera fotográfica pendurada ao pescoço.

— Eu me perdi! Fiquei preso nas escadas, elas não paravam de mudar de lugar. – Colin relatou se servindo do café da manhã, Gina prendeu o riso ao o que ele disse. – Pelo menos consegui tirar boas fotos do que vi até agora, quero mostrar a papai tudo o que tem aqui!

— Isso é uma boa ideia, Colin. – Gina respondeu sorrindo. – Pode me mostra-las?

Colin rapidamente acenou concordando e lhe entregou as fotos.

— Elas são muito boas, Colin. – Gina elogiou sincera. – Mas, por elas não se mexem?

— Oh, sim, um garoto do meu dormitório me disse que tem uma porção que pode fazer com que elas se mexam. – Colin replicou.

Gina olhava impressionada para as fotos, até que sentiu aquela mesma sensação da noite anterior de que alguém estava olhando para ela junto a um leve formigamento. A sensação, a muito já era conhecida por Gina e, quando ela tirou o olhar das fotos, encontrou Harry entrando no salão principal junto ao seu irmão Rony e a Hermione. Harry parecia também que a havia a sentido pois seus olhares se encontraram no mesmo momento, e borboletas começaram a voar na barriga de Gina. “Será que ele vai sentar aqui perto?”, ela olhou para os lados tinha lugares vazios perto dela e de Colin. Harry foi se aproximando da mesa da Grifinória e parecia que a cada passo que ele dava aquela estranha sensação ficava mais confortável e se transformava em pequenas gotas de prazer. Harry agora estava mais próximo e eles não haviam mais desfeito a troca de olhares e quando estavam perto o suficiente um do outro, Harry lançou um sorriso à Gina, que prontamente foi correspondido. Depois disso, Rony falou algo com Harry, os olhares se desfizeram e Harry seguiu para frente sentando junto aos outros dois na ponta da mesa, bem longe de Gina. Ela estava tão concentrada em Harry que se esqueceu de Colin por um momento.

— Você conhece Harry Potter pessoalmente? – Colin indagou empolgado, ele havia percebido os sorrisos e a troca de olhares.

— Sim, ele é meu amigo e amigo de meu irmão Rony, ele até passou parte do verão lá em casa.

— Nossa que sorte, me conta como é ele? – Colin pediu esperançoso e ela contou tudo o que alguém deveria saber sobre Harry…, pela primeira vez, sem empolgação nenhuma.

Colin ainda fez algumas perguntas sobre Harry, às quais Gina respondeu prontamente, ela estava quase no fim de seu café da manhã quando o correio coruja chegou. Para Gina, foi lindo assistir as corujas chegando no salão e voando por entre os alunos lhes deixando sua correspondência, ela não recebeu nada naquele dia e quando viu Errol voando em direção a Rony ela soube o porquê, afinal eles só tinham Errol. Gina viu Errol desfalecer quando aterrissou dentro da jarra de leite de Hermione, contudo, Gina não ficara horrorizada com isso, o que a abalou foi o que ela viu no bico da coruja.

— Oh, não... – Gina lamentou olhando compadecida para o irmão, que olhava para o envelope vermelho assustado. Colin olhou para Gina curioso, ele não estava entendo nada.

— O que houve, Gina? – Ele quis entender.

— O envelope vermelho que a coruja da minha família trouxe para meu irmão, ele...

Gina não pôde continuar sua explicação pois Rony abrira o envelope e a voz de sua mãe soou em todo o salão. Era cem vezes mais alto do que o tom normal de voz dela, os pratos e talheres se entrechocaram e as paredes de pedra produziam um eco ensurdecedor, Gina olhou ao redor e além dela e do olhar assustado de Colin, todos no salão principal prestavam atenção a Rony agora, curiosos para saber quem estava sendo o pobre coitado que recebera aquele berrador.

Sua mãe estava realmente furiosa e uma coisa que todos os irmãos Weasley tinham de comum era o temor de Molly Weasley com raiva. Então Gina esperou, com pesar por Rony, que sua mãe terminasse de gritar em plenos pulmões com ele. Por alguns segundos o salão inteiro ficou em silêncio total, mas não demorou muito e, aos poucos, começaram a fazer barulho novamente, alguns ainda riram de Rony – Gina os fuzilou com o olhar – mas, logo todos voltaram as suas respectivas conversas como se nada tivesse acontecido.

— O que foi isso? – Colin perguntou chocado, ele ainda tinha o olhar assustado.

— É um berrador. – Gina explicou fazendo uma careta. – Aquela voz era da minha mãe, foi ela quem mandou aquilo para o Rony.

— O que é um berrador? – Questionou Colin querendo saber mais.

— Bom você já viu o que ele faz, o berrador é um tipo de correspondência que é enviada para reclamar de algo para alguém ou… para mães repreenderem seus filhos. – Gina disse tentando explicar da melhor forma possível.

— Oh, entendi. – Colin replicou e Gina lhe lançou um sorriso de compreensão e logo eles voltaram a conversar sobre outras coisas, quando Mcgonagall passou distribuindo os horários das aulas. Gina pegou o seu excitada, sua primeira aula era trato das criaturas mágicas junto a Sonserina.

— Legal, irei conhecer os animais desse mundo! – Colin exclamou animado.

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Um pouco mais tarde...

— Acho melhor deixar a câmera dentro da mochila, Colin, não acho que eles deixam tirar fotos das aulas. – Gina recomendou-o, um pouco frustrado, Colin guardou sua câmera na mochila.

— Irei mandar uma carta para papai, falando sobre as aulas. – Colin resolveu, Gina sorriu para a ideia, enquanto eles se encaminhavam para sua primeira aula do dia e pela segunda vez aquele dia, Gina sentiu a mesma sensação que já lhe era familiar.

Quando levantou o olhar, avistou Harry próximo a uma estufa falando com Lockhart, Gina fez uma careta, ela sentia que Harry não queria estar tendo aquela conversa e pela cara dele ela teve a certeza.

Harry pareceu percebe-la pois, enquanto Lockhart falava, ele olhou um pouco para os lados como se estivesse procurando por algo até que seu olhar encontrou com o de Gina e ele lhe lançou um olhar de socorro.

— Colin, vai indo na frente, preciso falar com alguém antes. – Gina se despediu rapidamente e saiu e, a passos largos, ela se aproximou dos dois.

— Harry! Olá, professor Lockhart, me empresta o Harry um minuto? Obrigada! – Gina falou sem rodeios. Ela puxou Harry pela mão para longe de Lockhart.

— Oh, obrigado, Gina! Muito, muito obrigado. – Harry lhe agradeceu quando viram Lockhart indo embora.

— Sempre que precisar, Harry. – Gina respondeu e Harry sorriu. Eles se encararam por dois minutos inteiros em silêncio, era a primeira vez, desde que saíram da toca, que eles tinham a oportunidade de ficarem somente os dois, porém, mantiveram o silencio, apenas se olhavam. Não estavam desconfortáveis, mas Gina estava se segurando para não corar (o que quase foi concluído com sucesso se não fosse por ter corado um pouco nas bochechas) de tão intensa que estava sendo a troca de olhares entre eles.

— Eu... eu tenho que voltar para a aula. – Harry se pronunciou primeiro.

— Oh, eu também tenho, não quero cabular aula no meu primeiro dia. – Gina disse com um sorriso amarelo.

— Obrigado novamente, Gina, até mais.

— De nada, Harry, até mais.

E cada um se encaminhou para suas devidas aulas.

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No horário do almoço...

Gina estava em uma mistura de felicidade e cansaço ao sair de sua primeira aula de feitiços onde aprendeu o feitiço Lumos com eficácia. Enquanto se dirigia para o salão principal não havia percebido que estava com fome até que viu a comida em seu prato, Gina comeu e, como ainda era seu intervalo, ela decidiu andar pelo castelo e ver aonde seus pés a levaria, estava feliz por estar em Hogwarts, olhando para tudo aquilo curiosa e com atenção.

Gina acabou chegando ao o que parecia o pátio, era lindo com uma fonte de estatuas de pássaros gigantes, os quais ela não conseguiu saber quais eram, no meio do círculo que os pássaros formavam a fonte jorrava sua água. Gina foi para o meio do pátio e olhou para cima, a torre do relógio estava ali em sua frente.

Gina decidiu ficar por ali mesmo e se aproximou de uma das pilastras de pedra e se acomodou ali, abriu a mochila pegou pena e tinteiro. Ela precisava falar com Tom.

 - Querido, Tom, minhas primeiras aulas foram incríveis, estou aprendendo tanta coisa! Rony recebeu um berrador de mamãe hoje pela manhã, senti pena dele..., ela estava realmente muito furiosa... ainda não sei o que aconteceu, para falar a verdade ainda não tive a oportunidade de falar com Harry sobre isso e tampouco vi Rony. – Gina escreveu e quando terminou, pela terceira vez aquele dia, Gina sentiu a presença de Harry, o familiar formigamento lhe causou um sorriso, ela dirigiu seu olhar para a direção de onde vinha aquela sensação achando Harry facilmente, ele também a havia sentido e lhe olhava, lhe lançou um aceno que Gina respondeu com um sorriso, ele desviou o olhar e voltou a conversar com Rony. Gina ainda olhou para ele por alguns minutos quando lembrou que estava falando com Tom.

“Gina? Ainda aí?”

“Sim! Me desculpe, Tom o que você estava falando mesmo? ”.

A letra de Tom voltou a surgir com sua resposta de outrora ao que Gina dissera antes. Ela o respondeu, pensou um pouco e depois perguntou:

“Você acha que Harry seria capaz de gostar de mim? ”

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Do outro lado do pátio da torre do relógio...

Harry havia avistado Gina, ele iria se aproximar depois que respondesse Rony, porém ele viu ela escrevendo em algo e não se aproximou para não a atrapalhar e voltou a conversar com Rony sobre Quadribol.

Até que sentiu que estava sendo observado com atenção, ele sabia que não era Gina pois a sensação agora era diferente, era mais... comum. Procurou com o olhar o culpado, ou a culpada, o qual logo se denunciou quando se prostrou na frente de Harry, era o garoto miudinho de cabelo louro-cinza que ele havia visto o chapéu seletor o selecionando. Harry esperou que ele dissesse alguma coisa já que o encarava paralisado segurando uma câmera fotográfica, contudo ele apenas corou ao perceber a atenção de Harry.

— Olá, Harry, eu sou o Colin Creevey, eu sou da Grifinória também... é... você acha que… eu posso tirar uma foto sua? – Colin falou enfim tomando coragem.

— Uma foto? – Harry perguntou sem entender – Para que?

— Estou tirando fotos de tudo no castelo para mostrar ao meu pai, sabe? Ele é leiteiro, não sabíamos que eu era bruxo até recebemos a carta, quero mostrar tudo a ele – Colin começou a lhe explicar sem parar, para respirar se aproximando mais do trio – Me contaram tudo sobre você, de como derrotou o você-sabe-quem.

Os olhos de Colin foram para a cicatriz na testa de Harry.

— Queria provar a papai e a todos que o conheci, seria muito bom, se quiser o seu amigo pode tira-la e eu... poderia sair na foto ao seu lado e... bom, poderia autografa-la também? – Colin continuou com o seu pedido.

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A concentração de Gina foi quebrada quando ela ouviu a voz de Malfoy gritando para todo o pátio:

— Pessoal fiquem todos em fila, Harry Potter está distribuindo autógrafos.

Em dois segundos, Gina analisou a situação e soube do que deveria se tratar ao ver Colin no meio de Harry e Malfoy. “Oh, não.” Gina fechou o diário o guardou na mochila e se aproximou rapidamente deles. Ela chegou até eles no momento em que Colin se pronunciava confrontando Malfoy:

— Está com inveja!

Gina se focou em Harry, ela não soube explicar, mas sentiu uma necessidade enorme de acalma-lo, sendo assim, ela ficou atrás dele e segurou uma de suas mãos que estavam cerradas.

— Calma. – Ela sussurrou. Harry a olhou de canto de olho, respirou fundo, relaxou as mãos e entrelaçou sua mão com a de Gina apertando-a, como se dizendo que estava tudo bem. Mesmo assim, Gina continuou ali e não soltou a mão dele.

E foi bom, pois Malfoy mudou seu alvo de provocações para Rony, falando mal de sua família, e então foi a vez de Harry agir.

— Deveria dar essas fotos autografadas para o Weasley, Potter, valeria muito mais que a casa deles inteira.

Rony lhe apontou sua varinha quebrada e Gina deu indicio de que iria voar em cima dele, porém os dois foram impedidos por Harry e Hermione.

Hermione rapidamente fechou o livro viagens com vampiros que estava lendo e sussurrou para Rony tomar cuidado, pois sua varinha não estava perfeita. Já Harry, apertou fortemente a mão de Gina a prendendo perto dele, lhe dirigindo um olhar pedindo calma com um sorriso divertido se formando nos lábios dele, os dois irmãos acalmaram os ânimos.

— O que está acontecendo aqui? – Lockhart perguntou se aproximando a passos largos até onde eles estavam.

— Do que está sorrindo? – Gina perguntou baixinho para Harry enquanto Lockhart se aproximava.

— É que eu nunca tive que te acalmar antes. – Harry a respondeu no mesmo tom.

— Eu ouvi fotos autografadas? Quem aqui as está distribuindo? – Lockhart questionou. Harry iria começar a explicar o que estava acontecendo só que foi interrompido pelo professor que passou um braço pelos ombros dele, prendendo Harry junto a ele, obrigando Harry a soltar a mão de Gina, quebrando a confortável sensação de calmaria entre eles.

Gina sentiu uma leve formigação no vazio que a mão de Harry deixou. Harry, agora preso ao professor, que os expunha, se sentia humilhado e extremamente desconfortável com toda aquela atenção exagerada que Lockhart lançava para eles.

— Me diga, Sr.Creevey, o que acha de uma foto de nós dois? Não a nada melhor! E poderemos autografa-la para você. – Lockhart sugeriu, Colin rapidamente preparou a câmera e tirou uma foto dos dois ao mesmo tempo em que o sinal indicando o fim do intervalo soou.

— Colin, eu vou te matar. – bufou Gina se aproximando rapidamente dele quando Lockhart arrastou Harry com ele até a sala de aula.

— O que eu fiz? – Colin perguntou inocentemente, Gina o pegou pela mão e começou a arrasta-lo para a aula de Herbologia.

— O que você fez? Já não bastava pedir uma foto a Harry você tinha que lhe pedir um autografo? – Gina o questionou furiosa enquanto ainda o puxava, Colin corou.

— Ora, Gina, você fala como se não quisesse uma foto de Harry também, afinal você o admira tanto quanto eu, ele é genial! – Colin retrucou fazendo com que Gina ficasse da cor de seus cabelos.

— Não é a mesma coisa, comigo é diferente. – Gina tentou argumentar.

— Serio? Porque? – Colin disse sarcástico.

— Não importa, Colin, vamos para a aula. – Gina contrapôs continuando o caminho deles até as estufas.

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Na sala de defesa contra as artes das trevas...

Harry foi solto pelo professor ao chegarem a sala de aula e finalmente liberto, Harry se sentou no fundo da sala e se escondeu com a pilha de livros de Lockhart para não ter que encará-lo e esperou impaciente para a aula começar, Rony e Hermione não demoraram muito a chegar e sentarem ao lado de Harry.

— Está saindo fumaça pelas suas orelhas. – Rony brincou e Harry o fuzilou com o olhar. – É melhor desejar com todas as suas forças que Gina e Colin não formem um fã-clube do Harry Potter, eles são bastante amiguinhos.

— Fique quieto, não quero que Lockhart escute a frase, fã-clube do Harry Potter. – Harry retrucou irritado.

Depois disso – e de todos os outros alunos estarem em classe – a fatídica “aula” de Lockhart começou.

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À noite, no dormitório feminino da Grifinória...

Novamente, Gina estava escrevendo para Tom sobre o resto de seu dia, principalmente o que acontecera na torre do relógio.

“É estranho, Tom, com apenas toques e palavras um do outro, nós nos acalmamos”.

“Vocês se entendem, Gina, se sente confortável com ele. ”

“Não! É diferente, não é como você, você que me entende, Tom, tudo que compartilho com você nunca falei a ninguém..., ninguém nunca me compreendeu como você. É uma alegria ter este diário para desabafar, é como ter um amigo portátil que se leva para todo lado.”

“Também é uma alegria tê-la como amiga, Gina. Continue me contando sobre você. ”

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No dormitório masculino...

Depois de um dia cansativo, tudo o que Harry queria era sentir a sensação de calmaria que Gina lhe proporcionou mais cedo e também desabafar com a amiga, então foi pensando nisso que Harry foi dormir cedo aquela noite esperando que pudesse se encontrar com ela no lugar misterioso dos dois.

O que não aconteceu.