Chegara ao fim as férias de verão. Para Harry, tudo pareceu passar mais rápido desde que chegou na toca para passar o último mês das férias.

Na última noite, Molly estava tão feliz com a estadia de Harry ali e do fato de ele e Gina finalmente conseguirem conviver juntos, que, ao chegar a noite do último dia, ela fez um jantar especial com todas as comidas favoritas de Harry, com uma sobremesa que era uma de suas especialidades, um pudim caramelado.

Fred e Jorge se despediram das férias a sua maneira, após o jantar soltaram uma queima de fogos filisbusteiro, enchendo a cozinha de estrelas vermelhas e azuis que animaram a noite, Molly nem se importou com a bagunça dos gêmeos e serviu para todos uma caneca de chocolate quente.

Gina se aproximou de Harry, que estava – “sozinho” pela primeira vez naquela noite – sentado em frente a lareira com Rony dormindo no sofá ao lado. Sem falar nada, ela sentou-se ao lado dele com sua caneca de chocolate quente.

— Eu adorei o jantar, adorei esse último mês, sua família é maravilhosa, Gina. – Harry declarou sorrindo, segurando sua caneca de chocolate quente, estava enrolado em um cobertor quentinho. Gina sorriu ao o que ele disse.

— Eu sabia que você iria gostar deles. – Ela respondeu. Harry abriu um pouco mais o sorriso e tomou um pouco do conteúdo de sua caneca.

— Ansiosa para amanhã? – Harry continuou a conversa.

— Ansiosa…, nervosa, estou uma pilha de nervos, Harry. Não tenho ideia se conseguirei entrar na grifinória como meus irmãos, se irei me dar bem nas aulas...

— Fica tranquila, Gina, vai ficar tudo bem. Eu e Rony estaremos lá para o que você precisar. – Harry tentou tranquiliza-la um pouco.

— Obrigada, Harry. Eu sei que posso contar com vocês.

Continuaram ali até que Molly os chamou para irem dormir.

— Crianças, é melhor irem se deitar, amanhã é um dia especial e precisam estar descansados.

— Boa noite, Harry. – Gina disse se levantando após dar o seu último gole de chocolate quente.

— Boa noite, Gina. – Harry respondeu, também terminando o seu chocolate quente.

Ela se dirigiu as escadas enquanto Harry acordava Rony.

Gina se dirigiu ao banheiro da casa, escovou os dentes e se dirigiu para o quarto, mas não foi direto para cama, Gina se dirigiu para sua penteadeira onde estava seu novo diário.

“Olá, tom.”

“Olá, Gina. Como está? Ansiosa para a escola?”

“Estou, não me aguento de ansiedade, porém ainda continuo preocupada de como eu irei me sair nas aulas.”

“Não se preocupe tanto, Gina. Vai ficar tudo bem, eu estarei aqui para o que precisar.”

“Harry me disse algo parecido com isso: é muito bom ter vocês na minha vida.”

“Harry… o garoto com quem anda sonhando desde criança? Não me contou muita coisa sobre ele.”

“Bom, contei o básico que sei sobre o que alguém deve saber para conhecer Harry.”

“Se é assim, Potter é… um bom bruxo.”

“Tenho certeza que sim. Preciso ir me deitar agora, amanhã nós acordaremos cedo.”

“Como quiser, Gina. Tem mesmo que descansar, amanhã começa a grande mudança de sua vida.”

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No dia seguinte, de manhã cedo…

Apesar de todos terem acordado cedo na manhã seguinte eles demoraram para saírem de casa. Imprevisto atrás de imprevisto aconteceu naquela manhã.

Molly corria para todos os lados ajudando todos os filhos - e Harry - a achar tudo que eles ainda não tinham colocado no malão, encontros e pequenos esbarrões ao subirem e descerem escadas eram constantes, todos fazendo mais de uma coisa ao mesmo tempo.

Harry ficou fascinado com o feitiço que o Sr. Weasley colocara no carro para que todos coubessem dentro do carro junto com as bagagens e três animais, e prometeu ao Sr. Weasley que não contaria nada a Sra. Weasley.

Quando todos pensaram que estava tudo certo para irem embora, houve uma sucessiva sessão de esquecimentos e mais de uma volta para buscar algo que foi esquecido.

Quando enfim chegaram à estação, já eram quinze para as onze, e a correria para que conseguissem atravessar foi iniciada. Passaram rápido e despercebidos pelos trouxas na barreira. Gina mal pôde se despedir de Harry, conseguiu apenas olhar para trás e sorrir para ele antes de ser puxada por sua mãe e passar pela barreira.

Faltava pouquíssimo para o trem partir, Gina quase corria com a mãe para conseguir entrar em um dos vagões, e ela quase não entrou pois de repente foi ao chão. Sua mãe se assustou com sua queda e a ajuda a levanta-se para enfim conseguir entrar às pressas no trem que não demorou a partir.

— Arthur, você conseguiu ver se Rony e Harry entraram no trem? – Molly o questionou assim que voltou para a plataforma.

— Não, eu não os vi.

— Gina caiu de repente… pode ter acontecido alguma coisa. – Molly disse pensativa.

— Ou ela apenas tropeçou, vocês estavam com pressa, não vamos nos precipitar com nada. Vamos voltar, os meninos devem estar bem. – Arthur falou, conduzindo-a pelos ombros.

Eles voltaram para a barreira nove e meia a atravessaram-na. Com os olhos atentos e durante todo o caminho da estação até o estacionamento, Molly procurava por Harry e Rony, certificando-se de que eles não estavam mesmo ali. E então tiveram uma surpresa.

— Arthur, onde está o carro!? – Molly indagou com alarme. – Tenho certeza de que paramos aqui!

— Nós formos roubados! – Arthur declarou.

— Oh, Arthur… – lamentou Molly, ela sabia o apreço que o marido tinha pelo carro. – Teremos que aparatar.

— Sim…, vamos para um lugar reservado.

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No expresso de Hogwarts…

Depois da correria constante até chegar ali, Gina enfim podia respirar calmamente. Aos poucos ela começou a ponderar a ideia que ela estava realmente indo para Hogwarts, como ela sempre quis.

Com um sorriso, ela arrastou seu malão e começou a procurar por uma cabine onde pudesse se instalar.

— Gina, você viu Rony e Harry? Eu não os encontro em lugar nenhum. – Hermione a perguntou se aproximando dela.

— Não, eu não os vi… era para eles passaram pela barreira depois de mim.

— Certo… eu continuarei os procurando. – Hermione replicou e rapidamente a deu as costas.

Gina a viu ir embora com seus pensamentos agora em Harry. Aquilo era muito estranho, porque Hermione não os estava encontrando? Harry e Rony deviam estar logo atrás dela.

Ainda com os pensamentos nos dois, ela retornou à sua procura por uma cabine. De vez em quando trombava e desviava das pessoas sem nem mesmo perceber, até que viu duas meninas saindo de uma das cabines, elas riam de alguma coisa. Gina ouviu a palavra Di-lua sair da boca de uma das meninas e foi exatamente para aquela cabine que Gina se dirigiu. Nela encontrou Luna, tranquilamente olhando para a paisagem. Gina respirou aliviada em encontra-la, sorrindo, ela entrou.

— Luna! – Gina cumprimentou-a sentando-se na frente de sua amiga. Luna a olhou e sorriu.

— Olá, Gina! Pensei que não tinha conseguido pegar o trem, fico feliz por isso não ter acontecido. – Luna a recebeu com cordialidade.

— Eu também, Luna, é muito bom estarmos indo juntas para Hogwarts! – Gina constatou e Luna apenas sorriu novamente e voltou a olhar para a paisagem. Gina se ajeitou melhor na cabine, colocou seu malão em seu devido lugar e se sentou novamente.

— Luna, eu vi unas meninas saindo daqui, elas estavam rindo…

— Oh, sim…, elas acharam o meu nome engraçado. – Luna a respondeu com simplicidade.

— Acharam o seu nome engraçado? – Gina quis mais detalhes.

— Sim…, e me chamaram de esquisita quando eu falei sobre a pesquisa de papai sobre…

— Elas te chamaram de esquisita? – Gina a interrompeu. Ela não gostou nada daquilo. Ninguém podia chamar sua amiga de esquisita.

— Oh e elas saíram daqui me chamando de Di-lua e rindo.

— E o que você fez, Luna?

— Eu não fiz nada, porque iria fazer alguma coisa? – Luna deu de ombros. Gina olhou bem nos olhos de Luna, as vezes esquecia que Luna não era como as outras pessoas. Ela entendia as coisas de modo diferente dos outros, falava diferente, agia diferente e era por isso que Gina a tinha como amiga e que a fez sorrir para o comentário da amiga.

Rapidamente mudaram de assunto e ficaram a conversar durante horas, apenas as duas na cabine até que Fred e Jorge apareceram.

— Olá, maninha... – Fred se manifestou primeiro.

— E Luna. – Jorge continuou sua fala.

— Vocês viram Harry e Rony? – Fred as questionou.

— Não estamos os encontrando. – Jorge explicou.

— Hermione estava os procurando… quem sabe ela não os achou? – Gina os respondeu após franzir o cenho.

— Obrigada, maninha. – Jorge a agradeceu.

— Você foi de grande ajuda. – Fred complementou e saíram voltando a fechar a cabine. Luna voltou a se concentrar na paisagem.

— Gina, você está bem? Está ficando muito vermelha. – Luna disse depois de alguns minutos.

— Eu não sei, estou sentindo um calor, uma quentura esquisita e uma forte sede. – Gina a respondeu e começou a se abanar com uma das mãos.

— Quer um pouco de suco de abóbora? – Luna ofereceu lhe estendo uma garrafinha com o suco,

— Obrigada, Luna. – Gina agradeceu e engoliu aos montes, seus pensamentos de repente se voltaram para Harry e Rony novamente. Ela estava preocupada agora… onde eles estavam? Pensou enquanto tirava o suéter para aliviar-se um pouco desse calor.

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Um tempo depois…

Já era noite quando chegaram a estação de Hogsmead. Gina já estava vestida em seu uniforme de segunda mão, quando pararam o trem. Ela estava nervosa, suava frio e estava um pouco assustada.

— Vamos Gina? Todos já estão saindo do trem. – Luna a chamou já de pé.

— Já estou indo. – Gina respondeu. Como sempre, Luna estava serena como se fizesse aquilo todos os dias. Juntas, elas desceram do trem e se juntaram a multidão de alunos.

— Alunos do primeiro ano aqui! Alunos do primeiro ano, me sigam! – Elas ouviram uma voz grossa se sobressair às outras, Gina e Luna seguiram naquela direção.

— Oh! Olá, Gina! É uma alegria vê-la, quem é sua amiga? – Hagrid a cumprimentou, quando finalmente conseguiram chegar até ele.

— Luna, esse é o Hagrid. Hagrid, essa é a Luna. – Gina os apresentou.

— Prazer, Luna! Seja bem vinda à Hogwarts! – Hagrid a recebeu com um sorriso gentil.

— Obrigada! – Luna agradeceu também sorrindo.

Quando todos os novos alunos já estavam reunidos, Hagrid separou todos em grupos de quatro e os colocou em barquinhos e juntos, todos os barquinhos se dirigiram em direção ao castelo.

A sensação era maravilhosa e inesquecível, Gina tinha certeza que nunca esqueceria da excitação que sentia e só aumentava cada vez que o barco se aproximava do castelo, a imagem de Hogswarts toda iluminada se aproximando dela nunca iria se apagar de sua mente.

Um tempo depois, eles já haviam sido encaminhados para dentro do castelo, Gina estava tão nervosa que ficou impressionada com Luna que não esboçava nenhuma reação que não fosse serenidade, Gina balançou a cabeça de um lado para o outro com aquilo.

Elas e os outros alunos do primeiro ano foram pedidos para esperar em uma sala ao lado do grande salão principal.

O nervosismo de Gina só aumentava e deve ter sido por conta dele que, quando a professora McGonagall chamou-os para seguirem caminho para enfim começarem a seleção das casas, Gina ao dar o primeiro passo, se sentiu ir ao chão, caindo de repente e trombando com umas três pessoas a sua frente quase as derrubando. Era a segunda vez que ela caía no mesmo dia.

— Ei, cuidado! – reclamou uma das meninas em que Gina trombara.

— Me desculpe. – Gina se desculpou corada, Luna a ajudou a levantar.

— Você está bem, Gina? – Luna a indagou.

— Estou bem, Luna, só foi um dos meus tombos repentinos de sempre. – Gina a respondeu se ajeitando. Luna então a puxou sorrindo para onde os alunos novos seguiam caminho até o salão principal.

Era magnifico. Assim como o lado de fora do castelo, o salão principal não deixava a desejar, era lindo. O céu falso no lugar do teto iluminado de estrelas e parecia tão real, as velas flutuando sobre as mesas, todos os alunos nas mesas de suas devidas casas, os professores, as lareiras… tudo isso dava para Gina um tom especial àquele novo ambiente que ela estava entrando, se sentia bem vinda.

Sua inspeção foi interrompida ao sentir alguém olhando para ela, Gina olhou para os lados a procura de quem estava lhe causando aquela sensação… era familiar demais, já a havia sentido mais de uma vez, em um lugar misterioso. Ela sabia quem estava lhe causando aquela sensação.

— Harry... – sussurrou Gina para si mesma.

Ela voltou a procura incessante por Harry, não o tinha visto desde que passara pela barreira entre as plataformas nove e dez e muito menos havia visto seu irmão Rony, e ela estava preocupada. Gina sentia Harry, mas não o via em lugar nenhum.

Quando seu nome foi chamado para colocar o chapéu seletor, a sensação de sentir a presença de Harry passou e ela conseguiu se concentrar e ouvir claramente o chapéu gritar: Grifinória!

E Gina seguiu para a mesa de grifinória que a saudava com palmas.

Após a seleção, o jantar se iniciou e as conversas na mesa de grifinória também. Gina ficou um pouco triste quando Luna foi selecionada para Corvinal, mas como Luna não demostrava se importar tanto assim, Gina tentou fazer amizades novas na sua casa, conheceu assim, Neville Longbottom e Colin Creevey, o segundo também estava entrando aquele ano, logo formou amizade com os dois.

Entre uma conversa e outra, Gina ouviu algo sobre Harry e seu irmão e se engasgara com o que ouvira, e ao mesmo tempo a mesa de Grifinória e as das outras casas entravam em um pequeno rebuliço.

— Meu irmão fez o que? – Gina questionou para ninguém em especifico, pois já havia ouvido a resposta.

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Um tempo depois…

Gina sentiu Harry assim que ele pôs os pés para dentro da sala comunal da Grifinória. Ela estava perto da lareira e se levantou, Harry também sentiu sua presença e seus olhares acabaram se encontrando.

Foi ali que se comunicaram, através dos olhares. Gina arqueou as sobrancelhas e lhe mandou um sorriso, Harry também lhe mandou um sorriso enorme e uma piscadela marota. Gina ainda lhe mandou um riso antes que Rony chamasse a atenção de Harry e os dois partirem para seus dormitórios.