Novembro chegara junto com o tempo frio e a temporada de Quadribol entre as casas de Hogwarts. No sábado Harry estaria jogando sua primeira partida de Quadribol, Grifinoria contra Sonserina. Caso Grifinoria ganhasse, subiria para o segundo lugar no campeonato das casas.

A notícia de que Harry jogaria era para ser sabida apenas por poucas pessoas, porém, de alguma forma, as pessoas em toda a escola ficaram sabendo que Harry jogaria como apanhador da Grifinoria. Harry não sabia o que era pior entre as reações das pessoas, elas lhe dizendo que ele seria ótimo ou elas lhe dizendo que ficariam correndo atrás dele com um colchão.

Era realmente uma dadiva que eles tivessem Hermione, o garoto não sabia como poderia dar conta de seus deveres com todos os treinos de Quadribol que tinha sem a ajuda dela, ela também lhe emprestara o livro Quadribol através dos séculos para ajudá-lo de alguma forma a saber mais sobre o jogo de Quadribol, fazendo com que Harry aprendesse muitas regras das quais ninguém havia lhe contado, como também táticas de jogo e histórias interessantes de jogos antigos de copas mundiais.

Hermione tornara-se uma pessoa totalmente diferente da que eles conheceram no trem. A garota, desde que se tornara amiga deles, ligava menos para as inflações ao regulamento e também tornou-se uma pessoa mais simpática.

Um dia antes da partida de Quadribol, os três tiveram um pequeno encontro desagradável com Snape, que acabou pegando o livro de Hermione das mãos de Harry alegando que livros da biblioteca não poderiam ficar fora da escola.

Na noite de sexta feira, as pessoas tagarelavam por toda parte, Harry, Rony e Hermione estavam em um canto, Hermione corrigindo os deveres dos garotos, Harry se remexendo inquieto na cadeira, queria de volta Quadribol através dos séculos para poder se distrair do nervosismo que sentia com a partida no dia seguinte, de supetão ele levantou-se e informou a Rony e Hermione que iria pedir para Snape o livro de volta. Corajosamente, ele se dirigiu a sala dos professores, Harry suspeitava que na frente de outros educadores Snape não lhe negaria o livro, porém, a sorte não estava ao seu lado, apenas Snape e Filch estavam na sala, cuidavam do machucado do professor de poções, Harry tentara não ser visto, mas não conseguira. Snape o pegou no flagra e ele ficou muito, muito furioso. Harry saiu dali ao som dos gritos de Snape correndo para o andar de baixo, quando se encontrou com Rony e Hermione novamente, ele rapidamente contou tudo que viu e ouviu. E ao adormecer e ir para o lugar misterioso com Gina, ele contou tudo novamente.

— Meu deus… bem, eu não tenho tanta certeza de que ele realmente fez isso. Você já pensou na possibilidade de ele estar evitando que o verdadeiro ladrão pegasse o que quer que esteja naquele saquinho? – Gina ponderou. Harry olhou-a fazendo pouco caso do que ela disse.

— Snape? Não posso crer nisso. – Ele respondeu.

— Está dizendo isso por que ele é um péssimo professor. – Gina replicou.

— Quando você for para Hogwarts entenderá que não estou de brincadeira. – Harry continuou. – Ele é uma péssima pessoa.

— Só vendo para crer, não é mesmo? – Gina deu de ombros. – Ansioso para o jogo?

— Muito. Não tenho ideia de como vai ser. – Harry falou mexendo as mãos uma na outra nervosamente, Gina pegou em uma delas.

— Você vai se dá bem. – Ela o assegurou. Harry sorriu agradecendo o encorajamento.

Eles continuaram conversando, distraindo Harry da ansiedade incontrolável, não surtindo muito efeito, até que eles tiveram que acordar e Harry voltou a ficar nervoso.

— Boa sorte. – Gina pegou em uma das mãos dele e apertou-a delicadamente enquanto lhe lançava um pequeno sorriso, o qual Harry devolveu nervosamente antes dos dois desaparecerem e voltarem para suas vidas fora daquele belo e misterioso lugar.

Quando acordou em seu quarto Harry percebeu que o dia estava bastante claro e frio. Quando já estava no salão principal o cheiro delicioso de salsichas invadiu suas narinas e o som das conversas em tom animados por conta da partida que se seguiria daqui a pouco invadiram os ouvidos de Harry, todos esperavam um grande jogo. Harry, sentado à mesa de Grifinoria, junto a Rony e Hermione não sentia vontade alguma de comer, nem com Hermione tentando lhe persuadir a comer alguma coisa.

— Estou sem fome. – Harry repetiu, era a única coisa que saia da boca dele.

As onze todos foram para o campo de Quadribol, Harry ganhara de Rony, Hermione e seus companheiros de dormitório um improvisado e belo cartaz enfeitiçado. No vestiário, após Harry e os outros jogadores ouvirem um curto discurso de Olívio eles partiram para o campo. O nervosismo de Harry não diminui, porém, ao olhar para o cartaz de encorajamento que seus amigos haviam lhe feito e das palavras de Gina no sonho, ele se sentiu muito mais corajoso.

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Na toca…

— Bom dia, querida. – Molly falou quando viu a filha descer as escadas ainda de pijamas para tomar o café da manhã.

— Oi, mãe, bom dia. – Gina respondeu quando terminou de descer as escadas. Ela lhe abraçou e deu-lhe um beijo no rosto.

— Irá me ajudar com o jardim hoje? – Molly perguntou colocando o café da manhã de Gina em frente a ela enquanto a menina sentava-se na mesa.

— Preciso mesmo? – Gina fez uma pequena careta.

— Não fale como se fosse a pior coisa do mundo, sei que gosta de flores. – Molly conversou.

— Gosto de observar e de tê-las por perto, não muito de planta-las ou cuidar delas. – Gina respondeu comendo seu café da manhã.

— Pensei que gostasse de brincar na terra. – Molly sentou-se na cadeira em frente a filha do outro lado da mesa.

— E isso não é brincadeira, mãe.

— Gina o que está acontecendo? Você não reclama muito quando chamo para a jardinagem. – Molly questionou e completou com uma pequena risada. – Na verdade só fica resmungando.

— Não é nada, é só que… hoje eu não estou afim.

— Está bem… mas vai fazer assim mesmo. Termine seu café da manhã. – Molly declarou se levantando.

— Está bem, mamãe. – Gina respondeu observando a mãe se dirigir até a pia da cozinha.

Pouquíssimo tempo depois, Gina encontrava-se ajoelhada em frente ao pequeno canto de flores que a mãe dela possuía. A mãe ajudava a filha sentada ao lado dela, ensinando métodos novos e melhores para cuidar das flores sem usar magia. Gina tinha que confessar que era algo terapêutico.

— Acho que você tem visita, querida. – Molly a informou depois de um tempo em que elas ficaram executando a jardinagem. Gina olhou para onde a mãe direcionava o olhar.

— Luna! – Gina falou com um sorriso começando a surgir em seu rosto.

— Bom dia, Xenofilio. – Molly falou levantando-se e limpando as mãos no avental para poder cumprimenta-lo.

— Bom dia, Molly. – Xenofilio a respondeu. – Já experimentou plantar algumas ameixas dirigíveis? Elas são bem úteis para bastante coisa.

— Experimentei o que…? – Molly disse em resposta.

— Você está suja de terra. – Luna falou quando Gina se aproximou dela.

— Como sempre, não é? – Gina respondeu lançando lhe um sorriso enviesado. – Como você está?

— Irei ficar bem. – Luna respondeu. – Na verdade, estou me saindo muito bem em ficar bem.

— Ótimo, deve ser muito difícil mesmo perder a mãe…, como é que seu pai está lidando com tudo isso? Sei que já faz um ano, mas mesmo assim ainda é recente. – Gina conversou.

— Ele está bem…, ou pelo menos ele tenta ficar bem na minha frente. – Luna respondeu. – Mamãe não iria gostar de nos ver assim, então estamos fazendo de tudo para seguir nossas vidas, mas quando penso que irei para Hogwarts ano que vem me preocupo um pouco com papai.

— Você irá ficar bem, minha amiga. E seu pai também…, qualquer coisa que precisar, ele sabe que mamãe tentará ajudar. – Gina tentou conforta-la. As duas trocaram um pequeno sorriso.

— Irei deixar Luna aqui, tudo bem Molly? – Xenofilio perguntou.

— Nenhum problema, Gina e eu adoramos a pequena Luna. – Molly o respondeu dirigindo um sorriso para a menina, que retribuiu.

— Então vejo você mais tarde, minha lua. – Xenofilio despediu-se dando um pequeno beijo na testa da filha e logo depois ele aparatou. Agora Luna ajudava Gina e a mãe a cultivar lindas flores.

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Em Hogwarts, tempos depois no dormitório masculino da Grifinoria...

Os pensamentos de Harry estavam alvoroçados com todos os acontecimentos daquele dia, em sua primeira partida havia ganhado, era certo que apanhara o pomo de um jeito que ninguém imaginaria, por um instante achou que morreria engasgado pelo pomo, ou espatifado no chão por ter quase caído de sua vassoura. Sem dúvida havia sido uma partida emocionante e inesquecível e estava ansioso para contar tudo a Gina, então estava morrendo de ansiedade quando deitou em sua cama no dormitório e, cansado do dia que tivera, dormiu. Logo foi parar no lugar belo e misterioso dele e de Gina.

— Como foi o seu jogo? – Gina questionou surgindo em uma nuvem de madeixas ruivas em sua frente. Harry soltou uma risada animado com a empolgação dela, que arrastou ele até de baixo de uma das árvores próximas e sentando-se lá.

Harry contou-lhe tudo que aconteceu no jogo, principalmente o fato deles terem ganhado e da suspeita de que Snape havia tentado derrubar Harry da vassoura. Gina, como sempre, escutara a tudo atentamente.