Fortemente Ligados escrita por Melissa Potter


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

oiii gente olha quem voltou depois de uma eternidade. isso mesmo pessoal sou eu não é miragem kkkk me desculpem a demora gente alem dos meus problemas pessoais que eu já falei a vcs eu estive em período de provas dois meses atras e isso conturbou minha vida, mais mulher foi a dois meses atras, é eu sei disso gente acontece que eu fique em algumas matérias e isso gerou muitas discurçoes com meu pai e muita dor de cabeça para mim então não tinha mesmo como eu parar para escrever então me desculpem mesmo, para recompensar vcs o capitulo é grande :D espero que gostem e que aproveitem boa leitura pessoal ;)



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O natal se aproximava. Hogwarts se enchera de neve por todos os lados e o lago negro congelara. Hagrid precisava cuidar de todas as corujas que chegavam, ajudando-as a recuperassem do frio antes de levar a próxima correspondência. Os alunos, como já era de se esperar, estavam ansiosos para o natal.

Em um dia, a professora Minerva passou por entre os alunos com uma lista de quem iria ficar na escola aquele natal e Harry prontamente assinou o seu nome, deste então Draco o importunava dizendo que não tinha família como os outros. Harry o ignorava, tinha certeza que aquele natal seria o melhor que já teve, principalmente porque Rony e seus irmãos também assinaram seus nomes. Rony lhe disse que seus pais e Gina iriam passar o natal na Romênia para visitar Carlinhos, um dos irmãos Weasley que estudava dragões no lugar.

O salão estava espetacular. Festões de azevinho e visco pendurados a toda a volta das paredes e doze enormes árvores de natal estavam pelo salão, umas cintilando com cristais de neve, outras brilhando com centenas de velas.

Harry, Rony e Hermione ainda estavam procurando por Nicolau Flamel. Leram praticamente a biblioteca de Hogwarts inteira e não haviam achado nada. Harry, porém, sabia que havia lido aquele nome em algum lugar, pensava já há algum tempo que poderia ter alguma coisa sobre Flamel na seção reservada, contudo, só poderia entrar com autorização de um professor, coisa que tinha certeza que não iria conseguir. Hermione não iria passar o natal na escola e praticamente fez os meninos jurarem que iriam procurar Flamel sem ela e que se encontrassem alguma coisa a informariam através de uma coruja.

Eles aceitaram na hora. Não era legal discordar de Hermione.

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Na toca...

— Gina, hora de levantar, não podemos perder a chave de portal. – Arthur balançou-a de leve para que acordasse. Gina abriu os olhos e esticou-se na cama.

— Já está na hora? – Ela questionou, como se duvidasse do pai.

— Nós iremos tomar café da manhã antes de ir. – Arthur respondeu enquanto a filha se sentava na cama. – Não demore a se arrumar.

Arthur levantou-se, deu um beijo no topo da cabeça da filha e acompanhou-a até o banheiro da casa para se arrumar. Gina fez sua higiene matinal e trocou de roupa tirando o pijama que usava, e colocando uma blusa verde-claro e sem mangas, uma bermuda cinza e um tênis da cor branca. Ela desceu para o andar de baixo, indo para a cozinha. Encontrou os pais já tomando o café da manhã.

— Bom dia. – Gina se aproximou da mesa e sentou-se. Sua mãe colocou um prato de panquecas em sua frente.

— Ansiosa para rever Carlinhos? – Molly conversou.

— Sim, estou com muitas saudades dele. – Gina respondeu comendo as panquecas. – Queria que Rony e os gêmeos também fossem conosco.

— Sabe que só conseguimos dinheiro para nós três. – Arthur falou em um tom meio sério.

— Eu sei, por isso eu entendo. – Gina replicou.

— Mandarei casacos Weasley para eles e para Harry. – Molly comentou.

— Harry? – A atenção de Gina aumentou consideravelmente. – Vai fazer um suéter Weasley para ele?

— Sim. Rony me falou que o garoto não esperava ganhar presentes de natal, então… decidi fazer um suéter Weasley para ele. – Molly respondeu e Gina acenou com a cabeça, como se dizendo que havia entendido.

O Sr. e a Sra. Weasley continuaram conversando enquanto Gina pensava e comia o seu café da manhã. Ela estava pensando em dar algo de natal à Harry, mas o que seria? Ela não tinha ideia. Poderia perguntar, mas queria fazer surpresa, pensaria em algo bonito e agradável que ela poderia até mesmo fazer na Romênia e mandar junto ao presente que sua mãe mandaria a Harry.

Após tomarem o café da manhã, os três pegaram tudo que iriam levar e Arthur aparatou com a mulher e a filha para o ministério, lá, eles pegaram uma chave de portal, que não demorou muito e que os levariam até a Romênia.

— Carlinhos! – exclamou Gina, que foi a primeira a avistar o irmão, que a recebeu com um sorriso enorme e lhe estendeu os braços ao mesmo tempo em que se abaixava. Gina correu na direção do irmão, que a abraçou fortemente a tirando do chão.

— Olá, pequena! Como é que você está? – Carlinhos conversou colocando-a no chão.

— Melhor agora! Eu morri de saudades! – Gina respondeu abraçando-o novamente.

— Deixe um pouco dele para nós, Gina. – Arthur se aproximou deles junto a Molly.

Rindo, Carlinhos a soltou e foi abraçar os pais. Rapidamente, Gina começou a olhar o lugar, ela já havia ido ali um monte de vezes desde que Carlinhos se mudara para Romênia, mas sempre tinha a curiosidade e admiração por tudo que encontrava naquele lugar diferente.

Carlinhos os levou até sua casa e os acomodou do jeito que era possível no pequeno espaço, o qual Molly sempre se surpreendia, questionando-se como o filho conseguia viver naquele pequeno espaço, mas como via-o bem e feliz, ela não questionava muito. Ainda era Molly Weasley afinal e sempre se preocupava com seus filhos.

— Como consegue viver nesse lugar, filho? É menor que a toca, por que ainda não pediu um lugar maior ao seu superior? – Molly soltou um dos comentários de sempre, Carlinhos apenas olhou para a mãe sorrindo e negando devagar com a cabeça.

— Sabe a resposta, mãe. Estou bem aqui e eu moro sozinho. – Ele respondeu.

— Por falar em sozinho…, quando irá me dar uma nora e netinhos?

— Molly! – Arthur repreendeu-a, mal conseguindo prender o riso. Já Gina e Carlinhos nem tentaram e caíram na gargalhada. Molly olhou para todos eles com cara de falsa inocência.

Gina parou de rir primeiro e ficou olhando a parte de sua família que estava com ela. Até aquele momento o natal não seria de todo ruim.

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Em Hogwarts, no dia seguinte…

Quando começaram as férias, Rony e Harry não cumpriram o pedido de Hermione. Estavam se divertindo tanto com o dormitório e sala comunal de Grifinoria só para eles que nem se lembraram de Flamel.

Rony ensinara a Harry a jogar xadrez de bruxo, que era igual ao trouxa, exceto que as peças do jogo eram vivas e você tinha que falar em voz alta para onde queria que a peça fosse. Harry ainda estava aprendendo e usava peças de um de seus colegas de quarto, portando, não era um bom jogador.

Na noite de natal, ao colocar a cabeça no travesseiro para dormir, estava ansioso para comer o maravilhoso banquete de natal e para a toda diversão que teria quando amanhecesse, Harry não tinha ansiedade para ganhar presentes pois não esperava por eles.

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Pouco depois, no lugar misterioso de Harry e Gina...

— Feliz natal! – Gritou Gina pulando em sua frente saindo detrás de uma das árvores.

— Feliz natal. – Harry respondeu lhe lançando um enorme sorriso, sendo contagiado pela alegria da menina. Gina lhe devolveu o sorriso olhando intensamente em seus olhos verdes.

— Como está sendo na Romênia? – Harry conversou.

— Está sendo ótimo, eu estava morrendo de saudades do Carlinhos. – Gina disse mantendo um sorriso no rosto. Gina sentou-se no chão e Harry a seguiu, sentando ao seu lado. Gina olhou ao redor daquele cantinho só deles e os olhos castanhos da menina brilharam.

— Está diferente não é? – Gina indagou ainda olhando ao redor, Harry a acompanhou na tarefa e seu sorriso aumentou.

— Sim…, deve ser por que é natal. – Harry supôs vendo vagalumes voarem por entre algumas árvores, fazendo parecer com que fossem árvores de natal.

— É lindo. – Gina olhou para cima. – O céu também está belo, está cheio de estrelas.

— Verdade. Está mesmo – Harry seguiu o olhar dela.

— Como é o natal em Hogwarts? – Gina questionou ainda olhando para o céu.

— É magnifico! O castelo fica ainda mais lindo com algumas camadas de neve nos telhados, e por dentro… cheio dos mais belos enfeites e árvores de natal, é maravilhoso! E a comida é muito boa também, parece que eles capricham nessa data. – Harry respondeu, também sem tirar a vista do céu.

 - O natal na Romênia está sendo mesmo bom? – Por um momento, Harry parou de olhar o céu para encara-la.

— Claro que seria melhor se todos os meus irmãos estivessem reunidos conosco…, mas, sim, está mesmo sendo ótimo de verdade e, como já disse, estava morrendo de saudades do Carlinhos. Natal passado ele não pôde passar conosco, lembra? Eu te contei.

— Ah, sim. Você ficou bastante triste com isso.

— Sim…e agora estou matando as saudades. – Gina completou com um sorriso, o qual Harry replicou.

— Amanhã, quando acordar, terá uma surpresa. – Gina falou o olhando misteriosa e animada.

— Surpresa? Do que esta falando? Está aprontando algo? – Harry perguntou olhando-a desconfiado.

— Não será surpresa se eu contar. – Gina lhe cutucou de leve na barriga. – Vera amanhã, sei que irá gostar.

— Certo, irei esperar até amanhã então. – Harry respondeu com um sorrisinho, fazendo o sorriso de Gina aumentar.

Eles continuaram conversando até que, no mundo real, acordaram...

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Quando amanheceu em Hogwarts…

Assim que acordou, a primeira coisa que Harry viu foi uma pequena pilha de embrulhos ao pé de sua cama. Era essa a surpresa da qual Gina falara? Ele se levantou lentamente, ainda sem tirar os olhos da pilha, Harry foi despertado por Rony, que acabara de acordar.

— Feliz natal. – Rony o desejou ainda com voz de sono.

— Feliz natal. – Harry respondeu. – Veja, ganhei presentes?

— Mas é claro. – Rony disse começando a abrir os presentes de sua pilha que era maior que a de Harry.

Harry apanhou primeiro os pacotes de cima, que eram de Hagrid e seus tios. Hagrid lhe presenteara com uma flauta feita por ele mesmo e de seus tios Harry ganhara uma moeda de cinquenta pence, Rony ficou fascinado por ela, Harry a deu para o amigo achando graça de sua admiração pela moeda trouxa.

Harry abriu outro embrulho que Rony lhe disse que era de sua mãe, o garoto ficou feliz em saber que ganhou um suéter Weasley e uma caixa com barras de chocolate feitos em casa, junto a essas duas coisas Harry viu cair do embrulho uma delicada e diferente flor e, amarrado a ela estava um bilhete, Harry pegou a flor franzindo o cenho e desamarrou o bilhete que estava nela e leu.

Não é grande coisa, é apenas algo para que se lembre de mim fora de nossos sonhos.

Feliz natal, Gina.”

Harry deu um sorriso e cheirou a diferente flor. Tinha um doce cheiro conhecido, o qual ele não sabia de onde era. Guardou-a bem em sua cabeceira e abriu os outros embrulhos. Hermione lhe mandara uma caixa cheia de sapos de chocolate e o ultimo embrulho era muito leve, quando o desembrulhou descobriu ser uma coisa sedosa e prateada que escorregou para o chão onde se acomodou em dobras refulgentes, Rony ficou admirado novamente.

— É uma capa da invisibilidade, é muito rara e valiosa! – Rony o explicou. – Tenho certeza de que é uma.

— Invisibilidade? – Harry questionou arqueando as sobrancelhas.

— Sim, experimente-a! – Rony pediu animado. Harry, rapidamente a colocou sobre os ombros e Rony animou-se ainda mais.

— Sim, é uma capa da invisibilidade! – Rony exclamou. – Veja!

Harry correu para o espelho e ali viu claramente que mostrava apenas sua cabeça flutuando no vazio.

— Tem um cartão. – Rony o avisou. Harry se aproximou pegou o cartão e o leu.

Seu pai deixou isto comigo antes de morrer. Está na hora de devolve-la a você. Use-a bem. Um natal muito feliz para você.”

Não havia assinatura, Harry não sabia de quem se tratava. Harry não pôde pensar muito sobre aquilo ou qualquer outra coisa do tipo porque Fred e Jorge entraram aos pulos no quarto, Harry rapidamente escondeu a capa, por enquanto, queria apenas que Rony soubesse.

— Feliz natal! – Eles disseram juntos.

— Veja, Harry também ganhou um suéter Weasley.

— Vista a sua também Rony, elas são ótimas e quentes. – Jorge falou.

— Odeio essa cor – Rony reclamou vestindo-o a contragosto.

— Pelo menos você não tem uma letra na sua. – Jorge replicou. – Ela parece achar que não sabemos que nós nos chamamos Jred e Forge.

Os outros dois não tiveram tempo de questionar alguma coisa pois Percy entrou no quarto repreendendo-os pelo barulho. Fred e Jorge ignoraram o irmão e, ao verem que ele segurava o seu suéter, colocaram nele a força e exigiram que se sentasse com eles e não com os outros monitores.

— Natal é uma festa de família. – Jorge argumentou e, junto a Fred, arrastaram Percy dali pelos braços…

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Na Romênia...

— Feliz natal, querida! – Molly falou com um grande sorriso assim que Gina entrou na pequena sala da casa do irmão ainda vestida em seu pijama.

— Feliz natal. – Gina desejou para todos que estavam ali na sala, também com um grande sorriso.

Sem demora, Gina se dirigiu para a pilha de presentes que a esperava embaixo da pequena árvore de natal de seu irmão e começou a desembrulhar seus presentes. Ela havia ganho presentes de todos os seus irmãos e o resto de toda a sua família e também de Luna.

Já vestida com seu suéter anual, ela foi comer seu café da manhã junto a parte de sua família, ela observou que todos os membros da mesa estavam vestidos com a famoso suéter Weasley.

— Gostou do suéter, minha querida? – Molly perguntou com um sorriso.

— Como sempre, mamãe, eles são ótimos. – Gina respondeu passando a mão por seu suéter verde com o símbolo de seu time favorito estampado.

— Espero que Harry também tenha gostado. – Molly conversou.

— Aposto que sim. – Gina replicou.

— Não tem como alguém não gostar de seus suéteres, mamãe. – Carlinhos entrou na conversa. Molly sorriu agradecida.

— Espero que o garoto tenha um ótimo natal. – Arthur se fez ouvir, pousando os olhos em todos enquanto falava, demorando-se mais em Molly, que lhe sorriu em compreensão.

Ela também queria o mesmo, que Harry tivesse um ótimo natal.

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Em Hogwarts…

Harry nunca teve um dia de natal tão maravilhoso. No almoço de natal Harry nunca havia comido e se divertido tanto, comida e guloseimas de todos os tipos eram servidos e Harry se deliciou com cada uma delas.

Depois do almoço, todos de barriga cheia, muito satisfeitos e felizes, seguiram para os jardins do castelo e passaram a tarde inteira em uma furiosa guerra de bola de neve. Depois no fim da tarde voltaram para o salão comunal de Grifinoria e se aqueceram junto a lareira enquanto jogava xadrez de bruxo junto a Rony. Após lancharem, todos muito satisfeitos e sonolentos, subiram para seus dormitórios. Foi o melhor natal que já tivera, porém, algo no fundo de sua mente ficou lhe incomodando o dia inteiro e apenas quando foi se deitar que o garoto lembrou do que se tratava.

Harry debruçou-se na borda da cama e pegou a capa que escondera ali nas pressas. Ele deixou que o tecido passasse por entre os seus dedos, era muito macio e leve. Pertencera ao seu pai… seu pai. “Use-a bem”.  Era o que dizia no cartão.

Iria experimenta-la agora. Em um pulo, Harry saiu da cama e cobriu-se com a capa, uma sensação de liberdade o invadiu. Ninguém lhe veria debaixo daquela capa. Hogwarts estava aberta e livre para que explorasse o quanto quisesse, por um instante Harry pensou em acordar Rony, mas pensou outra vez, queria usar pela primeira vez a capa de seu pai sozinho.

Então sem que ninguém o visse, ele se esgueirou pelo salão comunal de Grifinoria, passou pelo retrato da mulher gorda, parou e pensou. Aonde deveria ir primeiro? Até que lhe surgiu na mente. A seção reservada na biblioteca. Sem pensar outra vez ele puxou mais para si a capa e seguiu até a biblioteca.

Como a biblioteca estava escura, Harry acendeu uma luz para iluminar seus passos e sua visão do lugar. Cuidadosamente, Harry chegou ao fundo da biblioteca, com a luz que acendera, Harry iluminava os nomes dos livros, o que não fez muita diferença já que as letras estavam se descascando e estavam em uma língua que Harry não entendia, mesmo assim, precisava começar por algum deles. Então ele procurou por algum na prateleira em sua frente e escolheu um grande de capa preta e prata, como era pesado o puxou com esforço, mal conseguindo o equilibrar, o livro acabou se abrindo em uma página qualquer, um grito agudo de coalhar o sangue soou pela biblioteca inteira. O livro estava gritando. Harry, sem nem pensar, o fechou. Atordoado, Harry tropeçou para trás e derrubou a lâmpada que outrora acendera, fazendo com que a luz se apagasse.

O pânico lhe atingiu quando ouviu passos se aproximarem, rapidamente, ele se levantou e enfiou de qualquer maneira o livro na prateleira e correu dali. Passou segurando a respiração pelo o dono dos passos, Filch. Harry passou de fininho por ele e saiu pelo corredor correndo desesperado e sem rumo.

Viu-se diante de uma alta armadura, sem perceber, ele acabara se perdendo e não sabia em qual local do castelo estava, mesmo assim tentou adivinhar olhando ao redor mesmo no escuro. Harry estacou e sentiu um frio horrível lhe passar pelo corpo quando ouviu a voz de Filch conversando com um dos professores, Snape. Em pânico, escutou Filch informar para o professor que alguém estava fora da cama e que estava na seção reservada. O garoto mal respirou quando o professor e Filch passaram por ele e viraram o corredor onde ele estava. Rapida e cautelosamente, Harry recuou para que não trombassem nele entrando em uma porta que estava entreaberta, não sabia o que tinha ali, mas tinha que ir, tinha que sair dali.

Funcionou. Eles passaram direto por onde Harry estava e o garoto voltou a respirar normalmente, completamente aliviado. Estava tão distraído pensando no que quase lhe acontecera que demorou para perceber algo que estava ali no aposento.

O lugar em que estava parecia uma sala de aula abandonada, os móveis estavam cobertos com panos e o chão e as janelas estavam cobertos de poeira, porém, um enorme espelho da altura do teto com uma moldura dourada aprumado sobre os pés em garra estava ali na sala, que, com certeza, não era o seu lugar, no topo do espelho havia algo escrito.

Oãçarocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn”.

Curioso, Harry se aproximou do espelho, teve que levar a mão a boca para que não gritasse de susto e surpresa. De olhos arregalados, ele olhou ao redor da sala e constatou que o que o espelho lhe mostrava não estava certo, não tinha ninguém com Harry ali naquele aposento, contudo, ao olhar novamente para o espelho, Harry vira ali refletido uma multidão junto a ele no espelho. Ainda não estava acreditando no que estava vendo, por isso não parava de olhar ao redor assustado com aquela situação toda.

Mil pensamentos estranhos que aquelas pessoas poderiam mesmo estar ali lhe surgiu na mente, até que ele olhou mais atentamente para o espelho, ali ao seu lado, uma mulher lhe sorria e acenava, ele tentou toca-la mais apenas tocou o nada, se ela, assim como todos os outros estivessem mesmo ali ele sentiria, então… estavam apenas no espelho.

Era uma mulher bonita, muito bonita, tinha cabelos acaju e olhos… os olhos eram verdes esmeralda iguais aos dele, ele percebeu. Ao olhar mais atentamente, viu que ela chorava e sorria ao mesmo tempo, estava emocionada, o homem ao seu lado de cabelos negros rebeldes, magro, alto e com óculos a abraçou. Harry estava paralisado, não conseguia tirar os olhos do casal.

— Mamãe? Papai? – Harry disse quase sem voz.

O casal apenas olhou para Harry e sorriram. Harry olhou para as outras pessoas atrás dele, todas parecidas e com alguma parte de físico igual a dele. Eram todas sua família. Sua família. A família que ele não conhecera. A família que estava vendo pela primeira vez. Todos acenavam e riam para ele, Harry apenas ficou ali encarando eles e sorrindo de volta, uma mão tocando o espelho como se esperasse que de alguma forma conseguisse entrar nele e ficar com sua família.

Harry não sabia por quanto tempo ficou ali olhando sua família, sabia apenas que despertou quando ouviu um ruído e lembrou-se que tinha que voltar para a cama, se despediu deles prometendo que iria voltar.

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Pouco depois, no lugar misterioso de Harry e Gina…

Harry abriu os olhos e se viu diante do lugar onde se encontrava com Gina, avistou a menina mais adiante sentada entre um pequeno campo de flores. As mesmas da qual recebera de presente. Gina pegava algumas, fazendo um buquê, Harry se aproximou dela devagar e sentou ao lado dela, Gina lhe sorriu e olhou para Harry intrigada quando percebeu que ele estava estranho.

— Aconteceu alguma coisa? – Ela questionou. – Você está estranho.

— Normalmente, eu conto o que aconteceu durante o tempo que não nos vermos do começo até chegar ao fim do meu dia, mas tenho que contar o que aconteceu agora a pouco. – Harry falou afobado.

— Que seria…? – Gina o incentivou a continuar curiosa.

— Eu vi meus pais! – Harry exclamou. – E todo resto da minha família.

Gina franziu o cenho confusa.

— Como assim você viu seus pais? Está falando de uma foto?

— Não, não em uma foto… eu acho que eu vou ter que te explicar do início.

E Então Harry contou-lhe brevemente que havia ganho uma capa da invisibilidade que no cartão dizia ser de seu pai e que não informava quem mandara aquele presente. Disse que teve um dia maravilhoso com os irmãos dela e que foi o melhor natal de sua vida, mas não entrou em detalhes e continuou, falou de sua primeira experiência com a capa e como chegou a sala onde estava o misterioso espelho que mostrou seus pais. Gina escutou a tudo sem interromper atentamente.

— O que acha que pode ser? – Harry questionou ao final da história.

— Não tenho a menor ideia, nunca vi, ou ouvi, falar sobre algo assim. – Gina falou, tentando puxar pela memória tudo que alguém bruxo já lhe dissera e lhe ensinou. Não veio nada em sua mente.

— Harry… você tem certeza que eram seus pais?

— Sim, tenho, eu… perguntei, além de que o homem ao lado da mulher ruiva, é minha cópia mais velha. – Harry respondeu convicto.

— Entendi…

— Como foi o seu natal? – Harry indagou, tentando mudar de assunto por um momento. Gina sabia daquilo, mas mesmo assim sorriu.

— Foi ótimo, mamãe fez um almoço, jantar e café da manhã maravilhosos. Ela paparicou e encheu Carlinhos da comida dela, ele não reclamou, estava com saudades de tudo isso.

— Rony também fala da comida dela, deve ser maravilhosa mesmo. – Harry comentou com um sorrisinho.

— A melhor do mundo bruxo! – Gina afirmou com um enorme sorriso.

— De resto, senti saudades de meus outros irmãos, somos muito unidos e eles… bem, sempre me protegeram bastante, sempre fui a princesinha dos Weasley, sinto falta da companhia de meus irmãos muitas vezes. – Gina conversou, começando a assumir um tom quase que tristonho.

— Eles também sentem isso. – Harry tentou anima-la.

— Não sei direito, as cartas de Rony, Fred e Jorge estão sendo enviadas com menos frequência, Carlinhos e Gui mandam cartas uma vez por semana, ou uma vez por mês, se não, mamãe mataria eles… Percy parece ser o único que manda cartas todos os dias, mas é sempre falando sobre estudos, provas e como está sendo a monitoria, sinto falta dos meus irmãos de verdade.

— Você se sente sozinha?

— Sim. – Ela confessou.

— Sabe que tem a mim, não é?

— Sim, mas creio que sabe que não é a mesma coisa.

— Sim, sei.

— Meus irmãos… eles estão comigo desde que nasci.

— Eu entendo. – Harry disse sorrindo compreensivo.

— Estou acordando. - Gina falou percebendo que estava começando a desaparecer.

— Eu também. – Harry percebeu o mesmo. – Engraçado, estamos sempre acordando ao mesmo tempo.

— Verdade. – Gina riu. Quando seu riso cessou, ela manteve um sorrisinho no rosto. – Até o próximo sonho, Harry.

— Até o próximo sonho, Gina. – Harry devolveu o sorriso à menina.

E novamente, eles voltaram para o mundo real.

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Na Romênia…

Gina, ao abrir os olhos, percebeu que foi acordada por batidas repentinas na porta do quartinho de hóspedes da casa de seu irmão que todos fizeram questão que ela ocupasse.

— Pode entrar. – Gina falou com a voz sonolenta.

— Bom dia, maninha. – Carlinhos a cumprimentou com um sorriso, parecia de bom humor.

— Bom dia, maninho. – Gina respondeu sentando-se.

— Vamos visitar pontos turísticos da Romênia hoje, o que acha?

— Acho ótimo. – Gina respondeu animando-se um pouco.

— Papai está ansioso para ver os trouxas daqui, então não demore muito, pequena. – Carlinhos a avisou.

— Tudo bem.

— Te encontro na sala. – Carlinhos se inclinou e depositou um beijo na ponta do nariz dela.

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Em Hogwarts, na noite anterior…

Seu maior medo era que não encontrasse o caminho de volta para o espelho, e não ajudava muito Rony resmungando em seu ouvido e ele estar lhe acompanhando por de baixo da capa fazendo com que andassem devagar ao tentarem refazer o caminho de Harry da biblioteca até a sala com o espelho.

Harry tinha falado mais cedo para o amigo sobre o espelho e Rony ficou curioso para conhecer a família de Harry através do espelho, no entanto, isso estava sendo difícil por conta de que andavam e andavam e não chegavam a lugar nenhum.

— Harry, me escuta, já estamos andando há quase uma hora, vamos voltar. – Rony pediu. – Amanhã tentamos outra vez.

— Não, é por aqui em algum lugar. – Harry insistiu.

Eles continuaram. Não encontraram ninguém em seu caminho além de um fantasma de uma bruxa alta, os resmungos de Rony aumentaram ao ele começar a reclamar que seus pés estão congelando do frio, porém, foi nesse momento que Harry conseguiu avistar a armadura que vira na noite anterior.

— É aqui, chegamos! – Harry o alertou.

Eles empurraram a porta e entraram, Harry mal colocou os pés no aposento e logo tirou a capa e correu em direção ao espelho, e ali estavam, seu pai e sua mãe e todo resto de sua família.

— Está vendo eles? – Harry indagou.

— Não estou vendo nada. – Rony respondeu.

— Como não!? Eles estão ali, bem ali! – Harry questionou apontando.

— Só estou conseguindo ver você.

— Olhe mais de perto não está vendo direito.

Harry se afastou do espelho e Rony se aproximou, mas assim que o fez, Harry não viu mais seus pais, apenas Rony em seu pijama.

Rony, porém, assim que colocou os olhos no espelho ficou completamente estático e olhando admirado e surpreso para o espelho.

— Merlin, olhe só para mim! – Rony falou ignorando a presença de Harry.

— Você está vendo sua família? – Harry indagou.

— Não eu… pareço mais velho, sou monitor chefe igual a Gui foi e também capitão do time de quadribol! – Rony respondeu animado.

— O que? – Harry franziu o cenho.

— Você acha que este espelho mostra o futuro? – Rony indagou esperançoso.

— Claro que não, meus pais e toda a minha família estão mortos. – Harry replicou e se aproximou novamente. – Me deixe ver meus pais novamente, vamos saia daí.

— Não, você teve o espelho por uma noite, me deixe olhar mais um pouco.

— Você só está se vendo com méritos quando mais velho, eu quero ver meus pais! – Harry disse tentando empurrar Rony.

— Não me empurra, Harry! – Rony falou resistindo.

Um ruído alto do lado de fora foi o que interrompeu a pequena discussão entre Harry e Rony. Assustados, os dois correram para se esconder de baixo da capa.

Rony e Harry ficaram sem se mexer, ou até mesmo sem respirar, ao verem que quem entrara no lugar era madame Nor-r-ra, estavam assustados, será que a capa funcionava para animais? Pareceu uma eternidade quando a gata deu meia volta e foi embora.

— Estamos correndo perigo aqui. Vamos, antes que ela volte com Filch. – Rony concluiu e, depressa, ele puxou Harry para fora dali.

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Pouco depois, no lugar misterioso de Harry e Gina…

— Rony não viu seus pais? Viu a si mesmo com méritos? – Gina indagou e Harry assentiu.

— Harry, a cada vez que me fala desse espelho mais estranho ele fica. – Gina andava de um lado para o outro em frente a ele tentando pensar, Harry a acompanhava com o olhar.

— Sim… e ele acabou tomando o meu tempo de ver meus pais, tivermos que sair dali antes que Filch chegasse. – Harry reclamou. – Voltarei para lá esta noite.

— O que? Ficou louco, Harry? Não, você não vai voltar lá. – Gina declarou parando de andar de um lado para o outro, ficando diante dele, colocando as mãos na cintura e olhando-o irritada.

— É claro que vou, Gina! Eu tenho que rever meus pais. Eu vou revê-los. – Harry discutiu.

— Harry, por Merlin, vocês quase foram pegos! – Gina tentou argumentar.

— Tenho a capa do papai, Gina, não vou ser pego.

— Harry, isso é perigoso, esse espelho não está te fazendo bem, não está enxergando isso?

— Não importa o que diga Gina, eu vou voltar. – Harry declarou.

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Em Hogwarts, no dia seguinte...

Harry estava pensativo e Rony, ao perceber, lhe questionou e logo soube que ele queria voltar a sala com o espelho misterioso. Rony lhe disse quase a mesma coisa que Gina, que não era para voltar para lá.

Harry, entretanto, foi de qualquer jeito. O menino encontrou rapidamente o local e, a julgar pela rapidez que andava se esqueceu totalmente da cautela, foi por sorte que não encontrou com ninguém no caminho.

E lá estava novamente a sua família inteira reunida, todos acenando e rindo para ele, felizes. Poderia passar horas até mesmo dia, meses, anos ali, poderia, mas…

— Outra vez aqui, Harry? – falou uma voz atrás dele.

Harry congelou por inteiro, assustado, o menino olhou para trás e encontrou ninguém menos que Alvo Dumbledore, não tinha visto o velho ali.

— Professor… eu não vi o senhor. – Harry falou atônico.

— Isso é estranho, principalmente porque quem estava invisível era você. – Alvo conversou. Harry ficou aliviado e até soltou o ar que segurava quando viu que o professor sorria.

— Vejo, Harry, que conheceu o espelho de Ojesed.

— É assim que se chama?

— Receio que saiba o que o espelho faz?

— Ele mostra minha família inteira. – Harry respondeu.

— E mostrou a Rony como chefe dos monitores.

— Como o senhor...?

— Não preciso de uma capa para ficar invisível, Harry, o que acha que o espelho faz para as pessoas?

Harry não soube responder.

— Para o homem mais feliz do mundo, Harry, o espelho é apenas um espelho normal. Isso já ajuda ao saber o que é?

— O espelho mostra o que mais desejamos, seja o que for? – Harry supôs.

— Sim e não. O espelho mostra o que nossos corações mais desesperadamente desejam. O espelho será levado amanhã para outro lugar, Harry, peço que não volte a procura-lo onde quer que ele esteja. Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver, lembre-se sempre disso, agora porque não pega a capa e volta para a cama?

Harry assentiu e se levantou.

— Professor, posso lhe fazer uma pergunta? – Harry pediu receoso. O professor o incentivou a continuar com o olhar. – O que o senhor vê no espelho?

— Eu me vejo segurando um par de meias de lã.

Harry arregalou os olhos surpreso.

— Não tenho meias suficiente, outro natal se passou e novamente não ganhei nenhum par. – Alvo explicou.

Não acreditando no professor, Harry voltou ao seu dormitório, foi apenas quando deitou a cabeça no travesseiro que teve consciência que perguntou algo muito pessoal ao professor e que não lhe respondeu a verdade.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ;) pf comentem oq acharam do capitulo me deixaria muito feliz de verdade eu amo cada comentário de vcs sempre me deixa muito feliz saber oq acharam do capitulo :D eu gostaria de agradecer a milena corrêa, Lady singer e a furzattinha por terem comentado ao capitulo anterior muito obg mesmo minhas flores eu amei os comentários de vcs de vdd ♥ eu gostaria tbm de agradecer a todas as pessoas que chegaram agora por disponibilizarem um tempo de suas vidas para lerem oq eu escrevo muito obg mesmo pessoal sejam bem vindos ♥ bom eu não sei quando eu irei posta, não gosto de prometer dia para vcs pq como já perceberam eu não sou de cumpri kkkk mais espero não demorar tanto então ate o próximo capitulo ou os comentários



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